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Foi divulgado na última quarta (30) que a economia dos Estados Unidos encolheu no primeiro trimestre de 2025. Apesar de especialistas apontarem as medidas de Trump sobre a imposição de tarifas aos produtos importados, o presidente norte-americano culpou a gestão de Joe Biden pela queda dos números. Para analisar a situação, a Jovem Pan entrevista a economista Carla Beni.

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Transcrição
00:00Agora vamos às notícias internacionais. Diante do caos instaurado por Trump com a guerra comercial, um dado ligou um sinal de alerta para a economia americana. Confira os detalhes com Tiago Berraich.
00:12A economia dos Estados Unidos encolheu nos primeiros três meses do ano, contrariando as expectativas dos analistas.
00:18O período abrange o início do segundo mandato do presidente Donald Trump. Em uma publicação nas sedes, o republicano culpou o antecessor Joe Biden, que teria deixado números ruins.
00:30E pediu paciência aos americanos. De acordo com ele, a situação não tem nada a ver com as tarifas comerciais, garantindo que, quando o boom começar, será como nenhum outro.
00:41O produto interno bruto da maior economia do mundo caiu 0,3% no primeiro trimestre, contra um aumento de 2,4% nos últimos meses de 2024.
00:52Antes da divulgação, nesta quarta-feira, os analistas esperavam o crescimento do PIB de 0,4%.
00:59O Departamento de Comércio dos Estados Unidos indica que a queda é reflexo da recuperação das importações.
01:07O órgão cita ainda a desaceleração nos gastos do consumidor e a diminuição das despesas públicas.
01:14Os dados sobre o PIB foram divulgados depois do marco dos 100 dias do segundo mandato de Donald Trump.
01:19No período, ele anunciou tarifas que sacudiram os mercados financeiros com níveis de volatilidade não vistos desde a pandemia.
01:28E para falar sobre esse assunto, a gente recebe a economista e professora da Fundação Getúlio Vargas, Carla Bene,
01:36que comenta sobre o recurso do PIB americano em meia-guerra tarifária de Donald Trump.
01:41Bom dia, Carla. Bem-vinda ao Jornal da Manhã.
01:44Bom dia, Patrícia. É um prazer estar aqui com vocês.
01:47Professora, a gente sabe que esses dados foram fechados antes desse tarifácio, né?
01:52Esse recuo foi antes desse tarifácio do Donald Trump.
01:55O que a gente pode colocar aí como o que ocorreu para que houvesse esse recuo
02:00e o que pode acontecer agora a partir desse tarifácio?
02:04Esse dado, ele é o exemplo vivo de como as expectativas funcionam na economia e o peso delas.
02:14Esse resultado é devido ao volume de importações nos Estados Unidos.
02:20Ele subiu, as importações subiram 41% do trimestre anterior para o dado que a gente está discutindo.
02:30Ou seja, quando o Trump assumiu e ele começou a falar das tarifas e falar o que ele iria fazer,
02:37as empresas importadoras subiram as suas importações num volume tal, 41%,
02:45que isso deu todo o impacto na fórmula do cálculo do PIB.
02:51Porque quando você importa, o resultado é negativo.
02:55A importação implica em queda de PIB.
02:58Exatamente, né, professora?
02:59Isso aconteceu até no Brasil, né?
03:01Nessa movimentação entre os dois países, né?
03:04Nós tivemos o primeiro trimestre muito positivo, 20 bilhões de dólares, inclusive.
03:08E é bem como a senhora falou, quer dizer, é antecipação daquilo que viria.
03:13Agora, muitos falam também o seguinte, né, professora?
03:15Que o limite para ele, para o Trump, vai ser justamente o reflexo nos Estados Unidos.
03:20O americano não está acostumado e já demonstrou insatisfação com o governo Biden a questão da inflação.
03:25A gente aqui já teve hiperinflação, mas eles, a situação é diferente, né?
03:30Corrói o poder de compra em qualquer país do mundo, evidentemente.
03:34Mas lá, então, seria esse o limite?
03:36Quer dizer, o reflexo nos Estados Unidos para as ações dele?
03:40Esse é um ponto muito importante, só que a gente precisa, hoje em dia, ampliar um pouco além da economia.
03:47Porque o governo Biden, ele terminou com 3,4% de crescimento do PIB no último trimestre,
03:55como vocês até anunciaram isso, e ele terminou com a inflação controlada e queda de juros.
04:03Ou seja, sob a ótica econômica, o resultado do final do governo Biden estava indo muito bem, obrigada.
04:10Só que para o grupo Maga, para o grupo do Trump e tudo,
04:13como ele disse que a economia estava uma tragédia toda,
04:17a gente precisa entender agora qual vai ser a resiliência e a paciência,
04:23a última frase do Trump no post dele,
04:25que a população vai ter em relação à sua questão, que é o aumento de preços.
04:31Preços subindo na prateleira para o consumidor americano,
04:34e quanto que ele ainda vai suportar, ou seja, apoiar o governo Trump,
04:40sendo que a última pesquisa agora já mostrou uma queda de popularidade gigantesca.
04:47Professora, a gente convida agora os nossos comentaristas, eles também têm perguntas.
04:51Zé Maria, com você.
04:54Professora, muito bom dia.
04:56Eu avaliei essas decisões inesperadas do presidente norte-americano como uma grande interrogação.
05:02Ninguém sabe o que vai acontecer.
05:05Pode até ser que os Estados Unidos renasçam muito mais forte
05:09e impeçam essa natural ascensão da China como a maior economia do mundo.
05:15Qual é a tendência?
05:17A senhora já tem uma linha ali de dizer,
05:21olha, os Estados Unidos vão perder, o mundo está rearranjado.
05:25Qual é hoje o sinal?
05:26A tendência de que isso dê certo com esse sistema de tarifas é muito pequena,
05:34é ínfima, eu diria, e tem vasta bibliografia já a esse respeito.
05:39Quando você começa a mexer com tarifas e da forma que ele fez,
05:43a gente não consegue calcular o resultado disso, né?
05:46Para a gente ter ideia, deu impacto nas eleições do Canadá.
05:51Então, o volume de possibilidades é gigantesco.
05:56Então, o que a gente precisa observar agora é que quando a gente pensa no PIB,
06:02a gente tem o consumo das famílias.
06:04E esse dado, ele se movimentou muito pouco.
06:08A tendência é que com o aumento dos preços, nossa primeira questão,
06:12o consumo das famílias comece a cair.
06:15E isso dê impacto no próximo medição do PIB.
06:19E aí a gente pode pensar, se isso se mantiver, que é essa questão,
06:25um processo de mais recessão e queda de atividade econômica.
06:29Mas para isso, a gente precisa de seis meses contínuos de queda de PIB.
06:35Professora, bom dia.
06:37Essa queda do PIB americano, ela pode afetar as decisões do Banco Central aqui no Brasil?
06:43E como que o dólar vai reagir por aqui?
06:45Se os Estados Unidos decidirem que esse processo de queda de PIB tiver atrelado
06:54a um aumento de inflação, ele pode deixar, ele está num período de manutenção de taxa,
07:01digamos assim, de um viés neutro, o Banco Central americano.
07:05E se ele decidir, com o passar dos meses, que a inflação está subindo
07:10e ele pode voltar a subir a taxa de juros nos Estados Unidos,
07:15aí a gente teria o reflexo aqui numa situação onde a gente estaria tendendo a descer a nossa taxa Selic.
07:23Então, esses meses daqui para frente, eles são importantes para acompanhar essa questão.
07:28Agora, o câmbio, ele pode entrar em volatilidade independente disso,
07:35porque nós temos o Trump como um agente de muita imprevisibilidade.
07:41Então, isso sim causa, ele pode cair a popularidade dele
07:45e ele resolver fazer algumas outras medidas, digamos assim, mais agressivas ou belicosas
07:52e uma forma de se manifestar muito belicosa,
07:55isso acaba afetando o mercado de câmbio também.
08:00Carla Bene, professora da Fundação Jeitulo Vargas,
08:03muito obrigada pela sua participação, tenha um bom feriado.
08:07Obrigada para vocês também.

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