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O programa pode até ser na emenda de feriado, mas vai mostrar que de improvisado ele não tem nada. A Mônica é Salgado, só que vai combater a amargura da vida com muita doçura, ao comentar as motivações das estratégias de marketing atualmente, além de alertar para a falta de dinheiro no movimento “body positive” e destrinchar a treta entre Cauã Reymond e a Bella Campos. Afinal de contas, a novela não se chama Vale Tudo à toa, tá?! O estúdio ainda contou com a presença de Fernando De Borthole que veio voando mostrar que tem coração de sobra (pulmão, rim e fígado também) no transporte de órgãos que só ficou em Pânico quando entrou ao vivo nesta sexta (02). Assista às entrevistas na íntegra!

Assista ao Pânico na íntegra:
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#Pânico

Categoria

😹
Diversão
Transcrição
00:00No programa de hoje, o Glamour em Pessoa.
00:03Dá pra ganhar dinheiro com moda?
00:07Uma baita jornalista que entende tudo do mundo fashion e lifestyle.
00:13Como é rejeitar roupas que chegam e você não gosta?
00:16Manda pra mim.
00:17Pô, como vocês são pobres, vai lá comprar.
00:20Palmas para a bela e competentíssima, Mônica Salgaro.
00:25Fala, Mônica, sempre linda. Muito obrigado, muito obrigado.
00:31Agora na minha versão ruiva.
00:33Você tá sempre...
00:34Você tá sempre...
00:35Na moda.
00:36Você tá sempre bem, não é?
00:38Muito obrigada.
00:39Muito bem. O assunto hoje aqui era da o quê? Da gordona?
00:43Tem o Cauã Raymond também.
00:44A Thaís.
00:45A gordona?
00:45Ah, bom também.
00:46Bom também.
00:48Acabou essa...
00:48Ponta quente, ponta quente.
00:49Não, você que escolhe.
00:51Pra gente, a gente...
00:52Pô, Deus, falar de ambos.
00:54Você acha que esse negócio de body positive foi uma moda que passou?
00:59Ou as pessoas têm que se conformar com...
01:02Porque aquilo lá é...
01:03Seja você mesmo, não sei o quê.
01:06Aquela conversa que teve o tempo inteiro.
01:08De autoestima, né?
01:09De gostar do corpo, de aceitação.
01:10De gostar do corpo.
01:11Mas a gente sabe que o cara aqui, os obesos, tem muito problema, né?
01:16Opa!
01:17É, porque vocês estão falando da romantização da obesidade, né?
01:19A romantização, ela parte do pressuposto de que o excesso de gordura corporal não é
01:24um fator de risco pra saúde.
01:25Mentira!
01:26Todos nós sabemos que é.
01:28Inclusive eu, que já tive várias variações de peso ao longo da minha vida, dos meus 45
01:33anos.
01:34Eu peço 50 hoje, eu já pesei 71.
01:36E nunca me esqueço que a virada de chave pra eu emagrecer foi quando eu fiz exames e a
01:41médica falou, você está com gordura visceral.
01:43Isso é muito...
01:44Que é a barriga, né?
01:45É, a barriga.
01:46Eu não era obesa, mas eu estava bem cheinha.
01:48E aí eu me toquei.
01:49Então você imagina uma pessoa que tem, de fato, um sobrepeso e uma obesidade.
01:54Hoje eu sinto que as pessoas estão falando, os próprios médicos estão desmistificando
01:57um pouco isso, né?
01:59Então talvez, respondendo a sua pergunta, está havendo um recuo dessa celebração, né?
02:04Do body positive.
02:06E se você for parar pra pensar, o objetivo da vida de todos nós, não só estético,
02:11mais comportamental, intelectual, não é você buscar a sua melhor versão, pra usar
02:17essa expressão meio cansativa, não é você buscar a sua melhor versão, isso inclui
02:21a parte estética.
02:22Então você cuidar da saúde, você cuidar da sua alimentação.
02:24Então acho que esse é o objetivo da vida, né?
02:26Então fico feliz que está a Scarla, que é uma pessoa que eu acho muito simpática,
02:31inclusive me segue sempre comendo.
02:31Ela processa, eles têm medo de falar dela, diz que ela processa todo mundo?
02:35É, ela processava mais, já tem uma coleção, né, de processos.
02:39Mas eu tenho...
02:40Ela processou a gente?
02:40Não, o Léo Lins.
02:41Ah, o Léo Lins, mas o Léo Lins todo mundo processa, coitado.
02:45O Léo Lins é o Leonardo, né?
02:48Nosso amigo, um abraço, Léo.
02:50Enfim, mas...
02:50Clube do Coro.
02:51Fico feliz que ela tenha dado esse passo.
02:53Coro do repórter.
02:55Feliz que ela tenha dado esse passo, assim, enfrentando a opinião, não deixa de ser uma
02:59atitude corajosa, ela fez toda uma carreira em cima disso.
03:01Mas agora acabou o esquema dela, é esse que é o problema, né?
03:04Porque ela vivia disso.
03:05Era a bandeira.
03:06Não era?
03:07Era a bandeira dela.
03:08Mas chega uma hora que a ideologia já não é isso.
03:11Você tem questões mais importantes pra você cuidar do que a ideologia.
03:15Eu imagino que ela tenha vários...
03:17Porque, assim, a obesidade em si é uma doença e é uma porta de entrada pra milhares de
03:20outras doenças.
03:21Porque o povo é ruim.
03:23Você lembra do Jô Soares?
03:24O Jô Soares é uma puta gordaça.
03:26Aí o Jô Soares emagreceu.
03:28Faz tempo também.
03:29Certo.
03:29Aí ele ficou magrinho, os caras falaram, agora perdeu a graça.
03:32O Rassum, Rassum.
03:33Perdeu a graça também.
03:34Também.
03:34O povo é ruim.
03:35O povo é ruim.
03:36O povo é ruim, não tenho dúvida.
03:37Era legal quando você era gorda.
03:38É.
03:39Não, mas eu acho que...
03:39Quando ela era gorda, você era engraçado.
03:41Era simpático agora.
03:42Por que fazer isso com o cara?
03:43Mas no caso da Thaís, como aconteceu com a Jojô, quem sabe ela não encontre um outro
03:47nicho mercadológico pra ela atuar.
03:50A Jojô perdeu um monte de marca, ganhou outras.
03:52Talvez também seja o caso dela, não?
03:53Pode ser uma nova bandeira pra ela, o emagrecimento saudável.
03:56É que é questão de saúde, mas você vê, o próprio outro lado, né, de emagrecimento
04:00lá do Monjaro, que as celebridades tomam pra caramba, Ozenpik também.
04:03É, eu só ouço falar, eu não...
04:05Cabeça de Ozenpik.
04:07Também precisa de uma...
04:08Agora tem o novo, né, tem o Godzilla, que já é a evolução do Monjaro.
04:11É, mas a turma precisa de um acompanhamento médico, esse que é o ponto.
04:14Mas quando você posta, o cara fala, tá magrado.
04:16Diz que esse remédio vai acabar gordo no mundo.
04:18O Monjaro, né?
04:19É.
04:20Vai acabar.
04:21É até que assim, é muito caro ainda, né, pra você trazer.
04:24Agora no Brasil, o Samy trouxe até a notícia.
04:26Ele custava de seis a oito mil reais e vai dar entre oito mil e quinhentos a seis mil.
04:31É, a dose mais...
04:31Mais baixinha, né?
04:33A mais baixa.
04:33Mas mesmo assim, né, pra renda brasileira ainda significa muito.
04:37É, é.
04:37Mas não...
04:38Não, mas vai diminuir o preço, né?
04:39A tendência é barata, chega novos players, né?
04:41Claro.
04:41O Ozenpik vai ter quebra de patente, né?
04:43Vai agora.
04:44Então também vai descer o preço.
04:46Vamos ver.
04:47É, mas fico feliz pela Thaís.
04:49Desejo boa sorte a ela.
04:51É, eu não conheço.
04:52Neste novo processo.
04:52Eu não conheço, eu sei que ela processa todo mundo aí.
04:57É, porque ela fica brava.
04:59A pauta é usar a imagem, né?
05:01Sim.
05:01Falar, levantar uma bandeira.
05:02Sim.
05:03E não necessariamente você acredita naquilo.
05:05Você sabe que tem...
05:06Ah, sim, sim.
05:07Muita gente faz isso.
05:08Opa.
05:08Por conveniência.
05:09Você sabe que tem...
05:10Ou por política, ou por dinheiro, por publicidade.
05:12Tem um fato antigo, eu não sei se vocês já viram essa entrevista, eu também já não
05:15sei se eu falo tanto disso, mas é que pra mim é tão simbólico, de uma entrevista
05:18antiga do Milor Fernandes no Roda Viva, em que perguntaram pra ele, antiga já, perguntaram
05:24pra ele por que ele tinha brigado com um grande amigo dele, que era o Chico Buarque.
05:27E ele respondeu, eu não acredito em quem lucra com seus ideais.
05:32É forte isso, né?
05:33Mas é tão real.
05:34Quem faz da sua bandeira ali o seu...
05:37O seu grande lance, a sua grande mensagem profissional, desconfie.
05:43Tem alguma coisa aí.
05:45Mônica, você acha que é oportunismo econômico, é uma questão ideológica, é ficar bem
05:50com a patota, é transformar a sociedade numa pauta de esquerda, progressista?
05:57O que que tá por trás disso?
05:59Eu acho que é tudo isso, sem dúvida nenhuma, essa coisa do pertencimento, né?
06:02De você jogar pra galera e de você ficar alimentando ali a sua comunidade, é muito
06:06real.
06:07Olha, eu conheço pessoas que realmente fizeram disso um grande e rentável negócio.
06:12Porque é uma pauta que, se você for pensar, agrada, né?
06:16Agrada as marcas.
06:17Quantas marcas não se apoiam nesse discurso?
06:20Você pega uma Natura.
06:21Ai, tô fechando as minhas portas.
06:23Nesse momento, inclusive, você pega uma Natura.
06:26Você pega a Dove.
06:26Então, são marcas que construíram todo um legado em cima desse discurso.
06:30Então, assim...
06:31De botar mulher feia.
06:32Isso.
06:33Então, mas a marca...
06:34De quebrar padrões.
06:35Vamos colocar assim, né?
06:35É, então, eles pegaram as mulheres feias...
06:37A ausência de beleza.
06:39Aí falam, não, essas mulheres são as mulheres normais.
06:41Não é mulher normal.
06:43É mulher feia que o cara coloca ali pra dizer que é bacana.
06:46Mas não é anormal também.
06:47Então, o que tá acontecendo no mundo é um fato muito interessante.
06:52As mulheres mais velhas estão ficando mais bonitas, mais jovens.
07:00Não aconteceu antes.
07:01As jovens estão embugalhando de uma maneira...
07:05Não, é assustador.
07:08Porque eu ando na rua.
07:10Eu sou uma pessoa que eu ando, tô sempre na Paulista.
07:13E aí você vê aquelas meninas de vinte e poucos anos, tudo feia.
07:17Não sei se é a roupa.
07:18Não sei se é a moda.
07:20É tudo descuidada.
07:21É uma pessoa descuidada, é uma pessoa, um bagulho, pra ser honesto.
07:25São bagulhinhos.
07:26Você fala, meu Deus, onde é que estão?
07:28E as mais velhas, você pega a mulher de, porra, sei lá, a japonesa.
07:33A japonesa tem quarenta e pouco.
07:35Quarenta e pouco.
07:36Quarenta e cinco anos.
07:36É, um pouco mais novo que eu.
07:37Um case, né?
07:39Não, eu sei, mas não interessa.
07:40Você pega a mulher de cinquenta anos, porra, puta mulher bonita.
07:43Mas o que é isso?
07:44Mulher de cinquenta anos era velha.
07:47Era bagaço.
07:48Se você pegar há um tempo atrás.
07:50E as de vinte era um piteuzinho.
07:53Hoje, inverteu.
07:54Por quê?
07:55Você que é da moda.
07:56Então, porque acho que essa geração mais nova, geração Z, é uma geração muito
07:58suscetível a esses discursos progressistas todos, que pregam quebra de padrão.
08:03Que pregam que pra você ser intelectualmente, você ter uma ideologia, você ser intelectualmente
08:08superior, você não precisa cuidar da sua aparência.
08:10Como se fossem coisas que não podem...
08:12Você não é só um corpo.
08:13É, que não podem estar ali, enfim, presentes na mesma pessoa.
08:16E eu acho que a mulher, conforme vai ficando mais velha, que ela já não deve mais
08:19nada pra ninguém, ela já aprovou a que veio, ela já tá mais madura, ela não cai
08:23mais nessas falácias, nesse discursinho, entendeu?
08:25Então, ela é mais ela.
08:26E aí, eu acho que finalmente ela fica livre para cuidar da sua aparência da maneira
08:31que faz sentido pra ela, entendeu?
08:33E que normalmente é se melhorar.
08:36Ser mais bonita, fazer tratamento, se apresentar melhor, gostar mais do que ver o espelho.
08:40Pra mim, é sobre isso.
08:42Mas a pessoa fica bagulho pra mostrar intelectualidade, né?
08:45Ah, mas você não tem a dúvida que passa por aí, viu?
08:47É?
08:47Você não tem a dúvida que...
08:48Aquela franjinha rivotril.
08:50Porque...
08:50Aquilo é o quê?
08:51Sem pai.
08:51Hã?
08:52Franjinha sem pai.
08:53É rivotril, né?
08:54Aquilo é um erro.
08:55Aquela franjinha...
08:56Nossa senhora, que imbeleza fashion.
08:57Então, mas aquilo é pra mostrar que...
08:58Olha, eu tô com essa franjinha pra mostrar que eu sou inteligente.
09:01É isso?
09:02É, eu acho que a gente até falou sobre isso na última vez.
09:05É uma geração em que o clássico é careta.
09:08Você tem uma moda clássica, você ser bonito, você se cuidar, virou sinônimo de você ser conservadora,
09:14de você ser careta.
09:15E o esquisito é celebrado como a grande modernidade.
09:19Então, quanto mais esquisito você é, a moda vem desafiando um pouco esses padrões.
09:23Então, tudo que é padrão na nossa sociedade hoje é visto como...
09:28Enfim, como tudo é politizado, é visto como sinal de que você é ideologicamente de direita
09:33ou de extrema direita.
09:34Não, não, mas aí tem...
09:35Não, mas então...
09:35Tá ligado, tá ligado, Milho.
09:37Não, mas se você tira...
09:39Vamos tirar esse negócio de direita e esquerda, de Bolsonaro, de Lula, de PT.
09:43Vamos tirar isso da vida.
09:45Ok.
09:46Existe o Karetovski, que é uns puta nego caretão.
09:50E o pra frente ex.
09:51E o pra frente ex.
09:52Que ser careta também, pelo amor de Deus, né?
09:54Também é ruim, né?
09:55Ser careta.
09:56Mas define, você quer ser careta?
09:57Careta é o cara que é careta.
09:59É caretão.
10:00Não gosta.
10:00Se você faz um novo...
10:02Não, é careta.
10:03Não experimenta nada no...
10:04Tem o careta e tem a turma mais bacanóvis.
10:08É, pra frente ex.
10:09Mais aberta novo, né?
10:10Pra frente ex.
10:11Eu acho mais legal ser pra frente ex do que ser caretão.
10:15É.
10:16Eu sou caretão.
10:17Mas o pra frente ex que você gostava, hoje esse pra frente ex é justamente isso.
10:21É o quê?
10:22É o...
10:22É o cara que...
10:23Frangia.
10:23É o frangia sem pá.
10:24Não é bagulho.
10:25Não.
10:26Não é mulher bagulho.
10:27É, lógico que não.
10:28Mas todo mundo quer se inserir num contexto de pertencimento.
10:31De pertencimento.
10:31Não é?
10:32É, isso é a humanidade.
10:33Exato.
10:34O jovem quer pertencer a algum grupo.
10:36Agora, ao mesmo tempo, você vê o extremo dessa vontade de chocar, porque hoje em dia acho
10:41que tem muito com as internet, viralização, as pessoas querem chocar.
10:45E aí você vê também, por outro lado, uma forçação de barra patética, como por
10:48exemplo, daquele ator Carmo Delavecchia que desfilou maquiado.
10:52Ah, o Delavecchia.
10:53É.
10:53Eu acho bonito esse ator.
10:54Delavecchia é bonito.
10:55Carmo Delavecchia.
10:55É aristocrático, né?
10:56É uma senhora que você já saiu, Delavecchia.
10:58Ele tá de fio dental, né?
11:00Ele tá com uma roupa de mulher, né?
11:03É uma roupa...
11:03Aquilo é pra homem?
11:05Exato.
11:05Aquilo não é pra homem.
11:06Definitivamente não.
11:06Mas é gay, não é?
11:08É gay aquilo?
11:08É, ele é gay.
11:09É gay.
11:09Ah, mas então...
11:10Não, é gay.
11:10Então pronto.
11:11Mas enfim, aí você vê o quanto é patético uma pessoa também querer chocar, mas querer
11:16chocar como se fazia lá nos anos 80, que de fato, quando o Mato Grosso aparecia
11:19daquele jeito, era de fato um choque, né?
11:22Um choque dos padrões da sociedade da época.
11:25Hoje em dia já não é.
11:26Então fica tão forçado, fica tão fake, fica tão ridículo, que enfim, que é sintoma
11:31dessa sociedade, mas assim, Carmo, você já não tem 20 anos, já não justifica, né?
11:36Ele não é pra Frentex.
11:37É, enfim.
11:38Quem que é pra Frentex?
11:40Quem que é pra Frentex hoje?
11:41Hoje em dia.
11:42Seria no passado, olha só, a Lady Gaga, e já virou um negócio que não é mais.
11:45Olha lá, o que que é esse cara aí de barba?
11:47Esse é um ser?
11:48É um professor de picobol do centro.
11:51Não, mas isso é zoeira, né?
11:52É que hoje eu acho que o grande grito de liberdade, a grande coragem na nossa sociedade
11:56é você se assumir de direita, né?
11:58É o ator, no caso.
11:59É o Carmo Della Vecchia?
12:00É ele?
12:01É que ele não tá maquiado, eu não notei.
12:03Não, não é ele.
12:04Tá no lugar da rede social, é ele?
12:05Eu acho que o cara quer engajamento, ele pensa de uma forma, tá?
12:08Todo mundo quer render o bloco hoje na rede social.
12:10Todo mundo quer render o bloco, que é o recorte bom, é, é, exato.
12:13Falem bem, falem mal, mas falem de mim, né?
12:14Só fazer um break pra rede de rádio, estamos aqui, presença encantadora, hein?
12:19Mônica Salgado, arroba Mônica Salgado, tá aqui, nós vamos contratar ela, viu, Dela?
12:23Ela manja.
12:24É, lógico.
12:25Opa, topei.
12:26Elegante.
12:26O salário aqui é mais ou menos.
12:28Arroba Mônica Salgado, aqui com a gente no Instagram pra você seguir, ela tem o livro
12:32A Vida Que Não Postamos, que é a vida normal das pessoas.
12:38Um milhão de seguidores, ó aí, Zuzu, sucesso.
12:41Vai lá, Reginaldinho, ó.
12:43O que mais?
12:44Ô Mônica, ô Mônica.
12:45Estamos falando de tudo, hein?
12:46Sim, de tudo um pouco.
12:48É.
12:48O que que você, por que que as marcas abraçaram, na tua opinião, esse estilo?
12:53Esse estilo de ser pra frentex, de ser diferentão, por que que as marcas chegaram e falaram, olha,
12:58que legal, vamos ficar com essa turma aqui?
13:00Eu acho que de uns tempos pra, quantos anos pra cá, a gente viu a cultura woke se infiltrar
13:04em todos os setores da nossa sociedade, né?
13:07E acho que as marcas abraçaram, é isso, pra jogar pra galera, pra fazer bonito, pra conquistar,
13:12vamos dizer assim, essa nova geração de consumidores, né?
13:14Porque virou uma obsessão, você conquistar, como é que você fala com a geração Z?
13:17Como é que você chega na geração Z, que é o consumidor de hoje e do amanhã, né?
13:21Então, acho que virou uma grande obsessão, assim.
13:23Aí você viu essa retórica, essa narrativa, realmente se infiltrar, sobretudo, nos departamentos
13:29de marketing, que também são tocados por gente jovem, muito provavelmente por gente
13:33da geração Z, gente, hoje os departamentos de marketing, os gerentes de marketing das
13:36marcas, tem tudo, não tem 30 anos, né?
13:39Então são pessoas que já estão ali muito catequizadas, já foram muito catequizadas
13:43e seguem rezando na cartilha, apesar de todo o recuo que a gente vê hoje acontecer, né?
13:50Amém, senhor?
13:51Então, mas o cara não vê isso, que a mulher mais velha hoje em dia tá mais bonita e
13:55a mais nova tá embagulhando?
13:57Eu não vejo...
13:58Ele, como sendo de marketing, ele vê, porque isso é estética.
14:02A estética é uma coisa...
14:03É do ser humano.
14:04Ela não mente.
14:05Ela não mente.
14:05Ela não mente.
14:05A beleza, a gente vê, a gente sabe o que é belo.
14:09Os nossos olhos, eles também são treinados pra detectar o que é belo, né?
14:12A gente sabe o que é belo e o que é feio.
14:14Então, eu não entendo isso aí.
14:17Eu sei que o marketing, ele sempre vai no dinheiro.
14:22Ele rouba aquela pauta.
14:24Por exemplo, o Burger King.
14:26O Burger King aqui, ele é todo aquele símbolo lá do arco-íris e tal.
14:30Se você for pra Arábia, é a mulher de burca vendendo o Burger King.
14:36Por quê?
14:36Porque ele quer vender o Burger King.
14:37É o mercado.
14:38Ele não interessa, sim.
14:40É, ele se adapta.
14:41É, ele se adapta no mercado.
14:42Então, é meio...
14:43A publicidade sempre engana as pessoas, né?
14:45Ela sempre seduz.
14:47Isso.
14:47Ela sempre seduz quem tá consumindo, né?
14:50Então, mas a gente tá indo por um caminho tão esquisito.
14:52Eu não sei se vocês viram, semana passada, que saiu...
14:54Não sei se vocês já falaram sobre...
14:55Pode falar, marca, né?
14:56Lógico.
14:56Saiu a campanha da 3CM.
14:58Com a Sabrina Sato e com a Maria Bethânia.
15:00Vi, do negócio do cabelo, né?
15:01Do cabelo.
15:02Quem me chamou.
15:03Exato.
15:03E era...
15:04Olha que coisa maluca.
15:05Você falou que a publicidade visa o dinheiro.
15:07Eu acho que hoje, nesses tempos de viralização, o que a publicidade quer é viralizar no curtíssimo
15:12prazo, ainda que não faça sentido pra identidade da marca, pro legado da marca.
15:163CM teve a brilhante ideia e foi super elogiado pelo mercado, hein?
15:20Coisa que eu fiquei meio chocada.
15:22Era uma linha antifreeze, né?
15:23Freeze são esses cabelinhos que ficam escapando e tal.
15:26E aí eles tiveram a ideia de contratar a Maria Bethânia, que é conhecida pela sua
15:30cabeleira, lotada de frizz.
15:33E na peça publicitária, ela textualmente dizia...
15:37Primeiro, ela questionava a Sabrina, o produto antifreeze, o que é isso?
15:40Nunca nem ouvi falar.
15:41E segundo, que ela conclui que nunca vai usar o produto porque ela gosta da cabeleira
15:45dela do jeito que é.
15:47Aí eu te pergunto, viralizou?
15:48Super viralizou.
15:50Curtíssimo prazo, todo mundo falou.
15:52Ah, que propaganda bold, que corajosa.
15:54Foi na contramão do mercado, ousou.
15:56Mas e no médio e no longo prazo, gente?
15:59Mas é que nem quando tinha aquele negócio do dia das mães, o dia dos pais, que punha
16:04a Tammy Gretchen.
16:05Isso.
16:06Era boticário, sei lá o que que é que fazia.
16:08E também você vê aquilo, puta, lá vem ele querer se perfazer em cima de mim.
16:12A conta que eles fazem é o seguinte, quanto que seria o dinheiro pra ter esse awareness,
16:18né?
16:18Esse barulho.
16:20Esse barulho.
16:21Mas não é uma campanha pra retorno imediato.
16:26Quando a empresa é grande e tem muito dinheiro, pode fazer isso.
16:31Fortalecimento de marca.
16:32É, agora empresa pequena.
16:33Mas fortalecimento ou desafortalecimento?
16:35Não, mas aí eu tenho uma dúvida que será que o profissional de marketing, ele realmente
16:41está pensando no resultado da empresa?
16:43Ah, então eu vou fazer uma coisa aqui disruptiva pra gente ganhar dinheiro.
16:46Ou ele está colocando a ideologia dele em primeiro lugar, né?
16:51E não pensando no resultado dos investidores e dos sócios.
16:54Pode ser.
16:55Um caso emblemático foi o da Jaguar, né?
16:57Sim.
16:58A Jaguar que jogou o legado dela de, sei lá, de décadas, não sei quanto tempo tem
17:02a marca, no lixo, em nome de uma virilhação, na minha opinião e acho que também a opinião
17:06do mercado, o tiro saiu pela culatra, porque você perde o teu cliente cativo e você também
17:10não ganha o cliente da geração Z, porque Jaguar não é uma marca desejável pra essa
17:14nova geração.
17:15Então, eu realmente, eu não sei se no médio e no longo prazo isso faz sentido, tudo
17:21bem, a conversão não é imediata, mas será que mexe no ponteiro de venda no médio
17:24e longo prazo?
17:25Porque você falou da publicidade, a publicidade clássica, ela podia ser disruptiva, ela podia
17:30chocar, mas existia um mínimo alinhamento com os princípios e com os valores da marca.
17:37Então isso existia, não ficava uma coisa esquizofrênica, completamente desalinhada com o propósito
17:42da marca.
17:43Então, não sei, o marketing tá caminhando pra esse lugar que eu acho perigoso da viralização
17:47a qualquer custo.
17:48Mas você não acha que quando faz movimento, barulho, por exemplo, vamos pegar Cauã Raymond,
17:52que é um cara mais falado hoje por a masculinidade tóxica do passado.
17:56Isso.
17:57E agora essa novela tava pra flopar, ninguém tava falando da novela.
18:01Aí vem a história do Cauã, que é fedido, que o cara tem a treta com a atriz, isso
18:07deu uma movimentada.
18:08Mas você acha que foi marketing?
18:09Eu não sei.
18:10Eu não sei.
18:11Essa é a minha pergunta.
18:13Você acha que é propósito?
18:14Tem outra briga.
18:15Tem briga, mas no final tava viralizando a novela, ninguém tava falando.
18:19Também tem uma intenção.
18:20Ninguém tava falando das novelas da Globo até o passado.
18:22Não, realmente, virou uma coisa.
18:25Apesar dos esforços de alguns atores, como por exemplo a Débora Bloch, de afugentar
18:31a audiência de mais da metade do Brasil com aquelas declarações estapafúrdias.
18:34Da Odete Rocha.
18:35É.
18:36Que é Odete Rocha, mas de extrema direita.
18:38É.
18:38Não, exato.
18:39Não existe direita, né?
18:41Tudo é extrema direita.
18:43E apesar dos esforços da Débora Bloch de afugentar um telespectador, eu acho que deu
18:49uma oxigenada a polêmica do Cauã, sem dúvida.
18:51Na novela.
18:53Lembra o vídeo que a gente mostrou da Odete Rocha?
18:54Mas depois eles podem procurar, que ela fala que é um personagem...
18:58Vive.
18:58Extrema direita.
18:59Extrema direita.
18:59Ai, gente, que discurso empoeirado, né?
19:02Que discurso chato.
19:03Ela fala isso mesmo.
19:04Que, ai, como é que alguém pode ser tão retrógrado, tão preconceituoso.
19:09Alguém da extrema direita.
19:11Mas pega a novela antiga.
19:12Meu, os caras desse...
19:13Era outro...
19:13É que na época...
19:14Era outro contexto.
19:14Então, mas na época, era o rico, né?
19:17Era o rico que tinha essa...
19:19Era a elite que tinha essa...
19:21Imagem.
19:21Esse discurso, essa imagem.
19:22Ah, você é pobre, você não sei o quê.
19:24A impáfia.
19:24A impáfia.
19:25Aí virou essa divisão, e essa divisão virou com o Lula, né?
19:30Que era nós contra eles.
19:31Sim.
19:32E a partir daquele momento, passou a ser...
19:35E aí apareceu o Bolsonaro, e aí passou a ser a extrema direita.
19:40Então, é tudo...
19:41Rotulado, rotulado.
19:42Não, é politicamente pra você ganhar voto.
19:45Entendeu?
19:46Porque não tinha isso.
19:47Era o rico e o pobre.
19:49Aí o Lula falou, não.
19:50Nós contra eles.
19:52Que era o quê?
19:52Patrão contra o empregado.
19:53Patrão contra o empregado.
19:54Que é o opressor e o oprimido.
19:56É sempre essa conversa.
19:57Sim.
19:57E aí, depois que apareceu o Bolsonaro, tudo é culpa do Bolsonaro.
20:01Tudo que não se resolve, a culpa é do Bolsonaro.
20:03Olha lá, Tia.
20:04Olha lá.
20:05Ai, essa declaração.
20:07Pessoas defendendo esse tipo de pensamento.
20:09Esse perigo sempre esteve a lei.
20:11Olha lá, é um perigo.
20:13Como se nunca existisse o Maldete Reutemann.
20:16Não, e é engraçado...
20:17Bom, deixa ela terminar.
20:18De mente.
20:19Não, isso é só.
20:19Não, é engraçado que assim, ela fala de adjetivos, retrógrado, preconceituoso.
20:24Bom, corta pro Lula.
20:25Falando que a mulher dele não nasceu pra ser dota de casa.
20:28Que ia botar a mulher bonita na articulação política pra o diálogo acontecer.
20:33Então, assim, cara, os fatos são absolutamente ignorados nesse discurso.
20:38É bem irritante.
20:39É.
20:40Bem irritante.
20:41E o Cauã, qual o sucesso?
20:44Sucesso, não é?
20:44Não é, Didão?
20:45Você gosta de homem fedido ou não?
20:46Não, eu gosto de homem bem cheirosinho.
20:48É.
20:48Então, mas depois de um futebol...
20:49Talquinho, não.
20:50Não, talquinho.
20:51Talquinho, não.
20:51Cheiro de bebê, não.
20:52Tem um limite, o cheirosinho.
20:55O bebê Johnson, não.
20:56Não, concordo.
20:57Tem um limite.
20:57Cheirinho de pó gló.
20:58Porque tem ali o feromônio também.
21:00Você também quer sentir um pouco, né?
21:01Dessa masculinidade ali.
21:04Pois é, Cauã.
21:07Conheço Cauã, né?
21:08Já fotografei algumas vezes.
21:09Cauã sempre foi gentilíssimo comigo, com a equipe.
21:12É um homem muito inteligente.
21:15Cauã tem muito repertório.
21:16Eu não sei, eu acho que ele flutua meio acima do bem e do mal, né?
21:20Com o que ele conquistou hoje, com o nome que ele tem, com a carreira que ele tem.
21:23E na festa de 60 anos da Globo, ele também foi bem festejado, né?
21:28Ele teve um protagonismo ali, que eu acho que a Globo meio que endossou.
21:31Falou, ó, está com você.
21:33Então, não sei.
21:34E a menina...
21:34É a aposta, né?
21:35E a menina bela é...
21:37É fraca, né?
21:39Uma atriz.
21:39Você sabe que nessa festa...
21:42Pode ser uma pessoa maravilhosa.
21:43Você sabe que não convidaram o Boni.
21:45O velho Boni...
21:47O velho Boni...
21:48Aí é demais.
21:48Aí é a passar dos limites.
21:50O velho Boni...
21:50Convidaram até a Regina Duarte.
21:52Não convidaram.
21:52O Emílio foi convidado.
21:53O velho Boni não foi convidado pra festa.
21:56Por quê, pô?
21:57Não sei.
21:57Tem uma trema.
21:58Esqueceu.
21:58O Boni é...
21:59O Boni, ele inventou o padrão Globo.
22:02Posso chamar o...
22:05O Fernando aqui?
22:06Pode.
22:06Você fica aqui?
22:07Lógico.
22:07Fica aqui, ó.
22:08Puxa a cadeirinha.
22:09Puxa mais uma cadeira aqui.
22:10O Fernandão vem falar aqui de algo muito legal.
22:13Já vamos aproveitar agora.
22:15Senta aqui, ó.
22:16Você conhece, né?
22:17Do avião.
22:18Esse é o nosso piloto.
22:19O Fernandão do avião.
22:20Ele sempre vem aqui.
22:21Tudo bem, prazer.
22:22Tudo bem, prazer.
22:22Ele sempre vem aqui.
22:24E aí, Fernandão, beleza?
22:25Senta aí.
22:25O projeto...
22:26Ele sempre vem aqui, sempre quando tem um acidente.
22:29E sempre é chato.
22:31Porque o cara é piloto.
22:33E aí você...
22:34E você sabe que as pessoas são muito curiosas, né?
22:37Elas querem...
22:37Aí cai o avião.
22:39Aí a gente liga pra ele e fala...
22:40Pô, mas eu não...
22:41É complicado eu falar agora porque tem muita coisa envolvida.
22:44Tem os familiares.
22:45Tem todo, né?
22:46É todo um esquema que existe lá na profissão dele.
22:49Uma ética, né?
22:50Exato.
22:51Não, eu preciso falar.
22:52Hoje eu quero levar pra vocês um projeto.
22:55É isso.
22:55Coisa boa.
22:56Hoje é coisa boa.
22:57Exatamente.
22:58Prazer estar aqui e falar sobre esse projeto.
23:01Eu gosto de dizer que todo mundo usa e precisa da aviação, mesmo nunca tendo entrado num avião na vida.
23:07E esse projeto que eu faço parte, que chama Transplantar, é muito legal porque ele viabiliza o uso de aeronaves executivas, helicópteros, aviões, jatos, turbo-hélice, pra transportar gratuitamente órgãos pra transplante.
23:20Então, é um projeto que tem o apoio do governo do estado de São Paulo, inclusive foi lançado no Palácio Bandeirantes no ano passado, em setembro.
23:29Foi lançado pelo governador.
23:30Quem idealizou esse programa foi um grande amigo meu e também sócio, o Francisco Lira, que ele é presidente do Instituto Brasileiro de Aviação.
23:38E também o meu amigo Ronaldo Norato, que é cirurgião cardiovascular.
23:42Ele conhece todo o processo, né?
23:45Ele já fez milhares de transplantes de coração, no caso.
23:48E o que acontece principalmente com os órgãos críticos, que são coração e pulmão?
23:53Eles têm um tempo muito curto de vida fora do corpo, né?
23:57Que é o que a gente chama de isquemia.
23:58Então, são quatro horas do momento que ele é retirado do doador e ele é implantado.
24:04Caramba!
24:05Quatro horas!
24:05Quatro horas!
24:06E não é quatro horas de transporte, porque muita gente acha, ah, tem quatro horas pra transportar.
24:10Não, são quatro horas da hora que tira até a hora que ele começa a funcionar no corpo do receptor.
24:17Então, é muito pouco tempo.
24:19Isso significa que sem aeronaves seria muito difícil o transporte, né, pra transplantes desses órgãos.
24:27Outros órgãos, como o fígado, tem mais tempo, 12 horas, né, assim por diante.
24:32As córneas demoram bastante tempo também.
24:34Então, você consegue viabilizar até outros transportes de uma forma mais eficiente.
24:38Agora, coração e pulmão, principalmente, é muito pouco.
24:42Então, por isso que eu uso a frase, né, que todo mundo usa aeronaves, mesmo nunca tendo entrado num avião.
24:47Porque muita gente que tá doando e muita gente que está recebendo, nem imagina que aquilo só é possível porque tem aeronaves no meio desse trajeto, né.
24:57E outros serviços também que a aviação proporciona, que nem dá pra citar aqui porque é muita coisa.
25:02Depois a gente faz um outro programa só pra isso.
25:04Claro!
25:04Mas esse projeto, ele é muito legal porque na aviação executiva, muitas aeronaves ficam ociosas, paradas no hangar.
25:12Tô falando aí de 80 a 90% das aeronaves executivas, que são milhares de aeronaves entre helicópteros e aviões, que ficam sem uso nos hangares.
25:21Então, por que não colocar esses aviões pra voar com o apoio da ANAC, o apoio de concessionárias de aeroporto, como a CCR, que tá também apoiando o projeto, apoio do Instituto do Coração, o INCOR, pra utilizar essas aeronaves pra poder fazer esse transporte gratuito.
25:39Ou seja, os proprietários dessas aeronaves doam as suas horas de voo pra que esses órgãos sejam transportados junto com a equipe médica.
25:48Porque um órgão, ele não pode ser transportado sozinho.
25:50Legal demais!
25:51É muito bacana esse projeto.
25:52Você sabe que o Brasil, a gente tem pouca coisa de voluntariado, né?
25:55Isso é um negócio muito bacana.
25:58Da cultura, Brasil.
25:58E pouca gente sabe disso.
26:00A nossa cultura não tem muito esse...
26:03E pouca gente sabe disso, porque muita gente vê um jato executivo, um helicóptero, acha que isso é coisa de milionário, de coisa que é inatingível.
26:12Mas o cara que é o proprietário, a empresa que é proprietária daquela aeronave, doa essas horas de voo pro transporte.
26:17Ou seja, isso não tem custo nenhum pro governo, pros hospitais, pra nada.
26:22E você consegue aumentar muito mais o alcance de doadores, conectar doadores e receptores.
26:29Recentemente, a gente no Transplantar já fez mais de 32 viagens transportando órgãos desde do ano passado, desde outubro do ano passado, quando foi feito o primeiro voo.
26:38E a expectativa é que a gente consiga ajudar a salvar pelo menos 5 mil vidas nos próximos anos com essa iniciativa.
26:47Porque a logística, ela é um grande problema no Transplantar.
26:52Entre 20% e 30% de órgãos são descartados por falta de logística, por problemas logísticos.
26:59E o Brasil é um país onde nós estamos falando aí de, por volta de 160 aeroportos que são atendidos, 160 cidades que são atendidos por avião da aviação regular, companhia aérea, onde tem mais de 5.500 municípios.
27:14A aviação geral, a aviação executiva, ela consegue ir muito mais longe pra muito mais aeroportos.
27:20Então, se você tem um doador, vamos supor, no interior da Bahia, onde não tem um aeroporto da aviação regular, que é compatível com um receptor em São Paulo ou um receptor em Minas Gerais, sem um avião executivo, esse órgão é descartado.
27:34Não resolve.
27:35Exatamente.
27:36Então, tudo isso, todo esse projeto é conectado ao sistema único de transplantes, porque a forma que é escolhido quem vai receber esse órgão, tem toda a questão médica de compatibilidade,
27:49que já é mais a parte do doutor honorato, que é cirurgião cardiovascular, mas a nossa parte como aviação, no transplantar, é quando tem essa compatibilidade, a gente disponibilizar a aeronave correta pra aquele trajeto.
28:04Então, vamos dar esse exemplo, Bahia-São Paulo, tem que ser um jato, não dá pra ser um turboélice ou um motor a pistão, que é muito lento, tem que ser um avião a jato.
28:12E quando tá dentro de cidades, a gente também disponibiliza helicópteros.
28:16Um exemplo, na véspera de carnaval, eu até participei desse voo, nós saímos com um jato executivo de Congonhas, de um frigorífico, que doou o avião.
28:26Fomos até Presidente Prudente, no interior de São Paulo, lá no oeste do estado, captar um coração.
28:32Eu acompanhei toda a cirurgia, foi a primeira vez que eu vi, e pra mim foi uma coisa bem impressionante, né, porque eu não sou da área médica,
28:38e é um trabalho belíssimo que esses médicos fazem, captaram o coração.
28:44Nós voltamos de avião pra São Paulo, foi 45 minutos de voo.
28:48Só que antes da gente coordenar toda a logística, eu pensei o seguinte, eu tava nessa coordenação com o Francisco Lira,
28:55falei, tá, é véspera de carnaval, nós vamos pousar em Congonhas, 8 horas da noite,
29:00como é que essa ambulância vai chegar no hospital das clínicas, no caso era o hospital do coração,
29:04no hospital do coração, em quanto tempo?
29:06Aí a gente conseguiu um helicóptero, então nós pousamos em Congonhas, o helicóptero já estava no pátio, acionado,
29:13esperando a gente sair do avião com o coração, entramos no helicóptero.
29:17Uma logística, né? Aquela história, né? Salvou uma vida, salvou a humanidade.
29:21Exatamente.
29:22Eu vi um documentário, porque isso aí só fazia o exército, a Força Aérea.
29:27Eu vi um documentário da Força Aérea fazendo isso, e realmente é até emocionante muito.
29:35Porque você tem aquele tempo pra fazer.
29:36É uma correria, eu que participei dessa... até a gente vai publicar um vídeo no canal em breve, né?
29:42Pô, que legal, que legal.
29:43Desse processo todo.
29:46Eu vendo ali, foram duas horas de cirurgia pra captação do coração.
29:49Eu não sabia que o coração bate até o momento que ele é desligado do corpo.
29:53Então, eu assisti todo aquele processo.
29:58A partir do momento que ele é retirado do corpo, começa uma grande correria, porque são quatro horas total.
30:05Então, coloca dentro do recipiente, pega a ambulância, sai de ambulância do hospital até o aeroporto,
30:12entra no avião, faz todo o trajeto, 45 minutos de voo, chegou em São Paulo,
30:16partimos pro helicóptero, do helicóptero, três minutos a gente tava em cima do hospital do coração.
30:21Aí os médicos foram continuar o trabalho.
30:24Nesse meio tempo todo, o paciente que vai receber o coração já tá sendo preparado,
30:29porque não tem tempo de abrir o paciente quando o coração já tá na mão.
30:33Então, o paciente fica pronto, preparado, pra hora que ele chegar ao coração, é tirar um e colocar o outro.
30:38Tem um tempo de cirurgia, evidentemente, né?
30:41E é muito impressionante, pra quem não é da área médica, como é o meu caso,
30:44acho que acredito que ninguém aqui, né?
30:46Não.
30:47Mas é muito impressionante, até o que o doutor Ronaldo Norato mostrou,
30:51como que o coração volta a bater no corpo da pessoa.
30:54Até arrepia.
30:55Porque eu também achava que era um negócio assim, dar um choque elétrico, tipo um desfibrilador.
31:01Não.
31:02Ele simplesmente conecta, solta as pinças, o sangue começa a irrigar,
31:07o coração começa a bater, toda uma arritmia completa,
31:11em alguns segundos ele vai se ajustando sozinho e começa a bater sozinho.
31:15E você vê a vida acontecendo de novo dentro do corpo.
31:18É impressionante.
31:19E a aviação totalmente envolvida nisso.
31:21Pô, parabéns, cara.
31:22Parabéns aí por esse projeto.
31:23E quem quiser, pode...
31:25Você tá divulgando isso, né?
31:27Sim, eu tô divulgando isso.
31:28Onde é que tá?
31:28Vou até olhar no site.
31:30Tem um site?
31:31Tem um site do Transplantar.
31:33Eu vou pegar certinho aqui, porque ele é meio comprido.
31:35Só pra não falar errado.
31:37Ele é, ó...
31:39Complicado?
31:41É melhor lá no seu, lá.
31:42É, pode entrar no meu, que eu tenho todas as informações.
31:45Eu vou publicar o vídeo daqui a pouco, em breve, né?
31:47Mas, ó, é www.transplantar.institutoaviacão.org
31:56Então, transplantar.institutoaviação.org
32:00Lá tem todas as informações do projeto.
32:03Pra doadores.
32:04Pra doadores.
32:05É, aí já é mais a parte do sistema único de transplante.
32:08Quem precisa do...
32:09Exatamente.
32:10A gente quer, com esse projeto, incentivar duas pontas.
32:14O proprietário das aeronaves...
32:15Legal.
32:16Né?
32:16Pra doar os seus aviões.
32:18A gente também tá trabalhando com incentivo de combustível, taxa aeroportuária,
32:23pra zerar taxa, pra zerar taxas de voo, né?
32:27O voo fica mais viável até pro proprietário.
32:31Pra você ter uma ideia, a adesão, até agora, tem sido de 100% dos proprietários de aeronaves.
32:36Nenhum proprietário de aeronave falou, não, agora não.
32:39E já teve caso, inclusive, de empresário que o avião dele tava sendo utilizado
32:43e ele fretou um outro avião pra não deixar de atender.
32:46Falou, não, mas a ideia é você doar o seu.
32:47Não, mas eu quero ajudar o cara a fretar um avião.
32:49Entendi.
32:50Muito legal.
32:50E a gente quer incentivar também a doação de órgãos, né?
32:53Porque muitos órgãos são descartados e muitas pessoas vêm a falecer sem doação
33:00e outras pessoas não salvam suas vidas por conta disso.
33:04Esse que tá aparecendo aí é o meu amigo Francisco Lira, que é o presidente do Instituto
33:08Brasileiro de Aviação.
33:09E logo em seguida, o doutor Ronaldo Honorato.
33:12Os dois estão viajando fora do Brasil, então eles não puderam estar aqui comigo.
33:17Parabéns, cara.
33:18Parabéns, Fernandão.
33:18Obrigado.
33:19Muito obrigado.
33:19Deixa eu só aproveitar esse momento agora, que já nós estamos aqui ao lado da Mônica
33:24Salgado também, pra saber da velha...
33:27Da velha...
33:28Eu tava esperando essa.
33:29Você viu isso aqui ou não?
33:30Da American Airlines, que ela foi, não?
33:32Sim, sim.
33:33Então, mas qual é essa história?
33:34Mas é maravilhoso.
33:35A velha...
33:36Essa história é mais gente perdendo a noção, né, dentro dos aviões.
33:39Eu não consigo...
33:40O cara que levanta, ele não conhece ela, tem um tio de cueca.
33:43Essa foi a minha dúvida.
33:44Não, não.
33:44Ele conhece ela ou não?
33:45Eu não entendi, não, né?
33:47Tem um cara que começa a acreditar.
33:48Não, não, não.
33:49Tem de direito o processo ali.
33:50Não, tem um outro cara que ele conhece, que acho que é Caio.
33:52É o Caio, ele chama Caio, é.
33:54Caio, é.
33:55Então, eu acho que ele não tem...
33:56É o Caio pro povo.
33:56O senhor que levanta...
33:57Bom, uma mulher vai lá...
33:58Vamos explicar o que aconteceu.
33:59Vamos lá.
34:00A mulher...
34:01Parece que o voo atrasou.
34:03Isso.
34:03O voo da América...
34:04Aliás, a América era campeã.
34:05Nossa, a América tá numa fase.
34:07A América é campeã de atrasar voo.
34:08É uma porcaria essa American Airlines.
34:11Ela atrasou.
34:12Aí diz que a velha saiu da econômica e foi falar com o piloto.
34:18Isso.
34:18E tem que passar pela executiva.
34:20E aí o cara da executiva, ele tá com pijama.
34:22É uma cena esquisita.
34:24Essa cena aí, ó.
34:26Quer dizer, aumenta o áudio aí.
34:27Aumenta.
34:28Aí, ó.
34:29Que é o fascista?
34:30E sempre tem alguém que...
34:32Não faz isso.
34:33Você não quer vergonha, mas deixa...
34:34Eu jogou um susto e o medo do que caiu.
34:38Eu te dou...
34:38Caiu.
34:39Caiu, olha lá.
34:40Sem bagunça.
34:43O Caio é amigo dele.
34:45Para você também de falar.
34:46Ele tá pedindo ajuda do amigo.
34:47Eu fui perguntar por que...
34:48Caiu!
34:49Olha lá.
34:49Ele tá velha, ó.
34:51Esse é o comissário.
34:53Parece o garçom da Dias.
34:54O Caio...
34:55O Caio tava...
34:56Ó.
34:57Então.
34:58Isso aí.
34:59O cara vai preso.
35:00Essa mulher foi presa?
35:02Eu não sei o desfecho depois.
35:03Ela foi expulsa do avião.
35:04Isso.
35:05Né?
35:05Isso.
35:05E ela pode sim ser presa.
35:07Se isso é nos Estados Unidos, ela vai presa por atentado à segurança de voo.
35:11Mas o caio tava parado?
35:12Que é gravíssimo.
35:13Não tem importância.
35:14Não tem.
35:14Você só pode...
35:15Claro que em voo é proibido...
35:18Entrar na cabine.
35:18Totalmente entrar na cabine.
35:20Não tem como.
35:21Com o avião em solo, você pode, se quiser visitar a cabine, tirar uma foto com os pilotos,
35:25ok, você tem que pedir autorização pro comissário, o comissário te conduz até lá, o piloto
35:30te recebe.
35:30Agora, você, por livre e espontânea vontade, do nada, falar eu quero falar com o piloto
35:35e ir invadindo até chegar na cabine...
35:36Mas foi isso que ela fez?
35:38Ficou comprovado?
35:38Aparentemente, não sei.
35:39Aparentemente, pelo vídeo, ela foi entrando ali.
35:42Eu não sei qual foi o desfecho da história.
35:44Mas, assim, não pode uma pessoa sem autorização dos comissários, dos tripulantes, entrar ou
35:50tentar entrar na cabine de comando de um avião.
35:52Ela vai ser contida, ela vai ser presa.
35:55Isso é atentado contra a segurança de voo, né?
35:58Então, ah, o voo tá atrasado, eu quero lá tirar a satisfação com o piloto.
36:01Não.
36:01Não é com o piloto.
36:02Não faça isso.
36:03Não faça isso.
36:04Você não pode entrar, né?
36:05Inclusive, por causa de terrorismo.
36:06Mas, só pra falar da notícia, durante a confusão registrada por vídeo, o passageiro
36:11que tava no 1D, né, que é esse senhor que levanta, ele grita Caio, que é o cara que
36:16é comissário, e realmente não tem nada a ver com a moça.
36:19Ele não conhece.
36:19Não, mas o Caio não é o comissário.
36:21Tá falando aqui, ó, estava no assento 1D, não tinha envolvimento prévio no incidente,
36:25tentou intervir aos gritos, ele confrontou o comissário chamado Caio.
36:30Mas tem um outro cara.
36:31Porra, não, tem um comissário e tem uma outra pessoa.
36:36É que o vídeo é muito confuso, é muito totalmente confuso.
36:40É, não sei quem é.
36:40Acabou, Dede.
36:41De onde vem, pra onde vai.
36:43É mais uma notícia.
36:44Mais uma notícia incompleta.
36:46Mais uma notícia incompleta.
36:47Você sabe que...
36:48Aprenda com o verão dela.
36:49É o meio jornalismo aqui.
36:51Não tente abrir a porta do avião em voo, não faça essas coisas.
36:54Fica quietinho lá, sentadinho.
36:56Fica bonitinho, tranquilo.
36:57Eu vim do México semana passada e até o avião atingir 10 mil pés, um calor dentro
37:01do avião.
37:03Ficamos lá quietos, abanando, vou fazer o quê?
37:05Não tem jeito.
37:05Dá pra perguntar pro comissário, mas não vou sair correndo, gritando, gritando Caio,
37:09né?
37:10Caio, abre a caminha, não é assim.
37:11Muito bem.
37:12Bom, deixa eu agradecer, Mônica.
37:14Obrigado por você ter vindo mais uma vez.
37:15Prazer.
37:16Prazer.
37:16Vamos contratá-la, hein?
37:18Opa, Mônica Repórter.
37:20Já, anota meu pix aí.
37:21E vou agradecer também o Fernando.
37:24Parabéns pela iniciativa.
37:26Fica aí pra você, nossa audiência em todo o Brasil, se puder colaborar.
37:30E o YouTube dele, põe aí o canal, que é o Transplantar, não é isso?
37:35E tem o seu canal também.
37:36Sim, Aero Por Trás da Aviação.
37:38Inclusive tem o nosso site agora, que é aeroportrasdaaviação, da maneira que tá
37:42escrito aí, ponto com.
37:43Já tem todas as informações lá, todas as mídias que a gente tá.
37:48E aí, entra no site do Transplantar pra conhecer mais também o projeto.
37:52Tá boa.
37:52E da Mônica também as redes sociais aí pra você seguir.
37:55Obrigado, viu?
37:56Valeu, turma.

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