O Brasil é um dos 10 mercados prioritários da GSK. Em 2023, a farmacêutica cresceu 18% e movimentou R$ 1,64 a cada R$ 1 investido, segundo Patrick Eckert, presidente da GSK Brasil. Parcerias com o SUS, avanços em HIV, oncologia e vacinas impulsionam o impacto econômico e social da empresa no país.
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NotíciasTranscrição
00:00Para cada real gasto na operação da indústria farmacêutica GSK,
00:04é movimentado R$ 1,64 na economia.
00:08O índice de alavancagem econômica é resultado de um estudo de avaliação
00:12e levantamento de indicadores do impacto econômico da GSK Brasil
00:16no estado do Rio de Janeiro, em setembro de 2023.
00:20A GSK tem o Brasil como um dos dez mercados prioritários.
00:24Sobre esse assunto, eu recebo aqui no estúdio o Patrick Eckert,
00:28presidente da GSK Brasil.
00:30Tudo bem, Patrick? Boa tarde.
00:31Boa tarde, Fábio. Tudo bem?
00:33Tudo, Jóio. Obrigado pela sua visita aqui ao nosso estúdio,
00:35pela sua presença e disponibilidade em falar com a gente aqui.
00:39Patrick, para começar, a GSK tem o Brasil como mercado prioritário,
00:44tem aumentado os investimentos no Brasil, inclusive com estudos,
00:48inclusive com colaboração com centros de excelência,
00:51para acelerar tratamentos em áreas importantes da saúde.
00:54Fala para a gente um pouco desse movimento da empresa
00:57e da importância social, inclusive, disso.
00:59Claro, Fábio.
01:00Olha, acho que a gente está em um momento muito bom.
01:03E eu falo isso porque acho que a saúde tomou ainda uma importância maior
01:07nesse governo, por um lado, e a gente é o parceiro multinacional
01:12de maior impacto dentro do Programa Nacional de Imunização, por exemplo.
01:16Sete de cada dez vacinas são da GSK, ou tem tecnologia da GSK.
01:22E a gente trabalha muito com parceria de desenvolvimento, ou seja,
01:27de transferência de tecnologia.
01:28PDP.
01:29PDP, exatamente.
01:31E isso ajuda também a desenvolver os parcelos locais.
01:34Então, a gente está em um momento importante,
01:36mas também com perspectivas muito importantes em como desenvolver ainda mais parcerias.
01:40A gente trabalha muito em áreas também como HIV e aí a gente também tem novidades chegando.
01:46A gente está pensando e a gente está parte dessa jornada de mais de 25 anos de parceria
01:51com o governo, onde tinha um coquetel de soluções que os pacientes tinham que tomar.
01:56Hoje em dia, com uma pílula ou dois, eles já têm uma solução para tratar o HIV.
02:01E a gente já está agora a caminho de um PREP, ou seja, tudo que é preventivo para o HIV.
02:07Então, só nessas duas áreas a gente se considera realmente um parceiro,
02:12eu diria que especial para o governo, mas também estamos no âmbito da oncologia,
02:16hematologia, com lançamentos a chegar, com produtos que a gente quer levar
02:20da mesma forma que a gente leva vacinas e tratamentos para HIV.
02:25E também toda a área respiratória, a gente quer levar isso para o SUS
02:28e para o maior número de pacientes possível no Brasil.
02:31Então, acho que estamos em um momento bom.
02:33O ano passado a gente fechou com 2,4 bi de faturamento, 18% de crescimento
02:40e a gente está esperando um ano também muito bom em 2025.
02:43E o que o Brasil oferece para o desenvolvimento do negócio de vocês
02:47que torna o país tão relevante?
02:50O primeiro ponto, talvez, essencial é pesquisa.
02:54A gente consegue fazer pesquisa de cada vez mais rápida.
02:57E quando eu falo de pesquisa, anteriormente a gente demorava muito mais tempo
03:02que outros países aprovar as pesquisas que a gente faz aqui.
03:07Hoje em dia, a gente consegue ser muito competitivo nesse âmbito.
03:11A gente tem uma população que representa várias faixas etárias, várias etnias.
03:17Então, isso faz com que a gente tenha um atrativo adicional.
03:20E hoje em dia, a gente compete para par com outros países para trazer essa pesquisa
03:24antes para o Brasil e, de alguma forma, isso também traz acesso a essas medicações antes
03:29e, de alguma forma, também ajuda que os próprios médicos sejam mais sensíveis a essas novas tecnologias.
03:35A própria existência do SUS, com toda a sua capilaridade, também favorece bastante esse trabalho?
03:41O SUS é um programa que não existe em nenhum outro país.
03:44Então, ele tem uma abrangência tão grande que a nossa ajuda, como afiliada, parte do grupo GSK,
03:51trazer essa atenção adicional a investimentos, por exemplo, e parcerias diferenciadas.
03:57Então, é um grande atributo que a gente tem que usar cada vez mais.
04:00A GSK trabalha também com incidência em questões regulatórias,
04:04que são importantes também para ampliar o acesso a medicamentos, a vacinas também no Brasil.
04:08Você citaria para a gente alguns pontos regulatórios que estão em andamento hoje,
04:13estão em discussão e que são importantes?
04:15As novas leis que estão ajudando realmente a trazer mais agilidade,
04:19na forma em como a gente consegue aprovar as coisas,
04:22esse diálogo aberto que hoje em dia existe com a Anvisa,
04:25ajuda que, em vez de esperar dois, três anos após os outros países,
04:29a gente consiga ter aprovações alguns meses depois dos Estados Unidos, por exemplo.
04:32Então, acho que isso realmente é um avanço incrível.
04:35E, por outro lado, acho que demonstra realmente o interesse das próprias agências
04:39a engajar um pouco mais a população.
04:42Por exemplo, em vacinas para adultos, que é uma coisa que a gente está lançando agora,
04:47tem uma conscientização ainda muito grande a ser feita.
04:50Infelizmente, para adultos de 50 a mais, a gente posterga essa necessidade de se vacinar para se proteger.
04:58Então, acho que ainda temos aí um caminho bastante importante a ser feito na parte da educação.
05:03Aproveitando que você citou os 50 a mais, em que medida essa mudança na pirâmide etária do Brasil,
05:09a longevidade maior, a presença de uma população proporcionalmente idosa maior,
05:15como é que isso bate nos negócios e no planejamento de novos produtos da indústria farmacêutica?
05:22Por um lado, é uma oportunidade única e, por outro, também preocupa em como a gente está se preparando.
05:27Viver mais, mas viver melhor.
05:29Como que a gente faz isso sem que realmente seja um cargo a mais para os sistemas públicos de saúde?
05:35Então, esse diálogo entre o governo, os pagadores e a indústria,
05:39ele tem que ser muito transparente, muito aberto,
05:42para que a gente tenha um planejamento melhor e que isso realmente aconteça na realidade
05:45e o mais rápido possível.
05:47Não posso deixar de te perguntar sobre o tarifácio que está dominando o noticiário.
05:53Em que medida essa imposição de tarifas pelos Estados Unidos e todos os efeitos subsequentes,
05:58em que medida isso mexe com o negócio da indústria farmacêutica também?
06:02Acho que, em geral, vai mexer como em todos os outros setores.
06:05Acho que ainda é muito cedo para ver e saber quanto que vai ser, como que vai ser.
06:09Acho que essas negociações ainda estão em curso,
06:11mas para o Brasil não vai nos afetar.
06:13Nesse sentido, a gente tem pouco a ver com o que acontece lá fora
06:17e, na verdade, a gente está até trazendo todas essas tecnologias para ser produzidas aqui no país.
06:22Então, vai ter uma independência maior no futuro.
06:24Então, acho que não vai ter um impacto grande aqui para o Brasil nem para a GCK.
06:28Você destacaria algum ponto da estratégia de crescimento de vocês no Brasil?
06:32Eu acho que a abrangência, a verdade, das diferentes áreas onde a gente atua,
06:37nos ajuda a realmente poder, de alguma forma, ter mais versatilidade
06:42e também um objetivo de ir cada vez ampliando mais o acesso e mais rápido.
06:47Está certo.
06:49Patrick Eckert, presidente da GSK Brasil,
06:51muito obrigado mais uma vez pela gentileza da visita,
06:53da presença aqui no nosso estúdio e bons negócios para vocês.
06:57Obrigado, Fábio.
06:58Obrigado.