Roberto Motta recebe Pery Shikida, pesquisador e economista, João Henrique Martins, coordenador geral da CICC/SP, e Arley Topalian, secretário de segurança pública de São Bernardo do Campo. Juntos, eles analisam a pesquisa realizada pelo professor Pery sobre a teoria econômica do crime e de que maneira a crise de criminalidade está diretamente relacionada ao faturamento ilegal de facções criminosas.
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NotíciasTranscrição
00:00Conexão Mota
00:05Vivemos em um mundo complexo e em constante mudança.
00:13No Conexão Mota, eu recebo convidados especiais para falar de temas que afetam sua vida e seu futuro,
00:21sempre em linguagem clara e buscando a verdade.
00:25Nosso assunto hoje é a teoria econômica do crime.
00:29Conosco temos o professor e pesquisador Peri Chiquida,
00:34o coordenador do Centro Integrado de Comando e Controle da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo,
00:41João Henrique Martins, e o secretário de Segurança Pública de São Bernardo do Campo,
00:47Major Arlen Topalian.
00:50Professor Peri, João Henrique, Major Topalian, é um prazer recebê-los aqui no Conexão Mota.
00:57E para começar, professor, o que é a economia do crime e como isso afeta a crise de segurança do Brasil?
01:05Bom, saudações, Mota, saudações à nossa pessoa que está assistindo.
01:13É um prazer enorme estar aqui com dois baluartes da economia do crime, o professor João Henrique Martins, o Major Topalian.
01:24E para falar dessa sua pergunta muito pertinente, a gente tem que primeiro esclarecer que a economia é a ciência que lida com recursos escassos e a maximização da satisfação das pessoas.
01:37Isso do ponto de vista legal, ocorre que tem pessoas que migram para atividade ilícita para fazerem tráfico, roubo, furto, etc.
01:48Aquele que visa dinheiro per se, ou seja, não é um crime de estupro, não é uma tortura, eles estão buscando literalmente dinheiro.
01:57E a economia do crime tem como o seu baluarte o professor Gery Steinberg da Universidade de Chicago, onde ele levanta o seguinte princípio e uma coisa bem fácil para o nosso público muito qualificado entender.
02:12Quando uma pessoa vai cometer um crime, ele baseia a sua utilidade marginal, ou seja, ele quer obter lucros, mas ele tem custos.
02:20Quais são os custos? O custo de ser preso, a probabilidade de ser preso, que infelizmente no Brasil, a gente vai comentar sobre isso,
02:29a chance de sucesso do criminoso é muito alta, o criminoso do ponto de vista econômico, a intensidade da pena, que também praticamente não existe no Brasil,
02:38o custo operacional da atividade criminosa, o custo de oportunidade e a perda moral.
02:45Então é um princípio que está pautado na racionalidade econômica.
02:49João, criminoso é um ser racional que faz escolhas, é isso?
02:54Tanto quanto qualquer um de nós.
02:56Então eu acho que esse é o...
02:58Primeiro eu queria agradecer o convite e ter compor nessa mesa aqui com dois grandes especialistas e amigos aqui.
03:06Veja, eu queria até circunstanciar por que a teoria econômica do crime é tão importante
03:12para não só entendermos a crise de segurança pública que a gente tem no Brasil,
03:16mas entender qual é a saída possível.
03:20Até os anos 50, Mota, o crime era associado a dois tipos de...
03:28Aliás, eu quero usar o termo problema criminal.
03:30O que produzia a insegurança pública eram dois grandes tipos de problema criminal.
03:37Ou o crime era um crime político, então havia violência política em razão dos conflitos entre os grupos políticos,
03:43e incluía a guerra aí entre eles, ok?
03:46E um segundo grupo era o grupo de crimes passionais.
03:50O crime patrimonial, pode-se assim dizer, era muito marginal.
03:54Na verdade ele era muito mais, quando se tornava um problema estrutural,
03:58ele estava muito mais conectado a distúrbios políticos, né?
04:02Uma guerra civil, um conflito e assim por diante.
04:06O crime como nós conhecemos hoje, que é uma terceira categoria,
04:11ele é fruto do processo de urbanização, né?
04:14E da proximidade das pessoas, da concentração econômica,
04:20que tem nos anos 50, o marco, o pós-guerra, o momento mais importante.
04:24Você tem nos Estados Unidos, na Inglaterra,
04:27nas grandes cidades da Europa continental,
04:29o primeiro processo de concentração e de crescimento dessas cidades.
04:32E aí esse terceiro tipo de problema começa a se tornar mais perceptível e relevante.
04:40Começa com a questão do batedor de carteira,
04:43do crime de rua, do crime de residência, do crime de comércio.
04:46A razão para a qual ele está associado à urbanização
04:50é a disponibilidade de bens para serem adquiridos por meio de crime, né?
04:55Antes, imagina que no meio rural você tem uma unidade produtiva,
04:59que é a casa, a fazenda, o sítio,
05:01e depois você tem quilômetros até a próxima.
05:03Na cidade você tem um do lado do outro,
05:05com todos os problemas de desordem social,
05:08como a concentração rápida e imediata pode provocar.
05:11Então, a partir dos anos 50 e dos anos 60,
05:13houve um grande debate, principalmente na América do Norte, na Europa,
05:19sobre como construir políticas para controlar o crime.
05:21Porque todos os paradigmas anteriores não ajudavam.
05:24Os paradigmas estavam relacionados ao crime político, ao crime passional.
05:27Principalmente o crime passional tinha alguma explicação com base na psicologia,
05:32em algum tipo de distúrbio.
05:34Nada disso ajudava a construir política pública.
05:36Então, há uma corrida, vamos assim dizer,
05:40de tentar explicar como, o que é que a gente precisa focar para controlar o crime.
05:44E aí, a escola racionalista, onde Gary Becker se destaca,
05:49é a primeira a organizar de maneira segura o que é esse crime novo,
05:54que é o crime baseado no comportamento racionalístico do criminoso.
05:59E, uma vez que você tem uma definição sobre o crime,
06:01como é que você vai construir políticas para controlá-lo?
06:03Que é produzir dissuasão.
06:06No equilíbrio entre custo e benefício,
06:09não é um debate moral sobre por que alguém quer se tornar criminoso.
06:15Ele está superado até porque isso é difícil de precisar.
06:18Isso está na própria obra.
06:19Já que a gente não consegue controlar por que alguém se dispõe a cometer um ato
06:24que provoca dor e sofrimento para o outro,
06:27que é o crime,
06:30então a gente tem que identificar o que é possível fazer
06:34para evitar que ele, mesmo querendo, não o cometa.
06:37E aí nasce, quer dizer, nasce não,
06:39emprega-se essa relação de custo-benefício.
06:41Então, ainda que ele queira roubar,
06:43ainda que ele queira atacar as pessoas,
06:48inclusive para conseguir o que ele quer,
06:50pode ser, como o professor destacou,
06:53não é o foco do crime sexual, por exemplo,
06:55mas boa parte dos crimes sexuais estão associados
06:58a essa tentativa do roubo ou a ação criminal
07:02para conseguir um outro bem imaterial.
07:05Então, esse conjunto de crimes que tem o foco no comportamento,
07:09ele precisa ser desestimulado pela ação de dissuasão a esse comportamento.
07:15Então, o que é política de segurança pública a partir desse ponto?
07:19São políticas que conseguem, através da lei e da ação policial,
07:24dissuadir o comportamento daqueles que querem cometer o crime.
07:28A questão toda, a partir desse momento,
07:30é como fazer isso de maneira eficaz, eficiente e legal.
07:34E aí eu queria encerrar minha fala
07:36evidenciando para o nosso ouvinte
07:39como nós estamos atrasados nesse debate.
07:43Porque no Brasil se discute qual é a origem do crime.
07:46Isso está resolvido nos anos 50 e nos anos 60.
07:48A questão é como produzir dissuasão.
07:51E agora, para finalizar, de fato, a minha fala é assim,
07:54desconfie de todo político
07:56que, em vez de discutir como aumentar o custo do crime,
08:03na prática, significa como manter os criminosos presos,
08:06como identificá-los, como fazer a polícia atuar nessa ação de pressão.
08:10É isso que é política de segurança.
08:12Desconfie daquele que apresente qualquer outra solução
08:15que não resulte na identificação, prisão de criminosos,
08:21que é a única coisa que nos protege.
08:21Isso está cientificamente comprovado há mais de 70 anos.
08:28Secretário, por favor, como é que a sua experiência,
08:33o seu conhecimento da economia do crime
08:35influenciam no que o senhor tem que lidar hoje?
08:40Obrigado, Mota, pelo convite.
08:42É um prazer enorme.
08:43Agradeço a audiência qualificada da Jovem Pan.
08:47Agradecer a presença e estar aqui junto do professor Peri,
08:52do professor João Henrique,
08:54um dos maiores construtores de política pública,
08:58policemakers do nosso país.
09:01Mota, é um desafio.
09:02É um desafio muito grande.
09:04Primeiro, ouvindo esses professores,
09:09estudando a teoria econômica,
09:11a gente começa a perceber
09:12como é difícil construir política integrada no nosso país.
09:17Nós temos uma tripartição de poder,
09:21nós temos três níveis de Estado dentro do nosso país,
09:26o governo federal, o governo estadual, o governo municipal.
09:30Nós temos essa construção muito clara de segurança pública,
09:35uma coisa bem federativa, responsabilidade do Estado para lidar.
09:41Só que o crime só cresceu nos últimos 40 anos.
09:44E esses últimos 40 anos fizeram que outros atores
09:48precisassem entrar no jogo.
09:50E aí que entra o papel do município.
09:52O município colocando através das suas guardas
09:55um trabalho de proteção da vítima e da sociedade.
10:00O principal desafio que nós vemos,
10:02partindo da teoria econômica do crime,
10:04do que os professores aqui bem apresentaram,
10:07é que a gente está lidando com o indivíduo racional.
10:10Que ele sofre a influência direta
10:12dos estímulos externos que estão fazendo ele parar com aquela ação.
10:17A professora João Henrique, mais de uma vez,
10:18já assisti ele falando sobre isso.
10:20Segurança é um jogo de soma zero.
10:23Ou eu estou incentivando a atividade criminosa,
10:26ou eu estou desestimulando o criminoso a cometer um crime.
10:30Através das ferramentas que o professor Gary Becker
10:33bem demonstrou através da teoria econômica.
10:37O município tem muito o que fazer,
10:39mas nós precisamos construir a política pública certa
10:42em cima de problemas e não de artigos penais.
10:45Nosso trabalho no município de São Bernardo
10:49é, a partir das evidências,
10:51construir políticas que possam proteger as pessoas.
10:55Isso é um ponto muito interessante,
10:56que nós já discutimos aqui,
10:59que é a confusão que se faz,
11:02muitas vezes, proposital
11:04entre policiamento, combate ao crime
11:07e direito penal.
11:09Muitas questões que dizem respeito ao policiamento,
11:12o que você faz para impedir que o criminoso haja,
11:16elas se transformam em debates jurídicos,
11:19debates conduzidos por operadores do direito
11:22sem nenhuma experiência policial.
11:24E aí é importante a gente entender a realidade.
11:28Um instrumento bom para entender a realidade
11:30é a ciência.
11:33Professor, o senhor tem um trabalho
11:35praticamente ainda desconhecido no Brasil
11:40que traz revelações importantíssimas.
11:46Um trabalho recente que o senhor fez aqui em São Paulo
11:48mostrou que a renda mensal média
11:52de um criminoso
11:54é de 46 mil reais.
11:58ou seja, 13 vezes maior
12:01do que a renda média
12:04de alguém que se dedica
12:05a uma ocupação lícita.
12:08Eu queria que o senhor falasse
12:09sobre esse trabalho, por favor.
12:12Então, Mota,
12:13primeiramente, sobre esse trabalho,
12:15a gente tem que agradecer enormemente
12:16ao governo Tarciso,
12:18ao secretário de RIT,
12:20ao Centro Integrado de Comando e Controle,
12:22aqui nas pessoas do João Henrique Martins,
12:25professor,
12:25e nosso major Topolinha,
12:27que à época estava,
12:28bem como todo o seu staff,
12:30foi logo quando esse governo assumiu,
12:33ele nos procurou
12:34para que fizesse esse diagnóstico
12:36da economia do crime
12:38dentro dos estabelecimentos prisionais
12:40na região metropolitana de São Paulo.
12:42Um trabalho feito com 408 entrevistados,
12:4695% de confiança,
12:485% de margem de erro.
12:50Inclusive,
12:52ele ganhou muita audiência
12:53naquela primeira vez que nós falamos
12:55e teve algumas pessoas que falaram,
12:56mas isso é um número muito ínfimo.
12:57Não é.
12:58Ele tem uma estatística representativa
13:01muito sólida
13:02para que a gente possa falar
13:03do universo desses presos.
13:06E nós constatamos
13:08uma coisa que é muito interessante
13:09que foi falada aqui.
13:11O professor João falou
13:12que é crucial,
13:14tem inclusive o nosso artigo
13:15que está na revista Informe GPEC,
13:17vocês podem dar o download,
13:19está chegando aos 4 mil downloads
13:21depois que nós viemos no seu programa.
13:23É crucial desencorajar
13:25a prática criminosa
13:26mediante a minimização dos incentivos
13:28que favorecem a atividade ilegal.
13:31Então,
13:32quando a gente chega
13:32e pergunta para os presos,
13:34e os presos estão respondendo isso para a gente,
13:36aí as pessoas vão falar,
13:38mas os presos estão enganando.
13:39A gente tem 102 perguntas,
13:41dos quais 30,
13:43a gente sabe a resposta.
13:44E se um preso
13:46responde para a gente
13:47alguma coisa equivocada,
13:48a gente descarta o questionário dele,
13:49ou seja,
13:49tem fidedignidade
13:51nas respostas.
13:53E a gente descobriu
13:5446.333 reais
13:57de remuneração média
13:59mensal
14:00desse pessoal
14:01que mexe com a economia do crime.
14:03É 3.500
14:04e alguma coisa
14:04do setor lícito.
14:05Então,
14:05ele potencializa 13 vezes mais.
14:08Os livros de direito
14:09falam que as pessoas
14:09estão indo para o mundo do crime
14:10porque é pobre,
14:12porque a cor da pele
14:13e outras coisas mais
14:14que tem uma determinada
14:16linha ideológica,
14:17um enquadramento ideológico
14:19que é,
14:20tenta superar
14:21a verdade empírica
14:22dos dados.
14:23E a gente vê que não.
14:24A população,
14:25a maior parte
14:26da população
14:26é parda,
14:28depois vem a branca,
14:29depois vem a cor negra.
14:31E eles não estão indo
14:32para o mundo do crime
14:33porque eles estão pobres
14:36ou estão desempregados
14:38ou coisa do gênero.
14:39É cobiça,
14:39ambição,
14:40ganância,
14:41ideia de ganho fácil.
14:42Ou seja,
14:42esse trabalho,
14:43mais uma vez,
14:44ao longo de 26 anos,
14:45ele vem derrubando paradigmas
14:47e ainda está
14:47meio desconhecido
14:49que, felizmente,
14:50agora está ganhando
14:51mais veemência
14:52nos meios de comunicação.
14:54Então,
14:54tem resultados
14:55que são, assim,
14:56estarrecedores
14:57e mostram
14:58que muitos paradigmas
14:59precisam ser questionados
15:00para o debate.
15:01Que,
15:02se você tem um diagnóstico
15:03equivocado
15:04do paciente,
15:06a sua terapia
15:07vai ser equivocada
15:08e, portanto,
15:08vai ter um erro
15:09crasso
15:10em termos de segurança pública
15:12que, ao meu ver,
15:13vai ser a principal pauta
15:15nas próximas eleições
15:16e já é uma das principais
15:18pautas, hoje,
15:20dos meios de comunicação,
15:22inclusive,
15:23aqui no programa,
15:24hoje,
15:25é o tema mais relevante.
15:27Secretário,
15:28o senhor teve uma participação
15:30nessa pesquisa,
15:31nesse trabalho.
15:32Como é que foi?
15:33Qual é a sua visão?
15:34Mota,
15:36foi muito interessante
15:37esse trabalho,
15:39como o professor
15:40Peri destacou.
15:42Foi um trabalho
15:42a muitas mãos.
15:44Então,
15:44a gente não pode deixar
15:45de agradecer
15:46o governador Tarcísio
15:47por ter dado a oportunidade,
15:48o professor João Henrique
15:49no CICC
15:51que nos colocou
15:51nessa pesquisa,
15:53nosso secretário
15:54de RIT
15:54de Segurança
15:55do Governo do Estado
15:56que sempre incentivou
15:57essas pesquisas,
15:58o coronel Streifinger
15:59na Secretaria
16:00de Administração
16:01Penitenciária
16:02que entendeu
16:03o pedido da pesquisa,
16:05o sentido da pesquisa.
16:07Mota,
16:07a dificuldade
16:08é ter dados
16:09fidedignos
16:10para a gente construir
16:11política pública.
16:12Não existe
16:13política pública
16:14sem evidência.
16:16Se você não tiver
16:17a evidência empírica
16:18de pesquisadores
16:19como o professor Peri
16:20que coloca a pesquisa,
16:22faz o questionário
16:23e demonstra
16:24e não são pesquisas
16:25de entrevista
16:27de cinco pessoas,
16:28eu fui lá
16:29e achei uma opinião.
16:30ele foi lá
16:31e olhou na cara
16:32a cara ali
16:3252 minutos
16:34o professor Peri
16:35nos falou
16:35que durava
16:36cada entrevista
16:37dessa.
16:39Quando a gente
16:39tem esse dado
16:40eles são
16:40estarrecedores.
16:42Eles são
16:42estarrecedores
16:43porque várias
16:44situações caem.
16:45Vou te dar um exemplo
16:46Mota lá em São Bernardo do Campo.
16:48Dos principais problemas
16:49que nós tínhamos
16:50em São Bernardo do Campo
16:51quando nós chegamos lá
16:52era um roubo
16:53de pessoas
16:55em pontos de ônibus
16:56às cinco horas
16:58da manhã.
16:58cinco horas da manhã
17:00se não me falha a memória
17:02quem está em ponto
17:02de ônibus
17:03são trabalhadores
17:04que estão se deslocando
17:06senhoras, senhores
17:08que estão se deslocando
17:09para iniciar sua jornada
17:11muitas vezes
17:11até longe de casa
17:12e principalmente
17:14nas regiões
17:15mais periféricas.
17:16Nosso prefeito
17:17Marcelo Lima
17:18incentivador
17:20da pauta
17:21da segurança
17:21que foi lá
17:22nos buscar
17:23no governo do estado
17:24agradecer também
17:25ao secretário
17:27Arthur Lima
17:28que entendeu
17:28a demanda
17:29junto ao governador
17:30Tarcísio
17:30e com o secretário
17:31de Ritch
17:32nos liberou
17:32para assumir
17:34essa missão
17:35em São Bernardo.
17:36olhamos para aquela situação
17:38e era um problema
17:39não tem artigo penal aí
17:41será que é furto
17:42será que é roubo
17:43é extorsão
17:44a gente olhou
17:46para aquele problema
17:46e falou
17:46precisamos
17:47proteger
17:48essa população.
17:49interessa qual é a razão
17:50pela qual o sujeito
17:51está assaltando
17:51às 5 horas da manhã
17:53né
17:53se é porque ele é mau caráter
17:55se é porque ele
17:56precisava comprar droga
17:58se é porque ele tinha
17:59um problema mental
18:00é uma questão
18:01enorme
18:03do nosso
18:03é uma questão muito
18:05pontual
18:06do nosso trabalho
18:07é
18:07o problema é esse
18:08eu preciso construir
18:09uma solução
18:10integrando com a polícia
18:12militar
18:12lá do município
18:14o 6º Batalhão
18:15Coronel Carvalho
18:16montamos uma operação
18:18chamada Operação
18:19Direto ao Ponto
18:20não era só
18:22às 5 da manhã
18:23que acontecia
18:24nós tínhamos
18:25na hora do almoço
18:26também
18:27onde as pessoas
18:28estavam se deslocando
18:29os criminosos passavam
18:30com bicicletas
18:31e motocicletas
18:32com o principal alvo
18:33econômico
18:34o aparelho celular
18:35e no final do dia
18:37as pessoas
18:37voltando para casa
18:39direcionamos
18:40os esforços
18:41da guarda
18:41para que fizesse
18:42as rondas
18:43nas principais avenidas
18:44estacionais
18:45e estamos
18:46durante 90 dias
18:48para que a gente
18:49pudesse coletar
18:50os dados
18:50treinando os guardas
18:52para que eles
18:52fizessem
18:53ações de aproximação
18:55com a população
18:56várias pesquisas
18:58apontam
18:59que o principal
19:00a principal informação
19:02das polícias
19:03e eu
19:03vivi 25 anos
19:05na ponta da linha
19:06trabalhei no operacional
19:07praticamente a minha vida
19:08inteira
19:09nós
19:10recebemos a maior parte
19:12da informação
19:13da população
19:14a população
19:15de bem
19:16que quer a proteção
19:17da polícia
19:18ela vai lá
19:18e leva
19:19a informação
19:20então nós
19:21começamos a fazer
19:22um trabalho
19:23com os guardas
19:23que eles se aproximassem
19:24da população
19:25que eles estacionassem
19:27ao lado do ponto
19:28de ônibus
19:28ficassem fazendo
19:29segurança
19:30para aquelas pessoas
19:31e o fato
19:32de evitar o crime
19:33demonstra
19:34que a teoria
19:35funciona na prática
19:36a presença
19:38do guardião
19:38a presença
19:39do guarda
19:40civil municipal
19:41a presença
19:41do policial militar
19:42faz com que o criminoso
19:44não aja
19:45o criminoso
19:46vê
19:46e vai para um outro lugar
19:48ele pode até tentar
19:50porque é a profissão dele
19:51ele pode tentar
19:53em outro município
19:53ele pode tentar
19:54em um outro lugar
19:55ele pode tentar
19:56numa rua mais deserta
19:58mas que na presença
19:59do guardião
19:59ele não vai agir
20:00ele não vai agir
20:01ou seja
20:02você está levantando
20:04elevando os custos
20:06de cometer o crime
20:07e se esses custos
20:09ficarem
20:10tão altos
20:11alguns potenciais
20:13criminosos
20:13vão desistir
20:15mesmo
20:15vão dizer
20:16não
20:16agora eu não quero mais
20:17porque ficou muito complicado
20:20João
20:20eu me lembro
20:23de um aspecto
20:24do trabalho
20:25do professor Peri
20:26que mostrou
20:28que mais de 50%
20:30dos crimes
20:31que os criminosos
20:33relataram
20:34que não tiveram sucesso
20:35não tiveram sucesso
20:36porque a polícia
20:38interrompeu
20:39o crime em andamento
20:40apesar disso
20:43a gente vê hoje
20:44defendido como teoria
20:45que polícia
20:46não funciona
20:47que polícia
20:47não serve pra nada
20:48que polícia
20:49é parte
20:50do problema
20:51e não da solução
20:52isso é um
20:53é um absurdo
20:55lógico
20:55é a mesma coisa
20:57que dizer que
20:58médicos
20:59não são importantes
21:00pra saúde
21:01ou professores
21:01pro processo
21:02educacional
21:03decorre
21:05desses 40 anos
21:06de enfrentamento
21:07dessa perspectiva
21:09da criminologia
21:10crítica
21:11de base marxista
21:12sobre a visão
21:13da segurança pública
21:13por favor
21:14dá uma explicação rápida
21:15do que é a criminologia
21:16crítica
21:17ela está conectada
21:18ao que eu falei
21:19aqui nesses três
21:20grandes grupos
21:20no início
21:21dos anos 50
21:22o que se compreendia
21:25como crime
21:25que era
21:26ou crime político
21:27ou tumulto social
21:29e o segundo grupo
21:30era o crime
21:31passional
21:32quando começa
21:33os anos 50
21:34a tratar
21:35o crime econômico
21:37como a gente trata hoje
21:38como o Major Topalhã
21:39aqui destacou
21:39que é o crime
21:40esse crime
21:41cada vez mais comum
21:42que afeta ali as pessoas
21:43esse debate
21:44ele tinha duas matrizes
21:46anteriores
21:46pra começar
21:48a interpretar isso
21:49uma era a criminologia
21:51de base psicológica
21:53a outra era a criminologia
21:53de base política
21:54que é a chamada
21:55criminologia crítica
21:56que foi organizada
21:57pelos marxistas
21:57o marxismo tem a pretensão
21:59de explicar toda a sociedade
22:00então a explicação
22:01marxista
22:02para o crime
22:03era que o criminoso
22:04era alguém
22:05que foi vitimado
22:07pelo capitalismo
22:08por meio das privações sociais
22:09e de alguma maneira
22:11ele respondia
22:12àquela vitimização
22:14cometendo o crime
22:15primeiro
22:16pra atender
22:17as suas privações sociais
22:18segundo
22:18como uma forma
22:19de revolta
22:20é um executor
22:22da justiça social
22:24exato
22:24inclusive alguns autores
22:25mais partilizados
22:27chegam a chamar ele
22:27de um revolucionário
22:29ele ainda não sabe
22:30que ele é um revolucionário
22:31um revolucionário
22:32em formação
22:33inclusive até caberia
22:34ao partido
22:35discipliná-lo
22:36pra canalizar
22:38aquela violência
22:39e aquela
22:40atuação
22:42aquela disposição
22:44pra atuação
22:44pra revolução
22:46depois isso foi caindo
22:47quer dizer
22:47o que a gente tem
22:48de criminologia crítica
22:49hoje
22:49todo esse
22:50esse formato
22:51do revolucionário
22:52foi caindo
22:52mas a perspectiva
22:54de que ele só é criminoso
22:56porque antes ele foi
22:57vítima
22:57de privações sociais
22:59é o que está na base
23:01de descrever
23:02a sociedade
23:03aquele argumento
23:05de que ele é vítima
23:06da sociedade
23:06o que é um completo
23:07absurdo
23:08porque do ponto de vista
23:08científico
23:09se a gente precisa
23:10aplicar
23:10se privações sociais
23:12explicam o comportamento
23:14criminal
23:14a maioria das pessoas
23:16que passam
23:17por privações sociais
23:18teriam o mesmo comportamento
23:20e não a extrema
23:21minoria sobre isso
23:22e o contrário
23:23também seria verdade
23:24as pessoas que não tem
23:25nenhum tipo de privação
23:26social
23:26não cometeriam crimes
23:27é exatamente esse tipo
23:30de incoerência
23:31e de quase
23:32na verdade
23:33a criminologia crítica
23:35não é
23:35uma teoria
23:36porque uma teoria
23:37a hipótese
23:38precisa ter sido comprovada
23:39ela é só uma hipótese
23:41de base ideológica
23:43nunca comprovada
23:44que estava disponível
23:46ali naquele
23:47naquele panorama
23:49dos anos 50 e 60
23:50e ela foi completamente
23:51prescrita
23:52nos países desenvolvidos
23:53a gente fala
23:54de criminologia crítica
23:55na Europa e Estados Unidos
23:56se estudava
23:57se pensava
23:58que crime tinha a ver com isso
23:59sabemos que não tem
24:00crime tem a ver com o que então?
24:02tem a ver com comportamento
24:03e aí a gente avança
24:04para a descrição
24:06para como enfrentar
24:09esse comportamento
24:12em série
24:13é fundamental
24:15essa discussão aqui
24:16que o
24:17que o
24:17major destacou
24:18conectado com o que o
24:19professor Chiquira
24:20trouxe
24:21que é
24:21uma vez que eu sei
24:22que
24:23o comportamento criminal
24:25só é dissuadido
24:27pela ação da lei
24:28e pela ação da polícia
24:30baseada na lei
24:31eu preciso o tempo todo
24:34não dá para colocar um policial
24:35em cada esquina
24:36um policial
24:36em cada lugar
24:37então eu preciso o tempo todo
24:38ter a capacidade
24:40de priorizar e focar
24:41e na hora de atuar
24:43atuar de forma integrada
24:44e aí eu quero destacar
24:46aqui de novo
24:46para o nosso ouvinte
24:47é muito difícil
24:48fazer isso
24:49é muito difícil
24:51eu reunir
24:52todas as informações
24:53que ocorreram
24:53sobre o crime
24:54porque diferente
24:55dos dados
24:55sobre educação e saúde
24:57esses dados
24:57não estão claramente
24:58disponíveis
24:59mesmo quando as pessoas
25:00registram o crime
25:01é um grande número
25:01de subnotificação
25:03sabemos por exemplo
25:04que para cada
25:05um roubo registrado
25:06provavelmente tem outros dois
25:07para crimes sexuais
25:09a subnotificação
25:10ainda é maior
25:11é algo na casa
25:13dos dez eventos
25:15e cada dez
25:16apenas um
25:16eu consigo
25:17ter o registro
25:18então
25:18a informação
25:20que a população
25:21traz sobre quando
25:22ela foi vítima
25:23é muito preciosa
25:24e precisa ser
25:25muito bem tratada
25:26por isso que quando
25:27nós assumimos
25:28a secretaria
25:29e o CICC
25:30era um órgão
25:32que praticamente
25:32não exercia
25:33as funções
25:33do qual ele foi
25:34ele foi originalmente
25:36previsto
25:37e aí nós reorganizamos
25:39o CICC
25:40sobre a liderança
25:40do secretário de RIT
25:42para iniciar esse processo
25:44então veja
25:45a primeira informação é
25:46o que a população
25:47está relatando
25:49segundo
25:50que são os dados
25:50criminais
25:51produzidos
25:52na delegacia
25:52e no 90
25:53sabemos que ele não é
25:54o total dos dados
25:55porque existe uma
25:56grande subnotificação
25:57então a segunda coisa
25:58foi buscar pesquisas
25:59de vitimização
25:59o que as pessoas
26:02relatam
26:02sobre o que aconteceu
26:03com elas
26:04ainda que elas
26:04não tenham registrado
26:05e a terceira medida
26:07foi
26:08chamar o professor
26:10Chiquida
26:10para fazer essa pesquisa
26:12eu já conheci esse trabalho
26:13dele de décadas
26:14mas ele nunca tinha
26:16conseguido fazer
26:16em São Paulo
26:17e aí
26:17nós viabilizamos
26:19que ele fizesse
26:20eu conversei
26:21tanto com o secretário
26:22de RIT
26:23quanto o secretário
26:23de Stryfinger
26:24apresentamos o exemplo
26:25e os dois secretários
26:26aprovaram
26:27e a gente conseguiu
26:28dar apoio
26:28para o professor
26:29de RIT fazer
26:30e isso não aconteceu
26:31em nenhum outro momento
26:32no país
26:32nós juntamos
26:33um diagnóstico profundo
26:35com três fontes diferentes
26:36é o criminoso
26:37dizendo o que lhe afeta
26:38então
26:39olha que interessante
26:40essa tua fala
26:41o criminoso
26:41dizendo
26:42eu
26:42a maior chance
26:44aquilo que me dissuade
26:46aquilo que eu tenho prejuízo
26:47é quando a polícia
26:47intervém
26:47eu tenho o cidadão
26:49dizendo o que mais
26:49o que mais
26:50lhe afeta
26:52o que mais ele tem medo
26:53e eu tenho as pessoas
26:54que já foram vítimas
26:55escrevendo
26:56na hora que a gente
26:56construiu esse diagnóstico
26:58aí vamos
26:59para a lógica
27:00de priorização
27:01quais deles
27:03é a prioridade
27:05e como atuar
27:05é que entra o trabalho
27:07com as prefeituras
27:08por exemplo
27:09e aí nasce
27:09quer dizer
27:10o processo diagnóstico
27:12prioriza
27:12e depois
27:13a autoridade política
27:14de permitir
27:15que isso seja feito
27:16nasce o programa
27:17Muralha Paulista
27:18que tem lá
27:1918 focos
27:20então hoje está
27:21num decreto
27:21ele não só tem
27:2318 objetivos
27:2418 indicadores
27:25como ele me autoriza
27:27hoje
27:28a dividir
27:29essas informações
27:29com as prefeituras
27:30o que não existia antes
27:32porque eu
27:33eu tenho que pensar
27:35a figura do guardião
27:37envolve o policial militar
27:38que é do estado
27:39envolve o guarda municipal
27:40que é do município
27:41eu não posso
27:41do ponto de vista
27:42gestor dizer
27:43são duas coisas diferentes
27:45mas conseguir
27:46fazer isso funcionar
27:48é um desafio
27:49que é um processo
27:50que você
27:51o processo
27:52que você está descrevendo
27:53é o oposto
27:54ao processo
27:56que é vendido
27:57hoje
27:57pelo governo federal
27:59é como sendo
28:00o caminho
28:01que é a centralização
28:03do controle
28:04das polícias
28:05do governo federal
28:06o que você está
28:07precisando
28:07é justamente o oposto
28:09exatamente isso
28:10agora
28:10eu vou aproveitar
28:11que você falou
28:12aqui da pesquisa
28:13do professor
28:14professor
28:14o que que
28:16o seu trabalho
28:17o seu trabalho
28:17foi feito primeiro
28:18no Paraná
28:20é isso?
28:20agora em São Paulo
28:21o que que o seu trabalho
28:23mostra sobre
28:24a motivação
28:26dos criminosos
28:27e sobre
28:29a chance
28:30de sucesso
28:31deles?
28:32então vamos lá
28:33é
28:33lembrando
28:35o nosso público
28:36super qualificado
28:37a
28:38que os cursos
28:39são
28:40é
28:40a probabilidade
28:41de ser preso
28:42né
28:42e aí a probabilidade
28:44de ser preso
28:44em São Paulo
28:45é alta
28:4680%
28:47é a chance
28:47de sucesso
28:48mas
28:49os outros estados
28:51que eu fiz
28:51o Paraná
28:52Rio Grande do Sul
28:53e outros
28:53que eu não consegui
28:54a estatística representativa
28:55mas esses outros dois
28:56eu conseguia
28:57eu pude
28:57é
28:58publicá-los
28:5995%
29:01e 98%
29:03de chance de sucesso
29:03então São Paulo
29:04as forças de segurança
29:06pública do estado
29:06de São Paulo
29:07estão de parabéns
29:08porque é igual
29:08foi colocado aqui na mesa
29:10com muita pertinência
29:11nós não temos como recursos
29:13é
29:14pra colocar um policial
29:15em cada esquina
29:16né
29:16é
29:17só pra escalecer
29:18quando um criminoso
29:19tem 98%
29:20de chance de sucesso
29:22isso significa o seguinte
29:23ele
29:24comete crimes impunemente
29:26ele quase nunca é preso
29:27então
29:27essa é a probabilidade
29:28depois vem a intensidade
29:30da pena
29:30inclusive
29:31né
29:31o coronel Streifinger
29:32parabéns aí né
29:34nós inclusive
29:34muita ideia dele também né
29:37a gente perguntou
29:38pro preso
29:39definir a pena
29:40que agora sai um tal
29:41de pena justa aí né
29:42então muito dos presos
29:44quase metade
29:46falaram que a pena
29:47tava
29:47ele sabe o que ele fez
29:49de mal pra sociedade
29:50então
29:51enquanto o preso
29:52tá falando alguma coisa
29:53lá no
29:54no chão de fábrica
29:56lá digamos assim
29:56é
29:57alguns
29:58é
29:59políticos
30:00os especialistas
30:01de
30:01de segurança pública
30:02estão falando coisas
30:03totalmente viesadas
30:04que não tem sintonia
30:05com o mundo do crime
30:07deixa eu só ver
30:08se eu entendi esse ponto
30:09você tá me dizendo o seguinte
30:09quando o senhor
30:10pergunta ao preso
30:13usando mecanismos
30:15para garantir
30:17que o preso
30:18está falando a verdade
30:19não tá
30:20criando uma narrativa
30:22qualquer
30:22quando ele tem essa oportunidade
30:23ele reconhece
30:24que a pena que ele recebeu
30:26exatamente
30:26que setores
30:27do nosso estado
30:28dizem que é excessiva
30:30o preso diz
30:31não
30:31eu mereço a pena
30:32porque eu
30:32pelo crime que eu cometia
30:34mota
30:34perfeito
30:35o nosso público
30:36qualificado
30:37olha
30:37eu fico achando
30:38os resultados
30:39os primeiros estudos
30:40há 20 anos
30:4126 anos atrás
30:42eu falei
30:42será que eu tô errado
30:43aí eu repliquei
30:44em outros estados
30:45e vi que tava batendo
30:46as coisas
30:47de norte a sul
30:48leste a oeste
30:48nós fizemos também
30:49no Acre
30:50só com mulheres
30:50então
30:51a probabilidade de ser preso
30:53é muito alta
30:54né
30:54infelizmente
30:55a gente tem muito
30:56delinquente aí na rua
30:57a intensidade da pena
30:58praticamente não existe
31:00não existe
31:01né
31:01porque é um
31:02só um pouquinho
31:02é uma
31:03uma porta giratória
31:05né
31:05o custo do preço
31:06é muito baixo
31:07o benefício
31:08pra quase a totalidade
31:10dos presos
31:11que responderam
31:12estão menores
31:12os benefícios
31:13estão maiores
31:14do que os custos
31:16do crime
31:16né
31:16a pessoa recebendo
31:18em média
31:19em média
31:2046.373 reais
31:22inclusive o pessoal
31:23até brincou
31:23depois do seu programa
31:24que o primeiro
31:25professor pra onde que eu mando
31:26o currículo né
31:27brincando naturalmente
31:29porque as pessoas
31:29tem travas morais
31:30isso é importante
31:31que se diga
31:31aqui todos na mesa
31:32todos na mesa
31:33eles tem política de estado
31:35como condição sine qua non
31:36pra que a pessoa
31:37não migue pro crime
31:38qual seja
31:39família
31:40escola
31:41e religião
31:41essas travas morais
31:43estão muito fragilizadas
31:44então o custo de oportunidade
31:45e a operação
31:46são muito baixos
31:47e a perda moral
31:48então quando a gente
31:49pergunta pra eles
31:50o que ele mais sentiu
31:51ao ser preso
31:52quando a casa caiu
31:53que aí
31:54foi muito bem dito
31:55a maioria
31:56por ação efetiva
31:58da polícia
31:58o quadro
32:00das forças de segurança
32:01pública do estado
32:02de São Paulo
32:02é muito efetivo
32:04é muito efetivo
32:05vis-a-vis
32:07outros estados
32:08ele consegue
32:09prender muito mais
32:10só que
32:10prender é uma coisa
32:11aí depois
32:12vai na urgência
32:13de custódia
32:14vai não sei o que
32:15é solto
32:15então fica
32:16enxugando o gelo
32:17e quando a gente
32:18pergunta
32:18a coisa que o preso
32:20mais sentiu
32:21a perda moral
32:22uma distância
32:23cavalar
32:24entre
32:24nas estatísticas
32:26do artigo
32:27vocês vão ver
32:27quase 60%
32:28e depois
32:29a questão
32:31da intensidade
32:32da pena
32:32porque não tem
32:34intensidade da pena
32:35e outras coisas
32:35mais
32:36então ele está
32:36preocupado ainda
32:37com a perda moral
32:38dele
32:38com a reputação
32:39porque a chance
32:40de ser preso
32:41é muito baixa
32:42e a intensidade
32:43da pena
32:44praticamente não existe
32:45e aí eu volto
32:45a dizer
32:46aqui ninguém
32:47está falando
32:48que preso
32:49é bandido
32:50bom
32:50é bandido
32:51morto
32:51no sentido
32:52ipsis liter
32:53da palavra
32:53e muito menos
32:54que bandido
32:55é vítima
32:55da sociedade
32:55o que a gente
32:56fala aqui
32:57a lei de execução
32:58penal
32:58não exclui
32:59a dignidade humana
33:00mas ela tem
33:01que ser
33:01executada
33:02para que essa
33:03pessoa
33:03seja dissuadida
33:05a cometer o crime
33:06e não é
33:07aquilo que a gente
33:08está vendo
33:08efetivamente
33:09com esses presos
33:11que representam
33:11a população
33:12a maior população
33:13carcerária
33:13do Brasil
33:14está aqui
33:14então a história
33:16que os próprios
33:17presos
33:18contam é
33:19eu fui para o crime
33:22porque eu ganho
33:23muito dinheiro
33:24a chance de eu ser preso
33:26é pequena
33:27e se eu for preso
33:28eu fico pouco tempo
33:29na cadeia
33:30exatamente
33:30e dessa vez
33:31graças
33:32aos brainstorming
33:35que nós fizemos
33:35junto com o pessoal
33:36do INSPER
33:37também tem a Luciana
33:38e o Eng
33:39o INSPER
33:41sensacional
33:42o ASAP
33:43e também
33:44o CICC
33:45dessa vez
33:46nós perguntamos
33:47para eles
33:47quais seriam
33:48as políticas
33:49de Estado
33:49para eles
33:50não irem
33:50para o mundo
33:51do crime
33:51mais educação
33:52emprego
33:52com remuneração
33:53próxima
33:54desse valor
33:55não é brincando
33:56mas é seriedade
33:57subiu o salário mínimo
33:58para 46 mil reais
34:00uma coisa desse gênero
34:01mas dessa vez
34:02nós perguntamos
34:03qual seria
34:04a punição crível
34:05no sentido
34:07de fazer
34:08com que ele não fosse
34:09para o mundo do crime
34:10de forma espontânea
34:11e de forma induzida
34:12aí surgiram
34:14de forma espontânea
34:15e induzida
34:16a mesma classificação
34:18pena de morte
34:19em primeiro lugar
34:20no empate técnico
34:22porque tem 5%
34:23de margem de erro
34:24com prisão perpétua
34:25e depois
34:26ponta a ponta
34:27e ponta a ponta
34:28só para esclarecer
34:29para o nosso público
34:30é aquela
34:30que pegou 30 e 30
34:31não tem saidinha
34:32que eu acho
34:33que já deveria ter saído
34:34do mapa
34:34da lei de execução penal
34:37infelizmente
34:38não tem
34:39essas coisas
34:40todas
34:41e a gente tem
34:42que pensar
34:43em dissuadir
34:44essas pessoas
34:45e eles mesmos
34:46estão falando
34:46a pena de morte
34:47prisão perpétua
34:49e ponta a ponta
34:50as três não existem
34:51em nossa constituição
34:52e os nossos
34:53eu até costumo
34:55falar isso
34:55nas apresentações
34:56que é o esquema
34:57Lorde
34:58Lorde é o seguinte
35:00lógica
35:01ló
35:02da racionalidade
35:03do delinquente
35:04econômico
35:04aí eu faço
35:05um fluxograma
35:06coloco
35:07essas características
35:08pujantes
35:09e coloco
35:09uma pessoa
35:10carregando
35:1146 mil
35:11373 reais
35:13aí a pessoa
35:14um dia me perguntou
35:14na palestra
35:15por que você colocou
35:16Lorde professor
35:16eu falei
35:17por que esse sujeito
35:18de 46 mil
35:20373 reais
35:22aí
35:22é até
35:23pra você fazer
35:25o enfrentamento
35:26com muita
35:27política pública
35:28polícia
35:29polícia efetiva
35:30você consegue
35:31o problema
35:32é o Lorde
35:33é aquele que está
35:33vestido
35:34de terno
35:35lá em Brasília
35:36ou então
35:37nas esferas públicas
35:38municipais
35:39estaduais
35:39falando que
35:40o pobre
35:41a pessoa preta
35:43a pessoa assim
35:44desempregada
35:45está migrando
35:45para o crime
35:46então tem que mexer
35:47com a distribuição
35:48de renda
35:49melhorou a distribuição
35:50de renda no Brasil
35:50em vários pontos
35:51e a criminalidade
35:52explodiu
35:53então o diagnóstico
35:55está errado
35:55porque a forma
35:57de enfrentamento
35:58tem que ser
35:58dissuasório
35:59também
35:59lógico que educação
36:01família
36:02e religião
36:03é condição
36:03sine qua non
36:04e é importante
36:05dizer o seguinte
36:06os freios morais
36:09eles
36:11atuam
36:12sobre a maioria
36:12das pessoas
36:13você não precisa
36:15fazer política
36:15pública
36:16para estimular
36:17os freios morais
36:19como política
36:19de segurança
36:20porque ele é um
36:20mecanismo natural
36:21a política de controle
36:23do crime
36:23política de segurança
36:24pública
36:24é sobre aqueles
36:25sobre quais os freios
36:26morais
36:27não tiveram efeito
36:28então
36:29não faz sentido
36:32o estado
36:32querer substituir
36:33a família
36:35a religião
36:36e principalmente
36:37boa parte
36:37dos estudos
36:39principalmente
36:40de perspectivas
36:41psicológicas
36:42ou de
36:43mesmo aqueles
36:43que tentam avançar
36:44para ver relações
36:45de psicopatologias
36:46com crime
36:47ninguém é conclusivo
36:49todos eles
36:49a única conclusão
36:51possível
36:51é dizer
36:52que o que leva
36:53o indivíduo
36:54a não aceitar
36:55os freios morais
36:56ou então
36:57não se submeter
36:59às regras sociais
37:00é algo endógeno
37:03que é
37:04uma grande
37:06incerteza
37:06sobre o que
37:07exatamente
37:08estarta
37:10ou permite
37:11dois irmãos gêmeos
37:12que tiveram
37:13a mesma condição
37:13social
37:14seja
37:15sem nenhuma
37:17privação social
37:18ou com muita
37:18privação
37:19um se transforma
37:21num filantropo
37:21ou o outro
37:22quem fala muito bem
37:23isso é o
37:23Stanton Semino
37:24exatamente
37:25o livro dele
37:25a mente criminosa
37:26veja
37:27a ciência
37:27a ciência
37:28ela é feita
37:29de verdades provisórias
37:30a verdade
37:31hoje
37:32no mundo da ciência
37:33o consenso
37:34é de que
37:35não há nenhum
37:36mecanismo confiável
37:37de evitar
37:39que alguém
37:39queira cometer
37:40o crime
37:41o único mecanismo
37:42confiável
37:43é
37:43uma vez
37:44que esse indivíduo
37:45existe
37:46é dissuadi-lo
37:47é criar uma ameaça
37:49para ele
37:50crível
37:50se ele
37:51cometer um crime
37:52olha o que vai acontecer
37:54com você
37:55e essa ameaça
37:56é um outro erro
37:57que eu vejo bastante
37:58aqui de alguns estudos
37:59agora mais recentes
38:01é de que ele diz o seguinte
38:02se você tiver um impacto
38:03política de trabalho
38:04aumento na renda média
38:06tem
38:06não amigos
38:07esse efeito
38:08só vai
38:08ele tem um efeito marginal
38:10porque ele só vai ter um efeito
38:13sobre o indivíduo
38:14que não se preocupa
38:16em cometer crime
38:16se a perspectiva
38:18da prisão
38:18for real
38:19se a perspectiva
38:20da prisão
38:21for real
38:21veja
38:21hoje ele sabe
38:22que ele consegue
38:2346.500
38:24poderia ser
38:254.000
38:26é que o incentivo
38:28é alto
38:28mas o incentivo
38:29mesmo sendo baixo
38:30ele ainda assim
38:32o motivaria
38:32para o crime
38:33se o custo
38:34se a probabilidade
38:35de prisão
38:35for pequena
38:36porque
38:37ele não tem
38:38esse freio moral
38:38é sempre
38:39vai ser mais fácil
38:39cometer um crime
38:40do que trabalhar
38:41então veja
38:42na medida que ele
38:43ele vai até
38:45se ele vai
38:47descobre que tem
38:4846.000
38:48mesmo que você tenha
38:49um salário médio
38:50de 80.000
38:52para ele
38:52continua sendo
38:53vantajoso
38:5346
38:54porque qualquer
38:55outro
38:55mecanismo
38:57marginal
38:58como salário
39:00e efeito
39:00só vai conseguir
39:01gerar algum
39:02efeito
39:03o próprio nome
39:04diz
39:04é marginal
39:05se o efeito
39:06principal
39:07realmente
39:09está sendo
39:10produzido
39:10nesse momento
39:11que é
39:11ele temer
39:13a probabilidade
39:14de ser preso
39:15deixa eu dar
39:16um exemplo
39:16bem prático
39:17aqui
39:17se você pega
39:18por exemplo
39:19um chefão
39:20o chefe
39:21de uma organização
39:22do narcotráfico
39:24que comanda
39:25milhares de homens
39:27que tem acesso
39:28a bens
39:29a serviços
39:30helicópteros
39:31jatinhos
39:32mansões
39:32como a gente já viu
39:33aí documentado
39:34a política
39:37oficial
39:38do estado brasileiro
39:39hoje
39:39parte do pressuposto
39:41insano
39:42de que se você
39:43chegar para esse sujeito
39:44que é um milionário
39:46e disser para ele
39:47eu vou te dar emprego
39:48você vai fazer
39:50um curso
39:50de artesanato
39:51ou você vai voltar
39:53para a escola
39:53eu vou mudar você
39:55então você chega
39:56para uma pessoa
39:57como essa
39:58que é chefe
39:58de uma organização
39:59criminosa
39:59e você trata
40:01essa pessoa
40:01do ponto de vista
40:02jurídico
40:03dando a ele
40:04todas as chances
40:05possíveis
40:06para que ele
40:07saia da prisão
40:08sempre contando
40:10com essa possibilidade
40:11impossível
40:12de que ele
40:13abra a mão
40:13disso tudo
40:14você está lidando
40:15com um homem
40:16maduro
40:17se tivesse
40:19se tivesse
40:20regras morais
40:21poderia ser um CEO
40:22de uma empresa
40:23que tem
40:24toda uma
40:25que sabe lidar
40:27com o mundo
40:27violento
40:28mas você está
40:28lidando com ele
40:29como se fosse
40:29uma criança
40:30com castigo
40:31e tem excelente
40:32assessoria jurídica
40:33também
40:33é óbvio que eles
40:35olham para isso
40:35e percebem
40:37que isso
40:38é um mecanismo
40:40de incentivo
40:40com o Tomás
40:41ao ponto de
40:42na pesquisa
40:43ele mesmo
40:43descreve
40:44o que o faria
40:45segurar
40:45o que o faria
40:47parar
40:47é claro
40:48o que o faria
40:49parar
40:49uma perspectiva
40:51de punição
40:51real
40:52que é a prisão
40:53ficar
40:53todo o resto
40:55da vida
40:55na prisão
40:56ou ficar
40:56toda a sentença
40:58isso faria
40:58ele
40:59os 46.500
41:01médio ali
41:02já deixaria
41:03de ser
41:03um benefício
41:04tão atrativo
41:05porque o custo
41:06começa a equilibrar
41:06e o Becker
41:07deixa isso
41:08muito claro
41:09na estrutura
41:11racionalística
41:12que ele explica
41:13dizendo o seguinte
41:13há vários custos
41:15mas tem um custo
41:16especial
41:17que impacta
41:18em todos os outros
41:19que é o custo
41:19da prioridade
41:20de ser preso
41:20que está todo
41:22sob o controle
41:22do estado
41:23o que eu preciso
41:23fazer como estado
41:24é procurar o município
41:26reformular a legislação
41:27treinar a polícia
41:29porque tem um problema
41:30associado aí
41:31que se a polícia
41:33o tempo todo
41:34está atuando
41:34muito sobre risco
41:36existe uma grande
41:37chance de ter erro
41:38uma grande chance
41:39de ter abuso
41:40então eu preciso
41:41deslocar esse policial
41:42de uma posição
41:43de tanto estresse
41:44porque se eu tiver
41:45erro
41:45eu perco a legitimidade
41:46com a população
41:47então eu preciso
41:48trazer município
41:49e aí entra
41:50e aí esse é o ponto
41:51que eu queria
41:52perguntar
41:54ao secretário
41:55porque
41:56as guardas municipais
41:58são tradicionalmente
41:59ou eram
42:00acho que ainda são
42:01na maioria dos municípios
42:02vistas como uma espécie
42:03de vigilante
42:04do patrimônio
42:06municipal
42:07me lembro uma vez
42:08discutindo com o prefeito
42:09do Rio de Janeiro
42:09não esse atual
42:10ou outro
42:11ele dizendo
42:12Roberto
42:12a guarda municipal
42:13não é polícia
42:14a função dela
42:15não é
42:16é antes disso
42:17não é nem questão de arma
42:18a função dela
42:19não é combater o crime
42:20a função dela
42:21é proteger o patrimônio
42:23municipal
42:23ou seja
42:23ficar vigiando
42:24pra ninguém pisar
42:25no canteiro
42:26pra ninguém jogar
42:27pedra no vidro
42:28da prefeitura
42:29e o que você
42:30está descrevendo
42:31é
42:32me parece
42:34que é uma aproximação
42:35com o modelo americano
42:37onde a polícia
42:38é essencialmente
42:39municipal
42:39onde você sabe
42:41o nome dos policiais
42:42da sua cidade
42:43porque eles moram
42:43perto de você
42:44o seu filho
42:45estuda na escola
42:46do policial
42:47isso tem um potencial
42:49revolucionário
42:51na segurança pública
42:51não tem?
42:52Mota
42:53fantástica colocação
42:54a guarda
42:56é a quem mais
42:57pode fazer
42:58polícia comunitária
42:59ela é do município
43:01ela mora
43:02no município
43:03ela vai cumprir
43:03a carreira inteira
43:04no município
43:06eu como policial militar
43:08já trabalhei
43:08trabalhei
43:09em poucos lugares
43:10trabalhei em três municípios
43:12no que eu moro
43:13no próximo da minha casa
43:15e na capital
43:16em São Paulo
43:17em várias unidades
43:18mas eu queria explorar
43:20um outro ponto aqui
43:22Mota
43:22que eu acho que
43:23vai chegar
43:24a essa conclusão
43:25que você me perguntou
43:26o que é
43:26o professor Peri
43:27deixou muito claro
43:28o criminoso
43:29ganha muito dinheiro
43:31e o criminoso
43:32ele
43:33se não tiver
43:35uma pena
43:35alta
43:37ele vai continuar
43:38cometendo crime
43:39e é isso
43:40que está
43:41saturando
43:42o sistema
43:43policial do país
43:45não dá pra
43:46prender o mesmo
43:47indivíduo
43:48cem vezes
43:48quando eu entrei
43:51na polícia
43:51era normal
43:52ouvir
43:53que a gente já tinha
43:54abordado o cara
43:55o cara já tinha sido
43:56preso três vezes
43:57em 2010
43:59ali perto
44:01oito a dez vezes
44:04hoje é natural
44:05trinta vezes
44:07quarenta vezes
44:08no nosso estado
44:09não há força
44:11de segurança
44:12que dê conta
44:12dessa porta
44:13que não para
44:14de girar
44:15porque ninguém
44:16deixou
44:17mesmo a economia
44:18crescendo
44:19o país avançando
44:20só que segurança
44:22pública se faz
44:22com a ação
44:23discurso
44:25a gente na secretaria
44:26tem que olhar
44:27o nosso prefeito
44:27cobra demais
44:28a gente
44:29é ação
44:30e ação
44:31tem que ter dado
44:32tem que ter planejamento
44:33e tem que ter procedimento
44:34senão eu não consigo ter ação
44:36então como nós estamos
44:38trabalhando lá
44:38sobre a liderança
44:39do prefeito Marcelo
44:40que nos cobra
44:41diariamente
44:42no celular
44:43o tempo inteiro
44:44e chama a gente
44:44pra reunião
44:45o que é uma grande
44:46novidade no Brasil
44:47prefeito
44:48interessado em segurança
44:50pública
44:50e deixa eu fazer
44:52uma breve
44:52o prefeito
44:54o major
44:55trabalhava comigo
44:56era o meu
44:5702 ali no CICC
44:58e durante o processo
45:00de integração
45:01nós contratamos
45:02várias prefeituras
45:03o prefeito
45:04percebeu
45:05o major
45:07mora lá na cidade
45:08e aí
45:08fez várias sugestões
45:10e foi um
45:11grande problema
45:12pra mim
45:12abrir mão
45:13do topo alemão
45:15mas eu
45:16eu fiz
45:17exatamente
45:17o movimento
45:18de conversar
45:20com o secretário
45:20de que
45:21pra nós
45:22a gente estava
45:22absolutamente
45:23exatamente
45:24por isso que você está dizendo
45:25é muito raro
45:26ter um
45:27prefeito
45:28que tem uma visão
45:29muito clara
45:29sobre o que ele precisa
45:31ele falou
45:31eu preciso de você
45:32operacionalizar
45:33essa política
45:33e aí o governador
45:35Tarcísio liberou
45:35exatamente por essa
45:36perspectiva
45:37de ter um prefeito
45:38que vai conseguir
45:39que está assumindo
45:41o custo político
45:43de fazer uma política
45:44assim como o governador
45:45está fazendo o secretário
45:46mas continua
45:48e assim
45:49Mota
45:50obrigado professor
45:51João
45:51ouvir
45:53isso
45:54até emociona
45:57pelo reconhecimento
45:59do trabalho
45:59e a gente sabe
46:00que não é nada
46:01o que a gente fez
46:02até agora
46:02a gente precisa fazer
46:03muito
46:03então
46:04a hora que a gente
46:05passa pra dados
46:06planejamento
46:07e procedimento
46:08a gente tem que olhar
46:09o que está saturando
46:11a polícia militar
46:12e ela não está conseguindo
46:13atender de pronto
46:14porque como o criminoso
46:16grave
46:17toda hora
46:17entra e sai
46:18eles estão combatendo
46:20toda hora
46:20o roubo de veículo
46:21o roubo de pessoas
46:23em via pública
46:24o uso de arma
46:25em atividade criminosa
46:26pra levar o celular
46:27pra levar bens
46:29pra estuprar mulheres
46:30na rua
46:30porque como o professor
46:32João colocou
46:33o cara está lá
46:35aproveita pra fazer
46:36um crime econômico
46:37de repente ele tem
46:38a disponibilidade
46:39ou ele quer imputar
46:40ainda mais custo
46:41aquela família
46:42ele parte
46:43por um crime
46:44sexual
46:45contra aquela família
46:46pra marcar realmente
46:48aquela família
46:48então
46:50nós precisamos
46:51olhar
46:51pros problemas
46:52e aí
46:53escolher os nichos
46:55que nós vamos trabalhar
46:56porque eu conseguindo
46:58trabalhar nos nichos
46:59e olhando
47:00pros dados
47:01dos chamados
47:01de 153
47:02do nosso município
47:03nós percebemos
47:04que nós temos
47:05um alto item
47:06de desordem
47:07porque o guardião
47:09não está conseguindo
47:10olhar
47:10pros detalhes
47:11mais simples
47:12como no modelo
47:13de Giuliani
47:14de tolerância zero
47:15de tentar pegar
47:16o pequeno delito
47:17porque a polícia
47:18está saturada
47:19no grande delito
47:19mais de 25%
47:21dos chamados
47:22que geram ocorrência
47:24no estado
47:25de São Paulo
47:25são de desordem
47:27é som alto
47:28é barulho
47:29é uso público
47:30de droga
47:31é pancadão
47:32e como a polícia
47:34está saturada
47:34porque está tendo
47:35muito roubo de carro
47:36furto de carro
47:37roubo de pessoas
47:38pelo mesmo criminoso
47:39pelo mesmo criminoso
47:40que foi preso
47:41preso 15 dias anteriores
47:4230 dias
47:4310 dias atrás
47:45um dia
47:45na audiência
47:46de custódia
47:46o cara é preso
47:47num dia
47:47não raro
47:48a gente prender
47:49um cara
47:49num dia
47:49e prender
47:50no outro
47:50a gente tem que olhar
47:51como o município
47:52pode ajudar
47:53e na nossa
47:54política pública
47:55no município
47:56de São Bernardo
47:57a gente está olhando
47:57para 3
47:584 frentes
47:59uma frente
48:01é a frente tecnológica
48:02eu consigo integrar
48:04com o decreto
48:05Muralha Paulista
48:06integrar com o governo
48:07do estado
48:07as câmeras
48:09e encaminhar
48:09informações
48:10nós pegamos
48:12um município
48:12com 400 câmeras
48:14sem nenhum tipo
48:15de inteligência
48:16nosso prefeito
48:18deu a missão
48:19de nós
48:19entregarmos
48:20esse ano
48:20mil câmeras
48:22e tentar chegar
48:23a mais de 5 mil
48:24com apoio
48:26da iniciativa privada
48:27tecnologia
48:28mas tecnologia
48:30voltada
48:31para o lugar certo
48:31olhando
48:33de como eu posso
48:34ajudar
48:34porque eu estou
48:35perto e conhecendo
48:36os problemas
48:36do município
48:37como eu faço
48:38essa interação
48:38chegar com a polícia
48:39o segundo ponto
48:41é colocar a guarda
48:42para apoiar a polícia
48:44nessas situações
48:45que acabam ficando
48:46e o cidadão reclamando
48:47ele liga na polícia
48:48liga na guarda
48:49liga na ouvidoria
48:50ele liga em todo lugar
48:51eu preciso ter
48:52o meu sossego público
48:53por conta do baile funk
48:54então nós temos
48:55políticas públicas
48:56para atacar
48:57esse problema
48:58de desordem
48:58os locais
48:59outro papel
49:01importantíssimo
49:02que o município
49:03pode ajudar
49:03a violência
49:04contra a mulher
49:04vários aparelhos
49:06públicos
49:07estão conectados
49:08ao município
49:10então nós podemos
49:11atender através
49:12da guardia
49:12Maria da Penha
49:13hoje nós temos
49:14no município
49:15de São Bernardo
49:15mais de duzentas
49:16e cinquenta mulheres
49:17monitoradas
49:18pela nossa guarda
49:20que fazem as visitas
49:22e acompanham
49:23para que essa mulher
49:23não volte a ser vítima
49:25de uma violência
49:25trabalho integrado
49:27junto ao judiciário
49:28uma transformação
49:29do papel da guarda
49:31municipal
49:31isso que você está
49:32descrevendo
49:33é o que nós estamos
49:34tentando construir
49:35sobre a liderança
49:35do nosso prefeito
49:36ele nos cobra
49:37diariamente
49:38dos dados
49:39ele quer os dados
49:40de onde nós estamos
49:41aplicando o recurso
49:42outro ponto
49:43são os crimes ambientais
49:45nós estamos
49:45num município
49:46que mais de sessenta por cento
49:47do nosso território
49:48é Mata Atlântica
49:49nós temos
49:50as duas principais
49:52estradas
49:52que levam
49:53ao Porto de Santos
49:54nós temos
49:55a linha ferra
49:55que leva
49:56ao Porto de Santos
49:57eu preciso
49:58atender
49:58as demandas
49:59e auxiliar
50:00a polícia
50:01para que ela
50:01possa fazer
50:02a prisão
50:03dos crimes graves
50:04e no meio ambiente
50:06nós temos
50:07um problema
50:08gravíssimo
50:08que é o tráfico
50:09de animais
50:10e muitos
50:12são retirados
50:13da nossa floresta
50:14e levados
50:14para outros países
50:15para comercializar
50:16fora isso
50:18tem a questão
50:18da segurança
50:19das escolas
50:19pela proximidade
50:21que nós temos
50:21então
50:22é um trabalho
50:24que depende
50:24de integração
50:26como o professor
50:27falou e sempre fala
50:29e você é um entusiasta
50:30disto
50:30olhe para o problema
50:32escolha o problema
50:35cria a política
50:36pública
50:36cria os procedimentos
50:38priorize
50:39e atender
50:39eu atendi o primeiro
50:40sobrou recurso
50:42vou para o segundo
50:43sobrou recurso
50:44vou para o terceiro
50:45e é isso que nós
50:46não podemos parar
50:47o nosso slogan
50:48é sempre ir para frente
50:50o slogan nosso
50:52lá
50:52de trabalho
50:53que o nosso prefeito
50:54cobra
50:54é ir para frente
50:55e é ir para frente
50:56gerando uma proteção
50:58maior
50:58para o munícipe
50:59de São Bernardo
51:00nós
51:02infelizmente
51:03estamos chegando
51:04perto
51:04estamos chegando
51:05perto do final
51:06do programa
51:06e eu queria
51:07perguntar
51:08a cada um
51:08de vocês
51:09fazer a seguinte
51:10pergunta
51:11a cada um
51:11de vocês
51:11professor
51:12imagine que o senhor
51:14amanhã
51:14é chamado
51:16a Brasília
51:18talvez
51:20num governo
51:21diferente desse
51:22que está
51:22um governo
51:23que efetivamente
51:23quer entender
51:24o problema
51:25quer resolver
51:25e ele lhe pede
51:27baseado no seu trabalho
51:29três sugestões
51:31três medidas
51:31que o Estado
51:33brasileiro
51:33nem o governo
51:34o Estado brasileiro
51:35possa tomar
51:36que faça
51:38realmente diferença
51:39no combate
51:40ao crime
51:40o que o senhor diria
51:42nossa
51:43nesse atual
51:45governo
51:46é difícil
51:46mas
51:47no vindouro
51:48a gente
51:50é
51:51três
51:51continuar
51:53com essa
51:53política
51:54isso não
51:56perpassa
51:57por esse governo
51:58uma política
51:59de Estado
51:59quem não investe
52:01em educação
52:02não sabe
52:02qual é o custo
52:03da ignorância
52:04e se a ignorância
52:05for para o mundo
52:05do crime
52:06esse custo
52:06é exponencial
52:07mas
52:08os próprios
52:09presos
52:09falam que
52:10essa educação
52:10que está aí
52:11não é qualificada
52:12então ele tem razão
52:14então investir
52:15com educação
52:15muito mais robusta
52:17do que essa
52:17de tempo integral
52:18investindo
52:20com esportes
52:21para jogar
52:21esses meninos
52:22para olimpíadas
52:23para poder competir
52:24também
52:24uma série
52:25de políticas
52:26de Estado
52:26nesse sentido
52:27e o Becker
52:28nos responde
52:29aumentar
52:30aqueles custos
52:31ali
52:31investir
52:33maciçamente
52:34na questão
52:35das forças
52:36de segurança
52:37pública
52:37eu acompanhei
52:39aqui a guarda
52:40municipal
52:40a gente
52:41pode viajar
52:43alguns países
52:43ao longo
52:44da nossa vida
52:45e o xerife
52:47e a guarda
52:48municipal
52:48nos Estados Unidos
52:49é sensacional
52:51e isso não exclui
52:53nosso público
52:54tem que saber disso
52:55a polícia militar
52:57os dois trabalhando juntos
53:01a polícia civil
53:02e outras forças de segurança
53:03e mais importante
53:05e o Brasil
53:06está precisando
53:07muito disso
53:08a insegurança
53:11jurídica
53:12então na hora
53:13que a intensidade
53:14da pena
53:14é zero
53:15para o sujeito
53:15o sujeito
53:16está preocupado
53:17com a perda moral
53:17dele
53:18e por que
53:18que é perda moral
53:19porque ele mesmo
53:20fala para mim
53:21professor
53:21o nosso
53:22a nossa organização
53:23chama PCC
53:24mas vai para a cadeia
53:26ou cemitério
53:27PCC
53:27para a cadeia
53:28ou cemitério
53:28se for preso
53:29ele vive mais
53:30se estiver na rua
53:31ele vive em média
53:3224 anos
53:33então o pessoal
53:34quer mandar currículo
53:35alto lá
53:36ou você vai para a cadeia
53:37ou vai para o cemitério
53:37então aumentar
53:38esses fatores
53:40de suas olhos
53:41nessa perspectiva
53:42seriam essas três
53:43e
53:44essa perspectiva
53:47do que está ensinando
53:48nas universidades
53:49precisam ser revistas
53:51imediatamente
53:52os postulados
53:54os paradigmas
53:55estão super equivocados
53:56muito
53:57diferente
53:58do que está acontecendo
53:59nas prisões
54:00no mundo do crime
54:00João
54:02suas
54:03três sugestões
54:05governo federal
54:06para o estado brasileiro
54:09para o estado brasileiro
54:10sem dúvida nenhuma
54:11a primeira sugestão
54:13é
54:13iniciar
54:14uma ampla
54:15reforma
54:16do sistema
54:16de justiça criminal
54:17assim como
54:18a reforma política
54:19a reforma trabalhista
54:20o que precisa ser pautado
54:21é uma reforma
54:22inclusive
54:23a política
54:24ela não é da direita
54:25ou da esquerda
54:26é uma reforma
54:27onde a gente volte
54:28a recuperar
54:30o instituto da pena
54:31no Brasil
54:31e tenha como objeto
54:33e objetivo
54:34proteger as vítimas
54:36política pública
54:38quando a gente define
54:39tem que estar muito claro
54:39quem é o beneficiado
54:40a lei de execução penal
54:43ela ignora a vítima
54:44o código de processo penal
54:45ignora a vítima
54:46e
54:47é exatamente
54:48esses itens
54:49que precisam ser corrigidos
54:50eu preciso ter uma reforma
54:51que coloque
54:52a vítima
54:52no centro do processo
54:54a progressão de pena
54:56favorece
54:57a proteção da vítima
54:59e a proteção das pessoas
55:00de uma maneira geral
55:01da sociedade
55:01ela melhora ou piora
55:03a segurança
55:04se a resposta é pior
55:05então ela tem que ser revogada
55:06então a gente precisa
55:07de um pacote
55:08de reforma
55:09recuperar completamente
55:11a lei de execução penal
55:12e os dispositivos
55:14tanto no código de processo penal
55:15ou no código penal
55:16em realização especial
55:17que impedem o cumprimento
55:19e a proteção
55:20do Instituto da Pena do Brasil
55:21esse é o item 1
55:22que é a reforma
55:23o segundo
55:24nós temos que criar
55:25dois grandes sistemas
55:26pensando
55:28num país continental
55:29como o nosso
55:30numa federação
55:31um
55:31é um sistema de proteção
55:32de fronteiras
55:33já ficou
55:35claro
55:37que
55:37não há
55:38ainda que formalmente
55:39a função de polícia de fronteira
55:41da polícia federal
55:41na prática
55:42ela não consegue
55:42exercer essa função
55:43vários estados
55:45criaram
55:45unidades
55:46policiais
55:48pra fazer o papel
55:49que o governo federal
55:50não faz
55:50só que ele não tem
55:51nem suporte jurídico
55:52nem financeiro
55:53pra fazer isso
55:54então nós precisamos
55:55criar um sistema
55:56nacional
55:56de controle de fronteiras
55:58que incluam
55:58forças estaduais
55:59principalmente
56:00e a prerrogativa
56:02e o financiamento federal
56:04e o suporte federal
56:05pra isso
56:05isso tem que ter
56:06uma mobilização nacional
56:07nós somos o único país
56:09é
56:10de dimensões
56:11continentais
56:12que não tem
56:12efetivamente
56:13uma polícia
56:13exclusivamente
56:14de fronteira
56:14é uma das razões
56:16do que o crime
56:16usa toda a nossa
56:17capacidade logística
56:18pra trazer drogas
56:20fazer tráfico de pessoas
56:21fazer tráfico de armas
56:22e assim por diante
56:23o terceiro elemento
56:26também é criar
56:28um sistema nacional
56:29mas um sistema nacional
56:31de controle de ativos
56:32hoje essa competência
56:33também é federal
56:34ligada ali
56:35a receita
56:36mas ela precisa
56:37integrar
56:38com as receitas
56:38estaduais
56:39de maneira
56:40a ter um controle
56:41preventivo
56:42que são aqueles relatórios
56:43sobre movimentação financeira
56:45hoje
56:45todo criminoso
56:47em especial
56:47daqueles mercados
56:48mais nocivos
56:49movimentam
56:50dinheiro
56:52no fluxo
56:53de lavagem
56:53de dinheiro
56:54principalmente
56:55aqueles crimes
56:55que tem alguma
56:56correspondência digital
56:57eu sempre destaco
56:59a questão da pedofilia
57:00existe um mercado
57:01de pedofilia
57:01onde ele só consegue
57:03avançar
57:05porque ele consegue
57:05lavar muito dinheiro
57:06mas isso vale
57:07para o roubo de celular
57:08para o roubo de veículo
57:09para o tráfico
57:11então
57:11a reforma
57:12e dois sistemas nacionais
57:14secretário
57:15ah Mota
57:16acho que falar
57:17depois dos dois
57:18é difícil
57:18mas eu vou ser
57:20o professor Peri
57:21trouxe um bom desenho
57:23geral
57:24do que a gente
57:24precisaria fazer
57:25até no médio
57:26longo prazo
57:27o professor João
57:28trouxe um médio prazo
57:30só que eu vou
57:31ouvir o bandido
57:32como eles gostam
57:33de ser chamados
57:34a pesquisa do professor
57:35Peri
57:35traz
57:36que o criminoso
57:37preso hoje
57:38quer ser chamado
57:39de bandido
57:39então o que o bandido
57:40disse
57:41nosso prefeito
57:42até quando o deputado
57:43federal fez a proposta
57:45do fim da audiência
57:46de custódia
57:47então um
57:47acabar com a audiência
57:48de custódia
57:49dois
57:50como eles disseram
57:53na pesquisa
57:53pena de ponta a ponta
57:55foi condenado
57:56a cinco e oito meses
57:57cinco anos e oito meses
57:58foi condenado
57:59a dez anos
58:00dez anos
58:00foi condenado
58:01a um ano e meio
58:02um ano e meio
58:03preso
58:03e como eles
58:05bem disseram
58:06né
58:06eu
58:07como cristão
58:09não sou favorável
58:10a pena capital
58:11mas
58:12que o nosso país
58:13tivesse prisão
58:14perpétua
58:15assino
58:16embaixo
58:17de tudo que vocês
58:18disseram
58:19mas essas suas
58:20sugestões
58:21foram
58:21as que
58:22acendem a nossa
58:23imaginação
58:24com a possibilidade
58:26de rapidamente
58:27a gente mudar
58:28a cena
58:29eu gostaria
58:30de agradecer
58:30a presença
58:31de todos vocês
58:32aqui hoje
58:32foi um programa
58:33maravilhoso
58:34o Conexão Mota
58:35fica por aqui
58:36e pra você
58:38que gosta
58:38do jeito
58:39Jovem Pan
58:40de notícias
58:41não deixe de fazer
58:42a sua assinatura
58:43no site
58:43jp.com.br
58:46lá você
58:47acompanha
58:47conteúdos
58:48exclusivos
58:49análises
58:49comentários
58:50e tem acesso
58:51ilimitado
58:52ao Panflix
58:52o aplicativo
58:54da Jovem Pan
58:54obrigado
58:55pela sua companhia
58:57e até a próxima
58:58semana
58:58Conexão Mota
59:05A opinião
59:08dos nossos
59:09comentaristas
59:10não reflete
59:11necessariamente
59:11a opinião
59:12do Grupo
59:13Jovem Pan
59:13de Comunicação
59:14Realização
59:19Jovem Pan News
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