Os economistas do mercado financeiro reduziram a expectativa de inflação de 2025 pela segunda semana consecutiva. A estimativa do mercado passou de 5,57% para 5,55%. Mesmo com a redução, a expectativa continua bem acima do teto da meta, que é de 4,5%. Para 2026, a expectativa de inflação subiu de 4,50% para 4,51%. Em um evento nesta segunda-feira (28), o presidente do Banco Central, Gabriel Galipolo, falou sobre uma alta na taxa de juros.
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NotíciasTranscrição
00:00Vamos falar agora no que dói no bolso, né, Guilherme Mendes?
00:04Os economistas do mercado financeiro
00:07reduziram a expectativa de inflação de 2025
00:12pela segunda semana consecutiva.
00:16A estimativa do mercado passou de 5,57 para uma grande redução.
00:22Agora é 5,55, né? 0,02%.
00:27Mesmo com a redução, a expectativa continua bem acima do teto da meta,
00:32que não foi dobrada, que é de 4,5%.
00:38Para o ano que vem, em 2026,
00:41a expectativa de inflação subiu de 4,50 para 4,51%.
00:47Em um evento na manhã de hoje,
00:50o presidente do Banco Central falou sobre uma alta na taxa de juros.
00:56Vamos ouvir.
00:57A gente está falando de uma taxa de juros real que namora ali com dois dígitos,
01:03e nós estamos falando de uma economia que está com a taxa de desemprego mais baixa
01:07da sua série histórica.
01:09Então é estranho você entender como é que uma economia
01:14segue apresentando níveis de dinamismo tão elevados
01:19com um nível de taxa de juros que para qualquer outro tipo de economia
01:23seria entendido como um patamar bastante restritivo.
01:25E aí, como eu tenho dito bastante, isso me parece sugerir
01:30que a fluidez dos canais de transmissão da política monetária no Brasil
01:34não funcionam como funcionam em alguns dos nossos pares
01:37ou em outras economias,
01:39o que tem historicamente demandado doses maiores do remédio
01:44para a gente poder fazer efeito.
01:45Eu acho que isso é um ponto bastante relevante,
01:47que a gente consiga, e não vai ser resolvido com bala de prata como eu já comentei,
01:52a gente precisa iniciar com as reformas que são necessárias a serem feitas
01:56para que a gente possa normalizar isso.
01:59Querido João Bellucci, não se explica naturalmente
02:04porque o crescimento da economia se dá para uma intervenção artificial do governo,
02:08injetando dinheiro público e tentando, no passado, dar crédito barato.
02:13Eu estava ouvindo uma entrevista do saudoso, grande economista,
02:16Milton Friedman, monetarista, dizendo o seguinte,
02:18os fundamentos básicos da economia são muito fáceis.
02:22Qualquer pessoa é capaz de entender.
02:25Você gasta menos do que você ganha,
02:28você gasta menos do que você arrecada
02:31e você terá superávit.
02:33Com o superávit, evidentemente, você consegue controlar os preços.
02:38Quando você tem déficit, a carência de produção.
02:42Carência de produção, os produtos ficam mais caros, sobe a inflação.
02:46Então, como você vê essa questão?
02:48O governo quer consertar a economia sem cortar gastos?
02:52Como é que pode?
02:54E dessa vez, sem o tal boom de commodities
02:56que tanto ajudou o Lula historicamente, vamos lembrar,
02:59dessa vez não tem.
03:00Agora sim, todo o cenário está ruim para o Brasil.
03:02É importante também fazer um parênteses com relação ao Boletim Focus,
03:05que não só o Boletim Focus, como muitos analistas de mercado erram bastante.
03:10Se a gente for calibrar uma porcentagem,
03:12talvez seja uma das áreas em que as pessoas são menos cobradas
03:14pelas suas previsões que nunca se concretizam.
03:16Até porque, infelizmente, muitos analistas de mercado também tomam, orientam,
03:22têm orientações, posições e, de alguma forma, têm interesse no mercado financeiro também.
03:27Então, fica uma análise bastante prejudicada.
03:30Agora, veja, a inflação, o que está pegando é a inflação de alimentos.
03:34A gente vê, tudo está sob controle.
03:36O próprio Galípolo ali, que hoje é bem pouco cobrado pelo PT,
03:40lembra? Ele está seguindo a mesma política, mas ele não é cobrado mais pela Gleice,
03:44por mais ninguém.
03:44Parece que está tudo certo, sendo que ele mantém o que vinha fazendo o Campos Neto
03:48nesse Banco Central, que ele é, em teoria, independente,
03:51mas o governo acaba nomeando, ele pondo os seus principais...
03:55Ele levou a taxa de juros, né?
03:56Ele levou a taxa de juros e não houve aquela cobrança que era feita diante do Campos Neto,
04:01que para essa linha do PT, o Campos Neto e o Bolsonaro foram...
04:05destruiu tudo da história do Brasil e eles estão reconstruindo algo que eles estavam no poder antes.
04:09Me parece que a política do Banco Central é independente do governo,
04:12ela tem essa questão de aumento dos juros,
04:15os mercados mais voláteis, capital mais volátil está vindo para cá para ganhar em cima dos juros.
04:19Mas agora, uma hora essa conta desses títulos da dívida pública chega, né?
04:23E uma hora vai chegar e a gente já tem previsões de 2026, 2027, se não me engano,
04:27já não tem dinheiro para pagar a conta, o governo gastando mais.
04:30Então, assim, o buraco está aí à vista.
04:32Vamos ver como na eleição de 2026 vai ser entendido isso pela população.
04:36O Paulo Lombo, a questão é a seguinte,
04:37quando o governo começa a gastar mais do que ele arrecada,
04:42para cobrir esse déficit, ele precisa se endividar.
04:46Para ele se endividar, ele tem que vender os títulos dele.
04:49Ao vender os títulos, ele tem que subir a taxa de juros para torná-los mais atrativos.
04:54Por outro lado, na tentativa de equilibrar esse balanço,
04:57ele tem que aumentar muito a carga tributária.
04:59E as empresas começam a sentir essa asfixia.
05:02Então, o governo, por enquanto, os índices de emprego estão se mantendo,
05:06mas a gente não sabe qual é o nível salarial desse emprego.
05:09Que tipo de emprego são esses?
05:11Não adianta dizer apenas estatisticamente qual é esse índice.
05:15Estava vendo uma entrevista de uma economista americana,
05:17ela fala que estatística é uma coisa complicada.
05:19Você tem quatro pessoas num bar.
05:22De repente, entra o Jeff Bezos, da Amazon.
05:26Estatisticamente, todos passaram a ganhar muito mais,
05:28se você dividir por cinco o que ele ganha.
05:29Então, a questão da estatística, ela tem que ser medida,
05:33sentido com o que está acontecendo.
05:35Como você vê lá de Brasília, e também daqui de São Paulo,
05:37que possui um deputado que caminha pelas ruas,
05:40está em contato com a população,
05:41como você sente essas duas realidades?
05:44O mundo de Nárnia em Brasília e o mundo real da população,
05:48principalmente a população de renda mais baixa,
05:51com a qual você convive tanto e procura dar apoio.
05:54É, exatamente isso.
05:55A estatística depende muito de quem faz,
05:57quem encomendou a estatística,
05:58e de onde está saindo essa estatística.
05:59O que eu percebo aí, andando pelas periferias,
06:02é que eu vi uma coisa que eu achei que eu nunca ia ver na minha vida,
06:06que estão dando garantia até para ovo.
06:08Como é que é?
06:09Garantia para ovo.
06:10Numa feira.
06:11Para quem duvida de mim, Jardim Peri, é só ir numa feira.
06:13É feira popular, viu?
06:14Você que é político aí,
06:16não adianta ir com o seu sapato de cinco, seis mil reais, não,
06:18porque você não vai andar bem lá, não.
06:20Mete um sapato popularzão aí,
06:22vamos andar lá no meio da feira,
06:23que você vai ver que tem uma barraquinha ali,
06:24logo no começo,
06:25que se oferece garantia para os ovos.
06:28Então, se quebrar o ovo, o comerciante está numa situação tão difícil
06:31que ele está oferecendo garantia.
06:33Não adianta.
06:34Se você ganha 10 e gasta 20,
06:37é lógico que você vai quebrar.
06:38Qualquer um tem condição de fazer essa conta.
06:41Até meu filho de 12 anos,
06:42que recebe a mesadinha dele lá,
06:44fala, filho, se você ganha 50 contas de mesada,
06:47você gastar 70, filho,
06:48você vai ficar endividado.
06:49É assim que funciona a vida.
06:50Agora o governo, não.
06:51O governo é dinheiro público.
06:52Vamos gastar à vontade.
06:53Não tem problema, não.
06:54E você começa a dar o exemplo de cima,
06:57com as pequenas coisas,
06:58com o exemplo que vem lá de cima.
07:00Isso eu aprendi com os meus pais lá em Ribeirão Preto.
07:02Não adianta você ficar falando um monte de regras
07:05se você não pratica aquilo que você fala.
07:08Então, que se corte na própria pele.
07:10Mas o governo não vai fazer isso.
07:11Já estamos no terceiro ano do mandato,
07:13o ano que vem tem a eleição.
07:14Ele não vai fazer isso.
07:15E o que vai acontecer?
07:16O Brasil vai se afundar cada vez mais.
07:18Minha querida Ana Beatriz Rirsch,
07:21nós temos aqui,
07:22diferentemente do primeiro mandato do presidente Lula,
07:26nós temos um cenário internacional não tão favorável.
07:30E o Belut colocou isso também.
07:32O mercado de commodities já não está do mesmo módulo.
07:35E a tendência da globalização está se revertendo
07:39para o nacionalismo,
07:40ou seja, os países vivendo dentro de suas próprias realidades.
07:43e com economias com grande protecionismo.
07:47Como enfrentar essa situação?
07:49Você vê a popularidade do governo caindo?
07:53Significa o que?
07:54A falta de percepção de um plano econômico,
07:56de uma estratégia para sair da crise?
07:58Capês, veja, eu falei até durante o programa
08:02sobre a minha opinião a respeito da falta
08:05de autorresponsabilidade do governo.
08:09Veja que sempre existe uma justificativa
08:11com base em fatores externos.
08:13Então, dessa vez, a economia vai muito mal
08:16e é um fato incontroverso.
08:18Muito embora existam, sim, indicadores positivos,
08:21mas eu concordo com você
08:23que a gente precisa avaliar qualitativamente
08:25aqueles dados que estão sendo colocados.
08:28Então, a gente vive um momento em que não dá para...
08:32O governo não consegue se apoiar nesses fatores externos,
08:36então a coisa desandou.
08:37E ele usa como justificativo esses mesmos fatores externos,
08:43como se não houvesse nada que o próprio governo pudesse fazer
08:46para melhorar a situação ou para, pelo menos,
08:49reduzir os prejuízos que a população está sendo submetida.
08:53E é neste aspecto que parece que me falta
08:56essa questão da autorresponsabilização.
08:59Então, é evidente que a gente tem uma transformação do mundo.
09:04Essa questão dessa...
09:06A gente viveu um momento muito globalizado,
09:08agora a gente vê um fechamento dos países.
09:11Então, a gente precisa também se adaptar a essa realidade.
09:15Eu acho que o Brasil tem que seguir a linha
09:17que ele sempre seguiu de manter as portas abertas
09:20com a maior quantidade de países possíveis,
09:22tem que tentar fazer negócio
09:23com a maior quantidade de países possíveis.
09:24Mas, diante dessas novas circunstâncias,
09:28precisa haver esse ajuste.
09:31E esse ajuste, nesse momento,
09:32diz respeito a algo interno,
09:34que é o corte de gastos.
09:36E a gente não vê, em lugar nenhum,
09:38ser falado sobre corte de gastos.
09:41É isso que incomoda tanto a população.
09:43E a gente não vê que o corte de gastos é o corte de gastos.