Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, negou que haja desconforto em relação à meta de inflação de 3%, afirmando que "essa não é uma discussão" e que vê o Brasil “como ponto fora da curva no debate sobre juros”. Em sua fala, Galípolo também comentou sobre o tarifaço imposto pelo presidente dos EUA, Donald Trump, destacando que "exige cautela e gera dúvidas" quanto às suas repercussões na economia global e nacional.
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NotíciasTranscrição
00:00Agora, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, negou haver desconforto com a meta de 3% para a inflação.
00:05E ele ressaltou que vê o Brasil como um ponto fora da curva no debate sobre os juros. Conta aí, Anely.
00:15Pois é, Evandro, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que não existe nenhum tipo de desconforto com aquela meta da inflação que é de 3%.
00:24E essa meta que tem ainda um intervalo de variação que é permitido para 1,5% para mais ou para menos.
00:321,5% para mais ou para menos, podendo chegar a 4,5% então no teto da meta estabelecida pelo Banco Central.
00:40Ou ainda 1,5% que seria o limite mínimo de inflação, o recomendado para a saúde econômica aqui do país.
00:48A gente relembra ainda que recentemente houve uma mudança, agora essa meta é constantemente perseguida, ela é válida pelos 12 meses e não apenas pelo ano fechado.
01:00E quer dizer que se o governo federal acabar não atingindo aquela meta de inflação por seis meses consecutivos, essa meta é considerada descumprida.
01:12Então não vale apenas o ano fechado como vinha sendo feito anteriormente.
01:17Mesmo diante dessas mudanças e que representam um certo rigor a mais para que o Banco Central mantenha a inflação dentro do que é considerado permissível,
01:28o presidente do Banco Central afirmou que não existe nenhum tipo de desconforto em relação a essa meta.
01:35A gente não tem nenhum tipo de desconforto com a meta de 3%, acho que o Banco Central está fazendo o seu caminho para perseguir a meta de 3%.
01:46Essa não é uma discussão e até quando a gente compara com os pares, a gente não vê que não há nenhum tipo de outlier ali o Brasil sendo alguma coisa fora do normal ali do ponto de vista de ter uma meta de 3%.
02:01Acho que é normal que num momento de aperto da política monetária a gente consiga enxergar um maior esforço sendo impondo do ponto de vista de resultado, de custo financeiro, do sistema como um todo,
02:12que esse é um mecanismo natural de transmissão da política monetária.
02:16O que eu acho que ressalta ali, ou que salta como um ponto de divergência quando a gente compara com os pares é aquilo que a gente vem falando repetidamente.
02:25Ou seja, quando a gente olha para a meta, a meta não me parece ser algo que está muito dispare de outros países.
02:34E nessa mesma ocasião, o presidente do Banco Central acabou afirmando ainda que está mantida aquela previsão de um novo aumento na taxa básica de juros,
02:44a Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária, ou COPOM, reunião essa que é prevista para o mês de maio.
02:50E a gente relembra aqui que o reajuste da taxa básica de juros é a principal ferramenta, é o principal mecanismo do Banco Central para manter, então, a inflação sob controle no país.
03:02Evandro.
03:03Agora, Nelly, eu queria falar também do Banco Central, que avaliou que o cenário externo segue desafiador para a economia brasileira,
03:10principalmente por conta da política econômica adotada pelos Estados Unidos.
03:15Quais foram as falas do presidente do Banco Central sobre esse momento que a gente está vivendo com os nossos parceiros americanos, hein?
03:23Pois é, Evandro, a declaração do Banco Central, do presidente da autarquia, é justamente que existe um período de incerteza
03:35em relação ao governo Donald Trump, que coincidentemente completa 100 dias à frente, então, da presidência dos Estados Unidos,
03:43à frente da Casa Branca, no dia de hoje, nessa terça-feira, dia 29 de abril.
03:48E aí, por conta daquele tarifaço imposto a diversas partes do mundo, inclusive ao Brasil, que foi impactado nas exportações de aço e alumínio,
03:59o Banco Central acaba afirmando, então, que essas incertezas em relação à política econômica dos Estados Unidos
04:06colocam, então, o Brasil em um período de cautela e que, por isso, então, deve haver esse cuidado por parte de investidores
04:13e também por parte da própria autarquia monetária aqui do país.
04:18Essas declarações foram dadas durante a divulgação do relatório de estabilidade financeira aqui do país
04:26e, nessa mesma ocasião, ainda foi divulgado mais um levantamento por parte da autarquia monetária.
04:33Segundo o relatório, as instituições que foram consultadas pelo Banco Central
04:38apontam para uma desaceleração acentuada da economia brasileira
04:42em meio a um cenário de endividamento da população.
04:46E, ainda, o Banco Central indicou uma piora na percepção do mercado
04:50sobre a condução fiscal da economia brasileira e a saúde das contas públicas aqui do país.
04:57Evandro.
04:58Valeu, André Anelli. Bom trabalho para você.
05:00Vamos analisar essa questão do Gabriel Galípolo primeiro,
05:02depois a gente volta ao tema da Janaína Camelo rapidamente
05:04para falar sobre as testemunhas de Jair Bolsonaro, o Alangani.
05:08O Gabriel Galípolo diz que não vê de maneira negativa a meta de inflação que a gente tem.
05:16Ele tem sido muito questionado sobre isso porque há uma meta e uma meta que não está sendo atingida.
05:21Aliás, estamos ultrapassando o teto dessa meta.
05:26Você acha que há motivo para o Banco Central se preocupar?
05:29Ah, sim, porque provavelmente a gente não vai cumprir a meta.
05:33A inflação acumulada em 12 meses roda na casa de 5,5%.
05:37As projeções do magnífico relatório Fox que o Piper Santo admira
05:42apontam na casa de 5,55%, ou seja, convergindo para a inflação acumulada em 12 meses.
05:52E o teto é 4,5%, ou seja, um ponto percentual acima do teto.
05:59Agora, ele também não pode falar diferente disso, Evandro, porque se ele admitir que essa meta de 3% é baixa
06:07e deveria ser maior, é dar um tiro no pé, porque daí a política monetária perde credibilidade
06:13e na hora o mercado já coloca isso nas expectativas de inflação e vai acabar atrapalhando o próprio trabalho do Banco Central.
06:22Então, ele faz um discurso correto.
06:25Agora, quem tem que ajudar Gabriel Galípolo e toda a diretoria do Banco Central é o governo enxugando o gasto.
06:32Caso contrário, a política monetária não vai fazer efeito no controle da inflação.
06:37E por que ele fala que o Brasil é um ponto fora da curva?
06:40É um ponto fora da curva porque a gente tem uma inflação persistentemente mais alta em relação a outros países emergentes.
06:47Mas, historicamente, é assim.
06:48E ele fala que mesmo com uma taxa básica de juros que seria até impressionante para outros países que não estão acostumados com ela,
06:56que a gente percebe um aquecimento na nossa economia.
07:00Ou seja, ela não consegue trazer o resultado que se espera mesmo sendo muito alta.
07:04Pois é.
07:05Olha só que loucura.
07:06Então, a gente tem uma atividade econômica que está relativamente aquecida.
07:11O país vem crescendo a taxas de 3% desde 2022.
07:16A taxa de desemprego rodando aí na casa 6,5% a 7%.
07:20Agora, 6,8%.
07:22O mercado de trabalho é aquecido, Evandro.
07:25Mas a taxa de juros, o remédio não está funcionando.
07:28E por que esse remédio não está funcionando?
07:30Talvez por conta que é difícil de a gente provar empiricamente, mas a gente talvez esteja já até em dominância fiscal.
07:36Ou seja, a taxa de juros já não faz mais efeito.
07:40A política monetária já não faz mais efeito.
07:43Então, tem que trocar a medicação.
07:45Qual que é a medicação que nunca foi testada para valer o Brasil?
07:48É a política fiscal.
07:50É o ganho estrutural aí.
07:51É assim que combate a inflação.
07:53Concorda, Segrede?
07:55Absolutamente.
07:55Como eu não vou concordar, mesmo que seja um economista ultrapassado, eu concordo.
08:01É que o Felipe Monteiro chamou o Alangani de economista ultrapassado aqui na semana passada.
08:07Para você ter noção do nível do debate.
08:09Eu concordo com o nosso economista ultrapassado e eu me considero junto com a minha...
08:14Ultrapassado também?
08:15Também, lógico.
08:17Mas é ruim, de alguma forma, notificar, lembrar a nossa audiência.
08:23Novembro de 2024.
08:25Estava junto do nosso decano, José Maria Trindade, em Brasília.
08:29E eu avisei.
08:31O Brasil está a caminho à dominância fiscal.
08:34Em que não adianta a política monetária, por parte do Banco Central, aumentar a taxa de juros.
08:39Isso não vai ser suficiente para conter inflação.
08:43E por que isso?
08:43Para a gente entender melhor.
08:45De novo, vamos dar o mesmo exemplo.
08:47Uma motocicleta.
08:48O governo, mão direita, acelerador, política fiscal expansionista, solta dinheiro, adianta o décimo terceiro, dá crédito para todo mundo, gasta muito e gasta mal, acelera a motocicleta.
09:03Do outro lado, freio.
09:05Política monetária do Banco Central.
09:07Ele tem que colocar, de alguma forma, de compensar, terceira lei de Newton, que uma política expansiva tem que ter uma política monetária restritiva.
09:16E aí aumenta a taxa de juros.
09:18A motocicleta não vai sair do lugar.
09:21Um acelera, outro freio, não vai sair do lugar.
09:23Mas o motor vai explodir.
09:25E o governo não está vendo isso.
09:27Esse rapaz, esse cidadão, Gabriel Galípolo, estou tomando a mesma metodologia que tomava o presidente Lula, sabe do que está falando.
09:35Mas ele não pode falar a verdade de qual o problema.
09:40Quem determina a taxa de inflação, a meta de inflação, é o comitê, o Conselho Monetário Nacional, que está formado por três pessoas.
09:49Ministro da Economia, da Fazenda, ministra de Planejamento, Simone Tevedi, e o presidente do Banco Central.
09:56Então, qual seria a lógica?
09:57Bom, estilo Dilma.
09:59Como não conseguimos cumprir a meta, a gente dobra a meta.
10:01Então, em lugar de três, vota seis e vamos estar dentro da meta.
10:05Mas ele não pode falar isso.
10:06Então, tem que tomar alguma metodologia que permita, através de uma política monetária, coibir a política fiscal.
10:13Isso que não está conseguindo fazer.
10:14E eu concordo com o Alan.
10:16Eu acho que se não estamos, tecnicamente, em dominância fiscal, estamos muito próximos disso.
10:21O que foi, Piper?
10:21Eu acho realmente, eu diria que o PP talvez tenha sido um pouco radical e agressivo nesse juízo.
10:34Eu diria que o PP, uma sugestão que eu dou para o meu querido amigo Felipe Monteiro,
10:40é a gente trabalhar em cima das contestações de como a ortodoxia econômica fez mal ao Brasil durante muito tempo.
10:54Aliás, o Brasil tem uma coisa muito sui generis.
10:58O Brasil, em março de 89, quando, bem no finalzinho do governo, desculpa, em março de 90,
11:06bem no finalzinho do governo Sarney, no último mês, na virada lá de fevereiro para março,
11:13quando houve a passagem lá para o Collor, em um único mês o Brasil teve 84% de inflação.
11:19E a inflação mensal do Brasil chegou a 84%.
11:22Aí veio o pacote do Plano Collor e tal, acabou o pacote lá do Confisco e deu um golpe nisso aí naquele momento,
11:32um péssimo golpe por sinal.
11:33Mas eu estou dizendo isso por quê?
11:35Porque o ministro responsável pela inflação mensal de 84%, até hoje ele tem uma consultoria de prestígio no mercado
11:44e muita gente recorre esse tipo de, né, os conselhos econômicos, as opiniões dele.
11:52E ele também pensa de uma forma ortodoxa.
11:55Ele como, né, 99% dos demais economistas que estão nessas grandes instituições.
12:02E aí, todos eles vieram com as mais diferentes soluções até hoje.
12:07E, de fato, a única vez em que a economia brasileira conseguiu um plano econômico que, de fato, naquele momento consertou o país,
12:17foi no Plano Real, que foi um plano muito longe de seguir a ortodoxia do mercado.
12:23O que foi, Gani?
12:24Não, olha só, Piperno, o Plano Real, ele também passa por um ajuste das contas públicas, né?
12:30Houve todo um saneamento ali.
12:32Lógico, lógico, lógico, mas ele não foi um plano ortodoxo.
12:37Não, mas foi um plano...
12:38Não, opa, a taxa de juros subiu absurdamente naquela época, Piperno.
12:43Se a gente lembrar ali no período de 95 a 99, a Selic chegou a bater 45% por conta das crises internacionais.
12:53Isso, não foi toda a implantação do plano 94, não.
12:55Mas o Plano Real, ele foi um plano de taxas de juros elevadas para enxugar a liquidez,
13:01passou pelo saneamento fiscal e a taxa de juros elevada era também para manter o câmbio apreciado aqui, né?
13:09Porque fazia parte do Plano Real você ter o real valorizado para não ter aquela inflação via câmbio também.
13:17Então, eu vejo que, pelo contrário, aqueles economistas, eles são bastante ortodoxos.
13:22E aplicaram a ortodoxia que deu certo.
13:26E você também é um ortodoxo, diferentemente do nosso amigo Felipe Monteiro, sabe por quê?
13:30Porque o PP, ele disse que precisa de mais endividamento para o Brasil se desenvolver.
13:36E aí eu tenho certeza que você acredita que não, que precisa, sim, de uma responsabilidade fiscal.
13:42Porque você já concorda comigo e com o Rubini que a próxima crise mundial vai ser uma crise fiscal, é ou não é?
13:48O Rubini fala da crise do endividamento.
13:51Então, é isso.
13:52Fala, Zé.
13:55O Plano Real, ele foi...
13:58O Plano Real, ele foi realmente muito bem feito em vários setores, né?
14:05O dólar chegou a 83 centavos.
14:08Quer dizer, com 83 centavos, você comprava um dólar.
14:10Para ter uma ideia, né?
14:12E houve ali uma chamada cesta de moedas que definia o valor da unidade de referência de valor, né?
14:24E que era o futuro real.
14:26E houve uma inteligência muito grande, que houve uma transição.
14:29Agora, isso que o Allan está falando é verdade.
14:31Eu me lembro muito bem daquele rigor, absoluto rigor fiscal, né?
14:37Total, de economia total do Estado, corte.
14:40Os integrantes do PSDB sofreram nas mãos dos servidores públicos que viram os salários ali travados e toda a despesa do governo.
14:50Então, tudo isso, todo esse conjunto é que fez o Plano Real dar certo, né?
14:55E a gente vê atualmente um trabalho muito difícil do Galipo.
14:59Muito difícil.
15:00Porque a conjuntura internacional não é propícia.
15:04Vem aí a possibilidade de uma recessão mundial.
15:08E existe uma inflação inicial mundial.
15:11Ainda eu vejo aqui setores da economia dizendo que estão sofrendo consequências da pandemia ainda.
15:18Da dificuldade de certos produtos de normalizar ainda em decorrência da pandemia, para se terem uma ideia.
15:25Então, a conjuntura internacional não é boa.
15:28Agora, eu não sei se é estratégia, mas eu não sei porque ele não falou da possibilidade muito boa do Brasil com tarifácio.
15:38E ele fala mais ou menos que é preciso ter cuidado.
15:40É claro que é preciso ter cuidado, né?
15:42Mas todas as indicações são de favorecimento ao Brasil.
15:45Então, tudo isso, né?
15:46Eu acho que é preciso ter cuidado.
15:47Então, tudo isso, né?
15:47Eu acho que tem muito tempo.
15:48Então, tudo isso...
15:49E é mais fácil.
15:49Eu acho que tem muito tempo.