O governo federal enviou ao Congresso o projeto de lei que estabelece as diretrizes orçamentárias para 2026. O texto já sinaliza um aumento de quase 7,5% no salário mínimo, que deve passar de R$ 1.518 para R$ 1.630. O projeto também prevê reajustes para os anos seguintes: R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.925 em 2029.
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NotíciasTranscrição
00:00Vamos ao primeiro tema, o primeiro assunto polêmico.
00:03O governo federal enviou ao Congresso
00:07o projeto de lei que fixa as diretrizes orçamentárias de 2026.
00:14Nessas diretrizes orçamentárias,
00:17já se sinaliza um aumento de quase 7,5% no salário mínimo.
00:23O que é bom.
00:24O piso nacional deve passar de R$ 1.518
00:28para, ainda é pouco, R$ 1.630 no próximo ano.
00:35Lembrando que cada oscilação do salário mínimo
00:37influencia na dívida da Previdência.
00:39O projeto também prevê salário mínimo para 2027 de R$ 1.724.
00:46Para 2028, R$ 1.823.
00:50E para 2029, R$ 1.925.
00:54De acordo com o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros
01:00da Receita Federal, Claudemir Malaquias,
01:04o governo federal precisará de um esforço adicional
01:08de R$ 118 bilhões em receitas
01:13para conseguir fechar as contas públicas em 2026.
01:17Alguém tem que pagar essa conta?
01:20Mas, de acordo com Malaquias,
01:22essa arrecadação não envolve um aumento da carga tributária,
01:26nem precisa de criação de novos impostos.
01:29ela é necessária para atingir a meta do superávit primário
01:33previsto na LDO.
01:36Meu querido Leandro Ferreira,
01:40não estou entendendo.
01:42É a famosa música do Lobão.
01:45Não estou entendendo.
01:46Como é que você cria um aumento de despesas
01:50de R$ 118 bilhões
01:52e não precisa criar novos impostos?
01:56Por quê?
01:57Os que já estão sendo criados a mais
02:00já espremeram o suficiente
02:03para fazer frente a esses benefícios?
02:06Todo mundo quer dar boa notícia,
02:08ô Leandro.
02:09Mas é claro que alguém tem que pagar o boleto.
02:12Como é que nós ficamos,
02:14você, que é um keynesiano,
02:17amante do déficit fiscal,
02:19como o Felipe Monteiro,
02:21tem que se endividar, Capês,
02:23tem que endividar e gastar,
02:24tem que gastar.
02:25Então eu pergunto a você,
02:27pode isso, Leandro?
02:30Capês, boa tarde.
02:32Eu estou aqui emocionado de estar nessa mesa com vocês.
02:36É um prazer estar aqui nessa semana.
02:38Hoje também você mandou um abraço, né?
02:39Eu quero também mandar um abraço aqui
02:41para todos os amigos,
02:43familiares e seguidores do
02:45Dom Angélico, né?
02:49Bernardino Sandalo,
02:49que faleceu,
02:51que era o bispo auxiliar de São Paulo,
02:55foi arcebispo de Santa Cade,
02:56em Blumenau, né?
02:57E era uma figura bastante proeminente,
02:59principalmente pela sua luta
03:01como cristão contra a ditadura, né?
03:03Então uma pessoa importante,
03:04especialmente na zona oeste de São Paulo,
03:06e agora está sendo a missa
03:07de corpo presente do Dom Angélico, né?
03:10Então é uma figura importante.
03:11Meu abraço para todos que se compadeceram,
03:13como eu, com o falecimento de Dom Angélico.
03:16A mesa pede licença
03:17para somar-se a você nessa homenagem.
03:19Obrigado, Capês.
03:20Mas a respeito dessa notícia, né?
03:23A primeira coisa bastante importante
03:25é que essa dificuldade de receita,
03:29ela está prevista para 2027.
03:31A LDO, que é a Lei de Diretrizes Orçamentárias,
03:34quando o governo envia,
03:35ela tem que fazer previsões
03:36não só para o ano seguinte,
03:39mas também para as projeções
03:41para os anos posteriores.
03:422027, 2028.
03:45E em 2027, de fato,
03:46há uma previsão de que falte
03:48esse recurso de 118 bilhões.
03:51Quando chegar lá no ano que vem,
03:52o governo vai precisar ter equacionado
03:55como fazer para garantir
03:57que esses recursos venham a ser pagos,
03:59porque são dívidas que o Estado já contraiu,
04:02especialmente precatórios.
04:04E por que que, de repente,
04:05isso vai parar para dentro
04:06da conta do governo?
04:07Porque, desde quando o Paulo Guedes
04:10desarranjou o pagamento de precatórios,
04:13foi preciso fazer um acerto
04:16com o Supremo Tribunal Federal
04:18para considerar que o pagamento de precatórios
04:20em 2023 até 2026
04:23ficasse de fora do cálculo
04:25do déficit primário,
04:27do resultado primário.
04:29E resultado primário
04:31não quer dizer
04:31que o governo não está pagando.
04:34O governo está pagando,
04:35mas isso não está contando
04:37como dívida, Capês.
04:38Não está sendo contabilizado
04:39como dívida
04:40para efeitos do exercício
04:41do orçamento.
04:42É um blá-blá-blá
04:43um pouco técnico,
04:44mas o fato é que
04:45vai esgotar o acordo
04:47do governo com o STF
04:48ao final de 2026
04:50e vai ser preciso
04:51ou chegar a um novo acordo
04:52ou, definitivamente,
04:54retirar os precatórios
04:55dessa conta,
04:56e o que é agravado
04:59pelas emendas.
05:00Porque desses 118
05:01tem cinquenta e tantos
05:02bicapês
05:03que são só
05:04emenda parlamentar.
05:06Então, nesse patamar aí,
05:08ou a gente resolve
05:09o precatório,
05:09que é aquele que,
05:10muitas vezes,
05:10é o precatório alimentar,
05:12que o cara tem direito
05:13de receber líquido certo
05:14que o governo deve para ele,
05:15tem que pagar,
05:16mas tem a emenda parlamentar
05:18que está passando na frente
05:19e acho que isso precisará
05:21estar equacionado
05:22até meados de 2026,
05:24que é quando o governo
05:25precisa enviar
05:25um novo projeto de lei
05:26esse relativamente
05:28ao ano de 2027.
05:30Meu querido
05:31Rodolfo Maris,
05:33teve um presidente
05:34de um grande clube
05:35nos anos 90
05:36que assumiu
05:37o seu mandato
05:38com esse clube
05:39completamente endividado.
05:41Sabe o que ele fez?
05:43Pegou o livro
05:43Balanço
05:44do clube,
05:46rasgou
05:47e falou,
05:47eu começo daqui.
05:48Fez uma lei,
05:48o que eu vou gastar
05:49eu vou no meu equilíbrio fiscal
05:50e daqui para frente.
05:51Eu nunca entendi
05:52esse raciocínio.
05:53O Leandro está certo,
05:54ele é professor de economia,
05:54ele traz aqui a ciência,
05:56ele traz a informação.
05:58Agora,
05:58eu não entendo
05:59esse negócio.
06:00Você tem uma coluna
06:01que é aquilo
06:02que você arrecada.
06:04Uma outra coluna
06:05que é aquilo
06:05que você gasta.
06:06Estamos falando
06:07de dinheiro público.
06:08Certo.
06:08E para você saber
06:09se você gastou
06:10mais do que você arrecadou
06:12é uma simples
06:13conta aritmética.
06:15Mas aí entra
06:15aquela magia,
06:17aquela fumaça,
06:19aquele biombo
06:20para impedir você
06:21de ver a realidade.
06:22Gastos com precatórios.
06:23Ah, não entra
06:24como despesa.
06:24Como não entra?
06:25Você não está gastando?
06:26Deveria entrar.
06:27Gastos com o judiciário.
06:28Estão discutindo
06:29para não entrar também.
06:30Como não?
06:30Você não está gastando?
06:32Gastos com serviço
06:32da dívida pública.
06:33Também não entram.
06:35Chama de orçamento primário.
06:36Então, eu pergunto a você.
06:38Tem que ter um orçamento só.
06:40Conta de padaria,
06:42meu amigo.
06:42O que você arrecadou
06:43e o que você gastou.
06:45Por isso que no Brasil
06:47a conta não fecha.
06:48Parece que a gente vive
06:48num mundo de Nárnia.
06:51Rodolfo Maris
06:52para essa tarde ficar feliz.
06:54Eu sabia que você ia fazer
06:56aí o seu sempre.
06:58A sua rima.
06:59Boa tarde, Capês.
07:00Boa tarde, meus amigos de bancada.
07:01Você que está nos assistindo em casa.
07:03O Capês colocou um panorama aqui
07:04de como o Brasil deveria ser.
07:08Nós temos as dívidas do precatório
07:10que não entram no orçamento
07:11que é um absurdo.
07:12E aí o Leandro aqui fala
07:13de uma forma...
07:14Eu concordo com o Leandro
07:15quando ele vem falar aqui
07:16das dívidas do Brasil
07:17sobretudo
07:18essas emendas parlamentares.
07:21Será que a solução do país
07:22para arrecadar mais
07:23é só acabar
07:23com essas emendas parlamentares?
07:25Ou de fato a gente tem
07:26um governo gastão
07:27e tem que gastar menos?
07:29Todas as vezes
07:30que é colocado em questão
07:31esse orçamento,
07:32a dívida feita pelo governo
07:34fica de fora.
07:36Não tem quem assuma a culpa
07:37de que nós temos sim
07:39um governo que arrecada
07:40e que gasta muito
07:41para fazer isso agora.
07:43Essa proposta do salário mínimo
07:46nada mais é, Capês,
07:49do que já uma campanha
07:51para 2026.
07:52Porque se tem uma coisa
07:53que o governo sabe,
07:54é onde aperta o calor do cidadão.
07:56E falar de um aumento
07:57do salário mínimo
07:58é como se a gente passasse
07:59uma borracha
08:00nas gôndolas do supermercado
08:02onde os alimentos
08:03estão nas alturas,
08:04onde o orçamento está,
08:07que acabou de ser voltado
08:08na verdade,
08:08um orçamento
08:09que a gente nem conseguiu
08:10de fato decifrá-lo,
08:12já que teve algumas propostas
08:13desse governo,
08:14como por exemplo
08:14o pé de meia
08:15que foi passado
08:16na Bahia das Almas
08:17sem que o orçamento fiscal
08:19tenha sido de fato estabelecido.
08:20E agora nós temos aqui
08:21um salário mínimo
08:22de R$ 1.630,00,
08:25que ainda assim
08:25é um valor pífio.
08:26É um tapa na cara
08:27da sociedade
08:28esse tipo de proposta,
08:29porque a economia
08:31vai de mal a pior,
08:33o nosso salário mínimo
08:35é vergonhoso
08:36e a inflação
08:37ainda é o grande
08:39calcanhar de Aquiles
08:40desse governo.
08:41É, e aumentar
08:42taxa, índice de emprego,
08:45diminuir,
08:45com o pessoal ganhando
08:46salário mínimo,
08:47desculpa,
08:47não é vantagem nenhuma.
08:49Perfeito.
08:49Agora,
08:50professora Luana Tavares,
08:52que é especialista
08:53em políticas públicas.
08:56Eu tenho a impressão,
08:56na área jurídica,
08:58nós da área jurídica
08:59usamos o juridiquês,
09:01que é muitas vezes
09:02uma técnica de argumentação
09:03para buscar o seu objetivo.
09:05Na economia,
09:06eles usam o economês.
09:08Então vem aqui
09:08o Leandro Ferreira,
09:10recita um monte
09:11de expressões complicadas,
09:13e aí eles começam,
09:14âncora fiscal,
09:16flutuação do câmbio,
09:21como é que chama
09:22quando você substituiu
09:24o teto de gastos,
09:26o novo...
09:27A meta fiscal,
09:29enfim.
09:29Bom,
09:30todas essas expressões,
09:32não sei,
09:32eu tenho impressão,
09:33que são para iludir o povo,
09:35porque tem que ser
09:35uma coisa simples.
09:37Quando você arrecadar,
09:38você gasta aquilo.
09:39Se não estiver,
09:40se estiver gastando mais
09:41do que você arrecada,
09:42então,
09:42para não asfixiar as empresas,
09:45prioriza.
09:46Não foi assim
09:46que o Milei fez,
09:47está dando certo na Argentina?
09:49Professora Luana Tavares,
09:51explica como funciona
09:52essa questão
09:53de políticas públicas
09:55para o nosso espectador,
09:57porque aqui a gente diz
09:58é debate,
09:59mas em cima da informação.
10:01Com certeza, Capês.
10:03Boa tarde para você,
10:04boa tarde para os nossos
10:05colegas aqui de bancada,
10:07você que está em casa
10:07nos acompanhando.
10:09Sem dúvida,
10:10é uma equação feita
10:11para não ser desvendada,
10:13para não ser resolvida
10:14por qualquer pessoa.
10:16Capês,
10:16tem uma posição
10:18que vem de encontro
10:20a isso que você traz,
10:21de tornar complicados
10:24os termos
10:24para que, no final,
10:25as pessoas nem entendam
10:26o que está sendo feito.
10:27A gente acaba puxando daqui,
10:29puxando dali,
10:30e fala sobre previdência,
10:32fala sobre BPC,
10:33fala sobre imposto de renda,
10:34tudo junto
10:35numa temática
10:36que é super técnica
10:37e complexa
10:38para quem é um cidadão
10:39e quer saber só
10:40se o dinheiro
10:41que ele está pagando
10:41de imposto,
10:42que soma aí
10:43mais de 40%
10:44do seu salário,
10:45está realmente voltando
10:46em benefícios para ele.
10:47Sem dúvida,
10:48poderia ser muito mais claro.
10:50E eu queria chamar
10:50a atenção, Capês,
10:52para uma questão
10:53que foi o timing
10:54de aprovação
10:55desse projeto.
10:56A gente está em abril,
10:58pasmem,
10:59abril,
11:00e a gente só vai começar
11:01essa semana,
11:02e ainda foi bem esvaziada
11:03essa semana no Congresso,
11:04vai começar essa semana
11:05a discutir propostas.
11:08E a primeira proposta
11:08que vem para a mesa,
11:09qual que é?
11:10Não é a melhoria
11:12da educação,
11:13não é a melhoria
11:13da saúde,
11:14não é a melhoria
11:14da segurança pública,
11:15de tantos problemas
11:16que a gente tem
11:17no nosso país.
11:17São questões políticas
11:19que vêm sendo empurradas
11:21desde o ano passado.
11:22Então, sim, Capês,
11:24o economês
11:25e a forma como a gente
11:27construiu o orçamento público,
11:29ele traz, sim,
11:30uma dificuldade
11:31para quem está acompanhando,
11:32até para economistas
11:33que estão acompanhando,
11:34isso tem que ser sempre
11:35revisto, revisado,
11:37refeito essas contas,
11:38porque elas são feitas
11:39para que a gente não entenda.
11:41E um outro ponto
11:41também importante
11:42é que,
11:43dado que o governo
11:44mandou um projeto
11:45que tem essa previsão
11:46de déficit,
11:47começa a se pensar
11:48de onde que vai sair
11:49esse dinheiro.
11:50E hoje mesmo
11:51já foi anunciado
11:52pelo governo
11:53uma medida
11:53de revisar,
11:55fazer um filtro,
11:56um pente fino
11:57no BPC,
11:58que é o benefício
11:59de prestação continuada,
12:01ao qual
12:02uma parte da população
12:03que recebe
12:04menos do que
12:05o salário mínimo
12:06tem direito.
12:07É um pente fino,
12:08Capês,
12:08para tirar ali
12:09irregularidades.
12:10Você imagina
12:10se no BPC
12:12e a gente tem
12:12uma condição
12:13de passar
12:13o pente fino.
12:14Imagine se a gente
12:15aplicasse essa lógica
12:16de realmente
12:17só gastar
12:18o que é necessário
12:19em todos os projetos.
12:20Pois é,
12:21é isso aí.
12:22As coisas são complicadas
12:23para as pessoas
12:24não entenderem.
12:25Essa é a verdade.
12:27Mas,
12:27meu querido
12:28Ricardo Rouss,
12:29você que temos aqui
12:30especialista
12:30em gestão pública
12:31também.
12:33As projeções
12:34da lei
12:35de diretrizes
12:36orçamentárias,
12:37Rouss,
12:38já indicam
12:39possivelmente
12:40que vai faltar
12:42verba
12:42no orçamento,
12:44claro,
12:44em algum lugar
12:44falta,
12:45para cumprir
12:46os pisos,
12:48que é a
12:49obrigatoriedade,
12:50a verba
12:50obrigatória
12:51de gastos mínimos
12:53na saúde
12:54e na educação
12:55em 2027,
12:57chamada verba
12:57carimbada.
12:59No primeiro ano
13:00de gestão
13:01do próximo
13:02presidente
13:03da república,
13:042027-T,
13:05o governo
13:06teria
13:07122 bilhões
13:09de reais
13:09para despesas
13:11não obrigatórias.
13:13Desse valor,
13:1556 bilhões
13:16é um valor
13:17sagrado.
13:18Isso aí é
13:18emenda parlamentar,
13:20emenda de dinheiro
13:20de deputado,
13:21não mexe na grana
13:22dos deputados,
13:23né?
13:23E o restante
13:24vai ser insuficiente
13:26para cumprir
13:28a obrigação
13:29de aplicar
13:30o mínimo
13:30constitucional
13:32na área
13:32da saúde
13:33e da educação.
13:34O secretário
13:35de orçamento
13:36federal,
13:37Cleiton Montes,
13:38afirmou que o valor
13:39disponível
13:40não comporta
13:41todas as necessidades
13:43do poder
13:44executivo.
13:46Ricardo Rous,
13:46você que é especialista
13:47em gestão pública,
13:49explica para mim.
13:50Se nós estamos
13:51com o recorde
13:52de arrecadação,
13:53nunca o leão
13:54ficou tão
13:55ensalivado
13:56e abocanhou
13:58com tanta
13:58ferocidade
13:59o bolso
14:00do contribuinte?
14:02Como é que está
14:02faltando dinheiro
14:03para a saúde
14:04e para a educação?
14:05Não agora,
14:06para o próximo governo
14:08depois das eleições,
14:09depois que o povo
14:09votar,
14:10que ele vai descobrir
14:11que vai faltar dinheiro
14:12para a saúde
14:13e para a educação.
14:14Explica para nós,
14:15não tem prioridade
14:16de gastos aqui?
14:17Boa tarde,
14:18Capês,
14:19meu amigo,
14:19os meus colegas
14:20aqui de bancada,
14:21toda audiência
14:21da Jovem Punk
14:22no Brasil e no mundo.
14:23Capês,
14:24você falou tudo,
14:24não tem prioridade.
14:26Porque nós lemos,
14:27você leu definitivamente
14:28aí na matéria,
14:2956 bilhões
14:30para emendas parlamentares.
14:32E eu,
14:32que gosto de política,
14:33que acompanho política,
14:34me lembro que na campanha eleitoral,
14:36o atual presidente Lula,
14:38ele prometeu
14:39que não entraria
14:41nesse jogo
14:41das emendas parlamentares,
14:43inclusive apontando o dedo
14:44para o ex-presidente
14:45Jair Bolsonaro lá atrás.
14:47Isso no debate
14:48da campanha eleitoral.
14:49Nós já estamos discutindo
14:50a eleição de 2026,
14:52que vai ser no ano que vem,
14:53e nós estamos aí
14:54com a notícia
14:55de que os 56 bilhões
14:57de reais
14:58das emendas parlamentares
14:59estão sendo pagos,
15:00mais do que isso,
15:01inclusive esse ano,
15:02e provisionados aí
15:04na ideia de que
15:05nesse dinheiro
15:06a gente não mexe.
15:07Mas saúde e educação,
15:09as verbas carimbadas ali,
15:10não sabemos se vai dar.
15:12Realmente falta prioridade.
15:14Eu queria fazer
15:15só um pequeno adendo aqui
15:16na fala do meu querido amigo
15:17Leandro Ferreira aqui,
15:19quando ele disse
15:20que a falta
15:21dos 118 bilhões
15:22seriam apenas
15:23para 2027.
15:24Não é a informação
15:25que a gente tem direto
15:26da Receita Federal,
15:27inclusive também do UOL,
15:28do Estadão,
15:29de outros veículos.
15:29Essa falta de recurso,
15:31a necessidade
15:32de se aumentar
15:33a arrecadação
15:34em 118 bilhões
15:36de reais
15:37já é para 2026.
15:40Mas o pessoal
15:40está querendo dar
15:41aquela escorregada
15:42porque 26 tem eleição.
15:43Então muita coisa,
15:44muita informação boa
15:45tem que ser apresentada
15:46para que a pessoa,
15:48o cidadão brasileiro,
15:49o eleitor,
15:50não perceba
15:50esse buraco.
15:51Mas o rombo
15:52de 118,
15:53ou seja,
15:54prepare o bolso,
15:55vai ter mais
15:56arrecadação?
15:57Sim,
15:58o governo vai com vontade
15:59no bolso do trabalhador
16:01e não tem jeito.
16:02Quem diz isso
16:02não sou eu,
16:03a própria Receita Federal,
16:04o próprio Centro de Estudos
16:06Tributários e Aduaneiros
16:07da Receita Federal,
16:08que não quer dizer
16:09que haverá aumento
16:10de impostos,
16:12mas que ele vai dar
16:12um jeito de tentar
16:13aumentar de outros caminhos,
16:15tirando ali
16:16alguns incentivos fiscais,
16:18fiscalizando mais,
16:19colocando você
16:19na malha fina,
16:20sei lá,
16:20qualquer outra ideia
16:21que possa aparecer
16:22ao longo do caminho,
16:23porque afinal de contas
16:24são 118 bilhões
16:26que precisam aparecer
16:27a mais
16:27nos cofres públicos
16:29em 2026,
16:30ou seja,
16:30ano que vem,
16:31para que se feche
16:32as contas públicas.
16:33Já a LDO,
16:34que foi enviado
16:35o projeto agora,
16:36ainda é uma peça
16:37de ficção científica apenas.
16:38Vamos sair comemorando
16:39o aumento de salário mínimo,
16:40primeiro porque
16:41a realidade desse aumento
16:43só vem no final do ano,
16:44quando de fato
16:45se define
16:46a inflação real,
16:48que é
16:48um dos indicadores
16:50importantes
16:50para de fato
16:51ter ou não ter
16:52determinados aumentos
16:53no salário mínimo,
16:53e a gente ainda não sabe,
16:55isso é uma previsão,
16:56é uma ideia
16:57do que pode
16:58ou não acontecer,
16:59a realidade pode ser
17:00bem diferente.
17:01Meu querido
17:02Leandro Ferreira,
17:03eu aprendi
17:04com um dos maiores gestores,
17:06dos maiores administradores
17:07públicos do país,
17:09que é azedo
17:10que nem limão,
17:12que dá enjoo em São Rizal,
17:14que se entrar numa sala
17:15e cumprimentar 20 pessoas
17:16perde todos os votos,
17:17mas é o maior gestor
17:18que o Brasil já teve,
17:19que se chama José Serra,
17:21que é necessário
17:21ao gestor público
17:22saber dizer não,
17:24ele precisa saber
17:25priorizar,
17:26quem quer dizer sim
17:27para todo mundo,
17:29vai começar,
17:30chega num momento
17:31que na curva de lá,
17:32você não consegue
17:32arrecadar mais dinheiro,
17:33é tudo uma maravilha,
17:35todo mundo quer
17:36os benefícios,
17:37a emenda parlamentar
17:38à vontade,
17:39lei Rouanet à vontade,
17:40sala mínimo lá em cima,
17:42mas o judiciário
17:43pode gastar o que quer,
17:44os outros poderes também,
17:45está tudo,
17:46dizer sim para todo mundo
17:47encontra um limite,
17:49que é o limite
17:50orçamentário.
17:51Leandro Ferreira,
17:53a economia também
17:54não é a ciência
17:55de estabelecer prioridades,
17:57o próprio Keynes
17:59não diria,
18:00já que é para investir
18:01dinheiro público,
18:02vamos investir
18:03para criar obras
18:05de infraestrutura,
18:06vamos investir
18:07para que isso
18:08crie empregos,
18:10não simplesmente
18:10torrar dinheiro público,
18:12ou será que eu estou
18:13tão errado,
18:14meu querido competente
18:16e assistencialista
18:18professor de economia?
18:20Assistencialista
18:21de forma alguma,
18:22eu acho que a população
18:23tem direito,
18:24inclusive a renda,
18:26e ela tem que fazer jus
18:27de poder ter a sua liberdade
18:30através da renda garantida,
18:31eu particularmente
18:32sou defensor
18:33da renda básica universal,
18:35o direito de todo
18:35e qualquer pessoa
18:36receber pelo menos
18:37um pouco da riqueza
18:38do nosso país,
18:39então pegar o Bolsa Família
18:41e multiplicar
18:42por 3, 4
18:43e pagar benefícios
18:44para todo mundo,
18:45então dito isto,
18:47Capês,
18:48eu só te digo o seguinte,
18:49o José Serra
18:50é um dos maiores
18:52keynesianos desse país,
18:54o José Serra
18:55estava no cerne
18:56da formação
18:57do pensamento
18:58da escola da Unicamp,
18:59que é uma linha
19:00de pensamento econômico
19:02no Brasil
19:02muito bem estabelecida
19:03que defende
19:04a expansão
19:04dos gastos públicos,
19:05a diferença
19:06do José Serra
19:07em relação a outros
19:08é que ele
19:08tinha uma
19:10inclinação
19:12muito grande
19:13para que
19:14o planejamento
19:15fosse feito
19:16de forma
19:16ainda mais centralizada,
19:18ele achava
19:19que um grupo
19:20de tecnocratas
19:21tinham capacidade
19:22de decidir
19:23com base,
19:23obviamente,
19:24nos limites orçamentários,
19:25mas também
19:26em métodos
19:27de gestão
19:27onde o dinheiro
19:29deve ir,
19:29enquanto que
19:30outra parte
19:31também keynesiana
19:32acha que a população
19:34por meios
19:34como o do orçamento
19:35participativo
19:36deve ser consultada
19:37a opinar
19:38nos processos
19:40orçamentários,
19:41então que bom
19:41que você citou
19:42o José Serra,
19:43considero um professor
19:44até pela quantidade
19:45enorme de textos
19:46que eu já li
19:47do José Serra
19:49a respeito desses temas.
19:50O Serra realmente
19:51é muito bom
19:52e ele dizia o seguinte,
19:53Leandro,
19:54ele era um keynesiano,
19:55mas ele dizia,
19:56me agrada,
19:57diz pra mim isso,
19:58verba de investimento,
20:00eu tenho medo
20:01de gastar excessivamente
20:03em verba de custeio,
20:05custeio vai
20:06e não volta,
20:07o investimento fica
20:08e gera empregos.
20:09Daí você vê
20:10que São Paulo
20:11pode dizer o que for,
20:12mas o Estado de São Paulo
20:13é um dos Estados
20:13mais bem administrados
20:14nos últimos 20 anos.