MASSACRE - PISTAS ESCARSAS - ID INVESTIGAÇÃO DISCOVERY
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00:00Este programa contém dramatizações de pessoas e fatos reais.
00:04Alguns nomes foram mudados.
00:07Este programa é desaconselhável para menores.
00:10Ele contém imagens fortes que podem ser perturbadoras para algumas pessoas.
00:15É aconselhada prudência ao espectador.
00:21Em um lago pacífico, um homicídio duplo, sem pistas,
00:26forçam um detetive novato a recorrer a uma médium.
00:33Foi muito brutal.
00:37Eu senti que ele estava muito irritado quando fez aquilo.
00:42Um jovem desaparecido.
00:46Uma cena de crime pavorosa sugere um assassinato.
00:49A polícia tem perguntas.
00:52Uma médium procura respostas.
00:54Houve um único incidente.
00:58E é isso que eu quero ver.
01:03Quando as pistas são escassas e as respostas evasivas,
01:09os investigadores às vezes recorrem a investigadores psíquicos.
01:18Massacre.
01:19Bem-vindo a Nisse.
01:22As margens do lago Clear.
01:25Aninhada nas colinas do norte da Califórnia.
01:28Fica a pequena cidade de Nisse.
01:33Amor, você já terminou o e-mail?
01:35Ainda não.
01:36Ainda tenho mais duas ou três linhas.
01:38Donald e Mary Ann Duvardo.
01:41Se aposentaram e vieram para cá depois de criar a família no sul da Califórnia.
01:45Agora os filhos estão crescidos com suas próprias famílias.
01:51E o casal gosta de relaxar em seu cantinho tranquilo do mundo.
01:56Eles eram caseiros.
01:57Tinham um horário muito regular.
02:01Detetive do Distrito de Lake, Chris Carlyle.
02:03É, Corey.
02:04É o Chris.
02:05Eles eram pessoas muito tranquilas.
02:07Eram vizinhos muito amigáveis.
02:09Eram o tipo de gente que fazia sobremesa para as pessoas que se mudavam para lá.
02:156 de abril de 1999.
02:20Janet Duvardo e seu irmão mais novo, Jeff, foram visitar seus pais.
02:27Eu planejei essa viagem por vários meses.
02:31O aniversário do meu pai ia ser quando eu estivesse lá.
02:35Então fizemos planos para comemorar.
02:36Durante a viagem, Janet e Jeff põem a conversa em dia.
02:42Mas foi trabalhoso.
02:43Eu não o vi há mais de um ano.
02:45E nós conversamos sobre nossos empregos e nossos filhos.
02:49E sobre falar com a mãe e o pai para morarem mais perto da civilização.
02:53Quando Janet e Jeff chegam na casa dos pais, entram em um verdadeiro pesadelo.
03:05O que aconteceu?
03:05Fiquem do lado do carro.
03:07Por favor.
03:07Eu estava na rua, na frente da casa do meu pai e da minha mãe.
03:12E tinha policiais feita de isolamento.
03:15E eu gritando, é a casa dos meus pais, o que está acontecendo?
03:21Mais cedo naquele dia, um vizinho dos Duvardo estava preocupado.
03:27Ele não via nem tinha notícias do casal há uma semana.
03:30Normalmente eles avisam quando vão viajar, para ele olhar a casa e pegar a correspondência.
03:47Quando ele tentou a porta dos fundos, estava destrancada.
03:53Havia algo errado.
03:54Reconstituição.
04:10Mary Ann Duvardo.
04:13Morta.
04:14A polícia descobre depois o corpo de Donald.
04:24O detetive-chefe, Corey Pollitt, do gabinete do xerife do município de Lake.
04:32Eu fiz contato com a Janet e o Jeff.
04:35Disse que havia duas pessoas dentro da casa que eram idosas e foram assassinadas.
04:40Entendido, sacerdote. Vamos providenciar.
04:42Ai, meu Deus, que horror.
04:45Foi como se a visão periférica se fechasse e eu só conseguisse ver o que estava à minha frente.
04:50E nada fazia sentido.
04:51O Jeff imediatamente se abateu.
04:56Ele quase perdeu o equilíbrio, já ia caindo no chão.
04:59Ele ficou muito emotivo, chorando.
05:03No interior da casa, começa a investigação da cena do crime.
05:07Exatamente aqui.
05:09Duas vítimas, marido e mulher.
05:13Ambos brutalmente mortos a facadas.
05:15Mariano Duvardo estava deitada com o rosto no chão da sala de estar.
05:22Tinha ferimentos enormes no pescoço e na garganta.
05:26Donald Duvardo foi encontrado na lavanderia.
05:30Ele tinha cortes aparentes nas mãos, nos braços, nos dedos.
05:33O perito já examinou e repolheu.
05:36Pareciam ferimentos óbvios de defesa, como se ele tivesse lutado.
05:44A casa é revistada.
05:47Não esqueçam de olhar debaixo do sofá e debaixo das almofadas também.
05:51Quando você entra, acha que o motivo foi roubo, mas quando começa a verificar,
05:54as coisas que deveriam ter sido levadas não foram.
05:56Então você começa a achar que foi mais do que uma cena preparada de crime.
06:03Não há virtualmente evidência alguma.
06:07Não há sinais de entrada forçada.
06:10Não há digitais desconhecidas.
06:15Só um pano de prato com o que parece ser sangue.
06:19O pano tinha sido molhado e torcido.
06:21E tinha manchas escuras.
06:23Nós o recolhemos e achamos que poderiam ser manchas de sangue.
06:26E levamos como prova para examinar depois.
06:29A polícia acha um relógio quebrado.
06:32Os ponteiros estão parados às 10h25.
06:36Provavelmente a hora das mortes.
06:39Nós examinamos o computador deles e descobrimos que a última vez que foi usado
06:43foi às 7h30 da manhã do dia 31 de março.
06:48Eles sempre viam os e-mails por volta das 11h ou meio-dia.
06:53E isso não foi feito no dia 31.
06:55Então, foi o dia em que eles talvez tenham sido assassinados.
06:59Eu quero que examine tudo.
07:01As mortes confundem a polícia.
07:03Pode deixar, senhor.
07:05E devastam a família.
07:08Isso ainda me deixa atônita.
07:10Eu me lembro de pensar...
07:13Peraí, os meus pais morreram e eu devia ficar histérica e não estou.
07:19E é só do que eu me lembro, só esse incrível...
07:22Eu ficando congelada.
07:28Nada se encaixa.
07:31Por que essas pessoas foram vítimas?
07:33Era uma grande pergunta.
07:35E é uma das perguntas que fazemos sempre que vamos a uma cena de homicídio.
07:39Por que essas pessoas foram vítimas?
07:41Queríamos respostas.
07:43Queríamos respostas.
07:44Por que isso aconteceu?
07:46Eles eram alvos.
07:48E somos os próximos?
07:52Estávamos assustados.
07:55Foi mesmo um dia horrível.
07:56A chave para resolver os homicídios pode estar na própria natureza do ataque.
08:04Uma agressão frontal próxima com um instrumento afiado é muito difícil de ser realizada.
08:10Para realmente esfaquear alguém e se tirar o sangue em você tem que ser um ataque muito violento.
08:15Os crimes foram hediondos, pessoais e muito provavelmente cometidos por alguém que os do Vardo conheciam bem.
08:23Alguém em quem confiavam.
08:30Houve muitos estudos sobre os ferimentos da faca e as regiões onde eles se concentram.
08:35Quando eles se concentram em volta do rosto e da área frontal de uma pessoa,
08:39quem ataca quer que ela saiba, quer que ela veja o seu rosto.
08:41Olha, sou eu e eu estou te matando.
08:44Procuramos entre os amigos íntimos e a família.
08:47Mas todos que eles checaram tinham um álibi.
08:50E é difícil achar um motivo para alguém querer matar o casal de idosos.
08:57Começa a pressão.
08:59E então um telefonema muda tudo.
09:25A irmã de Donald diz à polícia que seu sobrinho Jeff pode saber mais do que está dizendo.
09:34Ela explica que vários meses antes dos crimes, Jeff fez um pedido em comum a eles.
09:42Um empréstimo de 50 mil dólares.
09:45A tia e o tio do Jeff tinham muito dinheiro.
09:48E o Jeff sabia disso.
09:49Ele pediu um empréstimo de 50 mil dólares a eles.
09:53A razão para o empréstimo é ainda mais estranha.
09:58Jeff disse a eles que estava envolvido em um plano secreto de contrabando de armas para a CIA.
10:04Trocando armas de fogo por diamantes e outras mercadorias que não podem ser rastreadas.
10:09Mas em 1998, tudo deu errado.
10:17Faltavam uns 200 mil dólares.
10:19Tinham desaparecido em algum lugar.
10:21E ele pagou tudo, menos 50 mil dólares do dinheiro dele.
10:26E se ele não pagasse essas pessoas, elas iriam matá-lo.
10:29A tia e o tio de Jeff não acreditaram na história.
10:35Parecia loucura.
10:39E eles se recusam a dar o dinheiro a ele.
10:42Então Jeff recorreu aos seus pais.
10:45A mãe e o pai que amavam o filho e queriam protegê-lo, emprestam o dinheiro.
10:49A primeira coisa que quisemos saber foi para que ele precisava do dinheiro.
10:54Não tínhamos evidência, nem uma causa provável para conseguir um mandado de busca para checar os registros dele.
10:59Então queríamos que ele cooperasse o máximo possível.
11:03Nós achamos um meio de conseguir os registros sem que ele soubesse que fazíamos isso.
11:09Eles mandaram um questionário para os irmãos do Vardo.
11:14Cobrindo tudo, de contas bancárias a questões pessoais.
11:17Eu recebi o questionário da Jennifer do Vardo.
11:22O Jeff, por outro lado, me ligou várias vezes querendo saber por que vocês precisam disso.
11:28Por que querem isso?
11:29Quando ele retornou, não havia nada sobre os registros financeiros, nem sobre contas bancárias dele.
11:35Ele tinha ignorado isso tudo.
11:38Então nós suspeitamos cada vez mais dele naquela época.
11:42E aí decidimos saber quem era Jeff do Vardo, quem eram os seus amigos, onde trabalhavam.
11:47E também investigar mais algumas coisas sobre ele.
11:52Jeff trabalha em uma empresa de engenharia.
11:56Lá os detetives falam com colegas dele e ouvem falar de um Jeff do Vardo diferente.
12:02Alguns o descrevem como um homem cordial e afável, que sempre fala com amor sobre seus dois filhos adotivos.
12:09Outros descrevem sua devoção a uma filha acometida pelo câncer.
12:18Os detetives ficam imaginando que estão atrás do homem errado, exceto por uma coisa.
12:23Ele era um mentiroso patológico.
12:26Jeff do Vardo não tinha filhos adotivos e sua filha não estava doente.
12:31Ele mentiu sobre a filha, mentiu sobre a CIA, ou a agência do governo para a qual trabalhava, sobre os filhos que adotou.
12:39Eu não fiz isso.
13:09Os detetives não acreditam.
13:12Você mentiu.
13:14Quando dissemos que ele tinha matado os pais, ele disse, eu não matei a droga dos meus pais.
13:19E usar esse tipo de palavra para descrever os pais, você podia dizer, eu não...
13:24Eu não...
13:26Droga, eu não matei os meus pais.
13:28Mas dizer, eu não matei a droga dos meus pais indica a raiva que você tem dos seus pais.
13:32Foi o que o detector indicou.
13:33Isso impressionou muito.
13:35Você tem que dizer a verdade.
13:36Não é uma criança chorosa que só quer ajudar numa investigação.
13:41É um suspeito.
13:42É uma pessoa que matou os pais.
13:44O problema é que Jeff do Vardo tem um álibi.
13:47É só verificar no meu diário.
13:48A empresa de Jeff tem alta segurança.
13:53Os funcionários precisam de um cartão para entrar e sair do escritório.
13:58Cada reunião requer assinatura.
14:01No dia dos crimes, a assinatura de Jeff está no livro.
14:04Talvez ele tenha voado para Nice depois da reunião.
14:12Mas quando os detetives checam as empresas aéreas e os voos fretados,
14:18não acham registro de viagem alguma.
14:20A investigação para.
14:22Tudo parecia apontar para ele, mas não tínhamos provas suficientes,
14:26nem a causa provável para continuarmos.
14:29Não sabíamos para onde ir naquele ponto ou o que fazer.
14:32E aí então a coisa esfriou um pouco.
14:34Os detetives têm perguntas que só uma mulher pode responder.
14:39Eu falei com o Carl Stein, que foi detetive daqui.
14:42Ele falou de uma médium que ele tinha usado num caso,
14:46com quem se sentiu muito à vontade e que ele garantia.
14:51O Corey me disse que ia falar com a médium forense.
14:54Nós tivemos essas discussões no passado e eu acho que...
14:58Eu não acredito.
14:59Não acho que tem algum valor.
15:00Como a maioria das pessoas, eu sou cético com relação a médiums.
15:05Mas eu não tinha nada a perder.
15:07Mais de um mês depois dos crimes,
15:10os detetives Pollitt e Carl Stein visitam a médium da Califórnia,
15:16Kay Ray.
15:18O Stein me ligou perguntando se eu podia trabalhar com ele,
15:21como havia trabalhado em outros casos.
15:23E eu fiquei dizendo, por que não vem quando acontece?
15:27Aí eu posso ajudar e resolver logo.
15:31Quando se fala com médiums,
15:32alguns deles querem segurar um pedaço da roupa
15:35ou alguma coisa da pessoa e tentar sentir assim.
15:38Ou então vê em fotos.
15:40E a Kay não é assim.
15:42Ela vê as coisas como um filme passando pela cabeça
15:46ou ela vislumbra as coisas e te faz algumas perguntas.
15:50Eles me dizem o que sabem, eu digo a eles o que sei.
15:53Aí botamos os dois juntos para ver se batem.
15:57É como montar um quebra-cabeças.
16:00Tem a ver com dinheiro.
16:02Tem a ver com dinheiro.
16:03Eu falei do fato da mãe e do pai
16:06estarem mortos e em cômodos diferentes.
16:11Ele tinha sido muito brutal.
16:14Senti como se ele estivesse zangado quando fez isso.
16:18Kay imediatamente se concentra no filho dos Duvardo, Jeff.
16:23Eles me deram a lista dos filhos
16:25e eu achei que o filho era o que não encaixava.
16:30Ele tinha mentido para eles.
16:32Quando ela tenta ver o paradeiro da faca,
16:35só consegue ver água.
16:40Nós temos um lago enorme no município.
16:43A rodovia passa ao lado do lago, perto da casa deles.
16:46É uma área muito boa para se descartar uma prova.
16:50Kay tem uma outra visão.
16:53Chamas.
16:55Porque normalmente eu procuro ver o que aconteceu com a arma,
16:59se ficou alguma coisa nas roupas que possa incriminá-lo.
17:05Não neste, porque ele as queimou.
17:08A agenda de trabalho de Jeff o mostra em uma reunião na hora dos crimes.
17:16Se ele matou os pais, só teve poucas horas para isso.
17:20Eles disseram, nós checamos as empresas aéreas.
17:25Eles não sabiam como ele poderia chegar aqui tão rápido.
17:29Mas um avião não parece certo para Kay.
17:33Ela vê mais uma coisa.
17:36Eu senti que ele havia dirigido até lá,
17:38mas não parou na frente da casa onde seria visto.
17:41A viagem de ida e volta levaria 14 horas.
17:46Impossível se Jeff estivesse no trabalho.
17:50Mas se ele deu um jeito de fugir da sua rotina diária.
17:54Eu fiquei sentindo que devíamos ir ver alguma coisa no carro.
17:59Ela viu um veículo que não era do Jeff.
18:03E também nos disse que viu um documento relacionado ao carro
18:08que estava no porta-luvas.
18:11Eu senti que ele tinha alugado o carro.
18:13E então, sem mais provas,
18:15os investigadores não conseguem um mandado para checar a locação.
18:20E quando Jeff contrata um advogado,
18:22se recusa a falar com a polícia.
18:25Os detetives Pollitt e Carlyle não vão desistir.
18:29Havia um medo de não se conseguir finalizar este caso.
18:35O Corey e eu não conseguimos largá-lo,
18:37então fizemos muita coisa nas folgas.
18:39Sempre trabalhamos nele.
18:41E eu acho que foi só uma motivação interna
18:43que disse que tínhamos que terminar este caso.
18:45Isso não é certo.
18:46Sabemos que é um caso que se pode solucionar.
18:49E por isso nos esforçamos tanto.
18:52Finalmente, a persistência deles é recompensada.
18:55Depois de uma espera de quase dois anos,
18:59chega o resultado do DNA da toalha achada no banheiro dos Duvardo.
19:05O material é de Jeff Duvardo.
19:11Agora, os detetives conseguem um mandado
19:14e têm acesso aos registros financeiros de Jeff.
19:17Eles descobrem que ele alugou um carro um dia antes dos crimes.
19:20A quilometragem que Jeff pôs no carro foi de 2.800 quilômetros.
19:30Num período de dois dias, quando ele devia estar no trabalho.
19:34Então, isso deu a ele quilometragem suficiente para ir e voltar.
19:39A tese da polícia é que Jeff não foi trabalhar naquele dia.
19:42Mas, em vez disso, dirigiu até a casa dos pais.
19:45O filho alugou um carro e dirigiu de Los Angeles até lá.
19:52Para ver se conseguia conversar sobre dinheiro,
19:55mais dinheiro e sobre um atraso na devolução
19:57do que eles haviam emprestado a ele.
20:00Jeff?
20:01Oi, pai, tudo bem?
20:03Jeff?
20:04Oi, mãe.
20:05Oi, filho, tudo bem?
20:06Olha, gente, eu vim falar com vocês sobre o empréstimo.
20:08Acho que ele ficou irritado quando lhes deram um não categórico.
20:13E aí matou os dois.
20:14Vamos se arrepender.
20:15Queremos o dinheiro.
20:16Como vai nos pagar?
20:16Vamos se arrepender.
20:17Ele esperou a oportunidade deles se separarem.
20:25Então matou a mãe.
20:28E sabia que o pai estava lá fora pegando lenha
20:30e voltaria pela lavanderia.
20:38Ele atacou sem piedade.
20:44E então revirou a casa, tentando disfarçar os crimes
20:48como se fosse um roubo que deu errado.
21:03Com um lago tão perto, seria fácil se livrar de provas.
21:07É um lago muito escuro e, a não ser que haja uma localização específica,
21:15não tem como você achar nada.
21:26De volta a Los Angeles, Jeff conseguiu cobrir a sua ausência.
21:30Levaria dez segundos para ele procurar a folha, assinar e sair dali.
21:40Um assassinato premeditado de pais amorosos.
21:44Essa foi a coisa que mais me impressionou.
21:49Aquelas pessoas sabiam que estavam cedo,
21:51que iam morrer e que o filho era o assassino.
21:54As autoridades prendem Jeff no trabalho em 23 de janeiro de 2001,
21:59acusando-o de dois crimes de homicídio qualificado.
22:03Um júri o declara culpado.
22:07A polícia agradece a médium Kay Ray por sua ajuda.
22:10E com a Kay, eu senti que ela tem alguma capacidade.
22:16E não tem problema se ela nos der aquela pecinha
22:19que pode nos tirar do impasse e resolver o caso.
22:22Então, é o melhor.
22:26Jeff Duvardo atualmente cumpre pena de prisão perpétua,
22:30sem possibilidade de condicional.
22:32Ele está exatamente onde tem que estar.
22:42Eu me lembro de que uma vez nós falamos
22:45sobre não deixar que isso nos fizesse cronicamente bem mais amargos.
22:52Seria um tributo muito, muito pobre à mamãe e ao papai
22:55se ficássemos assim.
22:57Eu quero mais do que tudo o que ele sente comigo.
23:03Que me olhe nos olhos e aí diga, fui eu.
23:08Foi a pior coisa que eu já fiz.
23:10E eu sinto muito, muito.
23:12E quero que me perdoe.
23:14Eu quero isso mais do que tudo.
23:15Jeanette Duvardo e a família passaram por uma tragédia inimaginável.
23:23Chênia, no Ohio.
23:26Dezembro de 1992.
23:29Greg Turner, de 23 anos, está no auge da forma física.
23:34Durante anos, ele exercitou seu corpo,
23:38esperando servir o seu país na Marinha dos Estados Unidos.
23:43Mas devido a sua péssima visão e por precisar de aparelho auditivo,
23:48o seu ingresso na Marinha foi negado.
23:52Mesmo assim, Greg está contente.
23:56Ele mora com seu pai.
23:58E tem uma namorada apaixonada com quem pretende casar.
24:01Greg Turner quer ter uma vida longa e feliz.
24:10Na manhã de 3 de dezembro,
24:12uma moradora do condomínio de Greg chama a polícia.
24:17Ela acha que alguém matou um cervo no estacionamento.
24:21Alguém andou matando o cervo?
24:22Há sangue em toda parte.
24:23Os policiais que atendem chamam o detetive de homicídios, Dan Savage.
24:33Eu comecei a olhar em volta e encontrei fios de cabelo,
24:38tecidos e outras coisas que eu sabia que não eram de um cervo.
24:42O detetive Dan Dunahill trabalha no caso.
24:46Nós achamos lentes de óculos quebradas.
24:51Ao examinar melhor a cena do crime,
24:53achamos pequenos fragmentos de ossos que pareciam fragmentos de crânio.
25:00Também achamos uma pequena bateria do tipo usado em aparelhos de audição.
25:04Alguma coisa terrível aconteceu.
25:09Eu preciso de peritos aqui para recolher...
25:11Nós presumimos na época que a vítima desse crime estava morta.
25:15Não havia como alguém ter sobrevivido àquele tipo de ferimento.
25:23Mas quem era a vítima?
25:25Nós começamos a checar os apartamentos do condomínio
25:29para ver se todos os moradores estavam lá.
25:31O senhor tem...
25:33Durante esse tempo descobrimos que Greg Turner,
25:36que morava com o pai no condomínio, não estava em casa.
25:39Mora sozinho aqui.
25:39E o carro dele estava estacionado na rua,
25:42onde normalmente fica quando ele chega à noite.
25:44O Greg usa óculos?
25:46Aí soubemos pelo pai dele que o filho usava óculos e um aparelho para a surdez.
25:51E foi aí que nós determinamos que o Greg Turner era a nossa vítima nesse crime.
25:59O pai de Greg não acredita.
26:03Foi o meu filho?
26:07Quase sempre que ele está morto?
26:10Como não tínhamos uma amostra do sangue do filho para comparar na época,
26:16não tínhamos uma garantia absoluta de que era o filho dele.
26:22Ele era o único desaparecido na área.
26:24Ele tinha amigos.
26:25Mas como aconteceria com qualquer pai,
26:27ele tinha esperança de que ia achar o filho e ele estaria bem.
26:30Se relacionava com todo mundo aí.
26:32Mesmo assim, os investigadores sabem que este caso não terá um final feliz.
26:36A família merece respostas e justiça.
26:44Sem tardar, uma médium vai ajudá-los a ter as duas coisas.
26:49Existem pessoas que especulam sobre o que pode ter acontecido numa cena de crime.
26:57Mas há apenas um incidente que aconteceu.
27:02E é o que eu quero ver.
27:10O detetive Dan Savage acredita que Greg conhecia o assassino.
27:14Quando é um roubo, você não leva o corpo.
27:18Sabe, você vai, pega a carteira do cara, bate nele e vai embora.
27:23Esse foi brutal. Foi um exagero.
27:25Foi uma coisa pessoal.
27:27Eles vão falar com a namorada de Greg.
27:32Não. Ninguém queria machucar o Greg.
27:36Ela nega.
27:37Não.
27:38Não quer falar nisso. Isso não aconteceu.
27:41Nesse momento, nós finalmente tivemos que dizer.
27:44Olha, ele sumiu e você tem que começar a nos ajudar.
27:49Se sabe de alguma coisa, nos dê alguma informação.
27:51Bom, é... eu... eu sou...
27:53Ela conta a Savage e o detetive Dan Dana-Hill sobre um ex-namorado.
27:59Nós soubemos naquele dia que ela teve um namorado.
28:02James Kiel.
28:04Mas a informação que tivemos foi de que o Greg e o James se davam bem.
28:10Não havia problemas entre eles.
28:11Mas outros interrogatórios revelam uma história diferente.
28:16Nós falamos com alguém que mencionou que James Kiel tinha problemas com o assunto da namorada.
28:26E foi a primeira vez que soubemos que havia algum problema aí.
28:31Então, nós marcamos uma entrevista com o Sr. Kiel.
28:36Como vai?
28:37Obrigado por ter...
28:38Eu sentei e conversei com ele.
28:39Eu precisava muito falar com você.
28:41E alguma...
28:43Alguma coisa não estava certa.
28:46Você só exagera no ataque pessoal quando tem alguma coisa, uma razão para isso.
28:51Não.
28:52É uma cidade pequena.
28:53E para todos com quem eu falei...
28:56Aquele homem sentado à minha frente era o único que tinha razão para fazer aquilo.
29:00Então eu comecei a fechar o cerco em volta dele.
29:01Não tenho ideia do porquê isso aconteceu.
29:03Tentando ver quem era James Kiel e o que eu podia descobrir sobre ele.
29:06Não havia muita coisa.
29:10Só que ele tinha uma fascinação por essa moça.
29:13Que o largou.
29:16Pelo Greg.
29:19O instinto diz a Savage que James era o homem certo.
29:23Mas ele precisa de provas.
29:28Um colega sugere que ele fale com uma médium.
29:32E a mãe de Greg concorda.
29:34Eu sei o que elas fazem.
29:37Elas fazem coisas que ninguém consegue.
29:39E eu queria tanto achar o meu filho.
29:42Aí então eu disse...
29:44Façam o que for preciso, mas façam.
29:47Eu quero o meu filho.
29:49Savage liga para a médium Karyl Kirkpatrick.
29:53Alô?
29:54Eu disse...
29:55Preciso de ajuda.
29:56Me disseram que você talvez pudesse me ajudar.
30:00E é uma coisa diferente para mim.
30:01Mas vamos ver o que conseguimos.
30:03Talvez ele também...
30:04Como Karyl lê as situações ouvindo a voz de uma pessoa.
30:09Ela faz a Savage uma pergunta simples para tirar a cabeça dele do caso.
30:14Ela disse...
30:15Eu preciso saber como está o tempo aí hoje.
30:17Eu disse que estava nublado, frio e ventando.
30:20E ela disse...
30:20Você está vendo um triângulo amoroso?
30:23Eu senti que havia alguma coisa relacionada a ciúme.
30:27Que estava criando o aborrecimento, a agitação e o problema.
30:32E isso encaixa na teoria de Savage sobre o crime.
30:37Mas a próxima visão de Karyl, não.
30:40Eu senti que ele tinha sido baleado.
30:42O que é?
30:43O que você está fazendo com a minha garota?
30:44Não havia nada na cena do crime que nos desse alguma evidência de que havia arma de fogo envolvida.
30:50Não havia cartuchos vazios.
30:52Nenhum resíduo de pólvora.
30:55Nada que mostrasse o envolvimento de uma arma desse tipo.
30:57Eu não estou descartando isso.
31:00Estou levando tudo a sério.
31:03Mas estou sério.
31:04Mas e o corpo?
31:06Eu disse que a pessoa que atirou nele, depois de matá-lo, o pôs numa caminhonete e o levou pelas estradas 72 e 42.
31:18Ela disse, eu escuto a água corrente.
31:23Vejo uma cova rasa.
31:26Algumas árvores em volta.
31:31Vejo uma cerca de madeira.
31:32Isso, é uma cerca de madeira.
31:34Estou captando o parque John Bryan.
31:41O parque John Bryan é a área onde o James morava.
31:46E eu sabia que, na verdade, ele morava do outro lado da rua.
31:52E eu também disse a eles que, de algum jeito, havia um carro azul envolvido no crime.
31:59Parece um besouro.
32:02E ela disse, não é um Volkswagen.
32:05Mas é redondo.
32:07E ela disse,
32:09Olha a mala, é o que eu tenho agora.
32:13Tchau, tchau.
32:15Servad está cautelosamente otimista.
32:19Eu anotei tudo e pensei,
32:22eu vou usar isso e se acontecer alguma coisa, vai ser por causa dos detetives.
32:26Não se pode esperar que elas te deem tudo e resolvam o crime.
32:32E ela foi muito clara nisso.
32:33Eu te dou o que vejo, mas você vai ter que agir.
32:35Você vai ter que realizar esse trabalho.
32:39Servad, saí em campo.
32:42Então, James, que tipo de carro...
32:43Eu liguei para o James de novo para uma segunda entrevista.
32:45E qual é a mala?
32:46Perguntei o que ele dirigia, que tipo de carro tinha.
32:48Mas eu tive um pequeno acidente com ele.
32:50Ele disse que tinha um veículo pequeno e vermelho.
32:52Mas devido a um acidente recente, ele agora está com o carro da mãe.
32:58E eu disse, tá bom, que cor é?
33:01Era azul.
33:03Posso entrar?
33:04Tudo bem.
33:04Carrie ouviu um carro azul com alguma coisa importante na mala.
33:11Eu pensei, que ótimo.
33:14Eu achei que fosse o caminho.
33:16Então, eu disse, vamos dar uma olhada.
33:19Vamos realmente ter que ver.
33:22Aí eu dei uma olhada e disse, você se importa de abrir a mala para eu ver?
33:29Aí ele abriu a mala.
33:32E do tamanho da ponta de uma borracha de lápis, eu vejo uma pequena gota de sangue.
33:38Ué, o que é isso?
33:40Aí eu perguntei, o que é isso?
33:43Eu não sei.
33:46Bom, a minha mãe carrega compras aí.
33:48Isso parecia ser uma boa razão.
33:51Ele disse que podia ter sido carne de hambúrguer.
33:54Se importa de tirarmos uma amostra disso?
33:56Não.
33:57Eu volto já.
34:00Eu liguei para um dos peritos e ele colheu uma amostra e, pelas primeiras indicações, era o sangue do Greg Turner.
34:08O detetive Dan Savage fala com Kiel de novo.
34:11E estuda a reação dele durante a busca em sua casa.
34:15Queríamos deixá-la numa situação de alto estresse, para ele saber que estávamos chegando perto.
34:20Estávamos procurando coisas e queríamos ver se o comportamento dele mudava.
34:24Você se incomodava pelo Greg sair com a sua ex?
34:27Não, não me incomodava muito não, porque ela não estava mais interessada em mim.
34:31Então eu disse, vai fundo.
34:32E ele falou, tudo bem.
34:34E ele foi.
34:34Ele não mudou muita coisa.
34:37Muito calmo.
34:40E a busca termina sem evidências.
34:42Obrigado.
34:43No dia seguinte, Kiel faz um teste no detector de mentiras.
34:54Os resultados não foram conclusivos.
34:58E isso significa que eles não sabem dizer se ele está mentindo e não sabem dizer se está dizendo a verdade.
35:03Está acontecendo alguma coisa.
35:05Ele pode estar escondendo alguma coisa, mas não é o bastante para dizer que ele esteja mentindo.
35:09Que o promete fazer outro teste em dez dias.
35:17Enquanto espera, Savage pede a médium Cario Kirkpatrick para ir à Xênia.
35:22Tem certeza que estamos perto?
35:23Ele espera que, estando na área, ela possa levá-lo ao corpo de Greg.
35:27Está certo.
35:30Cario guia o detetive pela rota que ela sente que o assassino tomou depois do crime.
35:35Ela me levou até a área de Clifton.
35:40Clifton é onde fica o Parque John Brier.
35:43É onde James morava.
35:45Vejo que estamos...
35:45Nas primeiras visões, ela ouviu água corrente.
35:51Nós passamos em várias estradas, procurando, até eu achar o som que tinha ouvido na mente.
36:01Cario leva Savage à rua de James Kiel.
36:04Ela não apenas me levou até a área, ela me levou a uns 100 metros da casa do James.
36:13Isso foi muito positivo.
36:15Muito bom.
36:17E eu disse, toda vez que passamos por esta quadra,
36:24sinto como se estivéssemos em volta do corpo.
36:29Está perto.
36:30Ela me reconfortou porque...
36:32Tem água.
36:33Está me dando confirmação de que eu estou na pista certa, sem eu nunca ter dado informação alguma a ela.
36:40Savage não perde aqui o de vista.
36:45Sempre que eu ia do trabalho para casa ou o que fizesse, aproveitava a oportunidade para passar lá.
36:50Para que o James soubesse que eu ainda estava lá.
36:56E aí, por acaso, um dia ele parou ao meu lado no sinal.
37:00Eu olhei para ele e acenei.
37:01Sabe, eu estou aqui.
37:02Ele não foi muito receptivo.
37:09Dava para ver que ele não gostou de eu estar sempre por ali.
37:15Ele seguiu o caminho dele e eu o meu.
37:19E o irônico nisso é que foi no dia anterior ao segundo teste, no detector de mentiras.
37:25A pressão deve ter sido demais.
37:27Já faz duas horas e acho que ele não vai mais.
37:32No dia marcado, Kill não aparece para o teste no detector.
37:36E não é encontrado em lugar algum.
37:39Eu sei que aconteceu alguma coisa porque ele fugiu de nós.
37:43O que neste caso não me incomodou ele ter fugido, porque ele fugir era o início do fim.
37:50E eu sabia disso e me senti bem.
37:52Ninguém sabe para onde Kill foi.
37:58Mas, de algum jeito, eles têm que trazê-lo de volta.
38:06A mãe dele era uma pessoa que acreditava em médiums.
38:10E era uma coisa ousada.
38:11Eu achei porque a coisa podia fracassar.
38:14Eu disse a ela que eu já vinha consultando uma médium
38:17que tinha certeza que o James estava envolvido.
38:20Ela disse que a essa altura eu acho que a mãe e o pai estão começando a pensar
38:25o que o nosso filho fez.
38:28Eu.
38:28A mãe mais do que o pai.
38:31Aí ela diz, eu quero lhe mostrar uma coisa.
38:34Eu preciso lhe mostrar uma coisa lá no quintal.
38:36Ela mostra a ele duas pilhas de lenha no quintal.
38:39E ela disse, eu empilhei esta, mas não empilhei aquela outra ali.
38:43Ela disse que foi empilhada.
38:45Essa outra foi empilhada de novo.
38:48Sávad, lembra das visões de Keri o Kirkpatrick?
38:51Esta.
38:53Eu estou lá, escuto a água, vejo a cerca e estou olhando a lenha cortada e fico pensando.
38:59Sabe, pode ter sido isto o que ela viu.
39:03Tudo está batendo.
39:04Eu liguei para o Dan e disse, onde você está?
39:09Vem até aqui.
39:11Nós começamos a tirar a lenha.
39:13Cavamos um pouco por cima.
39:17Talvez a uns 10 centímetros nós achamos um tecido jeans.
39:24Continuamos.
39:25E puxamos um pouco para ver se era um pedaço de pano.
39:28E ele disse, não.
39:30Vamos parar.
39:31Encontramos.
39:32Achamos o Greg.
39:33É, é ele.
39:35Os detetives não acreditam que Kiel tenha ficado tão calmo durante a busca em seu quarto.
39:41O irônico nisso tudo é que estávamos no quarto dele, com ele.
39:45E quando eu falei, ele me disse que não sabia onde o Greg estava.
39:49E o tempo todo o Greg estava enterrado a 4 metros de mim.
39:54Sabem para onde ele pode ter?
39:56Então começamos a tentar descobrir onde o James estava.
39:58Nós temos parentes na Califórnia.
39:59É o único lugar para onde ele poderia ir.
40:00Os pais disseram que tinham parentes na Califórnia.
40:03Faça o seguinte.
40:04E que ele podia ter ido para lá.
40:07Então eu pedi para um dos detetives ir para a estação rodoviária.
40:11Me mantém informado.
40:12E ele foi lá e confirmou para nós que tinham comprado uma passagem para aquele destino.
40:18Eles vão tentar interceptar Kiel quando o ônibus parar em Las Vegas.
40:26Aí eu fui lá me encontrar com a polícia metropolitana de Las Vegas.
40:30Eles mandaram dois caras e nós fomos à rodoviária.
40:33Eles botaram jaquetas da empresa de ônibus, pegaram vassouras e saíram para procurar.
40:40O James desembarcou na rodoviária e eles o pegaram e o algemaram.
40:51E ele ficou sob custódia.
40:53E foi isso.
40:54Você tem o direito de ficar em silêncio.
40:56Tudo o que disser pode e será usado contra você.
40:58Kiel finalmente admite o homicídio.
41:03Ele disse que tinha ciúme do relacionamento de Greg com sua ex-namorada.
41:08E então resolveu confrontá-lo.
41:10É minha!
41:12Entendeu?
41:12A polícia primeiro não acha evidências de tiros.
41:15Mas Cariel sabia que tinha sido assim.
41:18Agora sabemos que houve tiros.
41:20Na autópsia acharam uma bala calibre 22.
41:23O Greg tinha sido baleado no estômago.
41:25Como o tiro não matou o Greg,
41:28Kiel o atacou com uma machadinha.
41:33Ele transportou o corpo pelas estradas 72 e 42,
41:37como Cariel tinha visto.
41:42Depois o enterrou debaixo da pilha de lenha.
41:47Cariel tinha visto um carro azul.
41:51E os investigadores recolheram uma gota do sangue de Greg
41:54em um carro azul que Kiel estava dirigindo.
41:58Os detetives agora sabem porquê.
42:01O Greg nunca esteve naquele carro.
42:04O que é aquilo ali?
42:06Ele nunca esteve naquela mala.
42:08Não havia razão para o sangue dele estar ali.
42:10Mas o James tinha esquecido de que quando ele limpou o veículo em que transportou o Greg,
42:17ele tirou a bola de boliche.
42:19E os pés no fundo da bolsa tinham transferido sangue para o carro.
42:23James Kiel se declara culpado do homicídio de Greg Turner
42:32e recebe pena de 20 anos à prisão perpétua.
42:36A Mãe de Greg, Sandra Corona
42:40Eu me senti muito só.
42:45Arrasada.
42:52Eu não via por que alguém ia querer matar meu filho.
42:55Mas eu queria fazer alguma coisa para honrar o meu filho e preservar a memória dele.
43:07Eu comecei a escrever sobre as pequenas coisas que ele fez.
43:13Ele sabia que eu adorava rosas e sabia que a minha cor favorita era o amarelo.
43:18Um ano, ele e o pai saíram e compraram uma roseira.
43:23Quando chegou na hora deles me darem a roseira,
43:27eu olhei as mãos dele, que estavam com sangue,
43:31e eu disse assim,
43:33Meu amor, o que houve com as suas mãos?
43:36Ele disse,
43:38Tinha tantos espinhos, mãe, que eu não queria que você furasse as mãos num espinho.
43:43Então, ele tirou todos os espinhos
43:46para que eu não ficasse com sangue nas mãos.
43:49Mas as mãos dele estavam todas furadas.
43:54E esse foi o meu primeiro poema dedicado ao meu filho,
43:59Rosas Amarelas.
44:01Um casal amoroso morto pelo próprio filho.
44:06Um rapaz carinhoso.
44:08Vivo apenas no coração dos pais.
44:13Para cada vida tirada,
44:15famílias choram de luto.
44:16A polícia fez o que pôde.
44:21Trabalhando com médiuns
44:23para levar a sensação de justiça feita
44:26para os que ficaram.
44:28A polícia fez o que foi o que foi o que foi o que foi o que foi.
44:34A CIDADE NO BRASIL
45:04A CIDADE NO BRASIL