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Esportes
Transcrição
00:00Então, para começar, eu queria que você explicasse um pouquinho para o público, para a torcida do Flamengo,
00:03o seu trabalho no Flamengo na gerência da análise de dados.
00:06Tá bom.
00:07Dentro do departamento de futebol, a gente tem várias áreas.
00:10Então tem a análise de desempenho, o scout, a fisiologia, a preparação física, a comissão técnica, enfim.
00:16São várias áreas. Cada área é responsável por algum processo, por algum tipo de decisão, por algum tipo de análise.
00:22A minha área é um pouco específica, um pouco peculiar, porque ela interage com várias dessas outras áreas.
00:30O que a gente faz? A gente faz a parte numérica, a parte quantitativa das análises que outras áreas cuidam do qualitativo.
00:37Então, por exemplo, a análise de desempenho analisa o nosso próximo adversário.
00:42Eles fazem o qualitativo, eles veem o vídeo, eles cortam os melhores momentos, eles levam esse tipo de informação para a comissão técnica, para o Felipe e tudo mais.
00:50A gente faz a parte quantitativa, a gente pega os números daquele time, os números daqueles atletas, quais são os pontos fortes, os pontos fracos, o que a gente pode explorar.
00:59Mas a partir das estatísticas. A mesma coisa para a preparação física, quando a gente fala de controle de carga, a gente entrega para eles algumas ferramentas, números, subsídios, enfim.
01:09A mesma coisa para o scout, quando a gente vai procurar um atleta no mercado. Eu não assisto o vídeo daquele atleta.
01:15Eu olho só para os números dele e a gente junta essas duas opiniões, digamos assim, do qualitativo e do quantitativo e leva para o tomador de decisão.
01:23E como é que tem sido o diálogo com o Felipe e o Luiz? Um cara que desde o tempo de jogador tinha esse cuidado, gostava de olhar para os dados, queria ter o máximo de informações.
01:31Ele é um cara que vai muito até vocês ou vocês mandam para eles e ele...
01:35O Felipe é um cara inteligentíssimo, é um cara que capta tudo muito rápido.
01:39Então, eu estava até falando ali no painel, que às vezes a gente vai analisar um adversário, a gente tem que saber quais são as informações que a gente vai levar para ele.
01:48Porque imagina, todas essas áreas, no fim das contas, levam informações para o treinador e para a comissão técnica.
01:55Então, é um oceano de coisas que chegam para ele.
01:58A gente tem que ser muito criterioso em qual tipo de informação relevante que a gente vai levar.
02:02Tem vezes que a gente está analisando o adversário e a gente vai ver 100 pontos bacanas.
02:0615 desses pontos a gente vai levar para o analista de desempenho, para ele confirmar no vídeo.
02:113 desses pontos vão chegar para o Felipe e um deles vai ser passado para os atletas no fim das contas.
02:17Então, o nosso trabalho passa por isso, mas o Felipe é um cara muito rápido, muito bom de ligar esses pontos,
02:24de entender essas diferentes informações para tomar decisão e que acho que sabe e respeita os processos do clube.
02:31Então, a gente tenta montar, no contato com o Felipe, não é como se cada dia a gente levasse uma coisa diferente.
02:39A gente tem os nossos processos de pré-jogo, de pós-jogo, que já rodam bonitinhos e que são levados para ele.
02:44E aí, quando ele tem alguma dúvida específica ou alguma questão específica, ele pode vir até nós e perguntar.
02:49Então, esse ano o Flamengo tem um desafio enorme, que é o Mundial de Clube.
02:53Vai enfrentar as equipes mais preparadas do mundo.
02:55E eu queria saber como é que está esse processo.
02:57Claro, vocês têm que olhar sempre para o próximo jogo.
02:59É sempre, o futebol é muito imediato.
03:02Mas é um grande desafio que está aí na frente.
03:03Vocês já estão se preparando, já estão analisando os adversários da fase de grupos, do mata-mata.
03:08Sim.
03:09Como você falou, é muito difícil porque no calendário brasileiro são muitos jogos.
03:13E o Flamengo, se tudo der certo, chega nas finais.
03:16Enfim, chega em fases avançadas das competições.
03:19Então, realmente, a gente joga quarto domingo em quarto domingo.
03:21Mas a gente conseguiu criar uma rotina ali de incluir um pouquinho de tempo na semana para já ir olhando aos poucos os times do Mundial.
03:30Já ir se acostumando com as competições que eles jogam, para contextualizar melhor os adversários e tudo mais.
03:35E aí, claro, quando chegar mais perto, a gente vai mergulhar de fato.
03:38Até porque é importante entender que o Chelsea de fevereiro, março, não é o Chelsea que vai chegar lá em junho.
03:46Então, quando vai chegando mais perto, é que a gente aprofunda essa análise.
03:49E aí vai mergulhar mesmo que vão ser os nossos principais adversários daquele momento.
03:53O Flamengo está preparadíssimo para essa adversária?
03:56Eu acho que no Flamengo não existe a hipótese de não estar preparado.
04:00Acho que todo mundo lá dentro entende o nível de responsabilidade que é trabalhar no Flamengo.
04:06Entende o tamanho que é trabalhar no Flamengo.
04:08Entende que desses 80 jogos, tudo bem, a gente não vai ganhar os 80.
04:13Mas 80 vezes quando o árbitro dá o apito inicial, a gente tem que estar preparado para vencer.
04:18Em todos os jogos.
04:19Então, todo mundo leva isso muito a sério.
04:21Para fechar, Théo, falando um pouco de você.
04:23Você é um cara que começou a fazer muito sucesso nas redes sociais.
04:26Torçando o Flamengo começou a consumir muito o seu conteúdo.
04:28E aí você foi para o Bragantino, que foi o primeiro time que olhou e pensou
04:31Esse cara aqui tem que estar no futebol diretamente.
04:34E aí chegou o Flamengo.
04:35Como é que foi para você essa mudança de universo e essa virada tão rápida na sua carreira?
04:40Ah, cara, eu acho...
04:42Olhando de fora, claro que foi uma virada muito rápida.
04:44Eu acho que eu me preparei para ela, né?
04:46Então, para mim, as coisas foram acontecendo de forma muito natural.
04:50A minha chegada no Bragantino se dá no momento que eu planejei fazer uma transição
04:55para entrar num clube ou alguma coisa assim.
04:58Foi meio por acaso o Bragantino que me procurou.
05:01Mas no começo daquele mesmo ano, eu tinha até conversado com a minha esposa e falado...
05:05Ela perguntou, ah, se você pudesse ir para um clube, qual seria?
05:08E eu falei, ah, espirra de Bragantino.
05:09Porque é um clube que tem uma estrutura, que tem a coisa de ser uma rede de multiclubes.
05:13Me deu a oportunidade de trocar muito com clubes lá de fora.
05:16De entender como é que funciona um clube da Bundesliga, né?
05:20Que joga a Champions League e tudo mais.
05:22Foi um passo muito importante na minha carreira.
05:25Eu sou muito grato e que me ajudou muito, me ensinou muito.
05:29E, claro, eu sabia que em algum momento eu ia dar passos para outros clubes
05:33e que poderia existir essa possibilidade de vir para o Flamengo.
05:37Não planejei, né?
05:38Não criei um script.
05:39Fui vivendo dia a dia, mas acho que isso foi muito natural para mim, sabe?
05:43Não foi um susto.
05:44E aí, claro, quando você chega no Flamengo, sempre é um certo susto.
05:49Porque a dimensão do Flamengo é realmente muito fora de escala, né?
05:54Mesmo os atletas falam isso.
05:56Já comecei com atletas que foram os craques dos times que jogaram,
06:00venceram títulos importantes, ganharam prêmios individuais.
06:03E quando chegaram no Flamengo, falaram, cara, realmente não tem nada igual a isso aqui.
06:08Em termos de pressão, de reconhecimento, de tamanho que as coisas ganham no Flamengo.
06:14Eu, por ser do Rio, por já conviver com o Flamengo,
06:17por, enfim, entender um pouco como é que funciona a torcida, já tinha essa noção.
06:21Mas lá dentro é diferente.
06:22Estou lá, estou vivendo, estou me adaptando.
06:25Acho que não foi ou não está sendo para mim uma coisa desnorteante.
06:31Mas todo dia é uma novidade lá dentro.
06:33Muito legal. Parabéns pelo trabalho.
06:38A MESSA
06:39A MESSA
06:40A MESSA
06:43A MESSA

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