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00:00Olá pessoal, boa noite, tudo bem com vocês? Começando agora mais uma edição do Olhar
00:15Digital News, nesta sexta-feira, dia 25 de abril de 2025. E abrindo a edição de hoje,
00:24após perder bilhões de dólares nas últimas semanas por causa das tarifas impostas por
00:31Donald Trump aos produtos internacionais, especialmente aos chineses, a Apple decidiu
00:39reduzir a dependência da China. A partir de 2026, a produção dos iPhones será transferida para a
00:47Índia, mais do que dobrando a capacidade de montagem no país. Hoje, cerca de 90% dos celulares
00:56da Apple são fabricados na China, mas a empresa já começou a operar fábricas na Índia, inclusive
01:04aos domingos, para acelerar a transição. O objetivo é evitar impactos econômicos futuros,
01:12em meio às tensões globais. Apesar de smartphones terem sido excluídos das tarifas mais altas,
01:20a Apple ainda enfrenta uma taxa de 20% sobre produtos chineses importados pelos Estados Unidos.
01:29Para mais detalhes sobre essa mudança estratégica da Apple, confira a matéria completa que está em
01:35nosso site, ou então, pelo QR Code que aparece agora na sua tela. E agora, falando de Samsung,
01:44os celulares da marca estão ficando mais turbinados, com inteligência artificial aqui no Brasil,
01:52em uma atualização de sistema liberada para o nosso país. Vamos ver os detalhes na reportagem.
01:59A Samsung começou a liberar para o Brasil a tão esperada atualização para o Android 15,
02:10com a One UI 7. O sistema traz uma série de novidades que prometem deixar o smartphone
02:18ainda mais inteligente e prático no dia a dia. Mas como saber se a atualização já chegou ao seu aparelho?
02:27Se você ainda não recebeu a notificação automática, pode verificar manualmente. É simples,
02:35basta abrir as configurações, descer até o final da tela e clicar em atualização de software.
02:43Depois é só tocar em baixar e instalar. Mas o que há de novo? A One UI 7 vem recheada de recursos
02:53movidos por inteligência artificial. Um dos destaques é a Now Bar, um widget na tela de bloqueio,
03:01que oferece informações ao vivo sem precisar desbloquear o celular. Além disso, o Now Brief usa
03:09inteligência artificial para criar um resumo diário personalizado, reunindo dados do calendário,
03:17mapas e outros aplicativos. Outra novidade é a integração com o Gemini, substituindo o Bixby.
03:26Ele pode ser acionado segurando o botão lateral e você ainda pode configurá-lo para abrir a inteligência
03:34artificial do Google, se preferir. Tem também o assistente de escrita, que ajuda a formatar textos e mensagens,
03:44e o eliminador de ruídos, que remove sons indesejados de vídeos durante a edição. Já a pesquisa por
03:52linguagem natural permite ajustar configurações do aparelho apenas dizendo frases, como por exemplo,
04:01meus olhos estão cansados e o sistema sugere reduzir o brilho da tela. Sobre quem vai receber
04:09essa atualização, a Samsung está priorizando modelos mais recentes, como as linhas Galaxy a partir
04:17do S21, além das dobráveis Z Fold e Z Flip a partir do modelo 3. Também estão na lista alguns dispositivos
04:27das séries Galaxy A e M e tablets como Tab S10 e S9. Para conferir a lista completa de aparelhos compatíveis,
04:39acesse o QR Code que está na sua tela. Importante saber também que a instalação leva cerca de 5 a 10 minutos,
04:48anos. Então, reserve um tempo para fazer isso com calma.
04:58E vamos ver ainda na edição de hoje. A ciência tenta descobrir os detalhes sobre a vida na Terra.
05:07E um colossal acidente cósmico no passado tem tudo a ver com isso. Detalhes daqui a pouquinho.
05:16É possível calcular o impacto energético da nossa interação com a inteligência artificial?
05:24Resposta já já. E o mundo mudou desde a pandemia. E agora as grandes empresas exigem mudanças intensas
05:34na rotina do trabalho. Inovação no Japão. Drones desafiam raios. Detalhes em instantes.
05:43Veremos também como o telescópio James Webb está revelando os segredos escondidos na poeira cósmica.
05:51E uma surpresa soviética ameaça a superfície da Terra. Assunto para a coluna de hoje, olhar espacial.
06:01Continue com a gente. O Olhar Digital News de hoje já está começando. E tem muito mais.
06:09A gente sempre fala aqui no Olhar Digital News de um outro lado da inteligência artificial que não é muito debatido.
06:25O consumo de energia. Essa tecnologia custa caro e nem temos como saber exatamente qual é esse consumo.
06:35Agora uma nova ferramenta tenta ajudar. Vamos aos detalhes na reportagem.
06:45A inteligência artificial depende de muita, muita energia.
06:50Essa tecnologia é abastecida por chips e por circuitos eletrônicos para processar textos, gráficos, imagens e vídeos.
06:58É por isso que você já deve ter ouvido falar que os data centers, onde essas estruturas ficam armazenadas, gastam muita eletricidade.
07:08Portanto, no dia a dia, cada comando enviado e executado pelos chatbots tem um custo.
07:13Mas qual é esse custo?
07:16O engenheiro Julien Delavande, da empresa de inteligência artificial Huygenface, criou uma ferramenta para estimar em tempo real o consumo de energia das mensagens enviadas e respondidas pelos chatbots.
07:29O chat UI é uma interface com usuário de código aberto, que funciona para os modelos Lhama 3.370B, que pertence à meta do Facebook, e o Gema 3, do Google.
07:43O programa estima em tempo real o consumo de energia das mensagens enviadas e recebidas pelos chatbots, em watts, hora ou em joules.
07:52Ele também compara o consumo com o de eletrodomésticos do dia a dia, como lâmpadas LED e micro-ondas.
07:59Perguntamos para o chat UI o que é um buraco negro.
08:04Para responder essa dúvida, ele gastou uma energia equivalente a carregar 1,5% da bateria de um celular, ou deixar uma lâmpada de LED ligada por 7 minutos.
08:15Pedimos que a inteligência artificial elencasse os últimos 30 campeões da Taça Libertadores da América, apontando o artilheiro de cada edição.
08:26Além de trazer informações erradas, o chatbot gastou o equivalente a carregar 4% da bateria de um smartphone, ou usar um micro-ondas por meio segundo.
08:36E por fim, pedimos que a inteligência artificial revisasse esse texto que você está ouvindo, o que rendeu mais 4% de bateria de um celular.
08:46Ao longo de meia hora de testes com esse chatbot, nós gastamos o equivalente a uma lâmpada acesa por duas horas.
08:56Pode não parecer muito, mas pense em milhões de pessoas usando essas ferramentas ao mesmo tempo.
09:01Não à toa, quando o chat GPT lançou o gerador de imagens, componentes eletrônicos da OpenAI literalmente derreteram.
09:11Como falamos, medir o consumo exato da inteligência artificial é complicado.
09:16O desenvolvedor da ferramenta deixa claro que a tecnologia traz apenas estimativas, e elas podem não ser 100% precisas.
09:24O objetivo é fazer um lembrete importante.
09:27A inteligência artificial tem um custo, e ele é muito alto.
09:36Pois é, por isso volta e meia tocamos nesse assunto por aqui.
09:41E o talento brasileiro está envolvido em uma descoberta astronômica, que pode reescrever a história do Universo,
09:51envolvendo uma novidade em nossa vizinhança cósmica.
09:56Vamos aos detalhes.
09:57Uma galáxia muito pequena e que pode revelar segredos gigantescos do Universo,
10:08foi descoberta recentemente orbitando nossa Via Láctea.
10:13Batizada de Aquarius III, essa nova vizinha cósmica foi detectada graças ao Delve Survey,
10:20uma colaboração internacional que vasculha o céu em busca de mistérios celestiais.
10:28Aquarius III é uma verdadeira joia rara, uma galáxia ultra-fria,
10:34com apenas algumas centenas ou milhares de estrelas,
10:38bem modesta perto do que vemos na nossa galáxia,
10:42ou na grande nuvem de Magalhães, com bilhões de estrelas.
10:47Mas não se engane pelo tamanho.
10:50A antiguidade e baixa metalicidade podem nos ajudar a entender os primórdios do cosmos.
10:59E tem brasileiro nessa história.
11:02O astrônomo Guilherme Lindbergh, formado pela USP,
11:06e hoje pesquisador da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos,
11:12participou da descoberta.
11:13Ele vai contar todos os detalhes no olhar espacial desta noite.
11:19O programa começa daqui a pouco, às 21 horas, pelo horário de Brasília,
11:25apresentado por Marcelo Zureta,
11:28presidente da Associação Paraibana de Astronomia,
11:32diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros,
11:37coordenador nacional do Asteroid Day Brasil,
11:41e colunista do Olhar Digital.
11:43A transmissão do Olhar Espacial acontece pelas redes sociais oficiais do Olhar Digital
11:51e em nosso site.
11:53Não perca!
11:59Pois é, interessante mesmo, pessoal.
12:02Então, coloco o alarme para não esquecer.
12:04É daqui a pouquinho, às 21 horas, pelo horário de Brasília.
12:10E o caranguejo ferradura é uma espécie muito antiga,
12:15de 450 milhões de anos.
12:18Essa relíquia viva mantém características
12:21que testemunharam a evolução da Terra.
12:25Não à toa, um lar dedicado a essa criatura ancestral
12:29foi criado no Centro Espacial Kennedy da NASA,
12:33localizado na Flórida.
12:35Além de serem fundamentais para a biodiversidade local,
12:40os ovos do caranguejo ferradura alimentam aves migratórias.
12:45Já o sangue azul é essencial para detectar
12:48contaminações em produtos médicos e vacinas.
12:53A NASA monitora esses animais para entender e proteger o ecossistema.
12:58Eles são verdadeiros termômetros da saúde ambiental,
13:03indicando ameaças como poluição e degradação de habitats.
13:08Para saber mais sobre esse incrível caranguejo ferradura
13:12e os esforços de conservação,
13:15acesse o QR Code que aparece na sua tela.
13:19E o telescópio espacial mais avançado da história
13:23está literalmente ajudando a ciência a olhar mais longe,
13:27através da poeira cósmica onde estão escondidos
13:31grandes mistérios do universo.
13:34A reportagem que vamos ver agora
13:36deixa isso ainda mais claro.
13:39Vamos juntos!
13:43Um grande mistério do espaço pode estar prestes a ser desvendado.
13:48Pesquisadores usaram o telescópio espacial James Webb
13:51para encontrar pistas de um buraco negro supermassivo
13:54escondido no coração da galáxia espiral MESSER 83,
13:58ou simplesmente M83.
14:01Esse enigma intriga cientistas há décadas.
14:04Com sensores infravermelhos de alta precisão,
14:07o James Webb detectou emissões de gás neon ionizado
14:10próximo ao centro de M83.
14:13Essa descoberta é crucial porque a energia necessária
14:16para produzir essas emissões é colossal,
14:18muito maior do que qualquer supernova ou estrela poderia gerar.
14:22Para os cientistas, a melhor explicação é a presença de um núcleo galáctico ativo,
14:27ou seja, um buraco negro supermassivo em crescimento.
14:31Até agora, astrônomos achavam que esse buraco negro
14:34poderia estar dormente ou camuflado por densas nuvens de poeira cósmica,
14:39tornando-o praticamente invisível.
14:41Mas o olhar refinado do James Webb
14:43conseguiu penetrar essa barreira e revelar novas evidências.
14:47A pesquisa foi publicada no The Astrophysical Journal.
14:51Segundo a Agência Espacial Europeia,
14:53antes do Webb, os instrumentos disponíveis não eram capazes
14:57de captar com clareza essas assinaturas de neon ionizado.
15:01Agora, com as novas observações,
15:03a equipe tem fortes indícios de que M83
15:06abriga um desses gigantes cósmicos.
15:09Mas a investigação não para por aqui.
15:11Os cientistas planejam usar outros telescópios e equipamentos de ponta,
15:16como o ALMA e o Very Large Telescope,
15:19ambos no Chile,
15:20para confirmar as emissões e determinar
15:22se realmente existe um núcleo galáctico ativo
15:25no centro dessa galáxia.
15:27De qualquer forma,
15:28a descoberta pode nos ajudar a entender melhor
15:30os segredos dos buracos negros
15:32e como eles moldam o universo ao nosso redor.
15:36E pela primeira vez,
15:43o rover Curiosity da NASA
15:46foi flagrado em movimento na superfície de Marte.
15:50E a imagem é impressionante.
15:53Captada do espaço pelo orbitador marciano MRO,
15:57a foto revela o robô como uma pequena mancha escura,
16:02deixando um rastro de 320 metros.
16:06Curiosity seguia em direção a formações rochosas
16:10de grande interesse científico,
16:12que podem ter sido moldadas por água subterrânea
16:16bilhões de anos atrás.
16:19A jornada do robô é lenta,
16:21demorando uma hora para percorrer 160 metros,
16:26porém é essencial.
16:27A imagem histórica foi feita quase no momento exato
16:31em que o Curiosity completava um deslocamento de 20 metros.
16:37Agora, ele segue subindo uma encosta íngreme,
16:41rumo ao próximo ponto de estudo,
16:43no planeta vermelho.
16:46Que interessante essa imagem,
16:47não? Sensacional.
16:49E o Brasil é uma potência agrícola,
16:52com produções batendo recordes constantemente.
16:56Mas, acontece que o nosso sucesso no campo
17:00deixa resquícios químicos que caem do céu.
17:05Vamos entender melhor essa história na reportagem.
17:08Um estudo inédito realizado por pesquisadores da Unicamp
17:16acaba de revelar um dado preocupante.
17:20Agrotóxicos foram encontrados na água da chuva
17:24em três importantes municípios de São Paulo,
17:28Campinas, Brotas e a Capital.
17:32Publicado na revista científica Chemosphere,
17:35O estudo analisou amostras coletadas entre 2019 e 2021.
17:42O resultado foi alarmante.
17:45Em todas as cidades, foram detectados herbicidas,
17:49fungicidas e inseticidas,
17:52substâncias químicas usadas na agricultura
17:55que agora aparecem nas gotas de chuva.
17:59Campinas foi a cidade com os maiores níveis de contaminação,
18:04registrando impressionantes 701 microgramas por metro quadrado.
18:10Em Brotas, o índice ficou em 680 microgramas,
18:15enquanto São Paulo teve 223 microgramas.
18:20Os pesquisadores explicam que esses níveis estão diretamente ligados
18:25à quantidade de terras dedicadas à agricultura em cada município.
18:31Campinas, por exemplo, tem quase metade do território ocupado por plantações,
18:37enquanto São Paulo possui apenas 7%.
18:41Entre os produtos identificados, um chamou especial atenção,
18:47a atrazina, um herbicida proibido no Brasil,
18:51mas que apareceu em todas as amostras.
18:55Isso levanta um sinal vermelho sobre a qualidade da água da chuva
19:00e o uso dessa água para consumo humano ou abastecimento público.
19:06A professora Cassiana Montagne, coordenadora do estudo,
19:11destacou que a ideia de que a água da chuva é sempre limpa
19:15não corresponde com a realidade.
19:18Além disso, ela aponta que o estudo traz um alerta importante
19:23sobre os impactos do uso intensivo de defensivos agrícolas.
19:29A pesquisa reforça a necessidade de cautela ao coletar água da chuva,
19:34especialmente em áreas próximas a grandes lavouras.
19:39Sem tratamento adequado,
19:41esse recurso pode representar riscos à saúde.
19:44O estudo chega em um momento crucial,
19:48quando o debate sobre o impacto dos agrotóxicos no meio ambiente
19:53ganha cada vez mais relevância.
19:56Políticas públicas e tecnologias eficientes
20:00são urgentes para garantir água limpa e segura para todos.
20:12Difícil, não?
20:13Já no Japão, uma ideia inovadora
20:17oferece uma versão alternativa de para-raios
20:21para mergulhar em tempestades
20:24e proteger a tecnologia na superfície.
20:28Vamos conhecer.
20:32Os raios são poderosos fenômenos da natureza
20:35e buscando ter um certo controle sobre eles,
20:38cientistas japoneses resolveram enviar drones
20:40às nuvens carregadas.
20:42A ideia da equipe da Corporação Japonesa de Telégrafos e Telefones
20:46foi induzir e direcionar raios naturais,
20:49buscando segurança aos equipamentos e estruturas.
20:52Essa proposta vem avançando nos últimos anos.
20:55Os testes mais recentes aconteceram a 900 metros de altitude
20:58nas montanhas, entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025.
21:03A equipe monitorou tempestades com um dispositivo chamado moinho de campo,
21:07que mede a intensidade do campo elétrico no ar.
21:10Quando uma tempestade se aproximava, o drone era lançado ao céu,
21:13carregando um fio conectado ao solo.
21:16No dia 13 de dezembro veio um momento histórico.
21:18Uma corrente elétrica enorme, resultado de um raio induzido,
21:22fluiu pelo fio até o chão.
21:24Antes do raio ser disparado, os cientistas detectaram
21:26uma voltagem impressionante de mais de 2 mil volts no sistema.
21:30A mudança repentina no campo elétrico ao redor do drone foi o gatilho para o fenômeno.
21:35Mas nem tudo foi perfeito.
21:36Um estalo alto foi ouvido e parte da gaiola de proteção do drone derreteu
21:40por causa da energia colossal.
21:42Mesmo assim, o equipamento continuou funcionando normalmente,
21:46demonstrando resistência.
21:48A gaiola funciona como uma blindagem metálica,
21:51desviando a corrente elétrica do raio para longe do drone
21:54e distribuindo-a para todas as direções.
21:56Isso cancela os campos magnéticos gerados pela descarga,
21:59protegendo o equipamento.
22:01Testes mostraram que o drone suporta até 150 mil amperes de corrente,
22:06cinco vezes a média de um raio natural, sem apresentar falhas.
22:10O sucesso do experimento abre caminho para novas possibilidades,
22:13segundo os cientistas, até mesmo para tecnologias de armazenamento da energia dos raios.
22:26O tempo do isolamento social por causa do coronavírus
22:31transformou a rotina da sociedade,
22:34que acabou se ajustando enquanto as grandes empresas de tecnologia
22:38se beneficiaram turbinando os serviços online.
22:43Porém, o mundo está em constante mudança e o cenário já é outro.
22:48Para big techs como o Google, isso justifica até mesmo modificar estratégias,
22:55como a do trabalho em casa.
22:57Vamos aos detalhes da reportagem.
23:03Cinco anos após o início da pandemia de Covid-19,
23:07o Google está redefinindo as regras para o trabalho remoto.
23:11A gigante da tecnologia agora exige que os funcionários adotem um modelo híbrido,
23:15ou seja, uma combinação entre home office e presença no escritório,
23:20para assim manterem os cargos.
23:23A mudança faz parte de um esforço maior do setor corporativo
23:26para reduzir o trabalho totalmente remoto.
23:29Algumas áreas, como operações de pessoas e serviços técnicos,
23:32já tornaram o retorno obrigatório.
23:35Quem não se adaptar pode ser desligado,
23:37mas a empresa oferece opções como pacotes de demissão voluntária
23:41ou realocação financiada.
23:43Desde 2023, o Google tem ajustado o quadro de funcionários.
23:48De 190 mil colaboradores,
23:50a empresa enxergou a equipe para 183 mil até o fim de 2024.
23:55Essa reestruturação acontece em meio a cortes de custos
23:58e um forte foco em inteligência artificial.
24:00Além disso, a Big Tech eliminou postos na divisão de plataformas e dispositivos
24:04que incluem Android, Chrome e Nest.
24:07Sergey Brin, cofundador do Google, chegou a defender recentemente
24:12maior presença física, afirmando que jornadas de 60 horas semanais no escritório
24:17podem ser ideais para a produtividade diante da concorrência no setor de inteligência artificial.
24:24Seria como trabalhar 10 horas por dia, de segunda a sábado.
24:27Mas, ao que tudo indica, isso ainda não foi implementado pela empresa.
24:31Embora documentos internos sugiram que o trabalho remoto tenha influenciado algumas decisões,
24:36o Google nega que isso tenha sido determinante.
24:39Para Rick Osterloff, vice-presidente sênior,
24:42a mudança busca tornar as equipes mais ágeis e eficientes,
24:45especialmente após a fusão das divisões de hardware e Android.
24:49Mesmo com essas mudanças, a empresa afirma que continua contratando nos Estados Unidos
24:54e ao redor do mundo.
24:56Em 1972, a antiga União Soviética lançou uma espaçonave com destino a Vênus.
25:12Mas algo deu errado e parte da missão ficou presa na órbita da Terra.
25:18Agora, mais de 50 anos depois, essa relíquia espacial está prestes a retornar ao nosso planeta.
25:27O módulo Cosmos 482 pesa meia tonelada e foi projetado para resistir às condições extremas de Vênus.
25:37Por isso, deve sobreviver à reentrada na atmosfera e chegar intacto ao solo daqui a cerca de duas semanas.
25:48Bom, não podia deixar de ser.
25:51Vamos repercutir esse assunto agora com Marcelo Zurita, que nos traz mais detalhes sobre isso
25:57em mais uma coluna Olhar Espacial.
26:09E, excepcionalmente, hoje a coluna Olhar Espacial é ao vivo, pessoal.
26:14Para tratar desse assunto, vamos ver se o Marcelo Zurita nos tranquiliza ou se ele nos deixa mais preocupados, não é?
26:23Vamos lá, vamos receber ao vivo ele, o querido Marcelo Zurita.
26:27Zurita, boa noite.
26:29Muito bem-vindo ao Olhar Digital News.
26:31Hoje, aqui ao vivo, no Olhar Espacial.
26:34Boa noite, Marisa.
26:37Boa noite a todos.
26:39Saudações astronômicas.
26:41E vamos falar sobre esse tema interessantíssimo que surgiu hoje aí e que vale a pena a gente debater, né?
26:47Para afastar todos os mal-entendidos, né?
26:50Pois é.
26:51Bom, ainda bem que você já começou falando aí, afastar os mal-entendidos.
26:55Assim a gente já fica um pouquinho mais tranquilo.
26:57Mas, Zurita, fala um pouquinho mais para a gente sobre essa história dessa espaçonave.
27:02Como ela sobreviveu tanto tempo em órbita e mais, por que ela está, vamos chamar assim, caindo na Terra?
27:12Pois é.
27:13É uma coisa interessante, até remete a algumas reportagens que foram feitas recentemente no Olhar Digital,
27:19que o pessoal pode consultar lá no portal, no site, né?
27:23E vai ver a respeito.
27:24Bom, primeiramente, né?
27:27Ela foi lançada em 1972 e tinha destino Vênus.
27:31Só que algo deu errado, tá?
27:32No momento que ela estava em órbita da Terra, ia pegar a chamada órbita de transição, né?
27:38De transferência orbital para Vênus.
27:42Houve um problema nos motores lá da espaçonave Soyuz.
27:47E ela acabou ficando presa na órbita da Terra, numa órbita extremamente elíptica.
27:52Extremamente não, não era uma órbita elíptica.
27:54Então, até há pouco tempo atrás, ela estava com aproximadamente 200 quilômetros no perigeu,
28:01o ponto que ela passa mais próximo da Terra, e 780 quilômetros no apogeu.
28:06Então, ela estava com uma hora passando apenas 200 quilômetros da superfície da Terra,
28:13hora a quase 800 quilômetros.
28:14Acontece que nesta altitude, apesar da atmosfera ser bem rara, ainda existe gás atmosférico lá em quantidades,
28:24em densidade bem menor.
28:26Principalmente nessa parte mais baixa, na parte do perigeu.
28:31Mas mesmo no apogeu, como a gente viu numa reportagem recente, tem ainda gases atmosféricos que provocam a redução da velocidade dessa espaçonave
28:42quando ela passa pelas regiões mais densas aí da atmosfera.
28:48Então, o que acontece?
28:49Para permanecer em órbita, ela teria que ter uma velocidade ali constante.
28:53Ela não poderia ter essa redução de velocidade.
28:56Como existem esses gases que freiam a espaçonave, ela vai aos poucos perdendo velocidade,
29:02e isso vai fazendo com que ela vá perdendo altitude também.
29:06Todos esses objetos são monitorados quase que diariamente,
29:10tanto por agências espaciais como também por astrônomos amadores.
29:14Eu já cheguei a fazer esse tipo de monitoramento por algum tempo.
29:18Então, o que a gente pode dizer é que as observações recentes mostraram que ela está perdendo altitude,
29:23principalmente a altitude do apogeu, o ponto mais afastado da Terra.
29:28Se a gente pegar um gráfico, a gente vai ver que esse gráfico vai apontar bem para baixo,
29:32ela começa a perder bastante altitude, e já vai apontar ali mais ou menos
29:37para que momento, que seguindo essa trajetória, seguindo essa sequência de perda de altitude,
29:44ela vai acabar facilmente reentrando na atmosfera.
29:47Nós dissemos, como ela foi preparada para Vênus, ela possivelmente vai resistir a essa reentrada.
29:53Agora, Marcelo Zurita, acompanhar o trajeto é uma coisa.
29:57Agora, e controle?
29:59A pergunta é, os cientistas ainda têm algum controle sobre ela,
30:04ou pelo menos para saber aonde aproximadamente pode acontecer a queda,
30:09ou é alguma coisa meio descontrolada?
30:12Olha, é descontrolado.
30:16A única coisa que a gente sabe, apesar dela ir perdendo altitude,
30:20ela está girando mais ou menos numa inclinação de 52 graus em relação à Terra.
30:27A Terra vai girando nesse meio e ela vai estar girando ali em volta, mais ou menos nesse ângulo.
30:32Ela vai perdendo altitude, mas ela mantém essa inclinação.
30:36Então, o que a gente pode dizer é que a gente não sabe onde ela vai cair.
30:42Ela pode cair em qualquer lugar entre as latitudes 52 e menos 52.
30:48O Brasil está inteiro dentro dessa área onde essa espaçonave pode cair,
30:55assim como as principais áreas habitadas de todo o mundo estão dentro dessa região.
31:00Então, é impossível a gente dizer agora, nesse momento, onde que ela vai cair.
31:05A gente só sabe que ela pode cair em qualquer lugar dentro dessas latitudes.
31:09E mesmo a data que está prevista inicialmente para o dia 9 de maio,
31:14ela pode variar ainda alguns dias para mais, alguns dias para menos.
31:18Tem muitos fatores que influenciam nisso, Marisa.
31:21Inclusive, algo que a gente nem imagina, como por exemplo a atividade solar.
31:27Quando a gente tem o Sol muito ativo, ele acaba dilatando a nossa atmosfera,
31:33o que faz com que as naves que passam ali naquela altitude
31:39acabam perdendo velocidade e, consequentemente, a altitude mais rápido.
31:44Então, dependendo da atividade solar, isso pode acontecer mais ou menos rapidamente.
31:49E tem outros fatores também envolvidos.
31:52Então, fazer uma previsão com tamanho antecedência é muito complicado mesmo.
31:57Agora, Marcelo Zureta, então, é preocupante, né?
32:01Porque não se sabe onde que vai cair, não se tem a precisão do dia.
32:07Agora, se esse impacto ocorrer em alguma área que tenha, que seja, como você disse,
32:13uma grande população, o que pode acontecer?
32:16Qual é esse risco, Marcelo Zureta?
32:18Bom, aí eu acho que é o principal ponto que a gente precisa desmistificar.
32:25Existe, sim, o risco de cair em qualquer lugar, desde áreas mais remotas até áreas mais populosas.
32:33Como a gente viu, grande parte da população humana vive dentro dessa faixa
32:38entre mais 52 graus e menos 52 graus de latitude.
32:43Então, há, sim, um risco de que possa atingir uma área urbana.
32:46Agora, quando a gente fala de risco, a gente vai ver que o risco de acontecer alguma coisa,
32:52a chance de que isso possa gerar um prejuízo material maior
32:56ou até perda de vidas humanas é um risco muito baixo mesmo.
33:02Porque dois terços dessa região são cobertos por oceanos.
33:09O um terço que sobra de área continental ainda tem muitas áreas praticamente desabitadas,
33:20com a densidade populacional muito baixa.
33:22Vai incluir, por exemplo, o grande deserto do Saara dentro dessa região.
33:27Os maiores desertos do mundo estão dentro dessas latitudes.
33:30Então, a chance de que isso possa cair em uma área populosa
33:34e que possa gerar realmente algum dano mais severo
33:37ou até perda de vidas humanas é muito baixo mesmo.
33:40E tem uma coisa curiosa, Marisa.
33:43Por mais que a gente possa imaginar que essa nave,
33:45feita para aguentar uma entrada atmosférica em Vênus,
33:49inclusive existe até especulação de que ela pode acionar o próprio paraquedas
33:54quando chegar em determinada altitude.
33:57Isso seria muito difícil de acontecer, mas pode ser que aconteça.
34:01Ela tem um paraquedas que ela acionaria quando estivesse entrando na atmosfera de Vênus.
34:06Então, vai que de repente acione esse paraquedas e a nave cai inteirinha aqui na Terra,
34:10para a gente poder recuperar uma das relíquias da exploração espacial.
34:16Mas mesmo que isso não aconteça, que ela caia em solo,
34:21a gente estima que ela chegue em uma velocidade de 250 a 300 km por hora,
34:26a velocidade terminal, porque a atmosfera também acaba diminuindo essa velocidade dela na queda.
34:33E o risco para a vida humana, o risco para a sociedade,
34:39ela é bem menor, por exemplo, do que a reentrada de um foguete,
34:43de um corpo de foguete.
34:44Por quê? Essa nave foi feita para resistir.
34:49Então, ela vai chegar inteirinha no chão, mas vai ser só uma.
34:52Enquanto num foguete, por exemplo, cada motor, cada parte que acaba resistindo à reentrada,
34:57ela se separa e vai cair em pontos diferentes.
35:01Dependendo do objeto, esse campo de dispersão desses fragmentos
35:06da espaçonave, do satélite, do foguete, pode se estender por centenas de quilômetros.
35:14Então, nesse caso, não vai ser um objeto apenas.
35:18E se a gente pensar, por exemplo, que um objeto de 500 kg pode matar uma pessoa se atingir,
35:24mas mesmo um objeto de 2 kg poderia matar uma pessoa se atingisse ela a 200 km por hora.
35:30Então, na prática, esse objeto, a queda desse objeto, a reentrada desse objeto,
35:35é menos perigosa do que qualquer outro corpo de foguete,
35:39qualquer outro satélite que já reentrou na Terra.
35:42Na verdade, vai ser só uma chance de causar algum dano entre milhões de outras
35:47e cair em um local desabitado, de não atingir ninguém, nem nada de muito valor.
35:52Agora, uma curiosidade que deve estar na cabeça de muita gente.
35:56Como que é feito esse acompanhamento, então, Marcelo Zurita?
35:59Tendo em vista que vai acontecer, que não tem uma previsão,
36:02os cientistas acompanhando, tem como...
36:05Eles monitoram esse movimento e sabem mais ou menos a região,
36:10tem como avisar, vai ser filmado isso, vai...
36:12Enfim, como que vai acontecer isso quando ele se aproximar mais e entrar na nossa atmosfera?
36:18Bom, é uma coisa interessante, tá?
36:21O alerta da reentrada desse objeto foi feito pelo Mark Lombrokin,
36:26que é um dos grandes especialistas na observação de satélites,
36:31na observação de objetos em órgãos e nos cálculos e em entradas também, tá?
36:36Então, o cara, assim, é muito confiável e uma das coisas que ele fala
36:41é que a gente não consegue prever a reentrada de um objeto
36:45com mais de um terço de precisão de antecedência.
36:50Ou seja, se eu estou prevendo uma reentrada para daqui três horas,
36:53ela vai ter mais ou menos uma hora de variação,
36:56mais ou menos 30 minutos para lá ou para cá, tá?
37:00Por quê?
37:01Por conta de todas as variáveis que estão envolvidas nessa história.
37:04Mas o que eles conseguem fazer é, ao longo desse período,
37:07e continuarem analisando a trajetória do objeto, a altitude,
37:11a variação de altitude e refinando os cálculos para poder dar uma precisão maior
37:17do momento da reentrada.
37:19Agora, o que acontece é que quando está faltando mais ou menos aí
37:22de cinco a três horas, mais ou menos, antes da reentrada de verdade,
37:28os cálculos que eles fazem são muito precisos.
37:31Eles dão essa variação de mais ou menos um terço da antecedência,
37:34mas mesmo assim é muito comum que eles acertem em cheio,
37:40com uma variação aí, em vez de 30 minutos, de 5 minutos, de 10 minutos do horário.
37:47E quando eles acertam os horários, eles acertam o local,
37:50porque a gente sabe naquele horário para onde vai estar passando esse objeto,
37:54pelos cálculos que são feitos aí a partir dos dados coletados ao longo da história.
37:59Então, a tendência é que a gente vá acompanhando,
38:03vá vendo as chances desse objeto cair no Brasil, por exemplo,
38:07aumentando ou diminuindo ao longo do tempo,
38:10mas de verdade, de verdade mesmo, a gente só vai poder dizer com um pouco mais de precisão
38:15aonde e quando esse impacto vai ocorrer,
38:18quando estiverem faltando algumas horas para isso acontecer.
38:20Marcelo Zurito, eu devo confessar que eu prefiro as histórias românticas
38:26que você conta no olhar espacial do que essa notícia.
38:28Mas, querido, você com certeza estará conosco trazendo mais informações sobre esse episódio.
38:34Assim que tivermos sempre mais informações, você, por favor,
38:37venha e se junte a nós para trazer aqui para a gente informações em primeira mão.
38:43Se der, a gente até transmite ao vivo, né?
38:45Se a gente tiver uma previsão aí com boa precisão,
38:49pode ser uma coisa que a gente pode transmitir ao vivo,
38:51inclusive com a possibilidade de ter imagens de câmeras aí,
38:55espalhadas pelo Brasil para registrar isso.
38:58Agora, para a gente, Marisa,
39:00é um evento que vale a pena a gente acompanhar,
39:03porque a gente vai ter uma oportunidade para,
39:06provavelmente, uma oportunidade para a gente estudar o comportamento de um meteoro
39:09entrando na atmosfera,
39:11porque ele vai se comportar exatamente como um meteoro,
39:14como uma rocha espacial,
39:17só que em vez de rochoso,
39:20vai ser um objeto metálico que vai resistir bastante a essa reentrada
39:23e vai estar um pouquinho mais lento do que normalmente os meteoros atingem o nosso planeta.
39:29Pois é, está aí, Marcelo Zurita.
39:31Então, contamos com você, com certeza, no acompanhamento dessa história.
39:35Muitíssimo obrigada, viu, Zurita,
39:37por mais um Olhar Espacial,
39:39hoje, bem especial, aqui ao vivo com essas informações.
39:43Muito obrigada e tenha uma excelente noite.
39:46Obrigado, Marisa.
39:47Boa noite a todos.
39:49Bons céus a todos e até a próxima.
39:51Se bem que, Marcelo Zurita, ainda tem que fazer o Olhar Espacial de logo mais, hein?
39:55Às 21 horas tem o Olhar Espacial.
39:57Isso mesmo.
39:57Pois é, chamo o pessoal.
39:59Isso, hoje com o Guilherme Lindbergh,
40:01que foi o cara que descobriu,
40:02foi um dos participantes da pesquisa
40:05que descobriu uma galáxia anã, né, satélite da Via Láctea.
40:10Então, vale a pena a gente acompanhar, né,
40:12um bate-papo aí bastante enriquecedor
40:14para quem quer conhecer um pouco mais, né,
40:16dos mistérios do nosso universo.
40:18Então, tá bom.
40:19Ótimo programa para você, Zurita.
40:21Muito obrigada.
40:22Boa noite e até o Olhar Espacial.
40:24Beijão.
40:24Tchau, tchau, tchau.
40:27É isso aí, pessoal.
40:28Tá aí hoje a coluna Olhar Espacial desta sexta
40:32com o Marcelo Zurita participando aqui com a gente ao vivo.
40:35Pois é, a gente acompanha essa história bem de perto
40:37e trazendo todos os detalhes para vocês
40:40assim que forem informados.
40:42Então, fiquem ligados.
40:43E logo mais, às 21 horas pelo horário de Brasília,
40:46tem Olhar Espacial com o Marcelo Zurita.
40:49Não esqueçam, coloquem o alarme para não esquecer.
40:52Bom, e bilhões de anos atrás,
40:55dois planetas se chocaram no Sistema Solar.
40:59E talvez a vida como conhecemos
41:01só será possível por causa,
41:03só seja possível, aliás, perdão,
41:06por causa desse evento caótico.
41:09Vamos entender melhor agora.
41:15Imagine um planeta do tamanho de Marte
41:18vagando pelo jovem Sistema Solar.
41:20Um gigante rochoso chamado Theia.
41:24Agora visualize a colisão com a Terra
41:26em estágio inicial, recém formada.
41:29Um evento caótico que redesenhou o nosso mundo
41:32e, de quebra, nos presenteou com a Lua.
41:36Essa é uma das intrigantes teorias
41:38sobre a formação do nosso satélite natural.
41:40E as evidências apontam para um passado
41:42muito mais violento do que se imaginava.
41:45Há cerca de 4 bilhões e meio de anos,
41:47o cenário cósmico era bem diferente.
41:50A jovem Terra não tinha a fiel companheira lunar.
41:54A Lua, segundo a hipótese mais aceita atualmente,
41:57nasceu de um impacto colossal entre a Terra e Theia.
42:01Inicialmente, cientistas acreditavam
42:03em um choque de raspão,
42:04em que fragmentos de ambos os corpos
42:07se uniram para formar a Lua.
42:09No entanto, estudos recentes com supercomputadores
42:12sugerem algo muito mais dramático,
42:14uma colisão de frente.
42:16Nesse cenário apocalíptico,
42:19Theia teria se fundido completamente com a Terra
42:22em questão de horas,
42:23lançando uma quantidade imensa
42:25de material incandescente ao espaço,
42:28como você pode ver nessa simulação
42:30feita pela NASA.
42:31Esse material, então, teria se aglutinado,
42:33dando origem a dois corpos celestes.
42:36Um grande, que logo realinhou-se
42:38como a Terra que conhecemos hoje,
42:40e um menor, impulsionado para longe,
42:43que se tornaria a Lua.
42:45A principal evidência que sustenta essa teoria
42:47é a análise da composição química
42:50de rochas terrestres e lunares.
42:52Os estudos sugerem uma mistura profunda de material,
42:56algo que só uma colisão frontal
42:58poderia ter causado.
42:59Outros indícios reforçam essa narrativa.
43:02O alinhamento quase perfeito da órbita lunar
43:05com a órbita terrestre ao redor do Sol,
43:07a possibilidade de eclipses
43:09e a menor densidade do nosso satélite natural
43:12são características que encontram
43:14explicações plausíveis
43:16no cenário de uma colisão massiva.
43:19Além da Lua,
43:20a colisão com Teia
43:21nos deixou outro fenômeno fundamental
43:23para a vida como a conhecemos,
43:26as estações do ano.
43:27A inclinação do eixo de rotação da Terra,
43:30atualmente em 23,4 graus,
43:33é amplamente atribuída
43:34ao impacto devastador
43:36com o mundo vizinho.
43:38Essa inclinação faz com que
43:40diferentes hemisférios
43:41recebam mais luz solar
43:43em diferentes épocas do ano,
43:45criando o ciclo das estações.
43:47A resposta para essas dúvidas do passado
43:50pode estar escondida
43:52nas profundezas do nosso planeta.
43:54Cientistas suspeitam
43:56que grandes estruturas
43:57localizadas no manto terrestre,
43:59abaixo das placas tectônicas
44:01africana e do Pacífico,
44:03podem ser remanescentes de Teia.
44:05Simulações computacionais
44:07apoiam essa hipótese.
44:09Se essa teoria se confirmar,
44:11os restos de Teia
44:12também podem ter desempenhado
44:14um papel crucial
44:16na formação das placas tectônicas.
44:18Resumindo,
44:19talvez a nossa Terra
44:21só seja como é
44:22por causa desse duelo planetário
44:24de bilhões de anos atrás.
44:26Que curioso, não pessoal?
44:34Bom, 20 horas 15 minutos
44:37pelo horário de Brasília.
44:39Já chegou a hora aqui dos comentários
44:41nas redes sociais.
44:43Quem está acompanhando
44:44a nossa transmissão
44:45e esqueceu de deixar o like,
44:47aproveita agora, pessoal.
44:48Deixa o like na nossa transmissão.
44:50Isso ajuda muito o nosso trabalho,
44:52não custa nada.
44:53Vamos lá,
44:53o nosso boa noite
44:54aqui no YouTube,
44:55começando pelo YouTube.
44:57Mário Sérgio,
44:58Mariano,
44:59Marciano Gulati,
45:00o Cleber Tavares,
45:01também a Aparecida
45:02por aqui,
45:03sempre com a gente.
45:04Um beijo, viu, Aparecida?
45:05O Renato Barom
45:06com os girassóis.
45:07A lua é uma nave
45:08extraterrestre, Marisa.
45:10Olha o Renato Barom.
45:11Beijo, viu, querido?
45:12Com os girassóis.
45:13Cleber Tavares,
45:15o Michel Barbosa,
45:16também.
45:16Mário Sérgio,
45:17Irene Antônia da Silva.
45:18Boa noite, Marisa Silva.
45:20Linda, obrigada, querida.
45:21Manda um abraço
45:22para o meu amigo Caetano.
45:24Um beijo para você,
45:25Irene,
45:26para o Caetano também.
45:27Beijão, viu?
45:29A Pedro Felipe Ferreira,
45:30boa noite.
45:31James Snowden,
45:32também.
45:33O João Paulo Gonçalves,
45:34boa noite, Marisa.
45:35Um abração,
45:36outro para você,
45:36viu, João Paulo?
45:37Um beijo grande.
45:38A Marli Gomes,
45:39com rosas.
45:40Obrigada, Marli.
45:41Marisa,
45:42sempre muito elegante.
45:43Obrigada, querida.
45:44José Antônio também,
45:46boa noite a todos
45:46e bom final de semana.
45:48Pois é, verdade.
45:49Hoje já é sexta.
45:50Sextou, pessoal.
45:51Já acabou a semana novamente.
45:53Antônia Cruz,
45:54boa noite.
45:55O Cleber Tavares
45:56tem um excelente final de semana.
45:58Mário Sérgio também.
45:59Denis Brito,
46:00boa noite, Marisa e a todos.
46:01E o Antônio Carlos da Silva
46:03de Cambuí,
46:04Minas Gerais,
46:04sempre com a gente.
46:06Ricardo Negrão,
46:07boa noite, Marisa.
46:08Beijos para você.
46:09Cananeia,
46:09litoral de São Paulo.
46:11Obrigada, Ricardo.
46:12Um beijo.
46:12O Yuri Barreto também,
46:16enviando boa noite aqui.
46:17E o Denis Brito,
46:19de Parintins, Amazonas.
46:20Beijão, pessoal.
46:21Muito obrigada pelos comentários.
46:23No Facebook,
46:24o Wesley Advíncula
46:26está dizendo
46:26verdade.
46:27O assunto de hoje
46:27é muito legal
46:28e muito importante
46:30para todos nós.
46:31Só um olhar digital
46:32para nos proporcionar
46:33boas informações
46:34e deixar atentos
46:35a tudo o que se passa
46:36no espaço.
46:37Olha que legal.
46:38Muito obrigada,
46:39viu, Wesley.
46:40Um beijão grande
46:40para você, viu?
46:42Edson Luiz Brun Silva.
46:44O espaço é um verdadeiro
46:45lixão.
46:46O ferro velho
46:46não basta poluirmos
46:47a terra.
46:49O André Santos também,
46:50boa noite.
46:51E o Fernando Carminati
46:52com as minhas rosas.
46:53Rosas para ti,
46:54te amo.
46:55Obrigada.
46:55Por favor,
46:56joga beijo.
46:56Beijão, viu, Fernando.
46:58Obrigada pelo seu comentário.
47:00E o Rogério de Andrade Andrade.
47:01Boa noite, Marisa.
47:02E a todos do Olhar Digital.
47:03Esta reentrada da nave russa
47:05me fez lembrar do Skylab
47:07quando retornou à terra
47:08no começo dos anos 80.
47:10entra, não tenho certeza.
47:11Houve muito agito sobre isso.
47:13De patrocínio paulista,
47:14São Paulo.
47:15Pois é, Rogério,
47:16fiquem ligados
47:16no olhardigital.com.br.
47:20Todas as novidades
47:21e informações
47:21vocês encontram lá.
47:23Falando nisso,
47:24vamos dar uma passadinha
47:25na home do nosso site.
47:27Está aqui em destaque
47:28na primeira posição.
47:30A espaçonave lançada
47:31há mais de meio século
47:32pode cair na terra.
47:35na verdade pode e vai.
47:37Não é como vocês viram aí
47:38os comentários com o Marcelo Zirita.
47:40Acessem a reportagem completa
47:42e fiquem muito bem informados.
47:44Quantas pessoas usam o Google
47:45no mundo?
47:46Em quantos países?
47:48Os 10 carros mais baratos
47:49para Uber Black.
47:51Pois é, pessoal.
47:52olhardigital.com.br
47:55Muito conteúdo
47:56para aproveitar
47:57nesse final de semana.
48:00Vamos indo, pessoal.
48:0120 horas,
48:0218 minutos
48:03pelo horário de Brasília.
48:05E o Olhar Digital News
48:07de hoje
48:07fica por aqui.
48:09Já é sexta-feira.
48:11Aproveitem a noite
48:12desta sexta.
48:13Aproveitem o Olhar Espacial
48:15de logo mais
48:16às 21 horas
48:17e nos encontramos ao vivo
48:19novamente
48:19na segunda-feira.
48:21sete e meia da noite
48:23pelo horário de Brasília.
48:25Aproveitem o final de semana.
48:27Olhar Digital.
48:29O futuro passa primeiro aqui.
48:32Grande beijo para todos.
48:34Muitíssimo obrigada
48:35pela companhia
48:36em mais uma semana.
48:37Nos encontramos na segunda.
48:39Beijão.
48:40Tchau, tchau.
48:41Tchau.
48:51Tchau.
49:21Tchau.
49:22Tchau.
49:23Tchau.
49:24Tchau.
49:25Tchau.
49:26Tchau.