A jornalista e empresária Cristina Graeml, pré-candidata ao Senado pelo Paraná, esteve na manhã desta sexta-feira (16) nos estúdios do Grupo Tribuna do Norte, em Apucarana. Em entrevista, ela falou sobre sua trajetória, os desafios na política e os planos para 2026.
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NotíciasTranscrição
00:00Ela é jornalista, empresária, foi candidata à Prefeitura de Curitiba, surpreendeu no
00:05segundo turno com mais de 390 mil votos.
00:09Muito obrigada por estar com a gente, seja bem-vinda Cristina Grêmio, tudo bem?
00:14Obrigada, é um prazer estar aqui falando com os espectadores de Arapongas e região.
00:18Uma alegria mesmo, tudo bem.
00:20A senhora está se colocando pré-candidata ao Senado.
00:25É muito conhecida lá em Curitiba, mas nem tanto aqui no interior.
00:29Como a senhora pretende fazer para mudar essa situação?
00:32Estou percorrendo, estou na estrada, estou percorrendo as várias regiões.
00:36Já estive no sudoeste, no oeste.
00:40Agora estou vindo aqui para essa região de Maringara, Apongas, Apucarana, a gente tem
00:44uma agenda bem extensa nos próximos dias.
00:47E obviamente que nós estamos a um ano e meio da eleição, então ainda tem tempo,
00:50é justamente por isso que a gente está começando cedo.
00:54Mas eu tenho muito contato com paranaenses de outras cidades, inclusive que acompanharam
01:00muito a disputa em Curitiba.
01:02Eu recebi não só muito apoio moral, mas até apoio financeiro de paranaenses que queriam
01:08mudança na capital.
01:10Eu tenho uma audiência grande no Brasil, então teve gente de outros estados, teve
01:13muita mobilização, foi bonito assim, teve muita mobilização de pessoas que conhecem
01:18curitibanos ou moradores de Curitiba pedindo para me acompanharem, para ouvirem minhas
01:23ideias, minhas propostas, então tem uma movimentação já feita desde a campanha
01:27municipal.
01:28A campanha municipal abriu a senhora para todo o estado, foi lá em Curitiba, mas ficou
01:34muito mais conhecida, tirando o fato que a senhora é jornalista, trabalhou em grandes
01:40veículos de comunicação, é crítica na área política.
01:45Eu tenho essa vantagem de ter feito carreira em televisão, então a minha imagem é pública
01:50há muito tempo, são 35 anos do jornalismo já.
01:54Eu comecei no terceiro ano da faculdade, 1990, e o jornalista ele acompanha a política,
01:59então ele acompanha tanto as demandas da população por melhorias em questões que
02:04não estão funcionando, quanto a cobrança dos governantes, e as campanhas eleitorais
02:09nem se fala.
02:10Então, desde 1990 é que eu estou nessa, muito antes da cédula de papel, da União
02:16Eletrônica, desculpe, na época da cédula de papel, então eu acompanhei não só eleições
02:20como apurações, quando demorava às vezes dois, três meses para sair resultado de eleição,
02:26e nós jornalistas ficávamos de plantão na sede do TRE lá em Curitiba, que na época
02:31era num prédio todo de vidro, e eles colocando aqueles boletins de urna e a gente se engalfinhando
02:36ali para ver os nomes que estavam na frente, e aquilo mudava a cada hora, a cada duas horas,
02:42com o passar dos dias, então eu tenho um histórico de acompanhar política de muito
02:48tempo, e os grupos políticos, os políticos que governaram o nosso estado, que governaram
02:53a capital, acompanhei algumas outras cidades do interior, quando teve mais projeção também
02:59o que aconteceu na política, então eu tenho um conhecimento da política acompanhando
03:03no jornalismo, e eu fui repórter de televisão por 26 anos, nos últimos nove anos eu migrei
03:11para o jornalismo de opinião, então eu estou desde 2016 nessa jornada, aí as pessoas me
03:16conhecendo melhor, conhecendo minha forma de pensar, não só o meu conhecimento sobre
03:21política e bastidores da política, especialmente Paranaense, mas o meu modo de pensar, e nesse
03:26jornalismo de opinião eu estou na cobertura da análise política nacional, então eu
03:31acompanhei muito mais coisas em termos de Brasil, por isso que eu digo, eu tenho essa
03:35facilidade até certo ponto, porque teve um dado, você tem isso ontem até, teve um dado
03:41que a gente recebeu muito precocemente lá na pré-campanha em Curitiba, que nos fez
03:45trabalhar na direção certa, de não conte com isso, não conte que a população te
03:50conhece pelo teu trabalho no jornalismo, embora você seja uma figura pública, 70% dos curitibanos,
03:56estou falando de pré-campanha, então lá, mais ou menos nessa época do ano passado,
04:00lá meados de maio, junho do ano passado, a gente já estava numa movimentação grande,
04:06indo conversar com as pessoas nos bairros, com associações de moradores, associações
04:10de classe, e a gente recebeu essa informação de que 70% dos curitibanos, não é que não
04:15sabiam que eu era candidata, não sabiam quem eu era, então a gente fez um trabalho realmente
04:21do zero, me apresentando para a população, contando obviamente o meu histórico no jornalismo
04:27para entenderem o quanto eu conheço dos bastidores da política também, embora não tivesse
04:33estado ali antes, e aí sim começando o debate sobre propostas, o que eu via de Curitiba,
04:41o que precisava mudar, o que a população me pedia, e o que eu tinha preparado para
04:47a cidade caso eu fosse eleita prefeita, mas é um trabalho que a gente precisa refazer
04:51agora no nível estadual, obviamente, e Senado é muito diferente, as propostas são outras,
04:57você tem dois focos, um é trabalhar pelo Brasil, e o Brasil está virado do avesso,
05:02tudo por omissão do Senado, tenho dito isso nos meus comentários jornalísticos também,
05:09eu acho que é por isso que surge a demanda em cima do meu nome, tão logo termina a campanha
05:13municipal, Senado, Senado, Senado, e aí quando eu consigo um novo partido, a própria presidente
05:18nacional já me lança pré-candidata ao Senado, então existe essa demanda, e tem o trabalho
05:24também do senador em prol do Estado, porque no Senado todos os Estados têm o mesmo peso,
05:30são três representantes por Estado, ano que vem a gente tem uma janela de oportunidade
05:34única porque cada Estado vai eleger dois senadores, podem ser dois novos senadores,
05:39novos no sentido da mudança que a população está pedindo.
05:43E eu acredito que o nome da senhora logo foi ventilado aí nos corredores políticos porque
05:48foi um número alto de votos que a senhora conseguiu, por ter sido a primeira vez, se
05:54pôs candidata e chegou no segundo turno, assustou muita gente.
05:58Foi histórico em vários sentidos, primeiro era uma pessoa que nunca tinha disputado nenhuma
06:02campanha eleitoral, então de certa forma o sistema político já menospreza, vai começar
06:08do zero, vai fazer uns votinhos, na próxima campanha vem, faz um pouquinho mais, vai construindo
06:13sua história, só que ignoraram duas coisas, a primeira é que eu já tenho uma história
06:17construída, pública, no jornalismo, então essa trajetória eu fiz ao longo de 35 anos
06:23no jornalismo, comecei como repórter estagiária, aprendi a fazer reportagem, comecei a fazer
06:30reportagem local, reportagem em nível estadual, nacional, aí saí do Paraná, fui repórter
06:35da Globo, nos bons tempos, da TV Globo, fui repórter do Jornal Nacional no Rio de Janeiro
06:40na cabeça de rede, aí me indicaram para o Nordeste, tive uma experiência como repórter
06:45correspondente até certo ponto, cobrindo Maranhão e Piauí, eu tinha dois estados
06:49sob minha área de cobertura, uma experiência completamente diferente, aí volto, fiquei
06:54mais 13 anos no jornalismo local na RPC Curitiba, mas cobrindo todos os 27 municípios ali da
07:00região metropolitana e litoral, então tenho um conhecimento muito grande daquela região
07:07do estado, menos do interior, claro, mas fiz minhas viagens até em nível pessoal para
07:13o interior.
07:14Os últimos dois anos antes de eu me candidatar à prefeita de Curitiba, já no jornalismo
07:18de opinião, teve uma demanda muito grande por palestras, então eu elaborei um ciclo
07:22de palestras que era nacional, eu percorri muitos estados, mas eu fiz duas jornadas paranaenses,
07:28eu estive em muitas cidades conversando com paranaenses sobre as nossas demandas e as
07:34nossas necessidades que não são atendidas pela política, deveriam, e como nós, como
07:39eleitores, podemos fazer a mudança, trazendo mais conhecimento também de como funcionam
07:45os órgãos públicos, a máquina pública, os poderes da república, a população tem
07:49muitas confusões, às vezes acho que é em nível municipal que a gente resolve determinada
07:54demanda, que é só no Senado ou o contrário, então eu fiz isso e isso me trouxe para mais
08:00perto do paranaense, das outras cidades, então por isso que eu te digo, a gente parou ontem
08:06para jantar em que cidade que era?
08:08Um pouco para frente de Ponta Grossa, eu acho já, e sempre onde eu paro vem alguém conversar
08:15comigo, não como jornalista, mas já como pré-candidata, porque vem acompanhando, acompanhou
08:21jornalismo e acompanhou, e são pessoas de outras cidades, que não necessariamente me
08:25conheciam como uma jornalista de política.
08:26E agora já teve essa mudança, antes da jornalista, agora vem a política, a candidata.
08:33Eu acabei de sair de uma outra entrevista e eu deixo bem clara essa separação, porque
08:37as pessoas, agora que você é política, eu disse, eu ainda não sou, eu estou numa caminhada,
08:42numa jornada e espero com muita responsabilidade, mas com muita gratidão também, poder representar
08:48o Paraná e levar adiante os anseios que o paranaense está pedindo, mas eu não sou
08:54política, ainda nunca exerci nenhum cargo público, participei de uma campanha duríssima,
08:59conseguimos um belo resultado, sou muito grata aos 390.254 eleitores de Curitiba, que me
09:08trouxeram esse capital político a ponto de me colocar agora como pré-candidata ao
09:11Senado, mas é uma jornada.
09:13Então agora eu estou conhecendo o Estado, conversando mais, entendendo as demandas,
09:19visitando todas as feiras agrícolas possíveis, porque são muitas, é impressionante a força
09:24do nosso Estado, é um orgulho também para nós, o Paraná precisa de mais reconhecimento
09:28nacional, eu percebo essa, é quase uma mágoa do paranaense, das cidades que fazem o Paraná
09:36ser o que é, contribuem de forma expressiva para o PIB nacional e não tem o reconhecimento
09:42que deveriam ter, e o Senador pode fazer isso também, trazer mais projeção para o Estado,
09:48então eu estou conhecendo essas demandas, realmente é uma caminhada muito gratificante,
09:53cansativa, mas necessária, e estamos na estrada, como eu disse.
09:57A senhora recentemente se filiou ao Podemos, o que a senhora espera da legenda?
10:03Eu preciso primeiro esclarecer que eu busquei uma legenda maior quando eu decidi aceitar
10:10o desafio da própria população de Curitiba e aceitar a disputa, entrar na disputa municipal,
10:17e teve uma dificuldade muito grande lá em Curitiba porque os partidos foram fechando
10:21as portas, o próprio Podemos na disputa municipal acabou indo para coligação adversária.
10:27Eu consegui disputar por um partido muito pequeno chamado Partido da Mulher Brasileira,
10:32estava bastante empolgado com a minha possibilidade de eleição, mas depois nacionalmente se
10:40voltou contra mim.
10:41A mulher que preside o partido não queria mais uma mulher disputando a prefeitura de
10:45uma capital que nunca foi governada por uma mulher.
10:48Eu já fiz história por ter sido a primeira mulher que cheguei ao segundo turno, então
10:53já está desbravado, mulheres vamos nos candidatar, vamos para cima, a gente tem muito para contribuir
10:59na política, precisa, a política precisa arejar, e eu acho que a mulher pode trazer
11:04um pouco desse ar novo que o eleitor tanto quer, mas eu não tive o apoio, então necessariamente
11:10saindo da disputa municipal eu tinha que procurar um novo partido, mas eu ainda estava naquele
11:15processo de me recuperar fisicamente da maratona que foi o segundo turno, e são três semanas
11:20muito intensas, descansando, e os partidos já estavam procurando, e aí pouco importava
11:26se municipal não tinha me dado legenda, já queriam saber se eu tinha interesse em
11:32disputar, qual cargo eu aceitaria disputar, porque são vários cargos na disputa de 2026,
11:38nós vamos eleger deputado estadual, deputado federal, dois senadores, governador e presidente
11:43da república, então tem uma gama aí, mas o eleitor começou automaticamente a me jogar
11:49para o Senado, por aí ter me acompanhado na campanha, ter visto as minhas pautas, a
11:54ter coragem também de falar o que está errado, porque nesse Brasil de hoje tem muita
11:58gente que, e eu respeito, que tem medo de se posicionar, e eu pelo meu trabalho no jornalismo
12:04de opinião nunca demonstrei medo e não tenho medo, o que precisa ser dito precisa ser dito,
12:10e se eu me exceder nas minhas palavras, tá aí a lei, a gente vai ter que responder pro
12:14calúnio e júri de difamação conforme a lei, é o que eu defendo.
12:17A senhora mostrou ser firme na campanha, eu acompanhei e fiquei admirada com o posicionamento.
12:24A senhora ganhou apoio...
12:25Desculpa, eu não te falei do Podemos, eu falei do PMB, não falei do Podemos, vamos
12:29terminar né, pra não embolar.
12:32Aí eu conversei com vários partidos e o Podemos foi o partido que se tornou mais viável
12:37para o projeto 2026, porque o que acontece nos partidos e que o eleitor às vezes não
12:42entende?
12:43Os partidos precisam sobreviver, a lei eleitoral tem as cláusulas de barreira, então se o
12:48partido não tiver tantos deputados federais eleitos, não só ele não recebe o fundo
12:52eleitoral e partidário, que eu sou contra dinheiro público em campanha, mas é a regra
12:56atual, fiz a minha campanha com zero de dinheiro público, contra 17 milhões do outro candidato,
13:04mas voltando, os partidos tem que sobreviver, por isso que tá tendo nesse movimento, nesse
13:08momento o próprio partido ao qual eu sou filiada hoje, o Podemos, tá numa discussão
13:13pra eles fazerem fusões ou incorporações, os partidos estão se unindo pra que eles
13:18tenham lá o número mínimo de deputados federais que exige a lei e não sejam fantasmas
13:24políticos, não sejam fadados a morrer e não poder disputar eleições seguintes,
13:30então a gente tá vendo essa movimentação em vários partidos.
13:33Quando terminou a eleição municipal essa conversa não tinha começado ainda, então
13:36eu fui conversando com os partidos que estavam interessados em me ter na legenda, mas muitos
13:42queriam só pra disputar deputado federal que é o que garante verba pra eles, o que
13:46garante sobrevivência política e eu não tô na política por causa disso, eu aceitei,
13:52não tô na disputa política, eu aceitei disputar a eleição municipal por uma demanda
13:57da cidade e era a minha cidade, a cidade dos meus pais, dos meus avós, dos meus bisavós,
14:02eu tenho muita história ali em Curitiba, fui repórter de televisão, dos meus 26 anos
14:07de reportagem de televisão, 17 anos só dentro de Curitiba, então eu conheço muito bem
14:11a cidade, eu sabia das demandas e tal, então foi um apelo muito grande, terminou ali eu
14:15voltei pro jornalismo, mas eu entendi que eu não tinha mais como ignorar esse capital
14:21político, eu não tenho como, eu tava falando do casal com o filho que parou pra conversar
14:25conosco no restaurante de estrada ontem, eu não tenho como ignorar o que as pessoas
14:29estão vendo em mim, o quanto elas depositam de esperança em mim, o desejo de mudança
14:35que elas têm e que elas veem que é possível concretizar através de mim, não tem como
14:39chegar e dizer não, não, esquece, já foi, agora vou voltar, poderia, seria muito mais
14:44tranquilo pra mim, voltar pro jornalismo que eu já domino, não é uma profissão
14:48fácil, você sabe bem, mas eu já domino, tô há muito tempo nessa e tô num momento
14:53da carreira que eu não tinha por que ir procurar nada diferente, mas foi acontecendo, então
14:57o Podemos me deu a legenda e a vaga pra disputar o que eu quiser, essa garantia, e a presidente
15:03nacional do Podemos que foi quem me deu essas garantias e me fez o convite pra ir pro partido,
15:10ela me pré-lançou candidato ao Senado lá em Brasília no ato da filiação, então
15:14foi muito forte, tem outro nome forte no Estado, tem, no Podemos, tem, o senador Álvaro Dias
15:20pode vir, o ex-senador e ex-governador, pode vir candidato também a quem quiser, mas esse
15:25ano são duas vagas pro Senado, então assim, nada tá inviabilizado, a gente, esse partido
15:30foi o que mais me ofereceu garantias, mas ainda tá tudo em aberto, ainda a gente tá
15:33trabalhando na pré-candidatura do Senado com muita alegria, com muito gosto e o que tiver
15:38que ser lá pra frente a gente vai enfrentar, vamos em frente, tem que encarar os desafios
15:45porque eles chegam quase como uma missão pra gente, o jornalismo, quem tá no jornalismo
15:49sabe que o próprio jornalismo é isso, que a gente acaba sendo voz das pessoas, aí você
15:54não vai de uma hora pra outra ignorar e deixa de ocupar os espaços que eu tenho pra falar
15:58o que a população quer que a gente fale, quando a população mesmo não sente que tem
16:02voz, né, se sente falando através de nós, e na política é mais ou menos isso, a gente
16:07tá pra representar, né. Acontece direto, a população procurar socorro através da
16:12gente, né. Sim. A senhora ganhou apoio municipal se apresentando como representante da direita,
16:19que tem vários postulantes, a direita tá sofrendo uma crise de representação? Eu
16:26acho que não é, a gente não pode associar a palavra crise à direita quando tem um excesso
16:30de candidatos, né, olha que crise boa. Crise boa. De enfrentar, porque quando a gente vê
16:36o outro lado, vou pegar o nome maior da esquerda que é o presidente Lula, não fez sucessão,
16:41a hora que ele não se anuncia como candidato, no momento que ele tava preso, foi aquela
16:46polêmica, tanto que botava o candidato com máscara de Lula, tinha que se vender como
16:51Lula, ganhou o apelido do poste do Lula. A direita não tem, olha que coisa maravilhosa,
16:56a gente não tá enfrentando esse problema no momento em que a direita ainda está tentando
17:00achar seu lugar na política, porque ainda é muito discriminada e ainda é muito difamada,
17:06né. Direita e esquerda são conceitos políticos, eu me defino mesmo como conservadora, eu sou
17:12conservadora e defendo as pautas conservadoras. Na hora que você entra pra uma disputa política,
17:19obviamente que você tem que se enquadrar em algum espectro político e sim, eu sou
17:22de direita. Daqui a um nível em dia eu sou de direita, desde sempre. Quando eu comecei
17:27a dar a minha opinião 8 anos atrás, ou 9 anos atrás, já era de direita, já tinha
17:32essas posições, então tem gente que agora está vindo pra direita, ótimo, são super
17:37bem vindos, eu gosto muito e eu sempre incentivo que as pessoas que eram de esquerda e migraram
17:42pra direita, que contem a sua história, expliquem o que fez com que elas mudassem de ideia,
17:48porque é importante isso, a gente estar aberto e se a gente percebe que tava num caminho
17:52errado, a gente trilhar outra rota. Mas no meu caso não, no meu caso quando eu entrei
17:58no debate político, eu já entrei defendendo as pautas conservadoras e que são alinhadas
18:03com a direita política. Não tem nenhuma pauta conservadora que se alinha com a esquerda
18:08e com o progressismo. A direita defende a vida desde a concepção, a esquerda defende
18:14assassinato de bebês e dá o nome bonitinho de saúde reprodutiva. Saúde reprodutiva
18:19é controle de natalidade, é pílula anticoncepcional, é camisinha, é outra discussão. E eu sou
18:25favorável a isso. Vamos levar informação pras pessoas poderem escolher em que momento
18:30ter filhos. Mas a partir do momento que gerou uma criança, você vai condenar aquela criança
18:35porque você quer que o meu corpo e minhas regras, mas tem outro corpo ali dentro. Então
18:40isso pros conservadores e a direita política entra nessa esfera, é indiscutível. Se a
18:48esquerda não é adepta de pena de morte, por exemplo, e eu acho que essa é uma discussão
18:54que tem que ser feita politicamente e eu sou contra a pena de morte. Então você vê,
18:59ah, ela tá com pensamento de esquerda. Não, eu sou contra a pena de morte. É por isso
19:02também que eu sou contra a pena de morte de bebês recém-concebidos. Você tem que
19:07ter coerência. Então, quando eu digo isso, óbvio que eu vou cair pra direita porque
19:11a esquerda não defende nada do que eu defendo, mas eu defendo o direito deles de existirem
19:16e de falarem e de defenderem o que eles acham certo. E lá pra frente a gente vai
19:20tentar chegar numa convergência, ou talvez em algumas concessões, em algumas coisas
19:27onde é possível haver concessão, vida não, mas algumas coisas é possível haver concessão
19:31porque é o que eu digo sempre, direita ou esquerda, a gente tem que acreditar que todo
19:35mundo tá querendo o bem do Brasil, que todo mundo tá querendo o progresso, que todo mundo
19:39tá querendo melhorar da situação em que nós nos encontramos hoje. Tem muita coisa
19:44pra fazer. Então, vamos buscar o diálogo, vamos tentar melhorar o que precisa ser melhorado.
19:49No Senado tem muita coisa, porque o Senado tá muito omisso, o Senado atual. É por isso
19:53que esse desejo de mudança pelo Senado especificamente tá forte demais.
19:57Sim, o Senado que por muito tempo se manteve sempre na mesmice, né? Sempre reelegendo
20:03os mesmos...
20:04Eu acho que sempre teve mudanças, mas num nível pequeno. Só que o Brasil foi caminhando
20:10pra problemas tão graves. Eu, por exemplo, digo sem nenhum pudor que nós vivemos hoje
20:15uma ditadura da toga, é uma ditadura do Judiciário, que é raro no mundo, normalmente as ditaduras
20:20são do Poder Executivo, obviamente por um Judiciário que foi aparelhado por Lula,
20:27por Dilma, pelo PT. Tem ainda um ministro indicado por Fernando Henrique, um do Temer,
20:32que é o maior ditador de todos, que é o ministro Alexandre Moraes, mas o Temer ele
20:36foi eleito com a Dilma, o Temer era a chapa Dilma-Temer, então foram os petistas que
20:40colocaram o Temer lá, então ainda é a indicação do PT. Esse STF que tá hoje nos tiranizando,
20:48ele é aparelhado pelo PT. E aí tem dois ministros indicados por Bolsonaro que tão
20:52ali basicamente anulados, porque a força dos outros é muito grande.
20:57Qual é o problema que se espalha por todas as esferas da sociedade e é por isso que
21:01o Senado tem tanta culpa? O Senado é uma instituição, por lei, que tem a incumbência
21:08de fiscalizar o Judiciário e o Executivo também, mas basicamente o Judiciário não
21:13vem sendo fiscalizado há muitos anos, não é de agora. Então o Senado precisa de mais
21:19mudança do que aquelas que o eleitor conseguiu fazer até hoje e é uma oportunidade fantástica
21:24em 2026 porque todos os estados vão eleger dois senadores e todos os estados no Senado
21:30têm o mesmo peso. Então é a chance que o Brasil inteiro tem de mudar mesmo o Senado.
21:36Mudando o Senado, fiscaliza-se melhor o Judiciário, o Executivo também, mas o Judiciário e eu
21:42acredito no restabelecimento do estado de direito no Brasil através do Senado, de um
21:48Senado atuante, não desse Senado omisso de agora.
21:50Sim. A senhora comentou que a direita tá ganhando muitos seguidores novos e são muito
21:56bem-vindos. Queria saber da senhora o que esperar da direita nas próximas eleições?
22:02Eu acho que o que esperar da direita sempre. Primeiro, coerência. E aqui eu tô defendendo
22:07o espectro político como um todo, óbvio que tem exceções de todos os lados, tem
22:11gente boa na esquerda, tem gente ruim na direita. Eu não gosto do termo extrema que a esquerda
22:18fica jogando. Todo mundo que é de direita é extrema, mas não existe extrema-esquerda
22:21não. Existe partido de extrema-esquerda. Eles se definem no estatuto assim, eles têm
22:27orgulho de dizer que são extremistas. Vou pegar um exemplo, o PSOL surgiu de uma dissidência
22:33do PT quando o marqueteiro da época transformou Lula no Lulinha Paz e Amor, lá na tentativa
22:39de reeleição do Lula, que foi bem-sucedida, e depois manteve aquela postura do PT Paz
22:44e Amor pra eleger Dilma. O PSOL foi uma ala do PT que não concordou com aquele movimento,
22:50saiu do PT e criou o PSOL. Então, eles são mais radicais ainda. Eu já acho o PT um partido
22:56radical hoje em dia, especialmente no discurso, e o PSOL é a extrema-esquerda. E tem vários
23:03outros, né? Bom, o Comunista, o Partido Comunista do Brasil, comunista é comunista, é extremista.
23:09Então, agora, da direita, o que é a extrema-direita? Primeiro que o único partido que nem se define
23:17de direita, ele é liberal. É o novo, o Partido Novo, ele é liberal, que já é um
23:21aspecto econômico, as pessoas confundem, né? Tem o conservadorismo e o progressismo.
23:27Tem o liberal na economia e o que o PT defende, que é o estatismo, né? Um Estado grande,
23:32inchado, o Estado como indutor do desenvolvimento, que na minha concepção é um Estado que
23:39se endivida muito, não desenvolve nada, deixa a dívida para os demais e não provoca, não
23:45permite a liberdade econômica, o empreendedorismo, então não provoca um desenvolvimento sustentável,
23:50né? E tem o conceito político, que é direita e esquerda. Mas vamos voltar lá, o Novo.
23:57Se for considerar que o Novo é o único partido de direita no Brasil, o que sobra? Sobra centro-direita,
24:03o PL, que é o Partido Liberal do próprio presidente Bolsonaro, no nome ele é Partido
24:08Liberal, então ele seria igual ao Novo, mas tem um monte de gente votando com o PT, eleita
24:13por conservadores de direita e que votam com o PT, que é uma das dores do PL atual,
24:18do PL, que quer se colocar e se firmar como um partido mais conservador à direita. Então
24:24é muito complicada essa discussão toda, mas eu acho que o que esperar da direita,
24:29coerência, o que esperar da direita é a defesa das pautas conservadoras, do liberalismo
24:35econômico, que é o que dá respiro para as economias em qualquer lugar do mundo, se
24:39você for ver, as democracias mais avançadas são as que pregam o liberalismo econômico,
24:45o que é isso? Um Estado menor, você não precisa estatizar tudo, mas as empresas estatais
24:50são aquelas em setores fundamentais e o resto é iniciativa privada, a livre concorrência
24:55gera redução de preços, melhora a vida do empreendedor, surgem mais negócios, então
25:02tem mais oportunidade de consumo, a economia gira mais, enfim, tem inúmeros casos aí
25:08no mundo inteiro que são bem sucedidos e o Brasil sempre patinando nessa coisa do
25:13Estado grande. Não tem cabimento a gente ter 17 mil sindicatos quando os Estados Unidos,
25:18que são bem maiores que o Brasil, tem 700 sindicatos. Não existe isso e as pessoas
25:24precisam perguntar por que a gente tem que ficar sustentando sindicato? Estou sustentando
25:27sindicato porque está no rombo do momento que é o escândalo do INSS, envolvendo sindicatos.
25:33Porque para sustentar sindicalista, o aposentado que já sustentou sindicato a vida inteira
25:39também tem que ter desconto e desconto não autorizado, que era o que estava sendo feito
25:43agora. Então é tudo muito absurdo e isso é o retrato do Estado inchado que a esquerda
25:48defende. Então esperem da direita um Estado mais enxuto, uma possibilidade, um respiro
25:56econômico, uma possibilidade de empreender, de buscar o sucesso financeiro inclusive por
26:02suas próprias pernas. A direita defende a meritocracia por isso. Não é que a gente
26:08não entenda a necessidade de assistencialismo social para quem está numa situação de
26:14miséria mesmo, de muita carência. Mas tem que ter porta de saída, você não pode manter
26:19a pessoa no cabresto de um saláriozinho, de uma contribuiçãozinha, um benefício
26:24miserável, ainda que no governo Bolsonaro tenha dado um salto gigantesco. Isso são
26:30dados estatísticos, não estou militando aqui pro lado nenhum, mas quem realmente tirou
26:37milhões da pobreza foi Bolsonaro na pandemia, arrastado pela necessidade de não permitir
26:44que aqueles 38 milhões de invisíveis que o ministro Paulo Guedes dizia que surgiram
26:48do nada, morressem. Quem que eram eles? Eram pessoas que nunca dependeram do Estado, mas
26:54que não tinham condições, não tinham nenhum caixa, não tinham nenhuma poupança, nenhuma
26:59condição de sobreviver se não deixassem ela trabalhar e não podia trabalhar por
27:02causa da pandemia. Guardador de carro, jardineiro, diarista, manicure, nossa, é uma lista imensa.
27:09A realidade da maioria dos brasileiros. Esses aí ganharam a ajudinha deles e conseguiram
27:13sobreviver, mas na rebarba, todos aqueles que viviam do assistencialismo tiveram três
27:18vezes mais renda, de repente, porque aumentaram de 200 para 600, o então auxílio emergencial,
27:25que depois virou auxílio Brasil, aí caiu para a Bolsa Família de novo, queriam reduzir
27:29o valor, aí a direita brigou lá no Congresso para o governo Lula não poder, não pôde,
27:35manteve, mas quem tirou realmente milhões da miséria foi o governo Bolsonaro. Ali,
27:40não tinha sido programado, foi na rebarba da pandemia, mas aconteceu. Então isso, só
27:45que tem que ter porta de saída, porque senão a gente fica enfrentando eternamente o alto
27:50custo do Estado, a gente pagando cada vez mais impostos, margem para corrupção e por
27:56aí vai. Não acaba. Não acaba. A senhora disputou uma eleição pela primeira vez em
28:042024, chegou no segundo turno no maior colégio eleitoral do Estado. A senhora esperava toda
28:11essa projeção? Obviamente que eu não sabia o percentual que eu atingiria, 42% dos votos
28:17válidos ali, eu não tinha ideia do que podia, mas eu entrei na disputa para ser prefeita.
28:23Então desde o primeiro dia de pré-campanha eu já estava focada em chegar no segundo
28:27turno e desde o primeiro dia de campanha de segundo turno focada em chegar à Prefeitura
28:33e quase chegamos. É que a força do poder econômico e político foi muito grande. Como
28:38eu disse, eu estava com zero de dinheiro público lutando contra 17 milhões do que foi declarado,
28:44do que foi usado, mas eu sofri um processo de asfixia muito grande em vários setores,
28:49imprensa, institutos de pesquisa que passaram nove meses sem citar meu nome, desde a pré-campanha
28:55e então no dia da eleição as pessoas não sabiam que eu era candidata. No dia seguinte
29:00da eleição, do primeiro para o segundo turno, no dia 6 de outubro, que foi o primeiro turno,
29:05à noite, sem ter saído do nosso escritório ainda lá, olhando um para o outro e dizendo
29:10como é que vai ser agora e tal, felizes com o resultado, mas a gente sabia que a gente
29:13tinha chance e chegamos. E chegamos quase empatados, foi um empate técnico que aconteceu
29:18no primeiro turno. Naquele momento ali a gente ganhou acho que uns 15 pontos percentuais
29:25pelo que a gente ficou sabendo de outros comitês de campanha que a gente não tinha os 80 mil
29:31reais para contratar pesquisa, 80 mil reais cada pesquisa. Eles faziam pesquisa toda semana
29:37desde maio, mais ou menos, janeiro, fevereiro já estavam fazendo a cada 15 dias e aí
29:42os resultados eram o que eles queriam. Não punho meu nome, inflavam um monte de candidatura
29:47que nem vingou depois, candidatos que não vieram e a gente olhando para aquilo tudo
29:54e dizendo vamos focar e vamos continuar trabalhando, sem olhar para número nem nada. Mas eu ganhei
29:5915 pontos percentuais e pelo retorno que eu tive pelas redes sociais e nos inúmeros encontros
30:04presenciais, porque aí era trabalhando de 7h à meia-noite, as pessoas diziam isso,
30:09eu não votei em você no primeiro turno porque eu não sabia que você era candidata e até
30:14muita gente dizendo eu não te conhecia, eu estou te conhecendo agora no dia em que dão
30:19o resultado do segundo turno, a partir de agora eu vou te acompanhar e se as tuas propostas
30:23forem melhores é com você que eu vou. E eu realmente ganhei mais 100 mil votos do
30:27primeiro para o segundo turno, sem um tostão de dinheiro público. Eu não tinha comitê
30:32de campanha, eu não tinha marqueteiro, eu não tinha assessor de imprensa, lutando contra
30:3917 agências de publicidade, 8 escritórios de advocacia eleitoral, 17 milhões de reais
30:44de fundo eleitoral do outro candidato, 8 partidos grandes, partidos na coligação dele. Toda
30:50a estrutura do governo do Estado, da Assembleia Legislativa, Prefeitura de Curitiba, Câmara
30:54Municipal, empresas públicas, autarquias, fundações, todo mundo trabalhando para o
30:59outro candidato. Então nesse sentido é o que a própria imprensa de esquerda disse
31:04no dia seguinte. Cristina Grêmio não ganhou, mas venceu. Exatamente. Porque o capital político
31:11está aí, tanto que eu estou na pré-campanha para o Senado. E inspirando outras mulheres
31:15a seguir o rumo da política, como você disse. A política precisa de mais mulheres, mais
31:19representantes. E essa é uma parte muito gostosa, mulheres e jovens. Eu não sou mais
31:23jovem, tenho 55 anos, bem vividos, mas foi muito bonito o movimento de mulheres e de
31:30jovens especialmente. Os homens também, sou muito grata, porque os homens estavam
31:33sempre juntos e tem um desejo do homem também de ver mais mulher na política. Isso nos
31:39impulsiona. Mas realmente a alegria das mulheres de se sentirem representadas, porque não
31:45é que toda mulher queira ir para a política e nem que toda mulher esteja ligada na política,
31:51mas quando elas veem uma mulher que se dispôs a enfrentar tudo isso que eu estou contando
31:55aqui e que foi lá e que fez bonito, e que realmente me representa, eu quero uma mulher
32:01assim na política. Podia ser homem, mas por acaso é uma mulher. Elas se inspiram para
32:06a vida delas. Então, os relatos são muito bonitos, assim, que eu ouvi ao longo da campanha,
32:11continuo ouvindo. E os jovens da mesma forma, porque os jovens, ainda mais essa geração
32:18muito internet, muito rede social, eles estão muito atrás de coisas muito voláteis. E
32:24eles realmente acompanharam a campanha. Eu participei no segundo turno, que me chamavam
32:29de sabatinas, de debate em universidades, e era muito bonito ver aqueles auditórios
32:34lotados. Eu sei que eles ganhavam crédito lá na disciplina X, Y, se eles estivessem
32:39presentes no debate. Então, também tinha isso, mas eles continuavam no auditório,
32:43em silêncio, acompanhando. Fizeram perguntas e depois era aquela fila de jovem querendo
32:48tirar foto e conversar um pouquinho mais. Os jovens da comunicação querendo entrevista
32:52para o rádio, para a TV, para o jornal da universidade. E continuam agora, me param
32:57na rua e conversam comigo. Muitos querendo, esperando o momento, os jovens, jovens, esperando
33:04o momento de ter 16 anos para poder tirar título. Aqueles que já tem, não tinham
33:08no ano passado, mas já com título. Os que estão entre 16, 18 ou já com 18, que já
33:14votaram na primeira eleição, acompanhando já pré-candidaturas, não só a minha. Então,
33:18despertar para a política é muito gostoso de ver. É gostoso e importante, né, Cristina?
33:24Sim, sim. O espaço fica aberto para a senhora falar, dar um recado para a população.
33:30Meu primeiro pedido, bom, agradecer a você que assistiu até aqui. Meu primeiro pedido,
33:35me sigam nas redes sociais. O meu sobrenome, ele é meio chatinho, porque ele é alemão.
33:39Consuantes e vogais não seguem a regra do português. Cristina Gremel. Escreve Cristina
33:44Gra-e, meu. Então, procure nas redes sociais Cristina G-R-A. Cristina Gra. Já vai aparecer,
33:50meus perfis são todos verificados, é o primeiro que aparece. Me sigam, porque ali você vai
33:54me ver falando sobre os temas do Brasil, falando sobre os temas do Paraná, contando um pouco
33:59da minha jornada na eleição, na pré-candidatura agora para o Senado, né, na caminhada até
34:062026. Sou pré-candidata ao Senado pelo Podemos. É o partido que aqui no Paraná é conhecido
34:12como o partido do ex-senador e ex-governador Álvaro Dias. Ele não é dono do partido,
34:17né, ele é a figura mais conhecida do partido, tem uma belíssima trajetória aí no nosso
34:21Estado. Quem sabe vem comigo junto nessa jornada também, 2026, estamos em conversa, né, junto
34:29que eu digo, disputar algum cargo também. Eu acho que ele tem um capital político muito
34:33grande que não pode ser desprezado. A gente viaja pelo interior, é muito gostoso ver
34:37a alegria das pessoas contando o que o Álvaro fez quando era governador por essa região.
34:42Tem os tótens ainda do governador Álvaro Dias, então eu acho que não pode desprezar.
34:47E além de me seguir, fale do meu nome, né, fale com as pessoas que você conhece, peça
34:54que me sigam. Na campanha municipal em Curitiba, eu passei, como eu disse, nove meses sem que
34:59o meu nome fosse citado pelos institutos de pesquisa e sem que a imprensa me chamasse
35:02para entrevistas. Então, eu não era chamada para debates e sabatinas porque a lei eleitoral
35:08dá esse aval para a imprensa, para as concessões públicas, para a rádio e TV, de não chamarem
35:12os candidatos de partidos pequenos. Então, não me chamavam. A única emissora que me
35:16chamou bateu a porta na cara no dia do debate e preferiu que eu ficasse de fora, sem maiores
35:21explicações. No segundo turno, não, porque aí era obrigatório por lei. Mas o que que
35:25eu estou falando em relação à jornada e por quê? A jornada para o Senado e por que
35:29me seguirem? Porque ali você tem a chance de me conhecer. Nós estamos a um ano e meio
35:33das eleições e eleitor não vá para a urna sem saber em quem você está votando. Isso
35:38que é o mais importante. A gente, durante muitos anos, foi muito desconectado, pegava
35:41o santinho ali na hora de ir para a urna e é nesse que eu vou ou porque o pai indicou.
35:45Conheça o seu candidato. É a nossa tarefa como eleitor porque depois ele fica quatro
35:49anos, no caso do Senado, oito anos. E ele está lá para nos representar. A gente reclama
35:55e diz não me representa, mas eles estão lá. Então, melhor escolher algum que te represente,
35:58nem que seja de outro estado. Acompanhe esse e vá lá cobrar na hora que precisar cobrar.
36:03E se a gente escolhe bem o candidato, aí sim a gente cobra com mais desenvoltura depois.
36:10Então, me acompanhe. Se eu tiver a graça de estar no Senado representando o Paraná
36:15a partir de 2027, me cobrem.
36:18Eu quero agradecer a Cristina Grêmio pela entrevista. Foi uma delícia conversar com
36:24outra jornalista, ver que tem tanto conhecimento. O Grupo Tribuna do Norte está sempre aberto
36:29para a senhora. E eu espero que essa caminhada pelo interior, por todo o Paraná, seja um
36:35sucesso. Muito obrigada.
36:36Muito obrigada. Eu que agradeço e parabéns pela atuação jornalística também, que eu
36:40sei que não é fácil.