O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não deve se desincompatibilizar do cargo em 2026, sinalizando que não pretende disputar a Presidência da República. Tarcísio tem afirmado que seu foco está na gestão estadual e na conclusão dos projetos em andamento.
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NotíciasTranscrição
00:00Vamos falar de uma outra figura também que está sendo muito avaliada, mas neste caso para a presidência da República nas eleições de 2026, que é o governador Tarcísio de Freitas.
00:08Mas o que está acontecendo? O governador tem dito, assessores próximos, e ele já falou aqui nesse programa também, direto ao ponto que nós fazemos às segundas-feiras,
00:16de que ele concorrerá à reeleição para o Estado de São Paulo, que ele não abriria a mão da tentativa de reeleição para concorrer à presidência da República.
00:26Mas agora tem uma camada um pouco maior dessa história que quem vai contar é o Misael Mainetti.
00:32E por que o governador sustentaria essa estratégia de tentar a reeleição, Misael, mesmo diante do nome dele aparecendo como um, digamos, querido pela direita para tentar tirar o presidente Lula do poder na próxima eleição?
00:50É conversa de bastidor, porque de acordo com o próprio Tarcísio de Freitas, seria um risco ele sair agora do comando do governo do Estado de São Paulo.
01:03Boa tarde para você, Evandro, para todo mundo no estúdio e para você que acompanha o 3 em 1.
01:08Tarcísio de Freitas, governador pelo Republicanos, para ele seria aí como um risco, como ele já está no comando do governo e muito provavelmente acredita
01:16que a popularidade e a chance está alta para ganhar a próxima eleição, seria como se concorrer à vaga na presidência da República fosse de um risco maior,
01:25mesmo tendo um apoio massivo de políticos da direita.
01:29Vale lembrar que se ele decidir por concorrer com o presidente da República, ele precisa deixar o cargo seis meses antes das eleições do ano que vem,
01:39eleições essas que acontecem em outubro de dois mil e vinte e seis.
01:44Como você mencionou, uma aposta dos políticos da direita e ele teria que fazer, né, muito em breve, ainda tem um tempo, né, até o ano que vem,
01:52mas ele teria que fazer isso, né, em breve tomar essa decisão.
01:56Ele que disse várias vezes, já disse pra você em vários programas também da Jovem Pan, da Jovem Pan, pra imprensa,
02:04que não vai tentar a presidência da República, que vai tentar novamente o comando do governo do Estado de São Paulo.
02:12Agora, esse assunto flerta bastante, né, nem flerta, tem uma relação direta com o presidente Jair Bolsonaro,
02:19que o que ele faria, né, no caso, né, de Tarcísio tentar ou não tentar.
02:24Por enquanto, a gente tem o presidente, o ex-presidente Jair Bolsonaro internado, inelegível,
02:30mas Jair Bolsonaro insiste que vai tentar o registro pra candidatura à presidência da República até o último momento.
02:38No caso de Bolsonaro, ele não precisa, né, abandonar nenhum cargo, como é o caso do governador Tarcísio de Freitas,
02:45que tem esse cargo público.
02:46Então, a posição de Bolsonaro ainda sobre esse assunto vai depender muito, né, da candidatura dele.
02:53Se ele vai ou não conseguir ali, né, ser candidato à presidência da República.
02:58Agora, a posição de Tarcísio de Freitas segue a mesma linha de outros partidos do centro.
03:04O presidente nacional do Republicanos, Marcos Pereira, considera que Bolsonaro deva eleger,
03:11ou melhor, deva indicar alguém logo pra que eles consigam se organizar pelo Republicanos,
03:16se organizar, né, nessa união centro e direita pra colocar um nome logo em jogo.
03:21Ciro Nogueira, do PP, avalia que essa decisão, ela precisa ser tomada,
03:27neste caso, que o projeto seria aí apoiar Tarcísio como governador,
03:31ou ainda um nome que surge muito forte, que é o governador do Paraná, Ratinho Júnior, do PSD,
03:37que também já deu entrevistas, né, aqui pra Jovem Panha,
03:40um nome que aparece muito forte também pela direita,
03:44como um substituto a Jair Bolsonaro, no caso de ele não conseguir se eleger.
03:49Então, esse, né, o nome de Ratinho Júnior e outros nomes são cotados.
03:54Agora, assim como Ratinho Júnior, governador e também Tarcísio de Freitas,
03:59que precisam deixar o cargo seis meses antes das eleições,
04:02outros nomes que estão aí, né, no páreo pra presidência da República, precisam fazer o mesmo.
04:08Ronaldo Caiado, do União, e Romeu Zena, do Novo, estão no final do segundo mandato
04:14e vão ter que deixar o cargo, independentemente do posto que eles decidam aí pra 2026,
04:20se tentarem presidência da República ou tentarem qualquer outro cargo público nas novas eleições.
04:26Evandro.
04:27Valeu, Misael. Bom trabalho pra você aqui em São Paulo.
04:295h50. Quem nos acompanha pela rádio, aquele último intervalo, daqui a pouco espero vocês.
04:33Qual é a moral da história envolvendo esses governadores e a possibilidade ou não de concorrerem em 2026?
04:39Jair Bolsonaro tá mantendo a candidatura de seu nome mesmo com a ineligibilidade.
04:44Ele vai tentar colocar o nome dele ali na urna, independentemente da situação em que se encontre.
04:50Ou seja, caso ele não consiga chegar à eleição de 2026, essa decisão seria tomada na última hora.
04:59Em sendo tomada na última hora, como é que o governador Tarcísio de Freitas,
05:03que precisaria se afastar com um tempo de antecedência, tomaria essa decisão?
05:09É praticamente se jogar do penhasco.
05:11Por quê? Se ele fala, não, beleza, eu vou concorrer à presidência da República,
05:14mas Jair Bolsonaro mantém a sua candidatura, ele estaria indo contra o seu mentor,
05:21aquele que o acolheu politicamente, aquele que deu o seu aval pra que ele, inclusive,
05:26concorresse de maneira tão robusta à eleição pro governo de São Paulo.
05:30Então ele começa a dizer pros seus aliados, olha, vou ficar com a reeleição.
05:35Lá na frente, a depender do que Jair Bolsonaro decidir, aí é outra história.
05:40Mas ele não poderia entrar com tamanho antecedência.
05:44A mesma situação aconteceria com outros aliados de Jair Bolsonaro,
05:47que são benquistos pela direita, mas que dependem do aval do presidente.
05:52Por isso que alguns integrantes da direita julgam que o fato de Jair Bolsonaro estar segurando a corda até agora
05:59pode apresentar um risco lá na frente, de não se ter um nome que tenha competitividade
06:06com a possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva tentar o quarto mandato.
06:12Seu Zé Maria Trindade.
06:15Ficou muito bem.
06:16Olha, o calendário da política é diferente do calendário nosso de cada dia, né?
06:21Existem estratégias.
06:22E quer saber?
06:24Ninguém sabe de nada do que vai acontecer.
06:26Ainda há um tempo para o governador se desincompatibilizar ou não.
06:31E se ele desincompatibilizar, ele pode se candidatar de novo ao governo.
06:36É uma reeleição, né?
06:38Como aconteceu no Rio Grande do Sul.
06:40Enfim, ninguém sabe porque tudo está confuso.
06:44O governador daqui de Goiás, Ronaldo Caiado, vai desincompatibilizar.
06:48Ele já passou por Câmara dos Deputados várias vezes, Senado,
06:52e agora não pode se reeleger como governador, se desincompatibiliza e fica livre
06:57para se candidatar à presidência da República.
07:00E ele está contando exatamente com esta contenção pelo ex-presidente Jair Bolsonaro
07:05de Tassígio em São Paulo.
07:07E aí ele ganharia chance de representar esse grupo grande que é maioria, sim, na política
07:16e que pode ser unido por alguém, ninguém sabe ainda quem é.
07:20Se é o Ronaldo Caiado, se é o Zema, que é um forte candidato por Minas Gerais,
07:27que vai ser candidato...
07:28Eu estive em Minas Gerais e receberam a confirmação de que ele vai ser candidato
07:32à presidência da República.
07:34O Zema.
07:34Mas tem o Ratinho, existem outros candidatos, como o Ronaldo Caiado, né?
07:39Então tudo vai depender de como vai estar lá na frente.
07:43Ainda não é hora da desincompatibilização, só no ano que vem,
07:47e lá o governador vai decidir categoricamente.
07:51Mas mesmo se ele se desincompatibilizar, ele pode voltar a ser candidato ao governo,
07:56ou ao Senado, enfim, ele fica livre.
07:59Agora, se ele continuar, ele só pode ser candidato à reeleição.
08:02Essas políticas esquisitas, por exemplo, o Nicolas, não pode ser candidato ao Senado,
08:07mas pode ser candidato ao governo.
08:09Pois é. Vai entender, né, Zé?
08:13Como é que você avalia, Gani?
08:15Olha só, eu vejo que a decisão de quem vai suceder Jair Bolsonaro,
08:20porque eu acredito que ele vai continuar inelegível,
08:23e assim que o establishment quer, será dele.
08:26Ele que vai apontar quem vai ser o seu sucessor.
08:29Mas em que momento, né?
08:30É, esse é o ponto. Em que momento.
08:32Agora, eu concordo com esse raciocínio de que, se você deixa para a última hora,
08:37e isso é vantagem para Jair Bolsonaro,
08:40porque ele tem que tentar isso até o último minuto,
08:43reverter a sua inelegibilidade,
08:46isso traz um risco para Tarcísio.
08:48Mas, por outro lado, Evandro, eu tenho pensado nessa questão,
08:52o nome do Tarcísio já está no holofote.
08:54De alguma maneira, a gente está aqui sempre discutindo.
08:57Ah, vai ser o Tarcísio. O Tarcísio é o sucessor de Jair Bolsonaro,
09:01é o sucessor mais natural, orgânico,
09:05tem uma relação de amizade.
09:06Tudo bem que uma ala de apoiadores de Jair Bolsonaro
09:09o veem com uma certa desconfiança,
09:11mas tem uma outra ala que gosta,
09:13tem uma outra ala, inclusive, crítica Jair Bolsonaro,
09:16que gosta do governador Tarcísio.
09:18Então, o nome dele já está em evidência.
09:20E hoje, também, com as redes sociais, esse tempo é encurtado.
09:24Hoje, para você conseguir ganhar tempo de campanha,
09:29a rede social é bastante importante.
09:31Então, é claro que existe uma perda ali do corpo a corpo,
09:35da campanha, mas, por outro lado,
09:37a rede social também ajuda a encurtar esse tempo.
09:40Fala, Sagré.
09:41Em março de 2018, as pesquisas eleitorais
09:46dão apenas 7% de opção eleitoral ao Jair Bolsonaro.
09:517%.
09:52Março, estamos falando 7 meses antes das eleições.
09:55O resultado, todo mundo conhece.
09:576 meses pode parecer muito pouco ou muito,
10:00dependendo de quanto seja isso o impacto para a questão eleitoral.
10:04Mas a gente também precisa colocar nessa questão eleitoral
10:06a facada que Jair Bolsonaro tomou
10:08e que o fez se tornar protagonista daquela eleição.
10:12Sem dúvida, mas, nesse momento, ele já estava mais de igual a igual
10:17com o Geraldo Albi, que na época...
10:19Sim, exatamente.
10:19Ele tinha nada.
10:20Eram 6 segundos de publicidade na TV.
10:23Então, claro, impacta muito a facada, mas, de qualquer maneira...
10:28E a maneira como a campanha lidou com essa situação que foi trágica,
10:31mas que ajudou, de alguma forma, a fazer com que os holofotes
10:35se voltassem para aquele candidato até então considerado nanico
10:39e que, de repente, ganha os holofotes, aparece e consegue trazer
10:43aquilo que pensava como proposta para um possível governo,
10:47chamando mais a atenção dessas pessoas.
10:49É nesse sentido que nós estamos dizendo que a facada
10:51o fez aparecer numa concorrência que, até então, tentava escondê-lo.
10:56Sim. Agora, também tem um impacto em relação ao partido.
11:00Porque Tarcísio está em republicano, não está em PL.
11:03Exatamente.
11:04Será que o PL vai aceitar colocar algum candidato que não é do PL?
11:08E olha que contraditório.
11:10Nicolas Ferreira, como governador,
11:12o candidato a governador em Minas Gerais,
11:13tracionaria muito para quem for candidato a presidente
11:17pela mesma legenda ou para Senado, por exemplo.
11:20E não é a desconsiderar isso.
11:22Me parece que ainda falta muito, tem muita especulação no meio.
11:25Fala, seu Piperno.
11:27O PL tem dois pragmáticos, realmente.
11:29O Valdemar e o próprio Bolsonaro.
11:32Só vou fazer uma correção aqui aos colegas.
11:35Outro dia eu estava revisando esses dados de 2018.
11:38Não vamos esquecer que em março e abril,
11:40o líder disparado era o Lula,
11:41mas o Bolsonaro já era o segundo.
11:44Aí, quando o Lula sai da disputa e lança o Haddad,
11:47o Bolsonaro era líder, já com um monte na frente,
11:50e o Haddad parte com 1%.
11:53Aí foi crescendo, crescendo.
11:54E no momento da facada, a diferença era dos 7, 8, às vezes 10,
11:58e aí volta a disparar.
12:00Sim, vai disparar.
12:00Agora, eu acho que os dois são pragmáticos,
12:03porque, para mim, vai acontecer o seguinte,
12:05e está muito claro isso.
12:07O nome na cédula será Bolsonaro.
12:10Eu não sei qual,
12:11mas vai ser alguém da família Bolsonaro,
12:14e duvido que os marqueteiros não explorem o nome Bolsonaro.
12:19Ponto.
12:20Se vai ser o Eduardo, se vai ser o Flávio,
12:22se vai ser o próprio Jair, se vai ser a Michelle,
12:25o nome na cédula vai ser Bolsonaro.
12:27E o Valdemar não vai deixar nunca o Nicolas ser candidato a governador.
12:32Por quê?
12:33Porque o Nicolas corre o risco de perder.
12:35O Valdemar, francamente, ele está preocupado também com o fundo eleitoral.
12:40O Nicolas foi o deputado mais votado do Brasil.
12:43Arrasta um monte.
12:44Esse monte significa muito fundo eleitoral.
12:47O que foi, Gani?
12:48Eu não concordo absolutamente.
12:49O Nicolas é puxador de voto, né?
12:51E provavelmente essa declaração do Valdemar
12:54talvez foi até combinada já com o Nicolas, né?
12:58Não sei se ele colocaria assim na frigideira,
13:00faria uma declaração nesse sentido sem combinar com o Nicolas.
13:04Ele é puxador de voto.
13:05E aí imagina, né?
13:06Puxando uma série de deputados.
13:08É tipo de televisão, é fundo eleitoral.
13:10E é voto no Congresso.
13:12Bota dinheiro.
13:12Bota dinheiro.