Durante a reunião de chanceleres do Brics no Rio, o Brasil, na presidência do bloco, defendeu o multilateralismo como caminho para a paz na Ucrânia e Gaza. Mauro Vieira também destacou a necessidade de reformar o Conselho de Segurança da ONU. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.
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NotíciasTranscrição
00:00Estamos de volta e já com um destaque do nosso site.
00:04O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil vai aproveitar todas as oportunidades comerciais
00:11geradas pelo tarifaço imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
00:16A fala do ministro All Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC,
00:21ocorreu depois que o perfil chinês Yu Yuang Tan Tian, da rede oficial CCTV,
00:26publicou um vídeo mostrando diversos navios descarregando soja brasileira na China.
00:33Depois que a China reduziu as compras dos Estados Unidos,
00:36navios com soja brasileira começaram a aparecer um atrás do outro, noticiou o canal chinês.
00:43Não gosto de comemorar crise, de comemorar qualquer instabilidade.
00:48Os Estados Unidos começam a tomar medidas que desestabilizaram de forma brutal
00:52às relações comerciais mundiais e a gente não deve comemorar isso.
00:57Agora, em crise, se gera oportunidade e o Brasil está atento às oportunidades
01:03e vai ampliar, declarou o ministro Carlos Fávaro.
01:08Bom, Mari, já era uma diretriz do presidente Lula ampliar as relações comerciais
01:13desde o início da gestão atual dele.
01:16E agora também não seria diferente, a gente viu aí na fala do Carlos Fávaro,
01:20então, de fato, eles estão transformando crise em oportunidade,
01:25fazendo de uma maneira que era mais ou menos o de se esperar.
01:29É, mas acho que não se esperava que o Donald Trump fosse ajudar tanto,
01:32pelo menos o mercado de soja, tão rápido, né, Paula?
01:34Porque, na prática, esse superaquecimento aí da guerra tarifária
01:38e das tensões mesmo entre China e Estados Unidos
01:42colocou até como uma questão política mesmo
01:46esse redirecionamento muito imediato da compra de vários aspectos no campo do agro,
01:52mas a soja em particular, que teve esse dia simbólico,
01:56onde com os navios chegando,
01:57ela casou exatamente com o momento de uma super safra no Brasil
02:01e acabou tendo uma possibilidade aí de uma super safra
02:05que poderia ter pressionado, por exemplo, uma queda de preço.
02:07Ao invés disso, ela conseguiu ter uma expansão de demanda
02:10que deu um resultado positivo aí, pelo menos até o momento, para o Brasil.
02:14E aí, a grande questão, que acho que fica na vírgula, né,
02:18em relação ao que o ministro trouxe,
02:20é que é uma crise, significa que é difícil tomar decisão.
02:24Então, enquanto se aproveita as oportunidades
02:26e elas são no sentido, como eu falei,
02:28dessa convergência ótima entre a produção que estava ali saindo já, né,
02:33estava quente, saindo dos campos
02:35para uma demanda que acabou de ser gerada, ótimo.
02:38A questão é como fazer as leituras e decisões de futuro
02:41num cenário de crise.
02:42O que eu estou querendo dizer?
02:43A gente vai começar agora a fazer as decisões das próximas safras.
02:47E aí, tem um detalhe que você tem que saber,
02:49será que vai se manter esse aumento de demanda da China para o Brasil?
02:54Será que vai se manter a tensão com os Estados Unidos?
02:57Certamente não volta para o passado,
02:59porque não volta e isso está colocado.
03:00Mas como tomar a decisão de qual é a área total que vai para a soja?
03:04Quais são as outras culturas que também deixam de ser produzidas
03:08em função dessa tomada de decisão?
03:10Lembrando que o Brasil está vivendo uma dificuldade para essa safra,
03:13que é conseguir fazer uma análise de qual vai ser o plantio
03:16considerando as altas taxas de juros.
03:18Taxas de juros que interferem diretamente na produção.
03:21O plano safra está em debate,
03:23porque é um processo que se tem subsídio no caso brasileiro,
03:26mas quanto maior os juros, maior o subsídio necessário
03:29ou, de qualquer maneira, algum custo que acaba realmente batendo na produção.
03:33Então, é uma equação que, de um lado, está esse custo maior aqui no Brasil para produzir,
03:39de outro, um momento importante para algumas culturas,
03:42mas quem vai tomar a decisão tem que pensar se esse momento se sustenta lá na frente
03:46e, tomado a decisão em favor de uma cultura e dentimento da outra,
03:49principalmente se for fortemente para exportação,
03:53podemos ter efeitos aqui dentro do ponto de vista de produção de alimentos.
03:55Então, é todo um cenário delicado,
03:58porque a decisão de hoje pode afetar a inflação de amanhã,
04:02deve afetar a inflação de amanhã.
04:03Então, não dá para esquecer o cenário de crise.
04:05Claro, aproveita-se, nesse sentido, se comemora.
04:08A perspectiva de PIB mais otimista no Brasil para 2025 é um sinal disso
04:14e vamos ter essa boa notícia conosco.
04:17Mas é isso, tomadas de decisão no campo tem gap,
04:20tem distância entre o que se decide hoje e o futuro.
04:22E aí é importante ter o máximo possível de apoio, de debate,
04:26apoio do ponto de vista dos sinais do governo brasileiro,
04:30dos agentes aí que conseguem coordenar melhor as ações no campo,
04:34para que a gente consiga trafegar nesse momento,
04:38ainda que ele seja incerto, com a maior consistência possível
04:41e cuidando para que a gente aproveite muito rápido alguns espaços
04:46e deixe vazio outros que vão acabar cobrando caro lá na frente.
04:49Obrigada, Mari.
04:51Oito horas da manhã em ponto, hein?
04:54Em meio à guerra tarifária, o Brasil, que ocupa a presidência do BRICS,
04:58defendeu o reforço do multilateralismo como mecanismo
05:01para acabar com os conflitos na Ucrânia e em Gaza.
05:05Foi durante o primeiro dia de reunião de chanceleres do bloco no Rio de Janeiro.
05:08Os ministros das Relações Exteriores do BRICS iniciaram nesta segunda-feira
05:16uma cúpula de dois dias no Rio de Janeiro.
05:18O Brasil, que ocupa a presidência rotativa do bloco este ano,
05:21pediu o fortalecimento do multilateralismo como mecanismo para acabar com os conflitos
05:26na Ucrânia e em Gaza.
05:27O grupo, que responde por 39% do PIB global, também é composto por China, Rússia, Índia,
05:36África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã, Indonésia e Arábia Saudita.
05:41Com 11 Estados-membros representando quase metade da humanidade
05:47e uma ampla diversidade geográfica e cultural,
05:51o BRICS está em uma posição única para promover a paz e a estabilidade
05:56baseados no diálogo, no desenvolvimento e na cooperação multilateral.
06:01O papel do bloco para que soluções sejam alcançadas foi exaltado pelo chanceler brasileiro,
06:06que ainda apontou organismos que deveriam passar por mudanças.
06:09Nesse contexto, o BRICS tem um papel vital a desempenhar no reforço dos princípios
06:16do direito internacional, no apoio à solução pacífica de controvérsias
06:21e na promoção de reforma das instituições multilaterais,
06:26em particular das Nações Unidas e do seu Conselho de Segurança,
06:30para melhor refletir as realidades geopolíticas contemporâneas.
06:35A reunião de alto nível também vai abordar a guerra comercial desencadeada
06:39pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que atingiu a China de forma particularmente dura.
06:45A reunião de chanceleres é uma etapa preparatória para a cúpula de líderes do grupo,
06:49marcada para os dias 6 e 7 de julho, também no Rio de Janeiro.
06:53Mari, qual que é o peso desse tipo de reunião entre os chanceleres acontecendo
06:59num momento como esse que a gente está passando?
07:01É uma forma de centralização aí também de muitos discursos e pautas importantes,
07:06como a gente até bem viu no VT, para antecipar algo que já vai estar prestes a acontecer.
07:12Simbolicamente é muito interessante esta reunião acontecendo agora.
07:15A gente vai ter a reunião mesmo dos BRICS acontecendo mais adiante,
07:18aqui no Brasil esse ano.
07:20E por que eu digo que é simbólico?
07:21Porque, como a gente estava vendo no VT, tem uma defesa,
07:24e o Brasil puxando aí esse tema, que é a defesa da construção do multilateralismo,
07:29reconstrução ou reaposta no multilateralismo.
07:32Por que o re na frente?
07:33Porque a coordenação internacional, a ordem internacional,
07:37ela foi organizada mais fortemente para chegar no ponto em que estamos hoje,
07:41a partir da Segunda Guerra Mundial,
07:43e puxada pelos países que, nesta situação do pós-guerra,
07:47estavam em condições de vitoriosos, ou seja, Estados Unidos e parte dos países europeus.
07:53Então, esta ordem, a discussão do multilateralismo,
07:56a discussão de todas as instituições internacionais,
07:59foi pautada principalmente pela liderança desse bloco,
08:01desse bloco dos países mais desenvolvidos.
08:05Ao longo do tempo, teve muitas fragilizações dos espaços de cooperação internacional,
08:11em função principalmente de algumas dificuldades de convergência de interesses,
08:15e agora o Donald Trump foi o presidente que colocou quase que uma pedra em relação a isso.
08:20Não quero mais ocupar o espaço de liderança desse multilateralismo,
08:24porque eu acabo perdendo, eu pago por isso, eu pago em defesa para a Europa,
08:28eu pago demais pelos outros países se desenvolverem, não quero mais.
08:33Uma fragilização que já vinha, mas que, de alguma maneira, ele consolida.
08:36Essa fala, ela poderia ser seguida, ela segue de uma fragilização internacional,
08:40e aí, quando você vê os BRICS agora se reunindo, e aí que eu digo que é simbólico, né?
08:45Um grupo de países que não eram os países que, tradicionalmente, lideravam o debate do multilateralismo,
08:50se reúnem e reafirmam o multilateralismo, e discutem os aspectos institucionais relevantes
08:57para o seu desenvolvimento nesse cenário, isso pode pautar um outro tipo de multilateralismo,
09:02onde as nações que têm, em termos de desenvolvimento de renda,
09:06um patamar inferior aos que estavam dando as cartas antes, conseguem ter mais espaço.
09:11Se isso puder caminhar para um debate internacional, que realmente coloca no centro da argumentação
09:18temas como uma redução de desigualdade, um maior crescimento, um crescimento mais equitativo,
09:23uma possibilidade de geração de bem-estar mais integral,
09:26com o olhar de quem, de fato, vive ainda as dificuldades de crescimento de renda,
09:30que são esses países que estão nesse bloco onde está o Brasil, mesmo a China, que cresce enormemente,
09:36ainda é um país de renda média, não é um país de renda alta, é um país de alto crescimento, alto potencial,
09:43mas com uma lógica de desenvolvimento e um patamar estabelecido ainda inferior.
09:46Então, ter esses países em diálogo é extremamente simbólico nesse momento e poderia ser um sinal positivo.
09:52Está longe de ter qualquer coisa resolvida, tem enormes problemas políticos,
09:56os problemas de gestão e governança, porque não são países propriamente casados,
10:00por exemplo, com a visão de liberalismo, de democracia, que foi o que pautou o outro multilateralismo,
10:06digamos assim, para Trump, mas é isso, tem alguns aspectos importantes que vêm para a mesa.
10:12É um caso de continuar observando, entender quais são as soluções e, principalmente,
10:16analisar o papel que o Brasil pode ocupar nesse cenário.
10:18Certamente tem muita coisa para acontecer e, quem sabe, virar uma página em termos de história internacional,
10:24colocando mais protagonismo para esse bloco de renda média e o Brasil ocupando,
10:29quem sabe, de novo, um cenário de liderança.
10:31Paula?