O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), cumpre agenda oficial na China em busca de novos investimentos para o setor energético brasileiro. A visita faz parte dos esforços do governo para ampliar parcerias estratégicas na área de transição energética e infraestrutura. Henrique Krigner e Diogo da Luz comentaram sobre o assunto.
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NotíciasTranscrição
00:00E o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está cumprindo a agenda na China, com o objetivo de atrair investimentos para a transição energética no Brasil.
00:08Bruno Pinheiro traz aqui essas informações pra gente dentro do Jornal da Manhã. Pois não, Bruno?
00:17Oi, Nonato. Vamos lá então entender essa agenda que iniciou neste domingo, dia 20, na verdade.
00:24É uma agenda que já vai articulando a ida de Lula à China, essa região asiática Lula que vai viajar no mês de maio para a China.
00:32E já o ministro de Minas e Energia, ministro Alexandre Silveira, vai então fazendo algumas reuniões, agendas que foram articuladas nas últimas semanas.
00:42Neste domingo, o ministro de Minas e Energia visitou, inclusive, a sede de uma empresa de veículos elétricos para tentar ali entender e fechar alguns acordos também,
00:55incentivos sobre essa discussão sobre o setor da mobilidade elétrica e energia limpa, em que já foram alinhados investimentos em duas situações, na verdade.
01:05Uma em expansão de carros elétricos e outra que é voltada para soluções de estabilização do sistema interligado nacional.
01:17Essa discussão, durante a agenda, reforçou o compromisso do Ministério de Minas e Energia, de acordo com integrantes do governo federal,
01:25em iniciativas que possam levar do cenário nacional na vanguarda da nova economia verde.
01:32E também, este modo de uso das energias renováveis, da mobilidade elétrica e também de carbonização.
01:41Então, essa discussão será uma agenda longa.
01:43Repito que Lula vai visitar essa região também no mês de maio.
01:47Mas o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, iniciando neste domingo, então, essa agenda na China.
01:55Essa discussão para uma expansão de carros elétricos, justamente algo que é uma novidade, vem ganhando muito este mercado e aí, de fato, se consolidando na vanguarda
02:06para tentar entender quais são os interesses internacionais aqui dentro, no mercado nacional e também em quanto tempo e de que forma que se dá esses investimentos.
02:16Então, alguns acordos e incentivos por parte do governo federal, uma agenda que será divulgada nos próximos dias, quais foram os resultados desta reunião,
02:27este encontro bilateral do Ministério de Minas e Energia.
02:31E aí, com este olhar também para a visita de Lula Lula, que após se eleger, quando chegou lá no Palácio do Planalto,
02:39disse que tinha o interesse de voltar a viajar o mundo para fazer negócios e para a abertura de novos mercados.
02:45E aí, isso é considerado como uma agenda em si, como um todo, do governo federal, fortalecendo essas relações internacionais, Donato.
02:55Muito obrigado, Bruno. A gente segue aqui com os nossos comentaristas hoje, o Diogo da Luz e também o Henrique Kriegner.
03:02Kriegner, vou começar contigo essa questão da energia limpa, né?
03:05É muito buscada pelos atores mundiais, principalmente no momento em que a gente tem um cenário de impacto muito forte das mudanças climáticas.
03:14Por outro lado, tanto China quanto Estados Unidos ainda são países que poluem muito o mundo.
03:19Mas, de qualquer modo, talvez a gente possa acompanhar um pouco o que eles têm feito lá, porque têm feito, apesar de tudo,
03:26e trazer para cá, porque essa é uma crítica também que a gente sofre há muito tempo,
03:31de que a gente tem possibilidade de fazer eólica, fazer energia solar,
03:34e isso ainda é muito pouco, é muito incipiente, ainda que estejamos falando de transição.
03:41Não, Kriegner?
03:41Exato, Donato. A gente está num momento crítico e uma oportunidade que aparece aí para que o Brasil possa investir nas suas bases,
03:51investir realmente também no avanço e na industrialização de determinados setores.
03:58Acho que isso é um momento crítico que a gente não pode deixar passar,
04:02apesar de não ter tanta esperança, sim, que o atual governo vai ter a sagacidade e, na verdade, a habilidade para fazer os investimentos necessários,
04:12especialmente com esse problema orçamentário que nós estamos encontrando por aí.
04:15A China cresce onde os Estados Unidos se ausentam, especialmente quando a gente considera o recorte ocidental.
04:22Na América Latina foi assim, tem sido assim nos últimos anos e agora, com essas políticas tarifárias,
04:28tende a ser assim, dessa maneira também.
04:30Só que seria um erro, um equívoco do Brasil, agora, simplesmente comprar produtos chineses
04:36ou talvez somente vender produtos brasileiros para os chineses.
04:40Nós deveríamos trocar tecnologia, nós deveríamos atrair investimentos,
04:44tanto da China quanto de outros países agora, para que o Brasil possa ter um porte melhor.
04:50Ou, senão, nós vamos continuar sendo um país que, quando o mundo vai bem, nós conseguimos ir um pouco bem também.
04:57Quando o mundo vai mal, nós ficamos sendo um pouco mal também.
05:01Ou seja, nós nunca estamos no extremo da crise, mas também nós nunca somos pioneiros,
05:05nós nunca somos os vanguardistas de nenhuma das crises nem das tecnologias.
05:09E, como você falou, Nonato, nós perdemos as oportunidades que nós temos aqui
05:14de investimento em formas alternativas de energia, mas também de produção.
05:19O mercado brasileiro é um mercado aquecido, é um mercado muito rico internamente
05:23e considerando a América Latina, e nós poderíamos ser essa grande incubadora de tecnologias
05:29que vêm da China, dos Estados Unidos, da Europa ou de outras potências asiáticas também,
05:33que poderiam somar demais com a nossa economia e nos ajudar a resolver esse problema fiscal
05:38que nós temos feio aí chegando em 2027.
05:42O Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo, indiscutivelmente,
05:48e também a agricultura mais sustentável.
05:51E precisa mostrar isso muito mais vezes para os demais países,
05:55mostrar o quanto nós somos cuidadosos com o meio ambiente,
05:58especialmente fora dos grandes centros urbanos,
06:01onde aí sim nós nos respeitamos.
06:03E tem que buscar investimentos em todos os lugares.
06:06O capital não tem identidade, não tem nacionalidade.
06:11Desde que, fique bem claro, as regras brasileiras têm que ser respeitadas.
06:17O capital pode ser chinês, canadense, americano, japonês, tailandês,
06:23desde que seja dentro das nossas regras.
06:26Aí tudo funciona bem.
06:27E aí
06:32E aí
06:34E aí