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O advogado Marcello Rodante concedeu entrevista exclusiva ao Fast News. Ele analisou a publicação da revista britânica ‘The Economist’ que apontou que a realização da COP30 na cidade de Belém, no Pará, será um “caos”. Na matéria, é dito que a cidade é “esburacada, quente e com esgoto a céu aberto”. Eduardo Mauricio participa.

Assista ao programa completo:https://www.youtube.com/watch?v=v5VLEP1q8N4

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Transcrição
00:00Uma influente revista de economia do Reino Unido, a The Economist, publicou nesta semana uma reportagem com diversas críticas que a COP30 será realizada numa cidade esburacada e que tem tudo para ser um caos.
00:14Vamos falar sobre esse assunto com advogado especialista em política pública e meio ambiente, Marcelo Rodante.
00:21Muito boa tarde por participar aqui, agradeço já do Fast News e começo já te perguntando sobre essas críticas da reportagem que também destaca a falta de saneamento básico em Belém com cerca de 40% das casas sem esgoto.
00:36Boa tarde.
00:37Boa tarde.
00:38As críticas elas têm fundamento, são críticas importantes que a gente vem detectando em vários lugares,
00:45mas a gente também tem que ter atenção ao ponto de que o fato da COP ser no Brasil é um elemento importante.
00:52Acompanhando também o governo do estado do Pará, eu vejo ali bastante tentativa de investimento para a melhora dessas questões todas,
01:03mas a COP traz esses desafios, não tem jeito, a gente vai precisar lidar com vários desafios, com a questão do discurso,
01:10que muitas vezes é considerado contraditório, muitas visões diferentes sobre como deve ser ou deixa de ser,
01:15mas o fato é, nós temos a missão da COP, ela foi eleita para ocorrer no Brasil, no estado amazônico, no estado do Pará, na cidade de Belém,
01:26os investimentos eles vêm acontecendo e o fato de esses investimentos, essa infraestrutura vir acontecendo agora,
01:34tão próxima da COP, é um elemento de necessidade, dada a decisão que já foi tomada,
01:39vem ocorrendo e vem gerando essas discussões, tem na Avenida Liberdade,
01:43e você está ali investindo em infraestrutura e ao mesmo tempo sofrendo crítica por aplicar dinheiro em infraestrutura,
01:50porque ela gera também desmatamento de algumas áreas,
01:54então veja como isso é complexo e isso é tensionado com muitas formas de você ver.
02:00A questão é, será que o Brasil vai conseguir,
02:04e o próprio presidente da COP, o embaixador Corrêa do Lago,
02:11ele está tentando fazer o que ele pode com os elementos que ele tem,
02:14tentando trazer a questão da comunidade indígena para o centro do debate,
02:19o que é muito importante para que não haja uma exclusão,
02:22tentando trazer os investimentos que têm que ser feitos na cidade para receber o mundo todo,
02:26mas sim, nós temos sim dificuldades,
02:30a questão hoteleira está extremamente cara, extremamente inflacionada,
02:34a gente vai ter que ver esse dilema,
02:36a gente vai ter que chegar lá no final do ano, em novembro, na COP,
02:40e conseguir ter um posicionamento para o mundo,
02:43que seja um posicionamento não tão contraditório,
02:46mas essas contradições existem, elas vão ter que ser de alguma maneira trabalhadas,
02:51é uma missão, é muito difícil,
02:53mas a gente tem que ser esperançoso, otimista,
02:55que o Brasil vai conseguir ter um bom protagonista nessa COP,
02:58vai fazer ali acordos, vai conseguir trazer acordos importantes,
03:02na pré-COP que vai ter outubro em Brasília,
03:04a gente precisa trazer o mundo para esses temas,
03:07é uma missão que está dada, é uma missão que tem que ser cumprida.
03:09Muito bem, o Eduardo tem uma pergunta.
03:12Boa tarde, eu gostaria de saber, na sua opinião,
03:16qual é o principal ato a ser tomado para o Brasil,
03:20de fato, melhorar a emissão de gases poluentes nesse sentido?
03:26Em relação ao Brasil, essa resposta não é tão difícil de ser dada.
03:31A gente tem ali no nosso mapeamento, no nosso inventário nacional,
03:34de muitos anos, a maior parte das nossas emissões,
03:38elas decorrem das questões de desmatamento,
03:41da questão das queimadas, da degradação florestal,
03:44e isso corresponde lá a quase 50% das nossas emissões.
03:48Aí você tem uma parcela também muito importante disso,
03:51de uso do solo, que vem da agricultura,
03:53com desmatamento para produção de alimentos,
03:55mas isso também é algo muito importante,
03:57porque a gente tem que ter uma segurança alimentar,
03:59a gente vive como um país, assim, dessa exploração de agricultura,
04:03mas o fato é, ela é fundamental,
04:06não tem como não acontecer essa nossa produção de agricultura,
04:09mas ela é um fator de emissão que tem que ser contabilizado,
04:13e por isso essa questão de um agronegócio mais sustentável
04:16e tecnologias cada vez mais bem desenvolvidas.
04:19E existe a questão também da produção,
04:21da nossa produção normal, das empresas que são também emissores,
04:25e aí o Brasil teve, no final de 2014, de 2024, perdão,
04:29a lei que estabeleceu o mercado regulado para ser trabalhada.
04:33Então, no Brasil, a nossa matriz,
04:34ela é predominantemente energética,
04:37ela é predominantemente limpa,
04:39a gente tem uma boa matriz energética,
04:41porém a questão do desmatamento no Brasil é um tema muito sério,
04:45a gente precisa investir em comando e controle,
04:47a gente precisa de conscientização,
04:48precisa de política pública para que esses fatores,
04:53emissores do Brasil, sejam contornados.
04:55Agora, para o mundo, a gente tem a questão da matriz fóssil,
04:58a questão do petróleo, enfim, do carvão,
05:01são esses temas muito mais sensíveis
05:03que precisam ser trabalhados em temas globais.
05:06Recentemente, lá em Londres também, nessa semana,
05:09a gente teve ali a questão da organização marítima internacional
05:13determinando ali uma questão de taxação
05:16sobre os combustíveis, sobre as emissões,
05:19de toda a questão dos navios, das frotas marítimas,
05:22que vem gerando muita discussão.
05:24O Brasil se posicionou contrariamente,
05:26o que traz essa ideia de contradição,
05:28mas em compensação, se você fizer ali uma taxação,
05:32uma questão marítima, você gera impactos na economia,
05:35e um país que depende de muito da exportação da economia pode sofrer.
05:40Veja, é sempre uma questão de cobertor curto.
05:42Você aperta de um lado, você atrapalha no outro,
05:45é muito delicado e a gente precisa lidar.
05:47Por quê?
05:48Porque as emissões têm que diminuir globalmente falando,
05:51senão os problemas do aquecimento global,
05:53eles vão seguir aumentando.
05:55Mas toda decisão gera impacto econômico,
05:57toda decisão gera a ofensa a algum tipo de interesse,
06:02de algum setor que fica sempre buscando,
06:06nesse stick puxa, uma solução.
06:09E Marcelo, são vários pontos, né?
06:11Se a gente pudesse ficaria aqui horas conversando,
06:13só para a gente finalizar, gostaria que você falasse também
06:16das questões das mudanças climáticas,
06:18mas o ponto de inflexão, 1,5 graus Celsius,
06:23essa questão do aquecimento global é um ponto muito importante
06:26que deve ser abordado e políticas públicas precisam ser apresentadas
06:30para que a gente consiga frear essa situação caótica.
06:35Há muito tempo, já existe, há décadas, já existe esse consenso
06:38de que a gente não pode, enquanto globo,
06:42ultrapassar 1,5 graus Celsius em relação à era pré-industrial.
06:46Em 2024, ao que os estudos e pesquisas demonstram,
06:50esse ponto já foi atingido e deve se manter, né?
06:54Esse 1,5 e crescendo.
06:56E isso vai gerando, atingir 1,5 em termos de temperatura global,
07:02vão gerando aqueles pontos de inflexão
07:04com efeitos em cascatas que vão aumentando
07:06e vão tornando cada vez mais difícil controlar
07:09esses extremos climáticos.
07:11Então, essa questão do 1,5, ela é central em toda essa discussão.
07:15Toda essa discussão do Acordo de Paris
07:16e todos esses esforços que são feitos para a descarbonização dos setores,
07:20essas questões de preservação ambiental, das florestas,
07:24tudo isso gira em torno dessa ideia
07:26de que o planeta não pode continuar aquecendo.
07:30A questão do efeito em cascata
07:35para as extremidades climáticas, ela é muito sensível.
07:38Então, a gente precisa fazer a remoção, o sequestro
07:41desses gases de efeito estufa.
07:44A gente precisa parar de produzir tanto gás de efeito estufa.
07:48E, desse ponto central,
07:50no DAL, é que vem todas as políticas públicas
07:53para tentar fazer essa contenção.
07:54Mas, como eu disse,
07:56todos esses atos de mitigação, de transição energética e ecológica,
08:00eles têm que lidar com setores
08:01que estão sempre ali buscando a maximização dos seus lucros,
08:05dos seus próprios interesses,
08:06gerando sempre uma tensão muito grande.
08:09É difícil você tomar medidas efetivas, ações,
08:13implementar ações que vão para além daquelas discussões
08:16dos palcos internacionais,
08:19das decisões do próprio Brasil.
08:20O Brasil é ótimo no discurso,
08:21mas em ações concretas ele sempre fica devendo.
08:24Então, o mundo está se reunindo nessa cúpula
08:26para falar, ok, tomamos várias decisões,
08:28tem o Acordo de Paris, tem várias normas,
08:31vários consensos,
08:32como que a gente bota isso em prática?
08:34Como é que a gente implementa?
08:35Essa é a bola da vez.
08:36A implementação do que já foi decidido.
08:38Muito bem, nós conversamos com advogado,
08:40especialista em política pública e meio ambiente,
08:42Marcelo Rodante.
08:44Muito obrigada pela sua participação aqui no Fast News.
08:46Eu que agradeço.
08:47Ótima tarde a todos.
08:48Tchau.
08:48Tchau.
08:49Tchau.
08:50Tchau.
08:50Tchau.
08:50Tchau.

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