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  • 29/04/2025
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Transcrição
00:00A temporada de resultados do primeiro trimestre de 2025 começa a agitar os mercados nesta semana
00:06com a divulgação dos balanços de empresas brasileiras e multinacionais.
00:11E olha só, para entender o que esperar dessa temporada e o que já foi divulgado até aqui,
00:17nós vamos conversar agora com o Fernando Ferreira, estrategista-chefe na XP Investimentos.
00:22Oi, Fernando, muito bom dia para você. Seja bem-vindo ao Real Time.
00:27Bom dia, Eduardo. Bom dia a todos que nos escutam.
00:29Já vou emendar com uma pergunta. Aqui do meu lado está o Rodrigo Loureiro, nosso analista de economia e finanças.
00:35Vai me ajudar nessa entrevista. Mas, Fernando, eu queria já puxar, é claro, citando essa questão da guerra tarifária.
00:41Porque um balanço muito esperado pelo mercado era o balanço da Gerdau, que foi divulgado ontem,
00:46com reflexos já do tarifaço americano. De acordo com a siderúrgica, houve um aumento da demanda por aço.
00:53É possível dizer que houve um efeito colateral positivo das tarifas?
00:57Ou como que você avalia esse balanço?
01:01Olha, eu diria que para várias empresas ainda é cedo,
01:05para já termos o impacto total que essas tarifas terão sobre os seus resultados.
01:12porque, afinal de contas, as novas tarifas foram anunciadas apenas no dia 2 de abril.
01:19Então, a gente tem os resultados do primeiro trimestre de 2025,
01:23que ainda não tínhamos todo o anúncio das tarifas feitos.
01:28Mas, o que já vemos nos resultados de várias empresas,
01:32além do resultado da Gerdau, como nas empresas americanas também,
01:36é que muitas empresas já se anteciparam ao movimento de tarifas.
01:41Muitos consumidores também já se anteciparam e aumentaram seus níveis de estoque,
01:46seus níveis de compras, já esperando que as tarifas fossem aumentar nos Estados Unidos,
01:53dado que era uma promessa de campanha do governo Donald Trump.
01:56Então, o que a gente vem observando é que o nível de estoques,
02:00de maneira geral, na economia americana aumentou.
02:03E, no caso da Gerdau, que tem uma exposição grande ao mercado americano,
02:07eles acabaram vendo esse benefício no primeiro trimestre,
02:10mas que, olhando para frente, ainda vemos um cenário bastante incerto
02:15para várias companhias aí no mundo todo.
02:19Fernando, bom dia.
02:20A gente viu essa guerra comercial, essa escalada da guerra comercial,
02:24causar um efeito drástico na Bolsa americana.
02:27O S&P chegou a cair para baixo dos 5 mil pontos.
02:31Muita gente já apontava ali que se abaixasse para 5.400 pontos,
02:34era um sinal claro de que os Estados Unidos estariam entrando em recessão.
02:38Por outro lado, a gente está vendo agora uma recuperação, é bem verdade,
02:42mas, por outro lado, a Bolsa brasileira ganhou muito fôlego nessas últimas semanas.
02:46O Ibovespa fechou ontem acima dos 135 mil pontos, está próximo do recorde.
02:51Queria que você explicasse para a gente o que motivou essa alta da Bolsa brasileira,
02:57porque já tem gente falando que a desgraça de um pode ser a alegria dos outros.
03:01É um pouco por aí, a Bolsa brasileira ganha força com essa queda das bolsas americanas,
03:06ou tem algum outro fator que esteja impulsionando esse aumento das ações brasileiras?
03:12A gente acredita que sim, porque o Brasil acabou sendo,
03:17ficando de fora do olho do furacão desse debate das tarifas,
03:21principalmente entre os Estados Unidos e China.
03:23As tarifas que foram impostas ao Brasil foram as menores,
03:27dentre todos os países, nos 10% de tarifa,
03:31dado que o Brasil tem um déficit comercial com os Estados Unidos
03:34e as tarifas impostas foram muito visando acabar com os déficits comerciais
03:39que os Estados Unidos têm com outros países.
03:42Além disso, as empresas brasileiras continuam com bons fundamentos
03:46e, apesar desse rali que a gente viu no ano,
03:49ainda seguem com preços atrativos,
03:51ou seja, a Bolsa brasileira continua barata mesmo depois dessa alta que a gente viu.
03:56E isso tem atraído investidores estrangeiros.
03:59Na semana passada, eu estive em Londres encontrando com uma série de investidores por lá,
04:04investidores que investem em mercados emergentes, em mercados globais,
04:08e, de fato, o Brasil se sobressai no relativo a outros países.
04:13Os investidores veem essa combinação de fundamentos sólidos,
04:17as companhias brasileiras, o nível de preços atrativos,
04:20a questão que o Brasil está um pouco fora desse olho do furacão do debate da guerra comercial.
04:24E, por último, também muitos investidores já olhando para qual será o próximo passo do Banco Central aqui no Brasil,
04:31que já vem dando indicações que deve desacelerar o passo de aumento de taxa de juros por aqui.
04:37E aí muita gente já começa a olhar para quando é que o BC começa a cortar juros,
04:42e isso, obviamente, teria um impacto positivo na Bolsa.
04:46Então, os investidores já se antecipando aos próximos passos do Banco Central no Brasil,
04:51já mirando quando é que o BC consegue voltar a cortar juros por aqui.
04:56Ô, Fernando, e aí, se o olhar do investidor está voltado para a Bolsa brasileira,
05:02e principalmente para as decisões do Banco Central,
05:04o que você diz para o investidor que está olhando para a Bolsa americana?
05:08Porque a gente teve essa queda, há muita instabilidade nesse momento.
05:12Se fala, de repente, do FED reduzindo a taxa de juros, isso é o que o governo americano quer,
05:18o FED bate o pé, diz que não vai reduzir, está com medo de uma inflação,
05:23mas a verdade é que os ativos americanos estão baratos.
05:26A gente viu uma queda muito agressiva do preço das ações, principalmente ações de tecnologia.
05:31Apple, Microsoft, Alphabet, todas elas caíram bastante, a Tesla principalmente.
05:35É o momento para apostar nesses ativos, visto que eles estão baratos,
05:41ou é o momento de ser um pouquinho mais conservador,
05:43devido a toda essa tensão dessa guerra comercial, a toda essa instabilidade do mercado?
05:50Olha, no longo prazo, a Bolsa americana já se provou como sendo um dos melhores ativos no mundo.
05:57Tem uma performance histórica de 10% de alta em dólares durante um período muito longo de tempo.
06:03Dito isso, a Bolsa americana vem de dois anos de alta muito expressiva,
06:07tanto em 2024 quanto em 2023, subindo de mais de 20% em dólares em cada um desses anos.
06:14Então, de fato, os preços da Bolsa americana no começo desse ano estavam bastante esticados.
06:20E no nosso relatório que a gente publicou no fim do ano passado,
06:23Onde Investir 2025, a gente trouxe uma visão mais cautelosa para a Bolsa americana
06:28em relação a outras bolsas, não por conta do tarifácio,
06:32porque ainda não estava claro qual seria a política do governo Trump.
06:36Mas muito por conta desse nível de preços bastante esticado que a gente via da Bolsa americana
06:41em comparação com as outras bolsas no mundo.
06:44Então, o que a gente indicava para os investidores é que, olha,
06:47existe vida fora das big techs americanas,
06:51existe muita empresa que segue muito barata no mundo
06:54e outros mercados muito interessantes.
06:57Então, a gente ali ressaltava a China, a gente ressaltava a Europa
07:00e também o Brasil como alternativas à Bolsa americana.
07:05Dito isso, quando a gente olha a performance até agora,
07:08a gente está vendo uma recuperação das bolsas globais,
07:10a Europa sobe 15% no ano em dólares,
07:14o Brasil já subindo 22% em dólares no ano,
07:16China subindo quase 10% e a Bolsa americana caindo aí entre 6% a 10% no ano.
07:22Dá para dizer que todo esse prêmio que a Bolsa americana tinha no começo do ano
07:27já foi desfeito com essas movimentações?
07:30Ainda não.
07:31A gente ainda enxerga a Bolsa americana com um prêmio relevante
07:35em relação às outras bolsas.
07:37Então, para trazer alguns números aqui,
07:39a Bolsa americana ainda negocia próximo a 20 vezes lucro,
07:43enquanto as bolsas globais estão negociando aí na casa dos 13, 14 vezes lucro
07:48e o Brasil negociando a 8.
07:49Então, de fato, a Bolsa americana não dá para dizer que ela ainda está barata,
07:52mas, de fato, no relativo, ela vem ficando um pouco mais atrativa, sim,
07:57depois dessa queda que a gente viu esse ano.
08:00Então, para os investidores que têm pouca exposição lá fora,
08:03essas movimentações podem ser, sim, um ponto de entrada
08:07para o investidor começar a fazer esse movimento de diversificação internacional,
08:12que é tão importante no longo prazo para proteger o nosso patrimônio
08:17e você ter uma diversificação de verdade,
08:20que inclui diferentes regiões, diferentes moedas, diferentes países,
08:24que essa, sim, é a chave de uma boa diversificação de carteira.
08:28Agora, Fernando, nós estamos nessa temporada de balanços
08:31e isso sempre costuma dar alguma volatilidade para os mercados
08:35ou, pelo menos, dificulta essa análise mais macro do que está acontecendo,
08:38porque as ações variam muito com os números apresentados.
08:42Então, hoje, ainda saem os resultados da Pfizer, da Novartis,
08:46também houve hoje os resultados da AstraZeneca.
08:49O que o mercado pode esperar dessa semana em relação aos números
08:53e também, principalmente, ao comportamento geral?
08:57Como que o investidor se prepara para lidar com o cenário
09:00de maior volatilidade ao longo da semana?
09:02Olha, essa semana vai ser uma semana-chave da temporada de resultados lá fora,
09:08porque a gente tem várias das big techs reportando essa semana.
09:12Então, é uma semana com resultados bem relevantes
09:15que devem sair, principalmente, nos Estados Unidos.
09:19Agora, dito isso, o que a gente está observando é que
09:23os números das companhias que reportaram até agora lá fora
09:26têm vindo bons.
09:27Então, a gente tem visto que mais de 70% das companhias nos Estados Unidos
09:31já bateram expectativas de lucro para cima,
09:35quase 50% delas bateram expectativas de receita para cima também,
09:40mas isso não necessariamente tem trazido performances positivas das ações.
09:49Por quê?
09:49Porque o mercado está muito mais de olho no que vai acontecer daqui para frente
09:53e nas discussões e guidances que essas empresas trazem
09:58para os próximos trimestres e para o restante do ano
10:00do que necessariamente nos resultados do primeiro trimestre.
10:03porque o mercado ainda vê o primeiro trimestre como um trimestre
10:08que olha um pouco para trás, dado que o tarifácio foi anunciado dia 2 de abril.
10:13Então, o mercado está muito mais focado nos guidances
10:16e em qual o outlook que essas empresas vão trazer para o restante desse ano.
10:20Então, apesar dos resultados bons,
10:23eu diria que o comentário que as empresas trazem
10:25acaba sendo mais relevante, talvez, do que os números em si.
10:29Fernando, a gente viu um pouco disso com os resultados do Spotify,
10:32porque foram resultados positivos, mais um guidance que desapontou os investidores,
10:37a ação estava caindo bastante, caindo mais de 8%.
10:40Mas queria mudar de setor de streaming para falar de petróleo,
10:44uma mudança completamente nada a ver, mas vamos falar da Petrobras.
10:48Porque a Petrobras caiu bastante nos últimos meses,
10:51nas últimas semanas principalmente,
10:52porque o preço do petróleo também caiu bastante.
10:56Há aqui uma oportunidade de compra?
10:59A gente sabe que o papel da Petrobras é um papel mais estável,
11:02o investidor gosta, é um papel que tem um peso muito grande na Bolsa brasileira.
11:07Como que você avalia esse atual momento da Petrobras?
11:10É uma oportunidade de compra ou é, de repente,
11:13um momento para se manter mais conservador,
11:16esperar um pouco para ver se o preço do petróleo volta a subir?
11:19O que você está achando de todo esse cenário?
11:21Olha, de fato, as ações da Petro caíram bastante ao longo do mês de abril.
11:27A gente viu as ações começando o mês próximo de R$ 37,00
11:30e caindo agora para próximo de R$ 30,00.
11:33Então, uma queda bem expressiva ao longo do mês,
11:36mas que isso tem muito a ver com o cenário global.
11:38De fato, existe um risco desse tarifácio levar a uma recessão global,
11:44uma recessão nos Estados Unidos,
11:46e o petróleo é a commodity mais sensível à economia global
11:50porque é a commodity que tem mais exposição à economia global,
11:55de fato, é o petróleo.
11:57Então, o que eu vi na semana passada conversando com os investidores lá em Londres,
12:00de fato, é uma cautela bem grande com o setor de commodities,
12:04uma cautela em relação ao preço do petróleo,
12:06muitos investidores acreditando que essa desaceleração global vai acontecer
12:10e que isso deveria trazer um preço de petróleo mais baixo por mais tempo,
12:15muita gente falando em R$ 60,00 o barril ou algo do tipo.
12:19Dito isso, as ações da Petrobras, como você bem comentou,
12:23elas pagam dividendos elevados, a empresa gera muito caixa
12:26e mesmo num petróleo de R$ 60,00 por barril,
12:30os nossos analistas aqui calculam um dividendo para a Petrobras anual próximo de 12%,
12:36que não é os 18% que a Petrobras pagaria nas nossas contas com o petróleo de R$ 70,00,
12:44mas ainda assim um nível de dois dígitos, de duplo dígito de dividendos,
12:49que é bastante atrativo.
12:50Então, a Petrobras, na nossa visão, é uma ação que dentro do setor de petróleo,
12:54ela acaba, sim, sendo mais defensiva, justamente por essa geração de caixa elevada
12:59e por esse pagamento de dividendos que na nossa expectativa deve continuar.
13:03Então, para os investidores que estão olhando para esse cenário de queda do preço do petróleo
13:09como uma oportunidade, eu diria que sim, a gente continua gostando das ações da Petrobras
13:14e, principalmente, depois dessa queda, elas ficam mais atrativas.
13:18Dito isso, é válido lembrar para o investidor que o setor de commodities
13:22tem uma volatilidade maior do que outros setores,
13:25é um setor mais cíclico, mais dependente das notícias do que está acontecendo na economia global.
13:30Então, de fato, o investidor tem que ter um pouco mais de estômago
13:34e um horizonte mais longo, sabendo que essas notícias do que está acontecendo lá fora
13:40ainda podem manter os papéis da Petrobras e outras petrolíferas bastante voláteis no curto prazo.
13:45Mas, dentro do setor, a gente vê, sim, a Petrobras como mais defensiva,
13:49dado esse pagamento elevado de dividendos, mesmo num petróleo próximo de US$ 60 o barril.
13:54Já que o Rodrigo puxou esse gancho da Petrobras, queria aproveitar para perguntar
13:59qual que é o call de vocês para esses próximos meses em relação ao mercado brasileiro.
14:05Então, para o investidor que está olhando para o mercado brasileiro agora,
14:08o call para a Bolsa e o call até por setores.
14:11O senhor já comentou da Petrobras, em relação até a esse setor de petróleo,
14:15mas, de uma maneira geral, qual que é a recomendação daqui para frente?
14:18Perfeito.
14:21Bom, começando com a temporada de resultados, a gente enxerga uma temporada positiva aqui no Brasil
14:26para o primeiro trimestre, a gente está esperando um crescimento de receitas nesse primeiro tri
14:31em relação ao primeiro trimestre de 2024, em torno de 9%.
14:35E quando a gente olha para a expectativa de crescimento de lucros das empresas brasileiras
14:39sob a cobertura aqui da XP, a gente cobre mais ou menos 150 empresas na Bolsa brasileira,
14:44a gente tem uma expectativa de um crescimento de lucros de 19% ano contra ano.
14:49Então, como eu falei lá no comecinho, os fundamentos das companhias brasileiras
14:52seguem sólidos e a gente acredita que essa temporada de resultados do primeiro tri
14:56vai ser positiva aqui no Brasil.
14:58Isso corrobora com a nossa visão otimista e positiva para a Bolsa brasileira,
15:03a gente tem um valor justo, Cruibo Vespa, de 145 mil pontos para o final desse ano
15:09e dependendo da dinâmica de lucros das companhias, as companhias conseguirem surpreender positivamente
15:16os lucros e também se as taxas de juros começarem a cair, esse número pode sim ser revisado para cima.
15:24Esses são os dois principais drivers por trás da conta do valor justo do Ibovespa,
15:28é taxa de juros e a dinâmica de lucros.
15:31Então, se a gente conseguir enxergar juros menores aí adiante e também lucros robustos
15:37às empresas brasileiras, a gente pode ter um viés positivo nesse número,
15:42mas de fato a gente continua enxergando o potencial de valorização da Bolsa brasileira.
15:47O Brasil deve seguir atraindo recursos de investidores estrangeiros
15:51que estão aí olhando para opções fora dos Estados Unidos.
15:55Vale lembrar que os Estados Unidos representam 62% do índice de ações globais
16:00e os investidores estão muito expostos a Estados Unidos.
16:03Então, como os Estados Unidos começou a ter uma performance pior,
16:06como a volatilidade está vindo lá do mercado americano por conta dessa política do tarifácio do Trump,
16:12os investidores estão agora se perguntando quais outros países podem estar mais isolados
16:17desse problema, onde eles podem migrar parte dos seus recursos.
16:22E a gente tem visto mercados emergentes e o Brasil se beneficiando desse movimento aí
16:27de rotação dos investidores globais para fora dos Estados Unidos.
16:31A gente acha que esse movimento pode ser bastante relevante quando a gente pensa aqui no preço das ações brasileiras,
16:38porque a gente é um mercado muito pequeno dentro do mundo.
16:41Qualquer dinheiro que respinga para cá, ele acaba fazendo bastante preço nas ações brasileiras.
16:47Agora, para fechar, Fernando, qual que é a maior dúvida ou o maior temor do investidor estrangeiro
16:52em relação à Bolsa Brasileira, a economia brasileira, você que esteve no exterior recentemente,
16:57o que ouviu em relação ao ponto negativo, aos riscos?
17:03Olha, o principal risco segue sendo a dinâmica da política fiscal no Brasil.
17:08Essa é a grande pergunta dos investidores.
17:10Foi o que machucou bastante os ativos brasileiros no final do ano passado.
17:14Lembra daquela folatilidade ali durante novembro, dezembro do ano passado.
17:18Ainda é uma pergunta bastante relevante, que em todas as reuniões se discute a política fiscal aqui no Brasil.
17:25Então, eu diria que esse segue sendo o calcanhar de Aquiles no Brasil.
17:29Nosso time econômico aqui acredita que não teremos grandes notícias relevantes do ponto de vista fiscal nos próximos meses.
17:39Então, a gente está naquele cenário onde poucas notícias acabam sendo positivas,
17:45porque o investidor não deve focar tanto nessa questão fiscal.
17:49Mas eu diria que ainda segue sendo uma preocupação, dado que uma política fiscal mais frouxa no Brasil,
17:55ela tem impactos sobre a inflação.
17:58A gente deve ter uma inflação que segue mais elevada do que a meta do Banco Central.
18:03O presidente Gabriel Galípolo ontem até mencionou isso,
18:06uma preocupação ainda grande com essa expectativa de inflação desancorada aqui no Brasil,
18:12bastante acima da meta do BC, e isso deve manter o BC bastante vigilante,
18:18bastante alerta com a política monetária no futuro.
18:21Então, de fato, a política fiscal tem impacto sobre a inflação,
18:25que impacta os juros e, no fim do dia, impacta a Bolsa Brasileira e todos os outros ativos.
18:30Então, eu diria que esse é o principal risco que segue sendo monitorado por investidores,
18:34tanto lá fora quanto aqui no Brasil.
18:36É um samba de uma nota só, né, Fernando Ferreira?
18:39Estrategista-chefe da XP Investimentos.
18:41Muito obrigado pela sua participação aqui no Real Time,
18:44trazendo todas as expectativas do mercado para os balanços.
18:47Obrigado, Rodrigo Loureiro, que me acompanhou nessa entrevista.
18:50E até uma próxima.
18:51Obrigado e até a próxima.
18:52Obrigado.
18:53Obrigado.
18:54Obrigado.

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