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00:00Bom, então nós vamos fazer uma técnica agora muito interessante, eu quero chamar a nossa amiga aqui, palmas para ela.
00:18Eu vou fazer agora a cura de fobias, tá? E depois, quem são as outras pessoas que têm fobia na sala? Levanta a mão.
00:24Fica com a mão levantada. Levanta a mão. Fica com a mão levantada. O que vocês vão fazer? Depois que eu demonstrar a cura de fobias, eu vou pedir de novo para elas levantarem a mão e vocês vão fazer grupos ao redor dessas pessoas e já que temos várias pessoas com alguma coisa assim, alguém vai conduzir e os outros vão observar, tá?
00:44Então, é interessante principalmente trabalhar com essas pessoas que têm uma fobia, ou então praticar mesmo, quando às vezes não tem muitas pessoas com fobia, eu peço para praticar a técnica de qualquer forma,
00:54porque é uma técnica clássica da PNL, é uma técnica daquelas que, enfim, todo mundo tem que aprender, né? Porque faz parte de você estudar a PNL, aprender a técnica da cura de fobia foi uma das coisas que fez a PNL ser famosa e conhecida no mundo inteiro,
01:09desde os anos 70, desde os anos 70, essa técnica, mas depois eu vou falar do porquê dela. Bom, então nesse momento eu vou pedir para a nossa amiga aqui, para a Eva, compartilhar com a gente qual é a fobia que você tinha?
01:23Eu chamo de Bira, é lagarta, é uma espécie de centopeia, é uns bichinhos comprididos, bichinhos comprididos, e eu não sei, assim, eu penso que a minha mãe passou, a minha mãe tinha temor desses bichos,
01:50é taturana, lagarta, enfim, né? Esse tipo de, essas espécies aí. E as mulheres, nós somos insete mulheres, todas têm, todas têm, os homens não.
02:05Aí eu até brinquei antes, que de repente eles têm algo parecido com as lagartas, né?
02:11Ela perguntou se era inveja do pênis.
02:16E aí depois eu falo que ela vem de inveja do pênis, sei lá.
02:21Não, com certeza isso não é genético, não é nada disso.
02:25Tem mais cara de aprendizagem mesmo, né?
02:27Porque nós comunicamos para os nossos filhos e tal, uma série de outras coisas assim.
02:34Desde quando você se pega com fobia?
02:37Como é que você sabe que isso é uma fobia?
02:39Hoje eu até consigo lidar um pouco melhor do que outrora, usando enfrentamento.
02:48Mas antigamente quando eu...
02:49Mas ainda incomoda, né?
02:50Incomoda, é desconfortável.
02:52Imagina, eu vou enfrentar essa lagarta!
02:59Principalmente assim, quando elas são listadas.
03:03Se elas são listadas é pior, a fobia é mais fobia.
03:07Gente, isso é submodalidade.
03:09É uma brincadeira, mas é sério.
03:11É submodalidade.
03:12E se são listradas, né?
03:15O medo é maior.
03:16De alguma forma ela conectou listas com submodalidades.
03:20Eu já sei, se eu quiser botar medo em você, eu vou botar umas listas assim.
03:23E tipo assim, ó.
03:25Tem umas que vão nos pés de coqueiro e elas têm lista...
03:29Conhece?
03:32Elas têm lista preta e verde.
03:35Verde.
03:36É.
03:36Tem mais gente que conhece.
03:39E elas são bem compridas, assim, meio grossas.
03:42Mais ou menos.
03:43Ah.
03:44E desde que idade você se pega com medo disso?
03:48Desde que eu percebi que aqueles bichos andavam e tem vários pezinhos.
03:51Contudo, qual a experiência que você teve, assim, da fobia?
03:59Alguma já caiu em cima de você?
04:01Você já pegou?
04:01Eu tive uma faxineira e ela botou as roupas de cama na janela e caiu.
04:06Justamente caiu meu travesseiro.
04:09Quando eu olho aquela coisa do meu lado, marrom, grossa...
04:13Você tinha quantos anos?
04:24Não, isso faz poucos anos, faz uns 5 anos, eu acho.
04:29Eu só joguei o travesseiro longe e depois eu eliminei o travesseiro porque eu não consegui,
04:33mas nem, sabe, me dava um arrepio quando eu lembrava.
04:37E até hoje eu lembro.
04:38Quando eu lembro, eu acho.
04:40Mas, assim, qual a experiência mais antiga que você tem de ter experimentado sentir essa fobia?
04:47Mais antiga?
04:48Ou a primeira ou uma das mais antigas.
04:50Eu sou filha de colonos, tá?
04:52E meu pai plantava fumo.
04:54E no fumo, não sei se alguém conhece fumo, tem uns bichos verdes compridos.
04:59Cuidado com essa pergunta aqui, porque...
05:04Tem uns bichos...
05:05Tá vendo os risos prolongados?
05:08Eu pronuncio sério.
05:09Tem uns bichos verdes.
05:12E, assim, quando eu tinha que me deparar, né, de ficar trabalhando desde pequenininho,
05:18eu trabalhava com fumo também, ajudando meu pai.
05:20Com que idade?
05:21Ah, 6 anos.
05:226 anos.
05:24E daí, quando eu via que tinha aquele bicho na folha de fumo...
05:28Ai, eu não gosto nem de lembrar.
05:31É.
05:31Que eu lembro, assim, de 6 anos pra ir.
05:34Isso é o mais antigo que você lembra, assim, de já ter se deparado.
05:37Talvez antes, vendo a mãe.
05:39A minha mãe era...
05:41Ela gritava, ela saía de perto.
05:43Quando ela via.
05:44Eu ainda, né, devido a meu pai ser muito repressora, eu tinha que enfrentar.
05:48Às vezes, até chorando, eu tinha que enfrentar.
05:52O que você chama de enfrentar?
05:54Sei lá.
05:54Jogar o bicho pro chão, pisar em cima.
05:58Chorando.
05:59Ou, sei lá, empurrar pra baixo da banca, onde a gente trabalhava com fumo, né.
06:04Você tem várias memórias, mas qual a memória que você tem de você ter experimentado em você
06:10uma reação de fobia mais antiga que você tiver?
06:14Onde você estava diante do bicho e aquilo te gerou uma sensação de fobia.
06:22Porque uma coisa assim, ah, desde criança eu tenho muitas experiências, tá.
06:26Mas qual é a mais antiga que você lembra?
06:29Não precisa trazer necessariamente a primeira, mas o que você lembra que é mais...
06:32Foi aprendido com a minha mãe, de ver a minha mãe gritar, da mãe sair de perto, correndo.
06:38Então ela tinha uma reação...
06:40Desespero dela, desespero da minha mãe.
06:42Quer dizer, na verdade, isso chama-se aprendizagem, né.
06:45Quer dizer, ela entrou em pânico de ver a mãe se desestruturar e acabou associando ao bicho.
06:52A mãe tinha medo logo.
06:53Meu Deus, a minha mãe acredito que era até maior.
06:59Medo.
07:00E você tinha quantos anos quando você viu essa reação desproporcional dela?
07:03E aí eu acredito que antes dos seis anos.
07:06Desde que eu...
07:07Três aninhos por aí.
07:09Mas você tem uma memória, por exemplo, de vê-la ter essa reação e ter visto o bicho ali perto?
07:15Sim, dela gritar e largar o que tinha.
07:18Se ela fosse pegar uma planta que tivesse, ela largava e deixava.
07:23E ela não enfrentava.
07:24E você, como é que era você diante disso?
07:28Você também ficava com medo quando via naquela...
07:31Nessa época, quando ela gritava e saía, isso gerava um temor, um pânico em relação ao bicho?
07:36Sim, porque...
07:37O que eu tô fazendo nessa pergunta?
07:39Eu tô tentando determinar como é que começou nela.
07:42Porque o fato dela ter visto na mãe não quer dizer que ali ela teve uma fobia.
07:46Nós temos que buscar uma memória nela, onde ela teve uma reação de fobia.
07:52Ai, André, eu não tô conseguindo lembrar.
07:55Vamos achar uma.
07:55Não precisa ser...
07:56Vamos achar uma onde você lembra que você...
08:00Você, Eva, ao ver o bicho, teve uma reação de fobia.
08:06Eu acredito que na roça de fumo.
08:08Tá.
08:08Porque tem bastante.
08:10Daí a gente ia trabalhar na roça e...
08:13Quando tu via, às vezes tava na roupa.
08:15Uhum.
08:17E você tinha quantos anos?
08:19Ah, na adolescência, daí já.
08:20Aham.
08:21Eu acredito.
08:21Tá.
08:22Aí você tem uma memória de ver que já tava na sua roupa...
08:25Eu tirava a roupa.
08:26E aí você sentia aquela fobia, aquela coisa.
08:29De dar pra tirar.
08:30Aham.
08:31Você tem uma memória específica de um dia que isso aconteceu, que foi bem forte, bem característico da fobia mesmo?
08:36Na roça de fumo.
08:38Mas você tem uma memória, tipo, você se avoca hoje essa memória hoje na sua cabeça?
08:42Lembra que você não lembra de todos os detalhes, mas você lembra da experiência de um dia específico?
08:47Traz uma memória do que você tem, de uma coisa que você sabe que aconteceu.
08:57Eu acho que desbrotando o fumo.
08:59Tirando o desbroto do fumo e...
09:01Olha pra cima, não é invertida não, né?
09:03Naquele negócio dos sistemas representacionais, não é o contrário de você não.
09:06Então olha aqui pro alto e pra esquerda e traz essa memória.
09:10Uma memória que seja bem característica que você tenha, onde você teve essa reação.
09:20Não consigo, André.
09:25Você não falou que com 12 anos você chegou a tirar a roupa e tal?
09:28Sim.
09:29Então.
09:30Foram tantas vezes e eu acredito que...
09:32Mas traz uma.
09:33Traz uma.
09:34Não precisa...
09:35Eu não quero aprender.
09:36Eu quero uma mais antiga.
09:38Que você lembre.
09:39Então lá no balcão do fumo...
09:42Tá.
09:43É...
09:43Que às vezes a gente percebia ela na roupa.
09:46Tá.
09:46Então você tem uma memória de um dia, tava tudo bem, de repente você se deu conta...
09:50Ah!
09:51Daí gritava e batia e...
09:54Ah.
09:54E sei lá.
09:55E aí você ficava assustada, tinha aquela reação de fobia e depois passava.
10:00Passava.
10:00Passava o que eu digo é...
10:01Passava, mas...
10:01Você voltava pra sua vida.
10:02Mas tudo que era bicho que tinha ali, parecia que eles iam aparecer pra mim daí.
10:06Era pra mim que vinha pra...
10:08Pra quem...
10:09Tá.
10:10Que eles vinham se mostrar.
10:11O que você acha que essa parte que gera essa fobia tá tentando fazer por você?
10:17Na hora que essa parte gera essa reação, o que você acha que lá no
10:21fundo ela tá tentando fazer por você através dessa reação?
10:24De repente me proteger.
10:26Ok.
10:27Senso de proteção.
10:29E proteger é uma coisa importante, né?
10:31Estar protegida.
10:32Sim.
10:32Isso é uma coisa importante.
10:33Aham.
10:34Não, mas eu fico me perguntando de quantas formas a gente pode se proteger sem que necessariamente
10:38tenha que ter uma reação de fobia.
10:40Sim.
10:41Né?
10:41Então nós vamos agora fazer uma técnica que é...
10:44Vamos ver se acontece alguma coisa diferente com você a partir de agora.
10:48Então nós vamos trabalhar com a imaginação.
10:49Eu vou pedir que você relaxe.
10:51E que você se imagine, nesse momento, entrando numa grande sala de cinema.
10:56Então imagina, assim, do jeito que você quiser.
10:57Você tá entrando numa grande sala de cinema.
11:00E nessa grande sala de cinema, você pode abrir os olhos, fechar os olhos, o que você quiser.
11:05Tá?
11:05Eu quero que você faça o que for mais confortável.
11:07Pode abrir, depois fechar, fechar, depois abrir.
11:09Sim, eu prefiro fechar.
11:10Como você quiser.
11:10Eu consigo acessar melhor.
11:11Então imagina que você tá numa grande sala de cinema.
11:15E você se posiciona de uma certa forma nessa sala de cinema.
11:20Que toda a tela fica diante do seu campo visual.
11:25Você vê toda a tela mental diante do seu alcance visual.
11:35Você tá bem no centro.
11:37Uhum.
11:37E toda a tela nessa sala de cinema tá no seu campo visual.
11:43Ele pode ser quadrado, né?
11:44Pode, pode, pode, pode.
11:46Você tá numa sala de cinema.
11:49Então vamos ter em mente essa experiência que você teve lá no balcão que você falou, né?
11:55Você tinha quantos anos?
11:56Seis anos.
11:57Seis anos.
11:58Então vamos imaginar o seguinte.
12:00Antes de você ter visto o...
12:03Como é que era o nome do serzinho?
12:07É Mandaru Vá.
12:08É o nome daquele bicho.
12:09Tá.
12:09Então vamos imaginar que antes desse serzinho ter aparecido na sua roupa, tava tudo bem antes, né?
12:20Então faz uma foto mental em preto e branco.
12:24E coloca no lado esquerdo da sua tela mental.
12:27Antes de ter acontecido a história.
12:30Você tava bem?
12:30Tava lá?
12:31Vivendo a sua vida.
12:32Bem.
12:33Tá?
12:35Deixa essa foto aparecer lá no lado esquerdo.
12:39Apaga ela.
12:43Depois que a coisa acabou, por mais que tenha ficado lá um registro, você voltou pra sua vida, né?
12:50Você foi lá fazer outras coisas.
12:53O foco foi pra outra coisa e tal.
12:55Ficou tudo bem depois.
12:56Bem no sentido de que você voltou pra sua vida.
12:58Sim.
12:58Então eu quero que você crie uma foto em preto e branco logo depois que a coisa acabou e passou e você voltou pra sua vida.
13:05No lado direito.
13:06Uhum.
13:07Uma foto em preto e branco.
13:09Apaga.
13:13De novo você coloca aquela do lado esquerdo, onde tá tudo bem antes.
13:17Uhum.
13:18Isso.
13:20Olha lá.
13:21Foto em preto e branco.
13:22Tudo bem antes.
13:23Uhum.
13:24Apaga.
13:25Depois tudo bem depois.
13:27Puxa.
13:29Olha lá.
13:30Que é o que fica na verdade.
13:33Apaga.
13:34Agora ao mesmo tempo.
13:36Tudo bem antes e depois.
13:40Você tá vendo ao mesmo tempo agora as duas.
13:42Elas aparecem no lado esquerdo e direito.
13:44Tudo bem antes.
13:45Tudo bem depois.
13:46Que é o registro que fica.
13:49Apaga.
13:50Tudo bem antes e depois.
13:52Apaga.
13:53Tudo bem antes e depois.
13:57Apaga.
13:57Tudo bem antes e depois.
14:02Apaga.
14:04Tudo bem antes e depois.
14:05Agora nós vamos fazer o seguinte.
14:07Você vai se imaginar que da cadeira onde você tá.
14:10Uma parte sua sai de dentro do seu corpo.
14:13Enquanto seu corpo fica lá sentado na cadeira.
14:15E aí essa parte que sai de dentro do corpo.
14:18Ela vai andando lá pra trás da sala de cinema.
14:21Onde tem a cabine de projeção.
14:23Aí você vai andando.
14:24Tum, tum, tum, tum, tum.
14:25Entra lá.
14:25Fecha a porta.
14:27Aí lá atrás é uma sala bem grande.
14:29Bem grande.
14:29Aquelas grandes que você nem vê mais hoje em dia quase.
14:32Aquelas salas enormes de cinema.
14:35E lá você tá numa cabine de cinema.
14:38Você deve ter reparado.
14:39É uma sala.
14:41Onde tem uma parede de vidro.
14:43Que isola aquela cabine do resto da sala de cinema.
14:46Mas da cabine de dentro da cabine.
14:48Você consegue ver a sala de cinema.
14:52Então eu quero que você se veja.
14:54Lá na cabine.
14:57Lá atrás.
14:58Ao mesmo tempo lá da cabine.
15:00Você vê.
15:02Você lá no meio.
15:03Lá longe no meio do cinema.
15:06Sentado.
15:06Olhando pra tela.
15:07O seu corpo lá.
15:09Olhando pra tela fixamente.
15:12E ao mesmo tempo.
15:13Você vê lá na tela.
15:16A imagem.
15:17Tudo bem antes.
15:19Tudo bem depois.
15:21Tudo bem antes e depois.
15:23Tudo bem antes.
15:25Tudo bem depois.
15:27Tudo bem antes e depois.
15:28Então você está na cabine.
15:33Se vê lá no meio.
15:37Se vendo lá longe.
15:42Ao mesmo tempo.
15:44Eu vou pedir que você traga uma memória.
15:46Onde você sinta autoconfiança.
15:49Você tem alguma memória de algum contexto na sua vida.
15:51Onde naquela situação você sente autoconfiança.
15:55Você tem confiança em você.
15:57Qualquer situação.
15:58Qualquer coisa.
15:58Não precisa nem dizer o que é.
16:01Ou seja.
16:01Uma coisa assim.
16:02Em certo contexto.
16:04Você se sente muito bem.
16:05Eu também.
16:06Muito bem.
16:07Eu, você e Catarina.
16:07Viajando pra Inglaterra.
16:09Muito bem.
16:09Isso.
16:09Muito bem.
16:10Isso.
16:11Lá.
16:11Ótimo.
16:12Eu também.
16:12Eu não sei o que acontece.
16:13Eu adoro pra Inglaterra também.
16:14Eu tô sério isso.
16:15Isso.
16:16Então, coloca isso.
16:18Essa sensação boa.
16:19Estou indo pra Inglaterra.
16:20Bem.
16:20Tô confiante.
16:21Fazendo uma coisa boa.
16:22Que eu gosto.
16:23Que eu me sinto bem.
16:24Então, eu quero a sensação boa do sentir-se bem.
16:27Eu estou fazendo algo que eu me sinto bem.
16:30Eu estou fazendo uma coisa que eu me sinto muito bem.
16:34Isso.
16:34Experimente essa sensação de bem-estar.
16:36Onde no corpo você se sente mais forte?
16:39Onde?
16:40Ai, tudo.
16:40Geral.
16:41Espalha.
16:42Geral.
16:42Respira.
16:43Geral.
16:43Respira e sinta.
16:44Bem maravilhoso.
16:45Isso.
16:45Respira e sinta.
16:47Ok.
16:47Então, agora nós vamos fazer o seguinte.
16:50Quando eu disser um, dois, três.
16:52Sentindo essa energia boa.
16:55E mais essa consciência de que você está na cabine.
16:58Vê o seu corpo lá.
16:59E vê a tela lá na frente.
17:01Do lado da cabine, eu quero que você imagine que tem um aparelho que mostra o filme.
17:08Por enquanto, o aparelho está mostrando o filme.
17:10Tudo bem antes.
17:12Tudo bem depois.
17:13Tudo bem antes e depois.
17:14E você está vendo lá de trás.
17:17E se sentindo bem assim.
17:18Então, quando eu contar um, dois, três.
17:21Você vai imaginar que você vai ligar esse aparelho.
17:24Um outro aparelho que está do lado.
17:25E ele vai começar a passar o filme que tinha ficado no meio.
17:29Bem rapidinho.
17:30Esse filme é um filme velho.
17:31Ele está deteriorado.
17:32Está em preto e branco.
17:33Está quase se desfazendo de tão ruim que está.
17:36Mas basicamente, é o que ficou no meio daquele tudo bem antes e depois.
17:40Que é aquilo que aconteceu lá atrás.
17:42Então, você liga o aparelho.
17:44Ele começa a funcionar.
17:45Lá dentro, você vê.
17:46Estava tudo bem antes.
17:47Você estava bem.
17:48Aí, apareceu o negócio lá.
17:49Você teve que ir à ação.
17:50Não gostou.
17:52Acabou.
17:52Ficou tudo bem depois.
17:54Ok?
17:54Então, eu quero que você saia da cabine e veja que a tela agora é toda ocupada por
18:00essa imagem onde está tudo bem depois.
18:03A imagem está colorida.
18:05Está grande, colorida.
18:07Você se sente bem, muito bem.
18:09E aí, você volta para o seu corpo e se imagina lá olhando para a tela de cinema.
18:13Agora, a imagem é grande, colorida.
18:15Ocupa a tela inteira.
18:16Está tudo muito bem.
18:18E aí, você entra dentro da tela de cinema e se sente muito bem.
18:22Acabou.
18:24Passou.
18:24Está tudo bem.
18:25Passou.
18:25Está tudo no passado.
18:27E agora, nós vamos fazer o seguinte.
18:28Você sabe quando a gente rebobina um filme ao contrário?
18:31Não é engraçado quando acontece?
18:33Às vezes, você vem e anda tudo rapidinho.
18:36E todo mundo falando ao contrário, pensando ao contrário.
18:38Fica...
18:38No contrário.
18:41Então, eu quero que você se imagine rebobinando o filme ao contrário.
18:46Só que dentro do filme.
18:47Você vai sair de tudo bem depois.
18:50Vai passar pelo evento do balcão.
18:53Tudo ao contrário.
18:53Rapidinho.
18:54Em cinco segundos que eu vou contar.
18:56Vou fazer um barulhinho que eu juro que eu pretendo que imite a máquina do cinema rebobinando.
19:04E vai terminar tudo bem antes da história ter acontecido.
19:10Ou seja, você vai começar tudo bem depois.
19:11Vai passar pelo evento ao contrário do bicho.
19:14Mas tudo ao contrário.
19:15Rapidinho.
19:15Muito rápido ao contrário.
19:16Até ficar tudo bem antes.
19:20Quando eu disser acabou, vai estar tudo bem antes.
19:24Ok?
19:24Então, vamos lá.
19:25Está tudo bem depois.
19:26Firme.
19:27Então, vamos lá.
19:28Um, dois, três.
19:29Tudo ao contrário.
19:32Tudo bem antes.
19:33Isso.
19:33E aí você volta para a sala de cinema.
19:37Para a mesma posição.
19:39E se vê.
19:40Tudo bem antes.
19:41Preto e branco.
19:43Lado esquerdo.
19:44Apaga.
19:44Tudo bem depois.
19:47Em preto e branco.
19:49Apaga.
19:50Tudo bem antes.
19:51Preto e branco.
19:53Apaga.
19:54Tudo bem depois.
19:55Preto e branco.
19:57Apaga.
19:58Tudo bem antes e depois.
20:01Tudo bem antes e depois.
20:03Tudo bem antes e depois.
20:05De novo, você sai do corpo.
20:07Vai andando para a cabine.
20:08Tum, tum, tum, tum.
20:09Fecha a porta.
20:10Você está naquela salinha lá atrás.
20:12E naquela salinha lá atrás.
20:14Você se vê lá longe no final daquela enorme sala.
20:19Atrás do vidro.
20:22Olhando através da cabine.
20:23Do lado do aparelho.
20:25E você está dentro dessa cabine.
20:28E vê você pequenininha lá longe.
20:31Sentada na cadeira.
20:32Olhando lá, lá, lá longe.
20:36Tudo bem antes.
20:37Tudo bem depois.
20:38Tudo bem antes e depois.
20:40Tudo bem antes e depois.
20:43E de novo lembrando aquela sensação boa de estar indo para a Inglaterra.
20:47Ah, aquela sensação boa.
20:49Ah, muito bem.
20:51Autodomínio.
20:51Eu estou fazendo isso por mim.
20:53Eu estou me permitindo.
20:54Eu vou me dar esse momento de presente.
20:56Essa sensação boa.
20:57De segurança.
20:58E autodomínio.
20:59Isso espalhando por você.
21:01Ao mesmo tempo consciente dessa situação.
21:03Que você está dentro da cabine.
21:04Se vendo lá no meio.
21:05Se vendo lá na frente.
21:07Tudo bem antes e depois.
21:08E de novo.
21:10Você vai ligar o aparelho.
21:11E aí começa a mostrar.
21:12Está tudo bem antes.
21:13Lá longe.
21:13Preto e branco.
21:14Aquele filme quase se desfazendo.
21:15Está tudo bem.
21:15E tal.
21:16Aparece o negócio lá.
21:17Ah, tal.
21:18Calma.
21:19Tudo bem depois.
21:19Aí você sai de dentro da cabine.
21:23Olha para a tela.
21:24E vê tudo bem depois.
21:26Colorido.
21:27Grande.
21:27A sensação boa.
21:29Isso.
21:29Tudo bem depois.
21:31E aí você vai voltando.
21:32Entra no seu corpo.
21:33Tudo muito bem depois.
21:35E você se sente bem.
21:36Entra dentro da tela.
21:38Mergulha dentro da tela.
21:40Tudo muito bem.
21:42Ah, ótimo.
21:43Excelente.
21:44E de novo nós vamos rebobinar o filme ao contrário.
21:46Ou seja, você vai começar a rebobinar quando eu der o comando.
21:50Tudo bem.
21:52Depois.
21:53E vai passar mais rápido ainda.
21:55Tudo ao contrário.
21:56Mas o truque dessa história é que você tem que pensar o contrário.
21:59Falar o contrário.
22:01Como é que gritar o contrário?
22:04Tudo ao contrário.
22:05Eu vou falar daí.
22:06Não.
22:07Não vou falar.
22:08É, mas tudo ao contrário.
22:09Tudo aquilo que aconteceu no filme você vai passar o contrário.
22:12Agora só que muito rapidinho.
22:14Assim.
22:15Até ficar tudo bem.
22:16Antes.
22:17Então vamos lá.
22:18Um, dois, três.
22:23Muito bem.
22:25De novo.
22:26Volta para a cadeira lá do cinema.
22:28Tudo bem antes.
22:29Apaga.
22:29Tudo bem depois.
22:31Apaga.
22:33Tudo bem antes e depois.
22:35Tudo bem antes e depois.
22:38Tudo bem antes e depois.
22:39Tudo bem antes e depois.
22:41Sai do corpo.
22:42Vai lá para trás.
22:44Fecha.
22:44A cabine lá de trás.
22:46Você se vê dentro da cabine.
22:48Atrás do vidro.
22:50Segura.
22:50Lá atrás.
22:51Olhando para você.
22:52Lá longe.
22:53No meio sentado.
22:54Olhando para a tela hipnotizada.
22:56Lá longe.
22:57De se vendo tudo bem antes.
22:59Tudo bem depois.
22:59Tudo bem antes e depois.
23:01E sentindo aquela sensação boa de estar voando.
23:05Isso.
23:05Para a Inglaterra.
23:06Que só você e Catarina sentem agora.
23:09De estar dentro do avião.
23:10Estão se sentindo bem.
23:11Sentindo aquela energia boa.
23:13Uh.
23:14E tal.
23:16Isso.
23:16Muito bem.
23:17E aí você vai ligar o aparelho.
23:19Ele começa a passar.
23:20Lá.
23:20Aquilo que aconteceu.
23:21Estava tudo bem antes.
23:22Apareceu lá o bicho.
23:23Não sei o que lá.
23:24E tal.
23:24Você teve reação.
23:25E tal.
23:25Passou.
23:26Acabou.
23:27Aí você sai de dentro da cabine.
23:29Olha a imagem.
23:30Tudo bem depois.
23:31Está tudo ótimo.
23:32E tal.
23:33Volta para o seu corpo.
23:34Olha a imagem.
23:35Tudo bem depois.
23:36Entra dentro da imagem.
23:38Está tudo muito bem.
23:39E agora nós vamos rebobinar em um segundo e meio.
23:42Tudo ao contrário.
23:43Com você dentro.
23:44Onde começa tudo bem depois.
23:46E termina tudo bem antes.
23:48Então vamos lá.
23:49Um.
23:49Dois.
23:50Três.
23:52E você volta.
23:55Ah.
23:56De novo para a cabine.
23:57Para a sala.
23:58Tudo bem antes.
23:59Tudo bem depois.
23:59Tudo bem antes e depois.
24:01Me diz uma coisa.
24:02Como é que você já se sente melhor em relação a isso?
24:07Mais confortável.
24:08É.
24:08Veja bem.
24:09A ideia.
24:09Não é assim.
24:10Ah.
24:10Eu vou amar.
24:11Vou fazer uma criação de bichinhos.
24:13Sim.
24:14Né.
24:14Alguém me disse.
24:15Uma vez eu fiz isso lá em São Paulo.
24:17Aí a pessoa tinha a fobia de ratazana.
24:20Aí ela disse.
24:20Aí eu perguntei.
24:21O que você quer com isso?
24:22Ela.
24:22Ah.
24:23Eu quero conviver no meio de ratazanas.
24:25Eu falei.
24:25Ó.
24:26Se você não convivia não.
24:27Quando é muito bom.
24:28Mas assim.
24:28Você pode ter uma reação mais apropriada.
24:31Mais confortável.
24:32Né.
24:32Como é que você se sente agora nesse momento em relação ao bichinho?
24:36Mais tranquila.
24:37Mais tranquila.
24:38Mais segura.
24:39É.
24:39Mais segura.
24:39Porque elas não voam, né?
24:41É.
24:41É.
24:41Aí ainda são os bichinhos lentos, né?
24:50Os bichinhos estúpidos, né?
24:53Demora pra chegar.
24:54Os bichinhos lentos, estúpidos, né?
24:56Isso.
24:57Demora.
24:57E no que ela tá pensando se vem, você já foi e voltou dez vezes.
25:01Isso.
25:02Bem.
25:02Então fecha os olhos agora e imagine se agora num futuro onde você, fecha os olhos, imagine
25:09se num futuro agora onde você vai ter a oportunidade de se deparar com esse serzinho, né?
25:17Lento.
25:18Lento.
25:20Devagar.
25:21Aí você diz assim, vixe.
25:25Eu levei tanto tempo com medo disso aqui.
25:31Acho que eu vou esmagar uns cinco, só enquanto eu espero aqui ela chegar.
25:35Então, pode abrir os olhos.
25:41Alívio.
25:42Como é que você se sente?
25:45Melhor assim?
25:46Melhor.
25:47Então, palmas pra ela.
25:51Depois que passa, né?
25:53Enquanto tá com a fobia, não é nada de mentir.
25:56Bom, cura rápida de fobia.
25:59Então vamos a alguns esclarecimentos que são importantes a respeito disso.
26:03Primeiro lugar, essa técnica é uma técnica para fobias.
26:07Não é técnica para medo, tá?
26:10Técnica, medo...
26:11Tem gente que dizer, mas não é a mesma coisa?
26:12Não.
26:13É outra coisa.
26:16Medo é uma coisa, fobia é outra.
26:17Medo, você faz, você lida.
26:22Fobia, você não faz.
26:24E se faz, a reação é muito desproporcional.
26:28É bem diferente.
26:29Uma coisa, o indivíduo que tem medo de avião, anda de avião.
26:33Mas ele tem medo.
26:35Quem tem fobia de avião, como a Catarina tinha, ficou 25 anos sem andar.
26:39Né?
26:41E aí ela liga pra Selma pra saber como é que ela vinha pra Curitiba fazer o curso,
26:45ela tinha que pegar o avião.
26:46Selma mandou ela assistir o vídeo, ela assistiu o vídeo, pegou o avião, veio.
26:49E aí depois que ela foi aprender o curso, né?
26:54Das coisas todas, né?
26:55Ai, eu não ouviu bem.
26:56E nem foi a técnica da cura de fobia mesmo.
26:59Aquela técnica é uma adaptação, uma coisa, nem exatamente...
27:03Eu lembro até do nome, era adeus medo de avião.
27:05Se alguém tiver medo de avião, tem uma pessoa que tem medo de entrar na água.
27:11Desde que seja fobia.
27:13Agora eu vou confundir.
27:14Medo é fobia.
27:14Ó, medo, a pessoa vai.
27:16Fobia, a pessoa, ela tem uma reação de evitação extrema.
27:23Ela não vai, ela não entra.
27:25E se ela tiver que ir, geralmente ela tem um estresse terrível.
27:28Tem uns casos, uma pessoa que arrasta, coloca no avião, a pessoa entra,
27:32ela fica, passa mal, desmaia.
27:35Ela tem uma descompensação terrível.
27:38Desmaio, mas...
27:39Né?
27:39É diferente do medo.
27:43Porque tem algumas técnicas para o medo que são melhores.
27:45O processo é diferente.
27:48Uma que nós ensinamos no Master, que é transformando fracassos em feedback.
27:52Aquela técnica que eu ensinei aqui no primeiro dia à noite,
27:56ela é excelente para o medo.
27:58Aquela que você tem uma emoção negativa, se observa...
28:01Foi de ser feito.
28:02Né?
28:03Exatamente.
28:04E aí você vem aqui para trás,
28:06acessa os recursos, dinamiza, traz aquilo
28:09para a posição do observador e leva de novo para a posição do medo.
28:12Aquilo ali é excelente para o medo.
28:13Não só para uma situação limitante, mas para o medo ela é muito interessante também.
28:18Para trabalhar medos.
28:20E transformando fracasso em feedback também, que você mexe com submodalidades.
28:24Tem até naquele CD que eu acho que acabou, do cara se equilibrando no...
28:29Que muitos de vocês têm lá na história, tem lá lidando com medo, com fobia, alguma coisa assim.
28:34Essa técnica é para a fobia mesmo, ou seja, onde a pessoa não faz,
28:40ela não faz, e se ela tentar fazer, ela tem uma reação totalmente desproporcional.
28:46Então como é que a gente começa a trabalhar a cura de fobia?
28:48E claro, né gente, assim, como qualquer outra coisa na programação neurolinguística,
28:53a última coisa que vocês sabem que eu gosto de fazer é vender essa ideia de
28:56Ah, PNL, mágica, não é isso, isso não funciona, tá?
29:00Você tem que fazer isso, mas você tem que fazer técnicas adicionais.
29:04Você tem que fazer outras coisas.
29:06Por exemplo, a própria Catarina mesmo, ela voou até aqui,
29:08mas depois ela fez uma série de técnicas adicionais,
29:11e aí ela consolidou essa história que ela já tinha conseguido.
29:15Então é muito interessante também fazer outras técnicas adicionais.
29:19Por exemplo, essa que vocês fizeram agora do TOTS, é muito interessante.
29:21Faz a cura de fobia, depois usa uma estratégia do TOTS,
29:24de uma estratégia eficiente para continuar e ir adiante no processo, por exemplo.
29:29O chocolate Godiva também e tal, e uma série de outras coisas assim.
29:34Então a primeira coisa que a gente tem que fazer é estabelece o rapó
29:37e faz uma ressignificação da fobia, está na página 14, é isso mesmo?
29:41Isso, pochila 4.
29:43Pochila 4, página 14.
29:47O Gui estabelece um rapó e faz uma ressignificação da fobia,
29:51explicando que a fobia foi uma aprendizagem rápida e perfeita,
29:56que a parte que criou a resposta fóbica estava visando a sua proteção, provavelmente.
30:02Porque na verdade a fobia é uma grande âncora, a fobia é uma âncora.
30:05Você conecta, e provavelmente a origem foi lá a história da mãe mesmo, tá?
30:09De tanto você observar a mãe tendo aquela reação, a criança não sabe o que é.
30:15O adulto é supostamente a figura de proteção.
30:18O adulto, aaaah, diante do bichinho.
30:21A criança, meu Deus, deve ser horrível para a minha mãe, que deveria me proteger.
30:25Ter uma reação de descompensação, né?
30:28Então, deve ser uma coisa horrível. O nome disso é aprendizagem.
30:32Então a fobia é uma aprendizagem, é uma âncora que você cria.
30:34Uma mulher tem medo, né?
30:36É.
30:39Pois eu já vi muito, muito homem com fobia de coisas terríveis.
30:43Não pode ser de aprendizagem, também pode ser o meu processo, por exemplo, não foi de aprendizagem.
30:48Você não pode ser, pode ser, foi de um choque.
30:50O seu foi uma associação de ideias.
30:53Porque, mas isso é aprendizagem também, tá?
30:56Você entendeu que uma coisa causava...
30:58É.
30:59Ela, ela, ela, ela tava pra voar, alguma coisa assim,
31:02e ela descobriu que uma amiga morreu num acidente de avião.
31:05E isso mexeu muito com ela.
31:07É.
31:07Então, isso também é aprendizagem.
31:09É assim que você faz uma âncora.
31:11Só que foi uma âncora negativa.
31:12Ela teve um sentimento extremo e associou a imagem do avião, ao processo de voar.
31:18Então, é uma associação.
31:19É uma outra forma de aprender também.
31:22Então, você explica pra pessoa.
31:23É muito importante você olhar nos olhos da pessoa.
31:26Bom, primeiro, sempre trabalhar a questão da intenção positiva.
31:30É muito importante trabalhar a intenção positiva.
31:32Essa parte tá tentando fazer o que por você?
31:35O que que ela quer fazer por você?
31:36O que que você imagina que ela quer fazer por você?
31:39Ah, quer me proteger.
31:40Bom, proteger é uma coisa importante, não é?
31:42Mas que de outras maneiras você poderia amplificar o seu senso de proteção sem que você precisasse ter essa resposta fóbica?
31:50Deixa a pessoa falar um pouquinho daquilo.
31:52Não precisa entrar em tantos detalhes, mas você já quer começar a ressignificar a pessoa.
31:56Porque isso faz parte da ressignificação.
31:59E aí você explica que é uma aprendizagem que a pessoa fez.
32:03E, de alguma maneira, essa aprendizagem foi feita pra proteger.
32:06Mesmo sendo ruim e mesmo, às vezes, sendo sem peça em cabeça.
32:09Porque tem fobias de tudo, né?
32:12De tudo, nós já vimos aqui de tudo, né, Selma?
32:13De tudo, tudo.
32:15Ave, injeção, cachorro, abelha, sapo.
32:21Borboleta.
32:23Borboleta.
32:23Tudo, tudo.
32:24Nós já vimos de tudo aqui, né?
32:26Assim, fobias.
32:27Tem uma pergunta que me veio agora na cabeça é o seguinte.
32:30Não tem aquela...
32:32Não, não soube já uma pessoa que disser assim,
32:35foi por algum outro motivo.
32:38Tem essa fobia, acabou contando da fobia.
32:42E se não, eu não quero...
32:43Por exemplo, não quero deixar de ter a fobia.
32:46Na hora que você falou em injeção, eu lembrei de uma pessoa...
32:50Não sou eu?
32:51Que eu não...
32:52Ok, não é você, ok.
32:54Não, eu faço a conjuntura de bolo.
32:57É que nada pode furar ela.
33:00Tanto que ela faz, às vezes, ela faz alguns procedimentos sem anestesia.
33:04Pra não...
33:06É, aí é a escolha da pessoa.
33:08Nós não podemos fazer nada, né?
33:09Ela tem que querer.
33:11Se ela não quiser...
33:12É, e eu consigo imaginar essa pessoa virando pra mim, dizendo assim,
33:16não, não, deixa, não quero que me fale.
33:18A fobia é tão...
33:19É, você pode falar pra essa pessoa, assim...
33:21É, não é todo mundo que deseja ter uma vida mais livre,
33:25poder ser dona de sua vida, de suas escolhas.
33:27Eu compreendo que você seja uma das raras exceções
33:29que escolhe não ter uma vida melhor, né?
33:33Quando, na verdade, você pode ter.
33:35Porque o fato da pessoa se livrar de uma fobia
33:37não quer dizer que ela vai se encher de agulha.
33:39Ela não vai agora botar 50 mil bichinhos em cima dela,
33:43embora eu acho que não teria nenhum problema a partir de agora, né?
33:45Mas ela não vai botar...
33:46Ficar cheio...
33:47A pessoa que tinha fobia de abelha
33:48não vai fazer aquele negócio encher de abelha,
33:51só fica o olho do lado de fora.
33:52Que tinha fobia de ratazona
33:53não vai entrar numa caixa cheia de ratos.
33:56Não é isso.
33:57E essa é uma fobia que resolve...
33:59Quer dizer, a pessoa faz alguns procedimentos
34:02que ela precisa fazer com anestesia, né?
34:08Essa coisa de fobia, gente, tem gente...
34:12Eu trabalhei com uma pessoa recentemente agora que se curou.
34:15Eu já tive uns casos incríveis, assim.
34:17Uma pessoa estava pra ser exonerada de um emprego público,
34:20onde ganhava muito bem,
34:22porque foi promovida no emprego público
34:24e tinha que viajar pra vários lugares,
34:26já no emprego federal,
34:27de avião.
34:28E essa pessoa tinha medo de avião
34:29e estava para ser exonerado do emprego
34:31porque ela não podia cumprir a função,
34:33porque ela precisava fazer visitas nos lugares.
34:36E estava assim,
34:37meu Deus, eu preciso desse dinheiro,
34:38eu não tenho outra fonte de renda,
34:40minha família precisa desse dinheiro,
34:41eu vou ser exonerado.
34:42Aí eu digo,
34:43então é melhor a gente andar rápido
34:44antes que você seja demitido.
34:46Né?
34:47Rapidinho melhorou.
34:48Outra pessoa também
34:50que não ia nunca
34:51nas comemorações da família,
34:53porque várias pessoas moravam lá em São Paulo,
34:55em prédios altos,
34:56e a pessoa nunca ia festa nenhuma,
34:58porque tudo tinha que pegar elevador,
34:59a pessoa tinha fobia de elevador.
35:01Como foi?
35:02Como foi com vocês?
35:04Nossa, foi desafiador, né?
35:06Porque ela não tinha passado
35:08aquela experiência,
35:09então era muito...
35:10Mas como é que...
35:13Com quem que foi?
35:13Foi com ela?
35:14Com ela.
35:14Como é que você se sentiu
35:16depois da técnica?
35:16É, é isso aí.
35:37É isso aí.
35:39Muito bem.
35:40Parabéns.
35:41É o momento que ela trouxe uma...
35:43Acabou três anos com três anos,
35:45né?
35:46Deliciar recursos, né?
35:49Eu acho que foi...
35:50Porque ela não ia porque ela...
35:53Ela sentia que ela perdia autonomia,
35:56e porque ela não podia descer
35:58na hora que ela quisesse,
35:59do barco,
36:00ou seja,
36:00do lado que for.
36:01E a gente perguntou
36:02se ela já não ia de treino,
36:03de avião,
36:04alguma coisa assim,
36:05que ela também não pode...
36:06Bacana.
36:07Vocês foram buscar outra...
36:08Eu também estou de outra estratégia,
36:09né?
36:09Para reforçar, né?
36:10Foi meio que nessa linha, assim.
36:11Muito bom.
36:12Mas essa técnica é bem trabalhosa,
36:14assim,
36:14para quem faz a primeira vez.
36:15É.
36:15É.
36:17Ela é bem trabalhosa,
36:18você tem que praticar mesmo.
36:19É.
36:20E vocês?
36:21Como foi?
36:22Tá bem?
36:23Qual era o problema que você tinha mesmo?
36:24Era daquelas borboletas grandes.
36:27E agora?
36:28Como é que é o tamanho?
36:29Para mim era assim.
36:30Isso não tem nem morcego.
36:32É quase uma águia, né?
36:33Não.
36:33Uma borboleta grande,
36:37isso.
36:37Uma borboleta desse tamanho.
36:38É.
36:39Você tem que ter duas mãos delas
36:40desse tamanho.
36:42É.
36:43Não, é desse.
36:44É desse.
36:45É desse.
36:46Mas como foi?
36:48Quem conduziu com você?
36:49Foi.
36:50Foi bom?
36:50Gostou?
36:51Foi.
36:51Bem tranquilo.
36:52E como é que foi?
36:53Vocês que já falaram até agora
36:54da técnica,
36:55de fazer a técnica,
36:56o que vocês acharam?
36:57Assim,
36:58a primeira rodada,
36:59vamos dizer assim,
37:01é...
37:01eu realmente fiquei ali.
37:03É.
37:03É assim mesmo, tá?
37:04Vai e volta.
37:05Qual é a sequência do vai e volta,
37:07do vai e volta,
37:08e...
37:09Aí...
37:11Depois, na segunda,
37:12ficou mais fácil.
37:13Aí a gente ficou mais...
37:14Até aí eu fiquei confusa.
37:14É.
37:15Tem certeza?
37:16É.
37:17E daí o que eu achei
37:18que fez também uma coisa
37:19que era aquilo que você colocou,
37:21de em algum momento
37:23chamar uma...
37:25situações em que você está
37:28autoconfiante,
37:29que você superou,
37:31se dizer...
37:32É.
37:32Então aquilo ali
37:33acho que fazia
37:34uma grande diferença,
37:35isso me chamou a atenção,
37:37na mudança até...
37:40É...
37:40No comportamento.
37:41É.
37:41E daí,
37:42cada...
37:42Da primeira...
37:43Da segunda vez,
37:44eu chamei de volta
37:45para a consultação,
37:46e daí ela já mudava
37:48a fisiologia
37:48um pouquinho.
37:49início com três,
37:52funcionou bem,
37:53assim,
37:53dava para ver
37:54que ela já não estava
37:54nem aí
37:55para o negócio
37:57que estava rindo.
37:58Traz a borboleta.
37:59Eu já disse assim para ela,
38:03e agora eu já posso
38:04segurar a pé na mão
38:04e virou azul.
38:06Que coisa boa, né?
38:07E aí...
38:08E aí...
38:08Obrigado.