Pular para o playerIr para o conteúdo principalPular para o rodapé
  • anteontem
O presidente Lula (PT) viaja nesta terça-feira (05) à Rússia, onde terá um encontro com Vladimir Putin. A expectativa é que o brasileiro reforce a tentativa de posicionar o Brasil como um mediador de paz no conflito entre Rússia e Ucrânia. Os comentaristas Alan Ghani, Gustavo Segré, José Maria Trindade e Fábio Piperno avaliam o papel internacional buscado por Lula e os possíveis temas da reunião.

Assista à íntegra em:
https://youtube.com/live/2b-1PyrAnms

Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/

Inscreva-se no nosso canal:
http://www.youtube.com/jovempan3em1

Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp: https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S

Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/

Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews

Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews

Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/

TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews

Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews

Threads:
https://www.threads.net/@jovempannews

#JovemPan
#3em1

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Eu vou também trazer mais um pouco da agenda do presidente Lula agora pra vocês,
00:03porque ele viaja nessa terça-feira pra Rússia e terá uma reunião bilateral com Vladimir Putin.
00:07Luciana Verdolim vai chegar com as informações agora.
00:10O Brasil tenta se colocar como mediador de paz desse conflito entre Rússia e Ucrânia.
00:15Essa visita poderia servir pra alguma coisa, Luciana Verdolim, nesse sentido?
00:22Olha, a CNA Diplomacia Brasileira diz que sim, que o Brasil mais uma vez vai se colocar à disposição.
00:27Tinha um telefonema marcado, inclusive, com o presidente da Uclânia, Vladimir Zelensky.
00:33Esse encontro não foi confirmado, esse telefonema acabou não acontecendo.
00:39E, pelo menos por enquanto, não saiu a agenda oficial da viagem.
00:43Porque aqui dentro do governo brasileiro se cogitava, inclusive, a possibilidade de um encontro com Zelensky
00:49nesse giro internacional que Lula vai fazer pela Rússia e também pela China.
00:55Mas, pelo menos por enquanto, não há ainda uma previsão oficial.
00:59Mas o Brasil, como tem feito, né?
01:01Como o discurso tem sido feito nos últimos tempos, se coloca à disposição.
01:06Acha que a saída precisa ser pacífica e uma saída negociada entre os dois lados.
01:13Não adianta, por exemplo, outros países tomarem a frente, tomarem decisões,
01:18sem consultar os dois maiores interessados.
01:22E é preciso, nesse momento, ouvir também a Rússia.
01:25Porque, no princípio do conflito, né?
01:28Só os ucranianos eram ouvidos.
01:30Por isso, deu-se aquele impasse nas negociações.
01:34Agora, com a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
01:38que começou a conversar com os dois lados,
01:41a diplomacia brasileira, inclusive, está, no momento, avaliando
01:45que também seria a hora de tentar ali lembrar que o Brasil está disposto
01:50a intermediar um fim do conflito, se for o interesse dos dois países.
01:56Lula vai participar das comemorações, lá na Rússia,
01:59dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista.
02:04Vai ter uma comemoração ali na Praça Vermelha, um evento militar.
02:07Poucos chefes de Estado foram convidados.
02:11O presidente da República é um deles.
02:13A viagem oficial vai ser entre os dias 9 e 10, agora, de maio.
02:18Vai ter uma reunião bilateral com os russos
02:21para discutir, inclusive, a necessidade, né?
02:24A possibilidade de aumento das relações bilaterais.
02:28E a questão em torno dos BRICS também vai ser tema dessa conversa
02:33com o presidente russo, Vladimir Putin.
02:35Vale lembrar que a primeira-dama já está na Rússia
02:38desde a sexta-feira da semana passada.
02:40Ela embarcou na sexta-feira, está participando de eventos,
02:43agendas relacionadas à promoção da cultura e educação,
02:48além de participar de iniciativas da Aliança Global
02:52contra a Fome e a Miséria no mundo.
02:55Logo depois, Lula segue para a China.
02:58Com os chineses, o objetivo é fazer aquele contraponto, né?
03:01A política de Donald Trump também de impor taxas,
03:06principalmente aos produtos chineses,
03:09que ficaram muitos mais caros para os norte-americanos.
03:12Então, a China está negociando, inclusive, com outros governos,
03:16inclusive o governo brasileiro, para ampliar esse comércio bilateral.
03:20Segundo aqui a avaliação do Palácio do Planalto,
03:23muitas vezes os problemas se transformam em oportunidade de negócios
03:27e é isso que o governo brasileiro quer, nesse momento, fazer com os chineses,
03:31ampliar as relações.
03:33E nessa conversa que vai ter na China,
03:36o objetivo também vai ser discutir a questão relacionada, sei lá,
03:40que os chineses estão interessados nessa discussão dos países aqui
03:45da América do Sul, o Caribe,
03:47e a avaliação, nesse momento, é de que conversar é sempre bom,
03:51por isso esse gírio internacional.
03:53Amanhã, inclusive, o Ministério das Relações Exteriores
03:56vai dar detalhes da agenda do presidente nesses dois países.
04:00Muito obrigado, Luciana Verdolim.
04:01Ótimo trabalho para você em Brasília.
04:03Eu quero trazer uma camada interessante desse evento
04:05que a Luciana Verdolim mencionou,
04:07dos 80 anos da vitória da União Soviética
04:11sobre a Alemanha na Segunda Guerra Mundial,
04:13sobre a Alemanha nazista.
04:14Por quê?
04:15A União Europeia e autoridades da União Europeia
04:17também foram convidadas para participar desse evento ali na Praça Vermelha.
04:21Só que a União Europeia fez uma recomendação
04:23para que esses chefes de Estado não fossem exatamente por conta do conflito
04:27entre Rússia e Ucrânia,
04:28do qual a União Europeia já tem um lado,
04:31que é a Ucrânia.
04:32Ou seja, a ida do presidente Lula vai contar,
04:36ali no evento, ao lado dele,
04:38com as presenças de ditadores de esquerda,
04:40como Nicolás Maduro e Miguel Díaz-Canel,
04:43líder da Cuba.
04:44E aí eu quero entender de vocês
04:47de que maneira que isso poderia ou não
04:50mudar a imagem que se tem de neutralidade do Brasil,
04:54principalmente neste caso em que
04:56autoridades da Europa não participariam
04:59por conta do apoio à Ucrânia
05:01e o Brasil, que está tentando servir
05:04como um mediador de paz desse conflito,
05:07posaria ao lado de ditadores
05:10que têm as suas atuações
05:12condenadas no mundo todo, Gustavo Segret.
05:16Nenhuma surpresa, nenhuma surpresa.
05:19O lado bom é que em 2026,
05:21se tivéssemos eleições
05:23em que participa o presidente Lula,
05:26eu gostaria de ver quem do TSE
05:28vai indicar que não é possível falar
05:30que o governo brasileiro é amigo de ditadores.
05:34Porque se eu não tenho amizade com o Evandro,
05:36não gosto porque o Evandro é ditador,
05:37eu não vou a nenhum lugar que o Evandro esteja.
05:40Não é que estou mais aí pelas circunstâncias.
05:42Não, não.
05:43Se não tem amizade, não tem.
05:45Diplomaticamente, não pode.
05:47Diplomaticamente, não poderia.
05:49Poder, pode.
05:50Está claro que pode.
05:51Mas apenas uma reflexão.
05:53Eu não vejo problema nenhum
05:54em que vá quem quer que seja,
05:56aonde quer que seja,
05:58que o governo determina como prioridade
06:00para um relacionamento internacional.
06:03Mas precisa ir uma delegação
06:04antes do presidente,
06:06ou seja, gastando dinheiro nosso,
06:08com passagem que não é de econômica,
06:11com um monte de gente
06:12para fazer agendas que não agregam em nada
06:15a realidade do povo brasileiro?
06:18A resposta, todo mundo sabe,
06:19não, não precisa.
06:20Mas por que continua gastando dinheiro nosso para isso?
06:23Ô, Fábio Piperno,
06:24o verdadeiro interesse do governo federal,
06:26segundo o Ministério das Relações Internacionais,
06:29é o contato direto com Vladimir Putin
06:31e os possíveis acordos bilaterais com aquele país.
06:33Ao participar desse evento,
06:35também haverá a presença destes outros líderes,
06:40ditadores de países aqui próximos.
06:42Você entende que o Brasil teria controle sobre isso
06:45ou concorda com o segret
06:46de que, diante desse fato,
06:48o presidente da República
06:49não deveria se expor dessa maneira
06:52nesse momento em que essa conjuntura
06:54pode manchar essa imagem de neutralidade
06:57aqui do nosso país?
06:58Eu, desde o começo do conflito Rússia-Ucrânia,
07:03eu me posicionei contra a forma como a Rússia agiu.
07:08A Rússia é um Estado invasor.
07:10Já falei isso aqui muitas vezes.
07:12É até uma divergência que eu tenho aqui
07:13com o meu amigo Alangani,
07:15que nesse sentido ele é muito mais próximo
07:17da posição do presidente Lula do que eu.
07:20Lula, Trump e Tucker Carlson.
07:22Bota o quarteto.
07:23Exatamente.
07:24Mas...
07:24O trio, né?
07:25O trio.
07:25Pois é, olha só...
07:26Junto comigo o quarteto.
07:27Olha só como que as relações internacionais
07:30são e o que elas provocam.
07:33Mas, de qualquer forma,
07:35eu acho que...
07:37Primeiro,
07:38todo mundo se relaciona com o ditador.
07:40Infelizmente é assim.
07:41Não existe governo
07:43na história do Brasil
07:44e do mundo que não se relaciona com o ditador.
07:47Imagina se a gente não vai se relacionar
07:50com a China ou com os Emirados Árabes, por exemplo.
07:52É óbvio que vai.
07:53Arábia Saudita, enfim.
07:54Então, todo mundo se relaciona com o ditador.
07:57Então, não vejo esse como sendo realmente um impeditivo.
08:03Agora, nos últimos tempos, o Brasil tem, especialmente com o Lula,
08:07andado, sim, muito próximo do...
08:10Enfim, da Rússia de Putin.
08:12Essa é uma verdade.
08:14Aliás, os dois fazem parte do BRICS.
08:18Então, e são duas economias grandes.
08:20Então, é óbvio que elas têm que conversar,
08:22é óbvio que elas têm que negociar cada vez mais
08:25e é possível que elas tenham interesses econômicos convergentes.
08:28Agora,
08:29vai encontrar também a turma da China nisso aí.
08:33A China hoje,
08:34até em um editorial do Jornal Globo de hoje,
08:37a China tem,
08:38nesse momento, em execução,
08:40123 projetos no Brasil.
08:42É uma ditadura?
08:45Óbvio que sim.
08:46Mas é o país que mais coloca dinheiro aqui.
08:50Então, tem que conversar muito
08:51e tem que ampliar esses laços.
08:53Como é que você avalia, Gani?
08:54Olha, só deixa eu fazer uma observação
08:56do que o Piperno trouxe.
08:57Não é que eu sou a favor
08:58da invasão da Rússia na Ucrânia.
09:01Eu só acho que essa leitura
09:03de que a Rússia é a invasora,
09:06portanto,
09:07ela é errada,
09:08é uma visão muito idealizada.
09:10Por que eu digo isso?
09:11Porque ela despreza fatos da geopolítica real.
09:14A Rússia deixou muito claro
09:16quais seriam as condições para a invasão.
09:19E o Ocidente e a Ucrânia
09:20não fizeram nada para evitar.
09:23Então, a pergunta que se coloca é
09:25valeu a pena toda essa escalada,
09:29dado que você poderia ter evitado essa guerra?
09:32De que maneira que você poderia ter evitado essa guerra?
09:34não expandindo a OTAN para o leste europeu
09:38e, principalmente, para a Ucrânia.
09:40A Rússia sempre deixou isto muito claro
09:43desde o final da Guerra Fria.
09:45Então, aí eu me pergunto
09:46se está valendo a pena tudo isso,
09:48essa guerra por procuração
09:50e todo esse esforço.
09:51Em relação à participação do Brasil,
09:55eu não acho que seja um momento oportuno
09:58para fazer isso.
09:59Dado que as tensões geopolíticas
10:01estão muito elevadas,
10:02os Estados Unidos estão numa negociação
10:04com a Rússia, não vai e vem.
10:07Eu acho que agora é a hora
10:09de você mostrar neutralidade.
10:11É claro que você também
10:13não pode fechar a porta
10:15do comércio com a Rússia,
10:17porque a Rússia é muito importante
10:18em termos de commodities energéticas,
10:22então, gás natural, petróleo,
10:25entre outras commodities metálicas
10:27e também dos fertilizantes aqui para o Brasil.
10:30Então, o Brasil deve buscar a neutralidade,
10:33acho que o momento não é oportuno
10:35para fazer essa visita
10:36e é claro, Evandro,
10:38que não vai mudar absolutamente nada
10:41em relação a esse conflito.
10:43O Putin já deixou muito claro
10:45quais são as condições para o cessar fogo.
10:48Como ele está ganhando,
10:49como ele tem vantagem,
10:50ele não quer uma negociação agora.
10:52E qual seria a negociação?
10:53Seria uma garantia formal
10:55do Congresso americano,
10:56que não vai ocorrer,
10:57de que a OTAN não vai expandir para a Ucrânia.
11:01Ou seja, vai ter essa garantia formal.
11:02Jamais o Congresso norte-americano
11:04vai aprovar algo nesse sentido,
11:06porque a Rússia é vista como uma adversária,
11:09como um inimigo dos Estados Unidos.
11:10Esse é o primeiro ponto.
11:11E o segundo ponto seria
11:12o Zelensky dar mais parte
11:15do território do leste,
11:16que ainda o Putin não conquistou
11:18integralmente da região do Donbés.
11:20Ele conquistou uma boa parte,
11:22mas ainda não integralmente.
11:24Então, os Estados Unidos
11:27não aceitaram essas condições do Putin
11:29e tem um impasse.
11:29Não vai ser o Brasil
11:30que vai fazer o Putin mudar de ideia.
11:32Bom, diferentemente do que diz o Gani aqui,
11:34Zé Maria Trindade,
11:35o que o governo brasileiro afirma
11:37é que não necessariamente
11:39os países mais desenvolvidos
11:41ou os grandes líderes mundiais
11:42são os responsáveis por obter
11:44acordos de paz quando há conflitos,
11:46que países como o Brasil
11:47também seriam capazes
11:49de garantir essa articulação
11:50e por isso essa tentativa agora.
11:52Embora a Ucrânia obviamente
11:54não vá participar.
11:55Como é que se analisa
11:56estando aí em Brasília?
11:59Pois é, o Martim Lutero
12:01ele tem uma frase muito interessante
12:03dizendo a paz se possível,
12:05a verdade a todo custo,
12:06a qualquer custo.
12:08Então o que está faltando
12:09e a primeira vítima numa guerra
12:10é a verdade.
12:11Então a verdade até porque
12:12existem lados,
12:14são subjetivas.
12:16Essa situação da Ucrânia
12:17é muito complexa
12:19porque se nada for feito
12:21a Rússia vai anexar
12:22a Ucrânia toda
12:24e os Estados Unidos
12:25vão assistir isso
12:26com esse crescimento da Rússia
12:28e a possibilidade
12:29de continuar avançando.
12:32Houve ali na Crimea
12:34um teste
12:35e o teste foi bem sucedido
12:37porque ninguém reagiu
12:39e aí ele decidiu
12:40ir sobre a Ucrânia
12:42e encontrou dificuldades.
12:44o pensamento é
12:45de que tudo seria
12:46muito fácil,
12:47que Zelensky sairia do país
12:49e seria nomeado
12:51um congresso
12:52e um governo
12:53todo pró-Rússia
12:54e pronto, né?
12:55Mas isso acabou
12:57não acontecendo,
12:58o custo está sendo alto.
13:00Putin não pode
13:00parar a guerra
13:01porque seria
13:02ser vencido
13:03e a Ucrânia
13:04não pode parar a guerra
13:06porque seria
13:06aceitar a anexação.
13:09Então é muito complexo.
13:10A viagem
13:11do presidente,
13:12de um presidente
13:13da República,
13:14eu acho sempre
13:15muito interessante,
13:16é preciso.
13:17O chefe de Estado
13:18precisa visitar
13:19outros países
13:20para entender culturas
13:22e para fazer negócios.
13:24Hoje as relações
13:25internacionais
13:26estão muito presas
13:27a negócios,
13:28não existe mais
13:29aquela história
13:30de países aliados,
13:32amigos,
13:32não, negócios, né?
13:34E é preciso
13:35expandir sim os negócios
13:36e um momento
13:37muito sensível
13:38economicamente
13:39diante
13:40desta postura
13:41de Donald Trump
13:42que pode até
13:43entrar em dificuldades
13:45com vários países,
13:46inclusive Rússia
13:47e China.
13:48O presidente vai
13:49à Rússia
13:50e depois à China.
13:51Na Rússia
13:52é uma comemoração
13:53polêmica,
13:54mas haverá
13:55encontro bilateral
13:56que é importante.
13:57Eu vejo
13:58que a viagem
13:59é positiva
14:00e o momento
14:01propício
14:02porque eu entendo
14:03que haverá
14:04um rearranjo,
14:05uma mudança
14:05na política econômica
14:06internacional.
14:07do canal.

Recomendado