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Estilo de vidaTranscrição
00:00Começa agora, na Rede noventa e oito, Matula noventa e oito.
00:06Oferecimento Senac, alcance suas metas profissionais.
00:10Senac, integrado ao sistema Fé Comércio MG.
00:14Movimente o agora.
00:15Olá, muito bem-vindos, muito bem-vindas a mais um Matula noventa e oito.
00:33Neste sábado, eu, Carol Fadel, sou sua companhia até o meio-dia.
00:37E claro que vocês já sabem que eu nunca estou aqui sozinha, ainda mais para falar de um assunto tão maravilhoso,
00:45quanto o que a gente vai falar hoje, de um ingrediente aí que é uma das bases da culinária brasileira,
00:51aí desde os primórdios, que é o milho.
00:54E para isso, quem que vocês acham que combina de comer milho?
00:58Minha companheira Maria Clara. Desculpa, eu não podia perder a piadinha.
01:02Adoro, Carolina, você nunca perde a piada, você sempre está certa em tudo que você faz.
01:06Bom dia para a nossa audiência maravilhosa, mais um sábado, um sábado recebendo, como sempre,
01:13dois convidados de milhões para a gente falar de um assunto que realmente é um assunto muito interessante
01:18e todo mundo adora, né Carol, quando a gente traz esses assuntos aí da história de alimentos,
01:23da história de ingredientes. Hoje vai só uma manhã riquíssima.
01:27Eu sou Maria Clara Magalhães e deixa a Carolina apresentar ali nosso time de milhões.
01:31É isso aí, Maria Clara. A Lorena está ali ainda, Maria Clara?
01:35A gente que é representada por três galinhas.
01:38A Lorena, ela perdeu o olho dela definitiva, ela não conseguiu voltar.
01:41É, para eu e Maria Clara só ali compondo, porque a gente gosta muito de milho, é por isso, viu gente?
01:46Então, vou apresentar meus convidados para receber, então, quem entende do assunto.
01:51A gente vai receber hoje, Carol Figueira.
01:54Eu vou resumir, aí a gente vai falando durante, porque se eu mostrar meu tablet aqui...
01:59O currículo dela termina uma hora de programa para falar.
02:02Exatamente. Carol Figueira é historiadora da alimentação, doutoranda em história pela Universidade de Évora,
02:09estivemos lá em Maraclara, em Portugal, em cotutela com a Universidade Federal de Minas Gerais,
02:16que centra sua pesquisa no recorte investigativo do gosto alimentar.
02:21Além disso, é mestre em alimentação, fontes, culturas e sociedade pela Universidade de Coimbra.
02:26Eu vou ler tudo, gente.
02:28Cursou o Máster em História e Cultura da Alimentação pela Universidade de Bolonha, na Itália,
02:33em colaboração com a Université François Rabelais.
02:37É assim que fala? Rabelais.
02:39França.
02:40Eu não sei se é francês, não domina.
02:42Licenciada em História pela Universidade Federal de Ouro Preto,
02:45associada ao Centro Interdisciplinar de Histórias, Culturas e Sociedades.
02:50De onde?
02:51De Évora.
02:51De Évora também.
02:54A gente, eu não vou parar.
02:56Tem muita coisa.
02:57Pesquisa de elementos materiais de cultura e patrimônio, da CNPq da UFMG.
03:01E é o Tutu, que é o grupo de estudos de pesquisa sobre a história da alimentação e práticas alimentares.
03:06E vai, né, Carol?
03:07E é professora hoje no Ensino Superior,
03:10lecionando disciplinas de História e Cultura da Alimentação e Educação Alimentar.
03:14e gosto no curso superior de Tecnologias em Gastronomia, da Faculdade Senac MG.
03:20Desenvolve vários projetos, que agora eu vou deixar você falar,
03:22porque realmente, ela é colunista também do estado de Minas.
03:25Maravilhosa.
03:26Respira, toma uma água que você ficou até sem palavras.
03:27Pelo amor de Deus.
03:27Então se apresenta, Carol, porque eu fiquei sem palavras.
03:29Bom dia, Carol.
03:30Seja bem-vinda, meu amor.
03:32Ei, gente, é um prazer estar aqui com vocês.
03:34Uma alegria enorme.
03:36Agradecer pelo convite, pela possibilidade, né,
03:40de estar aqui falando mais uma vez sobre História e Cultura da Alimentação,
03:44que é meu grande amor.
03:45O xodózinho, o xodó.
03:47É maravilhoso, né?
03:48É isso, gente.
03:49Vocês viram.
03:49Agora o Lucas também não fica pra trás, não.
03:52A gente tá recebendo também pra compor aí o nosso papo.
03:56Lucas Castro, que é engenheiro agrônomo,
03:58formado pela Universidade Federal de Viçosa.
04:01Participou do projeto de intercâmbio com a Universidade de Minnesota,
04:05nos Estados Unidos, em 2008 e 2009,
04:07com experiência em 12 meses no Departamento de Melhoramento de Plantas.
04:11E em 2012, fundou o projeto Vista Alegre,
04:16transformando em 10 anos a fazenda Vista Alegre,
04:19que era uma propriedade improdutiva,
04:21em uma das maiores produtoras de alimentos orgânicos do estado de Minas Gerais.
04:26Iniciou em 2019 o projeto Crioulo,
04:29trabalho de pesquisa de variedades crioulas de milho
04:32e desenvolvimento de novos mercados para produtos feitos a partir deste grão.
04:36Eu resumi o seu, porque o seu recebe antes.
04:38O da Carol, eu não me amei, porque é muita coisa.
04:41Tem o seu sócio, a gente vai falar um pouquinho disso.
04:44Mas muito prazer e muito obrigado por estar aqui com a gente.
04:46Eu que agradeço o convite.
04:50Igual eu te falei, vocês conseguiram tirar da toca, né?
04:53Sair da roça, vir pra cá em plena segunda-feira.
04:56Em pleno sábado.
04:57Rapaz, a gente tem que falar que a audiência é sábado.
05:00É verdade, é sábado.
05:01Então sábado é pior ainda.
05:04Pra vocês verem o poder de persuasão que a gente teve aí.
05:07Mas muito obrigado, né?
05:10E pra mim vai ser uma alegria, né?
05:12Compartilhar aí a mesa, prender um pouquinho com a Carol.
05:16Compartilhar o milho.
05:16E falar um pouquinho também do nosso trabalho lá, do milho e dos orgânicos.
05:20É que é muito legal e é muito especial.
05:22O projeto Vista Alegre, a gente flerta aí.
05:25É a primeira vez que eu vejo também o Lucas.
05:27E isso é muito legal que a gente flerta, a gente vê o projeto.
05:29É um projeto muito legal.
05:30Inclusive os milhos crioulos que ele trabalha estão aqui já com alguns produtos.
05:36A gente vai falar sobre eles.
05:37Mas pra isso eu preciso que você continue aí com a gente do outro lado.
05:42Pra saber a fundo o trabalho que esses dois fazem.
05:45E qual a importância que o milho tem na nossa história, né?
05:49Como povo brasileiro.
05:51Então, lembrando que a gente tá em toda a Rede 98.
05:54Aqui em Belo Horizonte e na região metropolitana.
05:57A gente tá no canal 29 da TV Aberta.
05:59Em Sete Lagoas, no canal 22.
06:02Na Claro TV, no 198 e 698.
06:06No YouTube, 98 Live Show.
06:08Onde vai ficar aí.
06:09Vocês podem ver e rever essa aula todas as vezes que vocês quiserem.
06:13E claro, nas ondas do rádio, 98.3.
06:17Que tem um monte de gente ouvindo a gente agora.
06:19Pra esses convidados aqui, a gente vai brindar então com um suquinho de tangerina.
06:24Que tá na época.
06:25Como, Carol, a culpa é do Lucas, tá?
06:27Que veio, tem que voltar pra roça.
06:29Aí a gente não pôde servir um vinhozinho.
06:31Porque ele não ia ter como pegar e voltar dirigindo, né?
06:33Mas vocês ficam me devendo essa.
06:34Minha filha, a gente adora pagar esse tipo de coisa.
06:36Pode anotar que a gente te paga.
06:38A gente pode trazer ela, inclusive, com o marido dela.
06:40Que é outro também.
06:41Que eu quase não consegui ler o currículo.
06:42Que já veio aqui o Rafa.
06:43Professor também do SENAC.
06:47Um beijo, Rafa, pra você que deve estar assistindo a gente, né?
06:49Com certeza.
06:51Vamos emendar na lata, né, Carol?
06:53Vamos.
06:53Vai falar um pouquinho dessa história.
06:56Não tem como.
06:56Acho que é uma das bases alimentares do Brasil aí.
07:00Junto com a nossa rainha mandioca.
07:01Acho que é o rei rainha, né?
07:03De indiscutíveis.
07:05Vou começar pela Carol, porque você viu o currículo da bicha de historiadora, né?
07:08Carol, conta pra gente como é que veio essa coisa, essa história do milho até ele se tornar
07:13essa maior representante, um dos maiores representantes aí da cultura alimentar das Américas.
07:19Gente, essa talvez é a pergunta que eu mais ouço.
07:22Como historiadora da alimentação, assim, qual é a origem do milho, da mandioca e tudo mais?
07:28E muitas vezes, quando eu vou responder isso, eu frustro as pessoas.
07:31Por quê?
07:33Historiador vai falar qual é o registro mais antigo que a gente conhece.
07:37Isso não significa, necessariamente, que esse alimento nasceu naquele lugar.
07:43Exatamente.
07:43Então, o que nós sabemos hoje sobre o milho é que ele está na região que a gente hoje descreve como México, né?
07:50Que era Mesoamérica.
07:52E o resquício mais longevo que a gente já encontrou data de 7.300 anos atrás.
08:00Mas há alguns estudos que usam outras fontes que vão falar nesse cultivo do milho entre 7 e 12 mil anos atrás.
08:09Então, é um percurso bastante longevo, né?
08:13Bem antigo.
08:14Bem antigo.
08:15E aí, depois, esse milho vai se espalhando pela América.
08:19Então, por exemplo, quando o Brasil começou a ser colonizado, já tinham várias espécies de milho crioulo
08:26que circulavam aqui nesse território.
08:29Alguns estudos vão falar em 7 variedades, né?
08:32Que já estavam aqui.
08:34Mas é inegável que o milho é uma planta de civilização, que a gente chama, né?
08:38Um cereal que é muito importante para todo o desenvolvimento dessas sociedades agrícolas da América.
08:44Que a gente compara ao que o arroz foi para a Ásia, ao que o trigo foi para a Europa e o sugo na África.
08:51Então, são plantas mesmo de civilização que vão nos ajudar a entender mesmo o desenvolvimento dessas sociedades.
08:57E que foram responsáveis realmente pelo estabelecimento das sociedades em si, né?
09:03Exatamente.
09:04São muito importantes.
09:06E como é uma planta ligada a essa história da agricultura,
09:10ela possibilita que essas sociedades se fixem no território.
09:14E, particularmente, o milho que tem um cultivo muito fácil, um poder germinativo, né?
09:20Que por essas sociedades é algo muito importante, que eles sempre vão reuminar.
09:25Um ciclo rápido, né?
09:25Até de você plantar, até você colher, né?
09:28Exato.
09:29Tem também essa...
09:31É muita...
09:32É muita ligação com, às vezes, até religião, medicina, todas essas coisas desses povos mais antigos, né?
09:41Sem dúvida.
09:42Esse é um alimento que vai assumir símbolos, significados, não só para essas práticas alimentares e nutricionais,
09:50mas vão simbolizar outros sentidos, outros significados, né?
09:55E, então, assim, é uma planta muito importante que vai chegar aqui para nós no Brasil.
10:01Que a gente vai discutir isso daqui a pouco, né?
10:03Qual associada a alguns outros usos, que acabam colocando o milho, às vezes, num lugar secundário,
10:10que ele pode assumir um protagonismo maior, né?
10:13É verdade.
10:14Eu acho que aí é que entra o trabalho, inclusive, que o Lucas faz hoje, né?
10:19Por causa disso, dessa questão do milho estar ficando numa posição secundária,
10:25e aí vir com essa coisa de realmente fazer um resgate de milho de sementes crioulas e tudo mais, né?
10:31Acho que é legal, até antes do Lucas falar, né, Lucas?
10:34Porque muita gente não sabe o que é milho crioulo, para quem está escutando, a gente aí aprender.
10:40Pois é, é uma coisa que, às vezes, até a gente conversando fala como se todo mundo soubesse.
10:45Como se todo mundo soubesse.
10:47Exatamente.
10:47Mas, uma explicação simples, né, que a Carol falou, o milho, ele tem milhares e milhares de anos, né?
11:00É um grão que migrou praticamente para o mundo inteiro.
11:05E, antigamente, cada pessoa, cada agricultor detinha aquela semente, cultivava aquela semente,
11:11fazia a seleção, né?
11:15Então, tem muita gente, ah, milho crioulo é um milho que não passou por uma seleção genética.
11:20Não é.
11:21Passa pela seleção genética, mas dos próprios agricultores.
11:25Uma coisa mais intuitiva, né?
11:27Natural, né?
11:27Então, assim, o milho, ele vem sendo melhorado geneticamente ao longo das gerações, desde sempre, né?
11:37Ele veio de um grão chamado teocinto, que é parecido com trigo, que é muito pouco produtivo.
11:43E, hoje, ele produz muito.
11:45Então, ele teve esse melhoramento genético.
11:49Mas, eu falo que o milho crioulo é aquele que não tomou o caminho da indústria, né?
11:53Foram sementes que não tomaram o caminho da indústria.
11:56Aquele que vem, geração após geração, sendo melhorado pelos próprios agricultores.
12:01Então, quando a gente resgata aí, histórias de nossos avós, quem teve oportunidade de conhecer os bisavós,
12:09é o milho que as pessoas tinham em casa.
12:10A gente fala que é o milho de paiol, que um produtor trocava com outro, né?
12:14Cada família tinha o seu grão, né?
12:17Que tinha a característica totalmente diferente dos outros.
12:20Então, o milho crioulo é basicamente isso.
12:22Por isso que a gente vê uma diversidade muito grande, né?
12:25Nessas variedades.
12:26O que acontece é que, na década de 70, principalmente, o Brasil teve uma difusão de sementes
12:33que tinham uma modificação genética.
12:36E, a partir de um discurso de que isso seria mais produtivo, demandaria menos uso de agrotóxicos, etc.
12:43E teria um progresso econômico.
12:45Exato.
12:46A gente teve uma difusão dessas sementes, que são modificadas geneticamente.
12:52E isso acabou reduzindo muito o nosso repertório de diversidade de milhos, né?
12:58Por isso que a gente vai no supermercado, encontra aquele milho e acha que milho é sempre...
13:02Tanto é que quando as pessoas veem os milhos, como quem tá aí no rádio, não tá vendo,
13:07a gente tá com milho vermelho, milho preto, milho colorido aqui na nossa mesa, né?
13:12Quem tá assistindo vai poder ver que tem vários tipos de milho.
13:17Tem milho branco.
13:18Às vezes, a gente, vez ou outra, a gente ainda encontra, né?
13:20Um milho branco, um fubá branco, uma coisa assim.
13:23Mas a variedade é muito maior.
13:25Hoje, gente, a gente tá falando disso...
13:28Daqui a pouco, quando a gente for falar do Vista Alegre, da Fazenda, do projeto,
13:31eu vou falar tudo que ele faz lá.
13:32Mas ele trouxe pra gente aqui várias coisas.
13:35E eu tô fazendo um cuscuz, que é um produto novo lá na Vista Alegre, né?
13:39A gente vai servir aqui.
13:41Pra quem tá aí e não sabe, eu acho que eu nunca contei essa história aqui,
13:44ou se eu já contei e nem lembro.
13:45Eu morei no Acre um tempo, muito tempo atrás, lá em 2007.
13:50Eu morei no Acre até 2010, morei três anos.
13:53E lá tinha um prato muito gostoso, que eu amava,
13:56que era assim, meu programa de domingo de manhã, que era a bacharia.
14:00E hoje eu vou fazer bacharia aqui pra vocês, já tô cozinhando cuscuz.
14:03Eu vou chamar o intervalo, só pra terminar aqui o cozimento.
14:06Vou mostrar como faz no próximo.
14:07E a gente vai continuar esse papo pra aprofundar um pouco mais,
14:11pra vocês verem, gente.
14:12Milho não é só aquele que tá na latinha do supermercado.
14:15Enquanto a gente tá no intervalo, dá um Google aí, se você não tá.
14:18Tá só escutando na rádio pra ver o que é milho crioulo, pra você ver o cara crachá.
14:21Ou entra aí no YouTube e assiste a gente.
14:23Daqui a pouco a gente volta com mais Matula 98.
14:26Daqui a pouco tem mais.
14:28Matula 98.
14:29Agora você pede.
14:38E a 98 dá o play.
14:4098 dá o play.
14:46Só quer dizer que vocês querem música, né?
14:48Vocês pediram rock and roll.
14:50Exigiram.
14:50É, rock and roll.
14:51Então a gente vai tocar, né?
14:53A gente obedece.
14:54Vocês é que mandam, né?
14:55Chega de blá blá blá, duas vezes ao dia.
14:57Tá bom pra você, Fernanda?
14:59Dá o play.
14:59Tá isso?
15:00Dá o play.
15:00Em duas edições, 10 da manhã e 2 da tarde.
15:02Dá o play aqui na 98.
15:06Ei, você acha que apostar é tudo igual?
15:09Apostar ficou mais simples.
15:11Ative o efeito estrela.
15:14Vem pra Estrela Pet.
15:16As melhores odds pra apostar no seu time.
15:18Roletas premiadas.
15:20Giros turbinados.
15:21E melhores jogos.
15:23Saque rápido via Pix.
15:24E tudo com a segurança de apostar numa plataforma 100% regulamentada.
15:29Acesse o site e abra já sua conta.
15:31Estrela Pet.
15:32Simples e num instante.
15:35A maioria de vocês sabe que eu já joguei em alguns dos melhores times do Brasil e do exterior.
15:40Inclusive na seleção brasileira, hein?
15:42Há alguns anos, quando a Crona me convidou para fazer parte desse grande time, não pensei duas vezes.
15:48A Crona joga pra frente.
15:49Bonito.
15:50Quer dar show na sua construção?
15:52Vem com a gente.
15:53Aqui vocês vão encontrar as melhores soluções para água fria, água quente, esgoto, elétrica e acessórios.
16:00Palavra de craque.
16:01Confiança, qualidade e segurança.
16:04A Crona é show!
16:06Você ligou para o SAC 98.
16:08Se você quer escutar o Paulo Leite Bistola Tecle 1.
16:12Mas se você quer falar com algum de nossos atendentes, é só continuar na linha.
16:16Contra o C, contra o V, contra o C, contra o V, contra o C, contra o V, contra o C, contra o V, contra o KB.
16:20Agora só tem mais um.
16:22Wendell Emery.
16:23Sua escuta 98 no fundo do baú é o único momento que passa música.
16:28Parei de escutar há muitos anos.
16:30Foram tirando as músicas, colocando o quadro que não toca nada de música.
16:34Eu quero música.
16:35Ah, então você pode ficar feliz.
16:37Alegre-se.
16:38Regozije-se, Wendell.
16:39Fique super feliz.
16:41Teremos o fundo do baú, primeira e segunda edição.
16:44Tá bom?
16:45Tá bom pra você?
16:45Além de tudo, ainda tem outros programas com música pra você ficar mais feliz ainda.
16:53De volta na Rede 98, Matula 98.
17:08Oferecimento Senac.
17:09Alcance suas metas profissionais.
17:12Senac, integrado ao sistema Fé Comércio MG.
17:15Movimente-o agora.
17:16A nossa carreira precisa estar sempre em movimento.
17:24E não dá pra ficar parada, né Carol?
17:26Principalmente na cozinha.
17:27Por isso, o Senac em Minas está com uma especialização novinha.
17:32Gastronomia e práticas alimentares.
17:34E olha, por um preço imperdível.
17:37Apenas 18 vezes de 220.
17:40E tem também o MBA em gestão educacional, gestão de pessoas e gestão de projetos.
17:47E tudo pelo mesmo preço de 18 de 220.
17:50Quer alcançar suas metas profissionais?
17:53Envie o WhatsApp para 31 30 57 8600.
17:58Senac, integrado ao sistema Fé Comércio MG.
18:02Movimente-o agora.
18:03Estamos de volta com mais Matula 98, neste sábado especial.
18:08Falando aí do rei, né Maria Clara, da gastronomia brasileira.
18:12Rei, o primeiro de seu nome.
18:13É, o milho.
18:15O milho que é um ingrediente aí que foi domesticado aqui há muitos anos.
18:20Como a Carol disse no primeiro bloco.
18:22E recebendo, claro, dois convidados que sabem tudo disso.
18:26A gente está recebendo hoje Carol Figueira, historiadora da alimentação.
18:30Cheia de predicados.
18:32Volta aí no primeiro bloco, porque o tempo foi até curto.
18:36Porque eu lendo os currículos dos dois.
18:37E o Lucas Castro, que é aí o idealizador e a cabeça e por detrás do projeto Vista Alegre,
18:43na Fazenda Vista Alegre.
18:45Que tem também uma outra pessoa lá com você, né?
18:47Que é seu sócio.
18:49Como é que ele chama mesmo?
18:50Isso, é o Marconi.
18:51Marconi.
18:51É, na verdade, quando eu comecei lá na Vista Alegre,
18:54que é a fazenda da propriedade da minha família.
18:57Saí da faculdade, cheio de vontade de fazer alguma coisa diferente, né?
19:03Mas sem conhecimento nenhum na lida do dia a dia, né?
19:08Agronomia, principalmente em Viçosa, é uma universidade excelente.
19:12É uma margemíssima.
19:13E a gente vê muito do convencional.
19:16Infelizmente, esses conhecimentos ancestrais foram sendo deixados para trás.
19:20E o Marconi é um pequeno agricultor de Capimbranco.
19:24Então, quando eu comecei a elaborar o projeto, comecei a visitar uma série de agricultores.
19:29E quando eu conheci o trabalho dele, eu fiquei apaixonado.
19:32Foi ele.
19:32Era exatamente o que eu imaginava de fazer, né?
19:35A gente produzir um alimento saudável, estar entregando aqui em Belo Horizonte
19:39diretamente para quem fosse consumir.
19:42Contar a história do alimento.
19:44Eu brinco que quem produz o alimento convencional hoje tem que esconder a história dele,
19:48porque senão ninguém come.
19:50E a gente tinha que fazer o contrário, né?
19:51Contar a história.
19:53E ele fazia isso.
19:54Ele já era produtor orgânico, trabalhava em feirinhas de rua aqui em Belo Horizonte.
19:58Então, a gente foi fazer as feirinhas junto e estamos juntos aí até hoje.
20:02E hoje eu vou aqui fazendo, ó.
20:04Hoje eu estou fazendo o Cuscuz, que veio diretamente lá da Fazenda Vista Alegre.
20:09Está aqui.
20:09Só falar para vocês rapidinho, para a gente continuar o papo, o que é, como que se faz, né?
20:14O Cuscuz.
20:15Eu vou até tirar meu tablet daqui para os meninos pegarem na GoPro.
20:18Que é uma coisa que aqui na região sudeste a gente não tem tanto costume, né?
20:23De preparar e de tomar.
20:25Infelizmente.
20:26Infelizmente.
20:27Mas eu tenho certeza que todo mundo que viaja aí para o Nordeste, para o Norte do Brasil já comeu.
20:31É aquele ápice, né?
20:32De comer Cuscuz de manhã e de tarde e de noite.
20:34Ai, que delícia.
20:34Infelizmente.
20:35É o que a gente faz.
20:36O dia inteiro, todos os dias.
20:39E agora a gente tem um Cuscuz de milho crioulo, que é belíssimo.
20:43Aqui o meu já está hidratado, mas eu vou mostrar para vocês, né?
20:46Ele vem no pacotinho sem estar hidratado.
20:48E para a gente fazer ele na Cuscuzeira assim, a gente tem que hidratar um pouquinho para cozinhar melhor, né?
20:55Então, aqui, nada mais fiz do que coloquei uma quantidade, a gente coloca geralmente a metade dessa quantidade de água.
21:02Mas dá para ir sentindo, porque varia também muito de grão para grão, né?
21:06Aí você vai pingando a água até ficar uma farofinha assim, úmida.
21:11Eu pus um pouquinho de sal e coloquei aqui na Cuscuzeira.
21:14Já está aqui, ó, sem apertar muito para cozinhar bem.
21:18A gente estava falando disso aqui no intervalo.
21:20A Cuscuzeira, aqui, como a gente não tem esse costume, não é tão comum, todo mundo tem em casa.
21:25Como que eu fazia antes até de ganhar?
21:27Que Picuí me deu...
21:28Só quem está escutando, né, amiga?
21:29A Cuscuzeira nada mais é do que uma panelinha pequenininha que fica um banho-maria de água lá embaixo.
21:34Um vaporzinho com uma panelinha em cima.
21:36E o vaporzinho com o Cuscuz.
21:38Exatamente.
21:39E aí, o Picuí, meu amigo Picuí lá de Recife, me presenteou com uma, mas antes eu não tinha.
21:46Então, como eu fazia, sempre gostei muito.
21:47É, pega um prato, gente, um prato do Ralex, que não se fabrica mais, mas é um prato de vidro.
21:54Ah, não tem em casa.
21:56Coloca essa massa hidratada ali, sem apertar muito, e aí amarra um pano de prato.
22:01Como?
22:01Em cima cobre, né, a parte que está o Cuscuz com ele inteiro.
22:06Vira de cabeça para baixo e amarra por trás dele.
22:09E aí coloca ele de cabeça para baixo em cima de uma panela que encaixa certinho esse prato com a água fervente ali.
22:14E deixa também aí...
22:15A mesma lógica para cozinhar no vaporzinho.
22:18Exatamente.
22:19E aí, quando ele fica pronto, a gente solta ele ali com garfo e manteiga.
22:24Esse aqui é o famoso Cuscuz peitinho, né?
22:26Que fica parecendo um peitinho quando a gente desenforma ele dessa cuscuzeira que a Mara Clara descreveu.
22:32E a bacharia, gente, nada mais é do que o Cuscuz feito dessa forma tradicional mesmo, só com sal.
22:38E aí, a gente lá no Acre, né, é o café da manhã, tá, pessoal?
22:42Café da manhã dos fortes.
22:44Ele é servido com carne moída refogadinha.
22:48Refoguei a minha com cebola, alho, sal e pimenta, mais nada.
22:53Bem refogadinha e fritinha.
22:54Com uma saladinha de tomate fresco também cortadinho com orégano e azeite só.
23:00Um pouquinho de sal também.
23:02E um ovinho, zoiodinho, geminha mole, fritinho por cima.
23:06Faltar.
23:07Bom demais.
23:07Enquanto o Carol faz a bacharia pra gente, adoro uma bacharia.
23:11Isso, vou deixar essa bacharia aqui.
23:13Essa bacharia, você fala aí.
23:14É igual o dia que a gente fez essa canagem.
23:16Que eu assumo a bacharia do lado de cá.
23:18Mara Clara, continuar aí.
23:19Eu fiquei curiosa, ô Lucas, porque assim, a gente daqui de BH, né, esse crescimento de consumo de orgânico,
23:26quem tem oportunidade de consumir esse mercado conhece o Vista Alegre desde sempre, né?
23:31Que foi uma das primeiras marcas que a gente começou a ter bastante acesso, tem supermercado.
23:35Eu fiquei muito surpreendida quando você mandou no seu currículo que era uma fazenda improdutiva.
23:40Me conta esse babado aí.
23:41Como é que saiu disso pra 10 anos depois vocês já serem aí um dos maiores fornecedores de orgânico em Minas Gerais?
23:47Bem, minha família é de Belo Horizonte, né, e era uma fazenda pra gente reunir final de semana, né?
23:55Minha família é grande, somos seis irmãos, eu sou o caçula, né?
23:59E meu pai sempre teve uma atividade lá, eu falo que é a típica fazenda de médico, né?
24:05Meu pai é médico, sempre teve uma atividade com o sonho de que aquela atividade custeasse a fazenda, né?
24:10Mas ele nunca conseguiu fazer isso. A fazenda sempre deu prejuízo e coincidentemente quando eu tava formando na faculdade, meu pai tava muito desanimado com a fazenda e tava pensando em arrendar.
24:25E aquilo deu um nó na minha cabeça, né?
24:27Pô, eu estudei porque eu sempre fui apaixonado com esse cantinho e agora...
24:31Chegou minha hora, ele tá querendo passar pra frente.
24:34Ele tá querendo passar isso pra frente.
24:35E ele sempre falava, Lucas, não inventa de mexer aqui, né?
24:38A gente sempre chamou lá de fazendinha, né?
24:39Não inventa de mexer na fazendinha, não, porque isso aqui não dá futuro, isso aqui não dá dinheiro.
24:44Mas eu falava com ele, pô, pai, mas o senhor é médico.
24:47Não tinha nem tempo pra dedicar.
24:49O senhor vem pra cá, final de semana, é diferente.
24:52Então, aí, na verdade, eu...
24:56Essa experiência que eu tive nos Estados Unidos, pouco antes da minha formatura,
24:59me instigou um pouco pra querer empreender, né?
25:02Então, eu não tomei o caminho normal da maioria da minha turma, né?
25:07Que é trabalhar com grandes culturas no Centro-Oeste.
25:12E fui montar uma horta orgânica, né?
25:16E aí eu virei o arrendante ali do meu pai, né?
25:20Eu fiz um contrato de arrendamento, tudo direitinho, pagando ali a mensalidade pela terrinha que eu arrendei.
25:26Você falou, deixa eu pagar ele pra ele me dar sosseca, aí eu trabalho aqui.
25:29É isso mesmo.
25:30Exato.
25:30E foi assim.
25:32Então, começamos aí 12 anos atrás.
25:35Igual eu te falei, eu sempre tive uma intuição muito forte de que é um negócio que daria certo, né?
25:43Mesmo sem ter conhecimento, eu também sempre acreditei em conhecimento a gente adquire com o tempo, né?
25:48Eu preferi não...
25:50Adquiri as conhecimentos pra começar, falei, vou começar, vou tropicando, aprendendo, reajustando.
25:56E assim, fomos crescendo e hoje é uma fazenda que não é muito grande quando a gente comparar das produções convencionais, né?
26:07Mas no ramo de orgânico, hoje a gente está aí, né?
26:11Em todo cantinho de Belo Horizonte tem um pouquinho da Vista Légio.
26:14E como é que... e como que você começou esse trabalho com o milho, com o milho crioulo nesse contexto?
26:18Foi desde o início? Foi de lá pra cá, assim, no meio tempo?
26:21Como que isso te despertou?
26:23Por que o milho?
26:25É, verdade, sim, foi um acaso o milho crioulo, né?
26:29Porque, na verdade, esse meio, né, de agricultura orgânica, a gente tem muito contato com pequenos agricultores,
26:35então a troca de semente é uma coisa que acontece muito, todo tipo de semente.
26:39Semente de tomate, de hortaliça.
26:40E o Marconi teve uma época que ele ganhou, de um vizinho dele, que produziu um milho preto de pipoca,
26:50ele ganhou um punhadinho dessa semente.
26:52O vizinho dele estava bem velhinho, a história desse milho produzia no quintal da casa dele, pras netas, né?
27:01Era produção de casa.
27:03E bem velho, quase 90 anos, ele falou, Marconi, não aguento mais, toma aqui, você leva essa história pra frente desse milho.
27:12E aí a gente plantou por curiosidade, né, eu nunca tinha produzido, foi a primeira vez que eu realmente fui começar a produzir.
27:20E eu comecei a ficar encantado, porque o milho de pipoca, ele é maravilhoso.
27:24São essas espiguinhas aqui, ó.
27:25Tá lindo, que coloridinho, tá na minha mão, ó.
27:27O milho de pipoca, ele é um tipo de milho diferente dos outros, ele é pequenininho.
27:32Bem pequenininho, pra quem não tá escutando, né?
27:36A gente tá, ele vende aqui numa caixinha, vem ele do vermelho, coloridinho e preto.
27:41Então é um milho que cada espiga que você abre, ela é diferente, então aquilo começou a despertar.
27:49Despertar a primeira curiosidade e depois, gente, isso aqui é muito legal.
27:52Então vamos começar a produzir isso numa escala maior pra que as outras pessoas tenham acesso, né?
27:58Então, tudo começou com milho de pipoca.
28:01E depois veio o milho vermelho, que é esse aqui, ó.
28:04Ele já vem até com saquinho pra fazer no micro-ondas, ó.
28:06Pra quem não tá...
28:07Legal.
28:08Quem tá vendo, tá vendo ele lindo, maravilhoso, vem inteiro e vem os pacotinhos.
28:12Isso aqui é legal, você colocar um do lado do outro.
28:14O milho, ele tem tipos diferentes, né?
28:16Esse é um milho grão pra produzir.
28:19A gente produz fubá com ele, então é um...
28:21É um grão maior, uma espiga maior, né?
28:23É um grão maior, uma espiga maior.
28:24Nós estamos falando aí o quê?
28:25De uns três palmos de espiga?
28:27É.
28:28Dois.
28:29Dois meus aqui.
28:30Esse milho veio de outro vizinho, outro pequeno agricultor, que quando a gente recebeu essa
28:34semente, a gente começou a fazer fubá num moinho de pedra antigo que a gente tinha
28:40na fazenda, pra consumo próprio, né?
28:43E aí, de novo, todo mundo que ia na fazenda comia o bolo de fubá e, nossa, que faço a receita,
28:49que tem de diferente, né?
28:50E a diferença é o milho.
28:51É o milho.
28:52Ô, Lucas, posso fazer pergunta?
28:54Você encontrou dificuldade pra produzir?
28:58Não.
28:58Na verdade, eu...
29:02A gente tem as dificuldades normais, né?
29:05Aham.
29:06Algumas variedades são bem pouco produtivas, então hoje, uma das frentes do nosso trabalho
29:12é identificar quais variedades a gente consegue ter um uso comercial.
29:16Porque, igual a gente estava comentando no começo, milho, você tem variedades de milho
29:21que são usados pra rituais indígenas, por exemplo, que a produtividade é muito pequena.
29:25Pequena.
29:26Então, não é um produto que vai servir pra alimentação.
29:29Pode ter um uso espiritual.
29:32Então, a gente faz esse trabalho pra identificar quais têm potencial produtivo, né?
29:36Alguns não têm.
29:39Mas a gente tem as dificuldades do dia a dia.
29:43Excesso de chuva, falta de chuva, né?
29:46Mas, normalmente, os milhos crioulos, no contexto de agricultura familiar, eles são mais produtivos que os convencionais.
29:53Olha só.
29:53Isso é legal.
29:54Eu vou ter que interromper vocês rapidinho.
29:56Só mostrar.
29:56Saiu um peitinho, viu, gente?
29:58Pra quem tá assistindo.
30:00Saiu um cuscuz peitinho.
30:02O cuscuz peitinho está lá na televisão e no YouTube.
30:04Vai ter que ligar lá pra você ver o peitinho.
30:06Vai ter que ver o que é o cuscuz peitinho.
30:08Já desenformei o primeiro, o segundo tá saindo.
30:11Eu vou montar o prato pros convidados no intervalo.
30:15Vou interromper, porque o papo tá bom demais pra gente não perder o fim dessa meada.
30:20E a gente continuar no segundo bloco, pode ser?
30:22Tá bom.
30:22No terceiro, já tô voltando.
30:24Tô com tantas perguntas, já tô sofrendo, que só tem mais um bloco.
30:27Maria Clara é outro, tá vendo, gente?
30:29A gente fala, mas não é da boca pra fora.
30:32Tem programa que a gente precisa de ter dois.
30:34De dois.
30:35Parte um e parte dois.
30:36Precisa.
30:37Tô de acordo.
30:38Não é, Carol?
30:39A gente já volta, então, com mais Matula 98.
30:41Não sai daí.
30:42Pra você que tá só ouvindo a gente, a gente corre pra ver que bonitinhos milhinho de pipoca.
30:48O milho crioulo aqui vermelho que tá aqui na minha bancada.
30:53E conhecer mais dessa história.
30:54E a gente vai aprofundar mais ainda na história.
30:56Não sai daí, não, que a gente já volta com mais Matula 98.
30:59Daqui a pouco tem mais.
31:02Matula 98.
31:10Esse macetá quer dizer o quê, hein?
31:12Da música dela.
31:14Esse macetá dá...
31:15Macetá é dar uma paulada na peça, né?
31:19Arregaçar.
31:20Arregaçando.
31:21Sim.
31:21Ovinho, é macetano?
31:24Eu sempre entendi macetano.
31:26Não.
31:27Não.
31:28Não.
31:29Sentando, Mário.
31:30Sentando, Mário.
31:31Sentando.
31:38Com o prezão da Claro, um real por dia vale muito.
31:44Tem muita internet pro meu corre não parar.
31:46E o WhatsApp limitado pra tudo.
31:51Até pra videochamadas.
31:54E tudo isso com 5G mais rápido do Brasil.
31:59O prezão da Claro cabe no seu bolso.
32:01Por apenas um real por dia.
32:03Vem pro prezão.
32:04É completão.
32:05Sem pegadinhas.
32:06Mais alto de BH dentro dos limites da Avenida do Contorno.
32:12Você sabe onde é?
32:13Estou na Praça da Liberdade.
32:14Em 1897, ela foi inaugurada pra homenagear a liberdade da república com o fim da monarquia.
32:21Vamos voltar no tempo.
32:22Antes de Belo Horizonte ser a capital de Minas Gerais, a capital era ouro preso.
32:27Cidade construída em um período não laico.
32:30As igrejas dominam a paisagem e tinham um papel importante.
32:33Com a proclamação da república, o estado passou a ser laico.
32:37E por isso, no planejamento de Belo Horizonte, a Comissão Construtora da Nova Capital elaborou
32:41um projeto que no ponto mais alto do centro de Belo Horizonte seria construída a sede
32:46do Poder Mineiro, o Palácio da Liberdade, a Casa do Governador e as Secretarias do Estado.
32:51Tudo acima da Catedral da Boa Viagem.
32:54Sendo essa característica um símbolo da república.
32:57Hoje o poder já não está mais aqui.
32:59E todo esse lugar passou a ser um circuito de lazer e cultura.
33:02Qual é BH?
33:03Você conectado pela Claro, ao que mais ama, em BH.
33:08Olá, eu sou a Néa Lisboa e você está assistindo a TV 98.
33:12De volta na Rede 98, Matula 98.
33:39Oferecimento Senac.
33:41Alcance suas metas profissionais.
33:44Senac, integrado ao sistema Fé Comércio MG.
33:47Movimente-o agora.
33:48Está planejando um evento para a sua empresa?
33:55Não pode ser em qualquer lugar, hein?
33:57Que tal a cozinha do Matula 98?
33:59Pois é, você pode fazer o seu evento corporativo aqui no Intimista Gourmet, onde a gente grava
34:05o Matula.
34:06São duas cozinhas.
34:07A mineira, onde a gente está aqui, belíssima.
34:10E a cozinha moderna, que fica aqui do ladinho.
34:12E aqui tem de tudo.
34:14Fogão profissional, forno elétrico, copo, talher, tudo o que você precisa e não precisa
34:19trazer absolutamente nada.
34:22Para reservar a data, é facinho.
34:24É só enviar uma DM para o Instagram, arroba intimista, underline gourmet, ou um e-mail
34:29para contato, arroba intimistagourmet.com.br.
34:34Eles respondem rapidinho.
34:35Intimista Gourmet, um cantinho do seu jeito.
34:38Estamos de volta com o Matula 98, neste sábado maravilhoso, falando de um ingrediente
34:45que a gente ama, que é o milho.
34:47Estamos recebendo, gente, incrível para falar disso, claro.
34:51Hoje a gente está recebendo aqui Carol Figueira, que é historiadora da alimentação, professora
34:56do SENAC, agora eu já resumo bem, e também Lucas Castro, deixa eu ver se eu não estou
35:02errando o sobrenome, tá certo, às vezes eu confundo, chama Lucas Figueira, Carol Castro,
35:06já pensou? Lucas Castro, que é engenheiro agrônomo e também é a cabeça aí por detrás
35:13do projeto da Fazenda Vista Alegre, uma das maiores produtores de orgânicos do Brasil
35:18e também que faz um projeto incrível com milho crioulo, que ele já explicou o que
35:24que é.
35:25Para isso tem que fazer o que, Maria Clara, para ouvir o que que é milho crioulo?
35:27Depois você volta lá no YouTube, que o nosso programa estará sempre lá, só jogar, né
35:33Carol, para pesquisar, não sabe o link?
35:34Vai lá no canal da 98, 98 Live Show, joga Matula 98 e a data de hoje, 26 do 4?
35:4126 do 4, 2025, vai estar lá tudo na íntegra.
35:44Vai estar lá na íntegra e hoje eu vim aqui para a cozinha, eu fiz o cuscuz, que com o
35:50Flocão de milho crioulo, lá da Fazenda Vista Alegre e que é um produto novo, né, que
35:57você está lançando aí agora com o Rodrigo, lá do Mocotó, não é isso?
36:03Isso, na verdade o Flocão é um produto, é uma parceria que a gente fez com o Rodrigo
36:09Oliveira, lá do restaurante Mocotó e com a Copirecê, que é uma cooperativa lá da
36:15cidade de Urecê, na Bahia.
36:16Então esse produto foi, ele foi feito com o nosso milho, viajou até a Bahia, foi
36:22industrializado lá, né, e a gente está com um projeto esse ano muito bacana, estamos
36:27enviando toneladas de semente de milho vermelho, né, para que a cooperativa possa distribuir
36:33para os seus cooperados, né, para a gente ter a primeira produção em larga escala de
36:39milho vermelho para uso, para a gente voltar a consumir isso no dia a dia, né, o Flocão
36:45de milho vermelho, que é o primeiro Flocão de milho vermelho do mundo.
36:47É, e é uma delícia, né, o Flocão deu para sentir a diferença aí, não deu?
36:51Quem está acostumado a comer cuscuz.
36:53Muito bom.
36:53Eu estava as duas aqui, Carolina Fadel, chamando Carol Figueira para fazer uma baixaria, é
36:58menino, o assunto aqui, os assuntos no intervalo, minha filha, 10 de 10, costuma ser melhor do
37:03que os assuntos na hora que está no programa.
37:05É que quando a gente está cozinhando aqui, não fica igual, né, gente, a gente fazer em
37:09casa, com calma, porque tem que fazer para ficar pronto, para mostrar para vocês e tal,
37:13por mais que a gente traga o processo todo pronto, a gente serve frio, a gente não faz do
37:19jeito que a gente faria, a receita é a mesma, viu, gente, não muda a receita, é por causa
37:23da dinâmica.
37:24Então, eu vou deixar a receita, inclusive, da baixaria para vocês no nosso site, 98live.com.br,
37:31mas é por isso aí, eu convidei para fazer uma baixaria, o José Dedeca é baixaria em
37:34quatro paredes.
37:35Então, mas você chama o marido dela também, senão vai pegar mal esse convite.
37:38Rafa, você está convidado também, tá, meu filho?
37:41Agora vamos voltar para o foco aqui?
37:42Bora.
37:43Eu fiquei curiosa, estava batendo uma bola com o Carol Figueira aqui no intervalo, e
37:48a gente sabe dessa importância do milho, né, o que você falaria, para além da parte
37:54tão histórica assim, né, do uso contemporâneo do milho ali, como formador de cultura, de
37:59cultura alimentar, o que você fala para a gente sobre isso, Carol?
38:02Legal, porque esse milho, ele vai difundindo na América, depois da colonização, e para
38:09esses europeus que chegam aqui, esse milho vai funcionar como uma espécie de substituto
38:14ao trigo, né, que é o que eles dominavam, o que eles conheciam.
38:19Só que esse milho ainda vai estar muito atrelado ao seu uso popular, cotidiano, então vai
38:26esse alimento, por exemplo, para as populações escravizadas aqui na América, e aí a gente
38:32percebe uma longa duração desse uso, porque o milho, ele acaba ocupando um lugar secundário
38:40da alimentação para o brasileiro, né, apesar de ser estruturante, muitas vezes as pessoas
38:45têm preconceitos com esse milho.
38:47É como se fosse comida de pobre.
38:49É, e comida de outros animais.
38:51Lidando assim, é, lidando bem, falando literalmente, uma comida de escassez e aí ligada à pobreza
38:57e também à alimentação animal, né?
39:00Só que esse milho, se a gente comparar o próprio trigo ou a outros cereais que foram
39:05também plantas de civilização, como o arroz, etc., esse milho, quando ele é usado seco,
39:13triturado, farinha, ele preserva a casca, então ele vai preservar uma série de propriedades
39:19nutricionais que são diferentes de outros cereais por aí.
39:24Então, acho que a gente pode olhar com muito mais carinho para esse milho na nossa alimentação.
39:29Isso mesmo, é muito mais nutritivo do que um arroz branco, por exemplo, né, que tira
39:34a parte do endosperno dele, a casquinha, ele preservando tudo e a gente come ele de uma
39:40forma integral, né?
39:41O milho a gente só debulha, só tira do sabugo, né, e come do jeito que ele é.
39:47E é delicioso, né, gente?
39:49É delícia.
39:50O sabor, né?
39:51E não é à toa também, né, Carol, que tem esse apelo cultural, né?
39:56Igual a gente vê aí, né, que é completamente conectado à força do milho, a gente vê o
40:02São João, que é a maior festa do Nordeste, né?
40:04Exato.
40:05Então ainda tem esse significado aí, que é muito grande também, né?
40:08Que é o momento que ele protagoniza, né, na nossa cultura alimentar aqui em Minas
40:12Gerais, estão chegando aí, né, na época das festas juninas.
40:15Graças a Deus!
40:17E que é uma festa justamente da colheita, né?
40:21Assim, a gente tem esse uso das festas juninas muito associado a essa história europeia de
40:27comemorar a colheita e o milho por esse potencial germinativo, né, de fertilidade e abundância
40:35que ele representa, essa festa da colheita do milho é simbolicamente também muito importante
40:42para a nossa.
40:42A festa da fartura no sertão, né?
40:45Exato.
40:45Que é aquela época de colheita e aí vem essa tradição maravilhosa que a gente tem, né,
40:49que são as melhores comidas, gente.
40:51Bom demais, nossa senhora.
40:52Vamos falar o que você acha, Lu?
40:54Comida de festa junina.
40:55Eu, eu, a Carol até perguntou se eu cozinhar, eu falei que cozinhar eu sou zero, mas adoro
41:03comer, né, e assim, até o nosso projeto, ele tem muito a ver com isso, foi o resgate
41:07da, de comer uma coisa com o sabor de verdade, né, falou hoje, tá tudo muito automático,
41:13né, então, quando a gente vai para uma variedade diferente, até falando, você falou da questão
41:20nutricional do milho em relação ao arroz, mas até do milho em relação ao próprio milho,
41:24né, esse milho vermelho, por exemplo, a gente fez a análise nutricional dele, ele
41:28tem quatro vezes mais ferro que os milhos convencionais de hoje.
41:31Olha que legal.
41:32Né, então assim, do que que a gente realmente está se alimentando, né?
41:37E eu, é, só jogando para dentro, mas realmente a gente está adquirindo nutrientes, né, então
41:42quando a gente resgata isso, a gente traz de volta isso, né, sabor e nutrição de verdade,
41:47né?
41:47E o próprio manejo, eu acho, né, para fazer o produto desse jeito, uma agricultura familiar,
41:52o solo é muito mais rico do que as grandes produções, as monoculturas e, né, o que a gente vê industrializado,
41:59que a gente falou, que é de servir para comida para animal mesmo, né, as grandes plantações
42:03de milho e soja, empobrece muito o solo, né, então quando tem esse manejo, assim, para fazer
42:07os orgânicos, eu acredito que isso também traga mais nutriente, né, para o grão.
42:11Com certeza, e olhar para esses milhos crioulos, é olhar para todo o esforço humano de preservação
42:17dessas sementes, na contramão mais recente, assim, de muita força da indústria, né, que
42:23foi diminuindo essa diversidade e que aqui tem um trabalho humano de seleção dessas
42:29espécies, né, de guardar as sementes e acho que isso é muito potente.
42:34Com certeza, Carol, você falando assim, né, a gente vem falando com tanto amor, assim,
42:38como que você veio parar na história da alimentação, assim, né, porque, né, você
42:44não é da saúde, você é de humanos.
42:46Não, sou da humana, sou das humanas.
42:47Como que você veio parar, assim?
42:49É, então, quando eu comecei a fazer graduação, eu já tinha muito interesse na área de alimentação,
42:56então eu ficava circulando entre o departamento de história e o departamento de nutrição,
43:00né, um pezinho aqui, outro lá.
43:02E aí, depois, quando eu me formei, eu fui fazer o mestrado em História e Cultura da
43:07Alimentação. Quando eu me formei, esse campo ainda era muito incipiente no Brasil, por
43:13isso que a minha formação, ela foi muito fora do Brasil. E aí eu fui, né, entrando
43:20nesse mundo, eu já tinha me formado em licenciatura, em História, então essa veia, assim, de dar
43:28aula já estava em mim. E aí eu fiz um projeto no Slow Food, de Educação Alimentária do Gosto,
43:34que tem um trabalho muito grande também com a preservação de sementes crioulas.
43:40E aí, esse bichinho do gosto alimentar me picou e, a partir dali, não parei mais.
43:47Tem mais jeito. É o que eu falei, o que aconteceu comigo também na nutrição, na época que
43:51eu fui fazer Enem de novo, eu sou formada em fisioterapia, né, minha primeira faculdade.
43:55E eu entrei lá e falei, ah, vou ver, se eu não gostar, eu saio. Aí eu tive no primeiro
43:59período, História da Alimentação Humana, acabou.
44:02Ai, que ótimo.
44:02Acabou. É um negócio, assim, que é apaixonante. E aí veio toda essa questão mesmo, de estudar
44:07essas preservações de semente. Você falou disso, eu lembro que eu conheci, durante a
44:11faculdade, que eu fiz faculdade na UFMG, né, aí eu fiz o internato rural em Conceição
44:15do Mato Dentro e tinha o internato também em Santana do Riacho, na época. E lá, o
44:22seu Raimundo e a Dona Osvaldina, eles são guardiões de sementes crioulas várias, né,
44:27eles têm milho, mas eles também têm amendoim lá, tem amendoim branco, amendoim preto.
44:33E eles têm esse trabalho, o Slow Food trabalha junto.
44:36Na hora que você falou, eu lembrei que eu fui lá visitar, também é uma região conhecida
44:40por plantação de cebola, que foi também se perdendo. Então, eles têm tudo lá, assim,
44:45muito, aliás, restos de cebola pendurada. E eles são guardiões de sementes crioulas.
44:50E a gente vê esse trabalho, é muito importante, por tudo que a gente já falou, a gente arrematando
44:55aqui, né, por esse, por ser nutricionalmente melhor, por ser uma coisa, né, de um valor histórico
45:02cultural, identitário. E é apaixonante. Tanto é que aí, ó, temos aqui, né,
45:09exemplo, uma virou historiadora da alimentação e o outro um grande produtor de orgânicos
45:13e sementes.
45:14Carol, fiquei só na dúvida, você falando que você faz a sua tese de doutorado, né,
45:18que você tá falando de gosto alimentar.
45:20Gosto alimentar.
45:21Explica só rapidinho o que que é isso.
45:23Eu busco compreender como é que a nossa percepção sobre o que é uma boa comida se alterou
45:29na virada do século XX pro XXI. Esse é um trabalho que eu já vim desenvolvendo desde
45:34do mestrado e eu dei continuidade agora no doutorado. Eu já terminei minha tese, tô
45:40só aguardando defesa, né, aquele momento, assim, é importante.
45:45Legal, depois a gente quer, eu adorei o tema, depois eu quero ler.
45:47Pois é, a gente pode fazer um momento de conversa depois sobre isso.
45:50Gosto com bacharia, bacharia e gosto alimentar.
45:53E a gente tá caminhando, infelizmente, pro final, é muito rápido, né, um assunto tão...
45:58A gente, os meninos vão sair diplomados daqui, todo mundo, com essa aula, mais uma aula
46:03pro currículo de vocês. Tem muito assunto ainda pela frente, já fica o convite pra
46:08vocês dois voltarem em outro momento, né, Maria Clara?
46:10Vamos chamar vocês com certeza de novo aqui.
46:13Podem contar.
46:14E fazer agora o giro de despedida. Vocês despedirem da nossa audiência e chamar pra
46:18seguir vocês e acompanhar o trabalho, aquela câmera ali. Fica à vontade, Carol, pode
46:23começar você.
46:24Ótimo, pessoal. Então, eu sou professora do Senac, aqui em Belo Horizonte.
46:29Quem quiser me acompanhar nas redes, meu perfil é Caroli Cunhi Figueira.
46:34Foi um prazer estar aqui, gente. Obrigada.
46:36Prazer foi nosso.
46:38Foi nosso essa aula. Vou deixar o Lucas, eu venho por último.
46:41Bem, agradecer também, né, foi uma aula pra mim também, né, obrigado.
46:46Obrigado pelo convite, Carol, Maria Clara.
46:49E quem quiser acompanhar o nosso trabalho, o Projeto Vista Alegre e Projeto Crioulo, né,
46:55o Vista Alegre contando mais um pouquinho da história da fazenda, das hortaliças e o
46:59crioulo bem focado aí na história do milho.
47:02E consegue comprar... Ah, Maria Clara, cadê a pipoca pra você mostrar pra audiência?
47:07Hum, acho que foi o Lucas que pegou e roubou a pipoca e guardou de volta pra ele levar.
47:13Ah, tá aqui no saquinho, achei.
47:15Quem tá no rádio não vai poder ver, mas aqui a gente estoura a pipoca, gente, do milho
47:19crioulo na espiga inteira.
47:21Maria Clara vai mostrar enquanto despede.
47:23Então, pra comprar, é só entrar no Instagram, no site, Lucas?
47:27A Vista Alegre, né, a gente tem o site, foi o primeiro site de produtos orgânicos com
47:31delivery de Belo Horizonte, que é o vivavistalegre.com.br.
47:35e os produtos crioulo, projetocrioulo.com.br.
47:39É isso aí, gente, segue, despede aí, Mara Clara, que eu vou dar o presente da Sandrinha,
47:43um pano de prato pra cada um.
47:44Você dá um chuchuzinho, gente.
47:46Eu estou aqui com uma mini espiguinha de milho na mão, toda cravejada de pipoca.
47:50Maravilhosa, gente.
47:51E só tem marido, que é lindo.
47:52Olha isso, do mundo mundial.
47:53Prazer em receber vocês aqui.
47:55Obrigada por compartilhar um pouquinho.
47:56É um assunto super denso, né, a gente tinha que ter tido mais um programa, mas a gente vai
48:00ter oportunidade.
48:01Obrigada pela audiência, semana que vem a gente tem mais.
48:03Eu sou a arroba Maria Clara, underline Magalhães.
48:06E eu, a arroba Carolina Fadel, me despeço aqui de vocês, deixando aí já a promessa
48:11que a gente vai trazer eles de volta pra gente falar mais um pouco, aprofundar mais e mostrar
48:15ainda mais essa diversidade tão grande que a gente tem, né, no nosso Brasil.
48:21Enfim, vamos trazer mais coisas da Vista Alegre também, pro pessoal conhecer os orgânicos.
48:26E vocês fiquem então com o convite pra acompanhar a gente na semana que vem.
48:29E agora vocês vão ficar com o Boteco 98.
48:31Muito obrigada pela companhia e até sábado que vem com mais Matula 98.
48:38Termina aqui, na Rede 98.
48:41Matula 98.
48:44Oferecimento Senac.
48:46Alcance suas metas profissionais.
48:48Senac, integrado ao sistema Fé Comércio MG.
48:51Movimente-o agora.
48:52Tchau.
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