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Transcrição
00:00Mais uma vez, uma mulher assassinada pelo companheiro também.
00:04Só que nesse caso, a revolta pode ser ainda maior, claro que cada caso é um caso,
00:09mas porque esse homem já é foragido da justiça, porque matou outras duas mulheres em Alagoas.
00:15Ele chegou aqui no Recife, conheceu essa mulher e se apresentou com um nome falso.
00:20Tinha até documento falso e mantinha mais uma relação com o mesmo final, ele matando a companheira.
00:27Inclusive tem suspeita de ele ter participação em outro homicídio e ainda tem outros crimes também que ele responde na justiça.
00:35Só que agora ele também está foragido.
00:38A Rafaela Pimentel foi até o local do crime, no bairro do Barro, e vai contar toda a história pra gente, porque está todo mundo revoltado.
00:45Conta pra gente, Rafa, como foi exatamente que ele cometeu esse crime agora. Boa tarde.
00:51A vítima foi Elisângela Borges da Silva, de 38 anos.
00:56Ela trabalhava como auxiliar de serviços gerais e todo esse pessoal aqui são amigos, vizinhos, familiares de Elisângela que estão chocados, revoltados com esse crime.
01:09Ela era muito querida aqui, vivia muitos anos aqui, mas há um ano se relacionava com esse homem, com o autor do crime que está foragido desde que aconteceu.
01:20E como foi que aconteceu, Arthur? De acordo com os familiares dela, eles tinham discutido, esse homem era violento, quando bebia principalmente, era muito ciumento, e ele levou ela pra casa.
01:33Trancou a vítima em casa.
01:35Mas aí os vizinhos não ouviram mais nenhum barulho, só que passaram, as horas foram se passando e eles começaram a sentir falta da Elisângela, que estava sempre por aqui, conversando, brincando com o pessoal.
01:47Primeiro viram pela janela a Elisângela ferida em cima da cama e depois, com a ajuda dos vizinhos aqui, eles arrombaram a porta e a encontraram.
01:57A Elisângela estava desacordada e bastante ensanguentada. Ela estava muito ferida, tinha levado diversas facadas.
02:05E por que os vizinhos não ouviram a Elisângela pedindo socorro?
02:10Porque esse homem colocou um pano na boca dela.
02:13Então, ninguém ouviu os pedidos de socorro.
02:16A gente vai conversar agora, só se ela tiver condições, é claro, com a Edneide Borges da Silva, que é a irmã da vítima.
02:25Foi a dona Edneide, que mora aqui, bem do ladinho dela, que deu falta da irmã e foi atrás.
02:33Ela que primeiro viu a irmã.
02:34Como é que estava a tua irmã, Edneide? Desculpa pedir para você relembrar isso, mas é preciso até para a gente pedir justiça para esse caso.
02:43Boa tarde.
02:44Ela sumiu com ele por volta de umas 5h30 da tarde.
02:49Toda vez que ele queria fazer malvadeza com ela, ele trancava ela, batia.
02:53E eu sempre escutava e vinha socorrer ela.
02:56Só que dessa vez, eu não consegui escutar nada, porque ele tinha botado um pano na boca dela e deu 16 facadas na minha irmã.
03:0516 facadas.
03:06E vocês não viram também ele fugindo, né?
03:08Não viu não, porque se a gente tivesse visto, ele tinha morrido também na mesma hora.
03:13A sinceridade é essa.
03:15A gente não viu ele ser evadindo do local, deu 16 facadas nela e a gente não escutou nada, porque ela estava com pano na boca.
03:20E o que você fez na hora? Pediu ajuda com os vizinhos? Vocês arrombaram a porta e levaram ela imediatamente para a UPA de Lagoa Encantada?
03:27Foi exatamente. A gente arrombou a porta quando viu ela na cama e socorreu ela.
03:31E no carro ainda ela deu o último suspiro.
03:34E eu pensei que ela ia viver, né? Que eu disse...
03:38Ei, Deus, ela está respirando, foi alguma coisa aí, mas foi o suspiro da morte. A médica falou.
03:44E o mais revoltante, Arthur, é que depois, na delegacia, a família acabou descobrindo coisas terríveis contra esse homem.
03:54Que, na verdade, ele se apresentava aqui com um nome, mas o nome verdadeiro dele era outro.
04:00A gente está aqui, a família acabou descobrindo aqui o nome dele quando acharam esse documento, né, Edneide?
04:06Documento escondido, tudo escondido.
04:08Como é que era esse homem? Me contem. Ela estava relacionando com ele há apenas um ano, né?
04:12Mas durante esse ano, já foi um relacionamento conturbado?
04:15Conturbado, conturbado. Ela conheceu ele, começaram a ficar.
04:19E aí vinha, aí vinha, ele batia nela, queria bater em mim, queria bater na minha mãe.
04:23E a gente sempre dava conselho, deixa esse homem, deixa esse homem.
04:27Mas ela nunca o escutou e até porque ela queria se separar, ele não aceitava.
04:31Ela tinha medo dele, então?
04:32A roupa era sempre arrumada aí, mas ele nunca ia se embora.
04:34E ele dizia que se ela não ficasse com ele, não ia ficar com ninguém.
04:38Ela tinha medo dele no final?
04:40Provavelmente, ela tinha medo dele porque ela não contava nada, gente.
04:43Eu sempre que escutava, eu ia ir na casa dela, mas como ele é perigoso, ele premeditou o crime, né?
04:51Minha irmã estava com pano na boca, tudinho, eu não escutei, porque senão eu ia ajudar minha irmã.
04:55E foram muitas agressões ao longo desse ano de relacionamento?
04:57Muitas agressões, ele queria dar na minha mãe, queria me bater.
05:01Ele, quando bebe, era muito agressivo, muito agressivo mesmo.
05:04E aqui ele se apresentava para vocês todos com qual nome?
05:08Jair, Jair.
05:09Apenas isso? Ele não dava nenhum sobrenome?
05:11Não, nem documento, nem nada. Ele dizia a gente que não tinha nem documento.
05:15E na delegacia, vocês acabaram descobrindo o quê?
05:17A gente descobriu que ele tem dois feminicídios em Alagoas, que está com dois mandados de prisão.
05:24E o nome dele verdadeiro seria esse aqui?
05:26Esse aqui.
05:27Olha aí, a gente está mostrando agora, Natelson Venâncio da Silva Filho.
05:31Essa é a foto dele.
05:33Então, em nenhum momento esse homem disse que tinha esse nome aqui para vocês?
05:36Não tinha esse nome.
05:38Ele se apresentou como Jair.
05:40Ele não tinha documento, ele não tem família, ele não tinha nada.
05:43O que ele tinha era muita maldade no coração e tirou a vida da minha irmã.
05:46E esse homem agora está foragido.
05:48Ele fugiu daqui logo depois do crime.
05:49Ninguém percebeu, na verdade, que ele estava fugindo e que ele tinha cometido esse crime.
05:53Não, não.
05:54Ele se evadiu do local e ninguém viu, porque eu moro aqui em uma casa depois da dela.
05:59Eu não vi nem a grade abrindo, nem nada.
06:01Não escutei nada, porque sempre que eu escutava, como eu disse, eu ia lá socorrer ela.
06:05Mas dessa vez eu não escutei, não.
06:07Certo.
06:08A gente vai conversar.
06:09Meus sentimentos, viu?
06:10Desculpa aí por você ter revivido isso tudo.
06:13Mas é preciso, você sabe, né?
06:14Da importância da gente agora divulgar mais esse caso,
06:17para que a polícia se empenhe nessa investigação e que chegue até esse homem, né?
06:21Mas mulher acorde, né? Vamos morrer por amor, né? Vamos morrer por homem, né?
06:25Vamos se amar primeiro, porque se a gente não se amar, a gente não pode amar ninguém.
06:28Ela amou ele e esqueceu dela.
06:30Já puxando por esse assunto também, que você acabou de falar uma coisa super importante.
06:34Ela já tinha denunciado ele à polícia?
06:36Já, já. Já tinha. Já tinha ido para a delegacia, prestado queixa.
06:41Ele voltava com pele de cordeirinho, calminho, bonitinho.
06:44Aí voltavam de novo.
06:46E a gente todo dia aconselhava a deixar.
06:48Segue tua vida, tem teu trabalho, só tem uma menina só, mas ela nunca escutou.
06:53Ou talvez tinha medo de se separar dele, que ele era muito agressivo mesmo, muito mesmo.
06:57Ela nunca tinha chegado a pedir na justiça, tipo, uma medida protetiva contra ele,
07:00para ele não aparecer mais aqui?
07:01É como eu falei, né?
07:02Tinha hora que eu me metia, e por ver, não, porque dava até raiva.
07:06Então, eu não sei o que é que ela pediu, o que é que ela não pediu.
07:09Mas foi isso, né?
07:10Ela morreu por amor.
07:11Amor demais.
07:13Amor demais.
07:13Tá aí, Arthur, a gente vai ouvir agora uma amiga da vítima, né?
07:18Que também viveu toda essa situação ontem aqui, ajudando a família.
07:22Para você...
07:23Você tentava também se meter, ajudar, aconselhar a tua amiga?
07:28É minha família, né?
07:29É uma família que eu nunca tive.
07:32E eu quero justiça.
07:33Que ele vá para a cadeia, para a cadeia.
07:38Você dava conselho a ela para ela deixar ele?
07:40Dava.
07:41Danda, vai ver tua vida.
07:43Tu tem uma menina, tua menina precisa de tu.
07:46Mas ela nunca escutava.
07:48Nunca escutava.
07:50É, tem esse detalhe que a gente acabou esquecendo de falar no começo.
07:54A Elisângela, infelizmente, deixou uma filhinha de sete anos.
07:57E que agora está ofã, né?
07:59Esse pessoal aqui, claro, vai ajudar a criar essa menina,
08:03como já está acolhendo ela nesse momento difícil, Arthur.
08:06E fica aí.
08:07Então, a gente vai acompanhar esse caso, os desdobramentos desse caso.
08:12Esse homem está foragido ainda.
08:15O caso foi registrado, como eu falei, lá no DHPP.
08:18Mais um feminicídio.
08:20E a investigação já está correndo, Arthur.
08:23Os delegados, conversamos com ele mais cedo lá no DHPP.
08:27O delegado desse caso está se empenhando para tentar agora descobrir o paradeiro desse homem.
08:35Que, como a gente viu, tem esse nome aí.
08:37Não era o que ele se apresentava aqui.
08:39E agora esse homem está por aí, foragido, sem o documento dele, verdadeiro, né?
08:43E que tem esses mandados aí de prisão em aberto.
08:46Então, a gente vai aguardar aí o posicionamento da polícia
08:49para ver, para acompanhar, então, o final desse caso.
08:53Fica aí, então, o pedido desses familiares e desses amigos para esse caso.

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