Clemente Calvo Castilhone Júnior, delegado do Deic de SP, concedeu entrevista ao Morning Show e falou sobre as quadrilhas especializadas em roubo de joias que atuam em São Paulo.
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NotíciasTranscrição
00:00Como vocês sabem, já é nosso lema aqui, o Morning Show tem que e vai continuar com vocês aqui virando a página.
00:05Até porque nos últimos meses, pessoal, já mencionamos aqui antes, nós temos acompanhado sempre, principalmente aqui na cidade de São Paulo,
00:11mais uma moda nessa eterna fonte de criatividade da bandidagem, da vagabundagem paulista.
00:17Até por várias pessoas cada vez mais serem atacadas pelas chamadas gangues da aliança.
00:23Nós até trouxemos alguns desses casos aqui pra vocês exatamente no dia onde eles ocorreram.
00:27Agora, essas quadrilhas, no entanto, pessoal, têm expandido os crimes e seguem mirando, além das alianças, em joias, em relógios, em bolsas de luxo.
00:37Até pra entender a dimensão do problema nesse dia de hoje, eu proponho que a gente converse agora com o delegado Clemente Castiglione
00:44pra saber mais detalhes sobre a ação desses bandidos e como você e eu podemos nos proteger deles.
00:49Então, bom dia, doutor. Obrigado pela presença.
00:51É aquilo, né? Se tem a vagabundagem numa ponta fazendo esse tipo de ação, é porque tem vagabundagem na outra ponta comprando exatamente o fruto dessas ações criminosas.
01:04Até que ponto essa coisa já chegou, escalou? Dá aqui realmente o panorama pra gente. Bom dia.
01:11Muito bom dia. Eu agradeço a oportunidade.
01:13E, de fato, a gente tem observado uma alteração no modus operandi e uma alteração no álbum.
01:22Aqueles mesmos roubadores que estavam com motocicletas roubando celulares há algum tempo,
01:27eles passaram a roubar alianças por diversos fatores.
01:31E a abordagem, como você bem disse, ela tem que ser sistêmica.
01:34Nós estamos vendo a imagem aí de uma operação que foi deflagrada pela parte da C do Patrimônio aqui do DEIC,
01:39que visa os receptadores.
01:40Então, não só prender os autores, é muito importante pra nós a prisão dos autores,
01:45a identificação dos receptadores pra tirar a atratividade para a receptação desses bens,
01:52sejam relógios, sejam celulares, sejam alianças ou outros adornos de metais preciosos,
02:00como também a cadeia de logística.
02:01Então, a gente tem atuado no fornecimento, quem fornece as armas, a logística do crime.
02:06Existem pessoas nessas organizações que têm missões específicas,
02:12como, por exemplo, fornecer placas para que as motos tenham as placas trocadas nas ações,
02:16fornecer armamento, fornecer bags, capacetes.
02:20Então, existe uma cadeia de logística, a ação e os receptadores.
02:25E aí, o DEIC, toda a Polícia Civil, vem atuando de uma forma a fazer um trabalho
02:31que tenha um efeito eficaz na repressão de sua modalidade.
02:36Inclusive, essa migração pra aliança, a gente entende como um sucesso na estratégia
02:41com repressão aos bombos celulares.
02:44Então, eles passaram a buscar aliança, aliança ou outros objetos de ouro,
02:49porque ele tem menor rastreabilidade.
02:52Uma vez derretido, uma vez passado o receptador, fica mais difícil a identificação.
02:58Doutor Clemente, muito bom dia. Obrigado pela presença aqui no Morning Show.
03:02Até eu gostaria de enaltecer o trabalho dele, porque à frente da delegacia,
03:07todos os casos de latrocínio que chegaram até ele foram esclarecidos.
03:11Então, é isso que a gente espera realmente da Polícia Civil,
03:13não só do Estado de São Paulo, mas de outras também.
03:16Mas a gente tem sofrido bastante com essa situação de falsos entregadores
03:20que acabam cometendo esses crimes, roubando as pessoas.
03:24Você não consegue usar mais uma aliança, um relógio.
03:27Eu vejo que essas ações têm sido mais frequentes.
03:29De que forma também que vocês têm investigado essas quadrilhas?
03:34Essas quadrilhas, elas...
03:36Primeiramente, é interessante observar, você falou dos falsos entregadores.
03:40Eles se utilizam do expediente de utilizar bags como se fossem entregadores,
03:45para que a gente, no trânsito...
03:47Antigamente, você via duas pessoas numa motocicleta, o condutor e o passageiro,
03:51você já ficava ressabiado, ficava desconfiado.
03:54Ultimamente, eles já mudaram essa forma de abordagem,
03:57eles estão vindo com múltiplas motos, duas ou três motos,
03:59mas para esse tipo de roubo, é somente um indivíduo na moto, somente o condutor.
04:06Então, esse cara vai estar armado, mas ele vai ter a cobertura de dois outros três.
04:10Então, essa é uma alteração.
04:11Excetuada uma variação no roubo de moto,
04:14que é óbvio que ele tem que ter dois indivíduos por moto,
04:17porque se ele vai roubar um outro motociclo,
04:19o passageiro de uma das motos vai ter que assumir a condução da moto que vier a ser subtraída.
04:25Mas nesse roubo, é muito importante,
04:27até uma orientação da nossa Delegacia Geral, da Secretaria de Segurança Pública,
04:31reprimir o roubo na sua gênese.
04:33Por quê?
04:33O indivíduo sai armado, e como você bem disse dos latrocínios,
04:37é o resultado mais grave que acaba acontecendo.
04:40Então, o indivíduo sai, ele não se detém pelo respeito à vida.
04:47Infelizmente, a gente tem batido na situação que esse tipo de roubador,
04:52a gente percebe que não é uma falta de opção, e sim uma opção de vida.
04:57Esse indivíduo, e essa própria migração,
04:59essa alteração no modal, ele passou do celular e vai para a aliança,
05:06mostra que quando há uma repressão forte, há uma modalidade, há um tipo de ação,
05:13ele vai me ligar para outra, sempre buscando lucratividade e menor risco.
05:17Então, a ação não tem sido sistêmica, mas o que é muito importante frisar,
05:20é que, por exemplo, agora eu tive notícia,
05:21onde o doutor Tiago, da primeira Delegacia do Patrimônio,
05:23que um dos roubadores, um dos latrocínios,
05:26que foi na proximidade da Pompeia, ele tomou 54 anos.
05:32Então, a gente tem a preocupação de acompanhar também o processo
05:34e ver como o judiciário tem recebido as provas
05:38e, com isso, aprimorado o nosso conjunto probatório.
05:40Então, não adianta achar o autor e apresentar.
05:43A gente também está fazendo um conjunto probatório com provas técnicas,
05:47provas objetivas, para que ele efetivamente fique preso.
05:50A gente sabe que existem diversos recursos
05:53para que a pena não seja cumprida integralmente,
05:56que esse é um desejo, uma reivindicação da gente,
06:00essa progressão, esses inúmeros recursos
06:02onde o indivíduo volta para a rua e volta a delinquir.
06:06Mas, quanto maior a quantidade de pena,
06:07quanto maior for a condenação,
06:09mais tempo ele vai demorar para ter acesso a esses benefícios
06:13e voltar para as ruas e cometer outros crimes.
06:16Bom dia, delegado.
06:18Romano Ferreira aqui.
06:19Parabéns pelo trabalho e pelos esclarecimentos.
06:22A minha pergunta é a seguinte.
06:24O senhor demonstrou com muita clareza
06:25como, na prática, a gente está falando
06:27de grupos que têm uma atuação basicamente
06:30profissionalizada para o crime.
06:33E que, portanto,
06:34se não tiver a capacidade do Estado
06:36de interromper, digamos assim,
06:38a carreira criminosa,
06:40eles vão buscar chegar até o topo.
06:43Então, nesse sentido,
06:45na avaliação do senhor,
06:46a legislação atual,
06:49o que é que a gente precisaria
06:50se tivesse que escolher uma mudança
06:52para aumentar a efetividade
06:54no combate a esse tipo de criminoso?
06:57Qual seria a escolha do senhor?
07:01Não falando institucionalmente,
07:03mas a minha,
07:04como observador e operador de direita
07:06e como policial há 34 anos,
07:08eu diria sem dúvida nenhuma
07:10que seria o cumprimento integral
07:11ou o cumprimento de quase a pena
07:14na sua totalidade.
07:15A gente percebe, por exemplo,
07:16isso é um fato axiomático.
07:18A gente pega um indivíduo
07:20que ele foi, está sendo preso
07:22e ele tem 14 passagens, 15 passagens,
07:26significa que a polícia o prendeu
07:2814 vezes e ele foi solto 15
07:32porque ele está na rua.
07:33Então, isso não é uma crítica
07:35para o sistema de justiça criminal,
07:37porque o Judiciário e o Ministério Público
07:39estão todos atrelados ao sistema legal.
07:43Então, certamente, eu lhe diria
07:44que é evitar o retrabalho,
07:47que é evitar tirar esse indivíduo da rua,
07:50que ele efetivamente cumprisse as penas.
07:53Então, nós temos penas, por exemplo,
07:54o atrocínio que chegou a 30 anos
07:56e nós tivemos um condenado
07:57que eu acabei de citar
07:58que tomou 54 anos.
08:00Se ele cumprisse pelo menos 20,
08:04além do caráter retributivo,
08:06ele é uma pessoa que vai ficar fora
08:08das ruas 20 anos,
08:10nós teríamos o caráter dissuasório
08:12que ia desestimular outros indivíduos
08:14a cometer esse tipo de crime.
08:16Com atrocínio, a pena é pesada,
08:18mas a gente não observa a mesma dureza
08:21com relação à receptação,
08:23a não ser a receptação qualificada,
08:25a gente não recebe a mesma dureza
08:26com relação ao furto,
08:28ao furto de celulares.
08:29Então, certamente,
08:31de maneira bastante assertiva,
08:32eu diria uma autorização legislativa
08:34com relação ao cumprimento mais efetivo
08:36das penas que o judiciário
08:38tem sentenciado,
08:39os indivíduos são considerados culpados.
08:42É isso aí.
08:43Enquanto isso,
08:43o cidadão comum,
08:44trabalhador honesto,
08:45segue aí se locomovendo com medo,
08:48os que podem com isso filme no vidro,
08:49os que podem, talvez,
08:50um pouco mais por detrás dos blindados,
08:52mas escondendo o celular,
08:54enfim, tendo que ter celular reserva
08:56para o assalto
08:56e até escondendo a aliança.
08:58Mas, claro,
08:59o trabalho que vocês têm feito
09:00vai contra isso,
09:02vai para virar esse jogo
09:03e certamente merece ser exaltado.
09:05Delegado Castilhoni,
09:07obrigado demais pela presença aqui.
09:08Ele que é do DEIC,
09:09Departamento Estadual de Investigações Criminais
09:11da Polícia Civil de São Paulo.
09:12Vocês estão na direção certa
09:14e a sociedade agradece.
09:15Obrigado.
09:16Eu que agradeço
09:17e a oportunidade de falar
09:18para tão especiais ouvintes aí.
09:21Obrigado.
09:23É isso aí, meus queridos e minhas queridas.
09:24Seguimos adiante aqui.
09:25Muitos outros temas
09:26para a gente seguir repercutindo com vocês,
09:28mas, Michele Barros,
09:29você está, enfim,
09:30já tem dimensão do tamanho desse problema?
09:33Da segurança pública?
09:34Não, principalmente
09:35dessa nova modalidade de assaltos
09:38e a criatividade e ousadia crescente,
09:40especificamente com alianças e bolsas
09:42e bens de maior luxo ainda.
09:44É impressionante que antigamente
09:45a gente falava da criminalidade
09:46aqui em São Paulo
09:47e a gente sabia que tinha violência e tal,
09:49mas não estava tão perto.
09:50A gente sabia quais eram
09:51os locais específicos
09:52da atuação desse tipo de gangue.
09:54Hoje eu acho que está mais espalhado.
09:56Eles estão agindo
09:57como o doutor mencionou,
09:59de uma forma mais coordenada,
10:01profissional.
10:02E é importante identificar
10:03como ele mencionou,
10:04quem fornece,
10:05quem está pegando
10:06e quem está vendendo lá na ponta.
10:08E é importante a gente dizer também
10:10para a sociedade,
10:11porque tem gente que vai lá
10:12e compra o celular,
10:13que não sabe de onde veio
10:14a procedência do celular
10:15ou vai comprar uma joia,
10:17alguma coisa,
10:18também não sabe de onde veio,
10:19não tem nota fiscal.
10:20E você compra
10:21porque você acredita
10:22estar dando uma vantagem,
10:24levando uma vantagem
10:25em relação àquilo.
10:26Só que,
10:27no fim das contas,
10:28provavelmente pode estar fazendo parte
10:30de um esquema criminoso
10:31que vitimiza a sociedade
10:32como um todo.
10:33Jess?
10:33Não, acho que isso é muito importante.
10:35Acho que isso é fundamental.
10:36O delegado até abordou, né?
10:37A receptação tem uma pena
10:39muito branda,
10:41de um ano
10:41até quatro anos.
10:43Então,
10:43não tem uma pena dura.
10:45E com isso,
10:46as pessoas,
10:47elas têm um universo
10:49de venda
10:50desses itens roubados
10:51que não aconteceria
10:53se todo mundo
10:54pedisse nota fiscal,
10:55se todo mundo pensasse,
10:56pô,
10:57eu tô aqui nessa vendinha,
10:58nesse local, né?
10:59Tem lugares,
11:00e não só em São Paulo,
11:01no Brasil inteiro,
11:02pegando minha cidade de Goiânia,
11:04Feira da Marreta,
11:05todo mundo sabe
11:06que tudo que tem lá
11:07é roubado.
11:08Até tem um amigo
11:09que uma vez foi buscar
11:10um celular,
11:12achava que tava lá,
11:13não achou o item,
11:14mas foi lá.
11:15Então, assim,
11:16existe uma questão
11:17na receptação
11:18que permite
11:19que incentiva
11:20esses crimes,
11:21porque, afinal de contas,
11:22a pessoa vai,
11:23pega, revende,
11:24fala que não sabia
11:25e a pena é menor.
11:26Então, assim,
11:27se a gente quer endereçar
11:28esse problema,
11:28um dos passos
11:29é mudar
11:30a pena da receptação,
11:32colocar a pena
11:33da receptação
11:34ou a mesma pena
11:34da receptação qualificada,
11:36que é o que o delegado
11:37também colocou aqui.
11:39E é isso,
11:39e a violência
11:40cada vez mais
11:41virando paisagem,
11:42o medo cada vez mais
11:43se tornando a regra,
11:44mas a Jovem Pan
11:45jamais se furtando
11:46de realmente
11:46propor soluções
11:47por menor que seja,
11:48mas nesse caso
11:49tá sendo uma baita adesão
11:51e realmente
11:51muito consequente.
11:53A campanha chega
11:53e veio pra ficar
11:54e realmente a gente
11:55tá aqui engajando
11:56a todos vocês
11:57pra realmente contar
11:58a história de vocês,
11:59pra gente ter a dimensão,
12:00porque só sabendo
12:01onde a gente tá,
12:01a gente pode imaginar
12:02pra onde a gente pode ir juntos
12:04e a campanha chega,
12:05a gente faz questão aqui
12:06de ressaltar.
12:07Vamos lá.
12:08Chega de crime,
12:10de assalto,
12:11de medo,
12:13de impunidade,
12:14chega,
12:16uma campanha
12:16da Jovem Pan
12:17contra o crime.
12:20É isso aí,
12:20David Itaço,
12:21que é essa sensação,
12:22parece cada vez mais
12:23o cidadão comum,
12:24o trabalhador honesto,
12:25parece um intruso
12:26no próprio país,
12:27né?
12:28E a gente não pode
12:29deixar isso acontecer.
12:30E a criminalidade
12:30cada vez mais,
12:31criando mecanismos
12:33pra agir contra a sociedade,
12:34como por exemplo,
12:35antes da participação
12:36ao vivo aqui,
12:37o doutor Clemente
12:38tava conversando com ele,
12:39ele prendeu uma quadrilha
12:40que atuava
12:41num call center do crime,
12:42aplicando golpes
12:43e existia até mesmo
12:44uma espécie de coach.
12:46É isso mesmo.
12:47A mulher servia como coach
12:49motivando os outros
12:50que vai dar tudo certo.
12:52Então,
12:53realmente,
12:53a gente precisa avançar
12:54e o nosso papel
12:55é justamente esse,
12:57tirar voz
12:57pra que você possa
12:59dar o seu relato
13:00e dessa forma
13:01participar da nossa campanha.
13:02Ou pelo QR Code
13:03aqui escaneado
13:04na sua tela,
13:05ou até mesmo
13:06por meio da hashtag
13:07já foi assaltado
13:08nas redes sociais,
13:08que nosso grande foco
13:10é ouvir as autoridades
13:11de que forma
13:12que elas têm avançado
13:13pra combater
13:14toda a criminalidade.