Cristiano Noronha, cientista político e vice-presidente da Arko Advice, concedeu entrevista exclusiva ao Jornal Jovem Pan. Ele analisou as recentes crises enfrentadas pelo governo federal, que já sofre com a baixa popularidade, envolvendo um escândalo de corrupção no INSS e o impasse para a troca do ministro das Comunicações. Lula luta para melhorar a relação com o Congresso. Dora Kramer e Cristiano Vilela participam.
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NotíciasTranscrição
00:00Mesmo com a popularidade em baixa, o escândalo do INSS e a recusa de um deputado do União Brasil
00:06aceitar ser ministro, o presidente Lula declara ser candidatíssimo em 2026.
00:11O nosso entrevistado agora, o cientista político Cristiano Noronha, vice-presidente da Arco Advais.
00:17Tudo bem, Cristiano? Como sempre, uma honra te receber aqui. Boa noite, bem-vindo.
00:21Boa noite, Thiago. Prazer estar aqui com vocês novamente.
00:23Prazer é nosso sempre. Eu começo perguntando, esse escândalo do INSS,
00:27qual o potencial pra atingir o governo? Porque a gente estava falando sobre isso aqui.
00:31O governo vai ter que se virar pra devolver o dinheiro dos aposentados, dos pensionistas.
00:36O problema é saber se esse dinheiro não foi encontrado.
00:39Como é que fica a situação do governo, Cristiano?
00:42Bom, Thiago, o governo tem que dar um jeito nessa identificação aí de onde foi pra esses recursos.
00:51A gente viu que alguns bens também foram apreendidos.
00:54De alguma forma, esses bens podem ser leiloados e, com isso, revertido,
01:01essas pessoas que foram lesadas com esse escândalo.
01:06É um escândalo sério.
01:09Inclusive, tem uma audiência pública prevista pra próxima semana
01:13com o ministro Carlos Lupe do Ministério da Previdência,
01:18na comissão da Previdência da Câmara.
01:20Ele iria lá, o convite tinha sido pra ele comentar sobre as nações da pasta.
01:26Muito provavelmente esse vai ser o tema, Thiago.
01:28E lembrando também que a gente tem uma medida provisória
01:31que fala sobre o consignado do setor privado
01:34em implementação no Congresso Nacional.
01:36Então, o que a gente pode ter também,
01:38é, eventualmente, os parlamentares querendo colocar ali
01:41alguma coisa que aumente o rigor dos bancos, né?
01:46Pra eles fazerem esse tipo de concessão de consignado, né?
01:51Talvez um critério maior, eventualmente,
01:55presença física do aposentado nas agências.
01:58Enfim, alguma coisa, sem dúvida nenhuma, tem que fazer.
02:03Gera um constrangimento pro governo, Thiago,
02:07porque envolve alguns sindicatos, o montante é muito expressivo
02:10e também o alvo disso, né?
02:15São pessoas que dependem muito desse recurso,
02:18aposentados e pensionistas aí do INSS.
02:22Vou chamar já os nossos comentaristas,
02:24Dora Kramer e o Nelson Kobayashi, aqui nos estúdios.
02:27Você, Dora.
02:27Boa noite, Cristiano.
02:30Vamos continuar nesse assunto,
02:32porque essa história tem um potencial de estrago muito grande, né?
02:38Porque fala de INSS, é de fácil compreensão.
02:43Você acha que o governo tá, evidentemente,
02:45numa tentativa de redução de danos,
02:49tentando emplacar a versão de que, olha,
02:51na verdade, o governo não tem nada a ver com isso,
02:55não tem nenhum tipo de responsabilidade,
02:57porque foi o governo quem investigou
03:01e que agora tá tomando providências,
03:04mas não tomou as providências de 23 a 24
03:08diante do aumento de reclamações,
03:12mais de um milhão de reclamações,
03:15não foram suspensos os pagamentos.
03:17Você acha que o governo tem capacidade
03:19de emplacar essa versão,
03:21de se sair bem dessa história?
03:23Olha, Dora, tem, dependendo aí dos próximos capítulos, né?
03:32O governo tem que agir muito rapidamente.
03:35Agiu na demissão, por exemplo, do presidente lá do INSS,
03:40mas a questão do ressarcimento,
03:43a questão das punições,
03:45todo o apoio às investigações,
03:47medidas ali pra tentar conter maiores danos.
03:51Agora, dependendo se houver surgimento de fato novo,
03:56o governo vai ficar sempre correndo
03:58atrás do prejuízo, entendeu?
04:00Então depende muito dos próximos eventos,
04:03dos próximos passos.
04:04Mas acredito que o governo,
04:07nesse momento, pelo menos no início,
04:09agiu rápido pra conter esse dano.
04:12Agora, a gente precisa aguardar as investigações
04:16pra ver o dano,
04:18pra ver a dimensão que isso tem,
04:20a quantidade de pessoas e entidades envolvidas,
04:24porque isso pode se alastrar.
04:25E, eventualmente,
04:26isso pode acabar se tornando uma disputa política
04:29no Congresso Nacional com criação de CPI.
04:32Por exemplo,
04:33por mais que as CPIs tenham perdido muito
04:35do seu potencial de investigação,
04:39mas ela pode criar um barulhinho aí,
04:40isso é chato pro governo,
04:42no momento que o governo precisa focar
04:44em medidas mais populares,
04:46como a questão do imposto de renda,
04:47e também está tentando
04:49recuperar os seus índices de popularidade.
04:53Pergunta agora, Cristiano de Nelson Kobayashi.
04:55Cristiano, boa noite,
04:56é um prazer falar contigo.
04:57Eu queria saber como é que você analisou
04:59a recusa do deputado Pedro Lucas,
05:01do União Brasil,
05:02para compor um ministério,
05:04que é tão concorrido,
05:05tão procurado
05:07por tantos parlamentares,
05:09por tantos políticos,
05:11e uma recusa
05:12depois de um anúncio
05:13feito pelo próprio governo.
05:15O que isso significa
05:16para você, politicamente?
05:19Bom, Thiago,
05:21no mínimo,
05:21um constrangimento imenso, né?
05:23Porque o presidente,
05:24quando ele vai a público,
05:25anuncia o nome,
05:27espera-se que isso já esteja
05:30tudo muito bem alinhado,
05:32tudo muito bem negociado.
05:34Viu-se que não foi.
05:36E o presidente também
05:37negociar uma substituição
05:40de um ministro,
05:42devolvendo a Câmara dos Deputados,
05:45um deputado federal,
05:46pegando um outro deputado federal,
05:48mas a negociação sendo
05:50toda conduzida por um senador,
05:54viu-se ali que a gente
05:55tinha um problema.
05:58Então,
05:58o União Brasil
05:59é dos partidos
06:01que compõem a base aliada,
06:03o mais distante do governo,
06:05é o que apresenta menor índice
06:06de adesão ao governo.
06:09Então,
06:09isso mostra já
06:10esse posicionamento
06:12que o União Brasil tem.
06:14O partido não queria
06:15aumentar
06:16essa proximidade
06:18com o governo,
06:20até porque havia
06:21um movimento
06:21do Juscelino Filho,
06:23que foi ministro,
06:24ser líder,
06:24e o pessoal achava
06:25que isso poderia
06:26vincular muito o partido.
06:27E na próxima terça-feira,
06:29também,
06:29Kobayashi,
06:30vai haver a formação
06:32de uma federação,
06:33com o PP.
06:33E essa federação
06:35foi trabalhada
06:36pelo senador
06:37Ciro Nogueira,
06:38que foi ministro
06:39da Casa Civil
06:40do ex-presidente
06:41Jair Bolsonaro.
06:42Ou seja,
06:43essa relação
06:43entre governo
06:44e União Brasil
06:45tende a ficar
06:46ainda mais distante
06:47a partir da formação
06:48dessa federação.
06:50Lembrando,
06:51também,
06:51que o União Brasil
06:52também tem um candidato
06:54a presidente da República,
06:55que é
06:55Ronaldo Caiado.
06:56Então,
06:57essa relação
07:00permanece ruim,
07:03ela permanece ali
07:04no mínimo necessário,
07:06e a União Brasil
07:07continua na base
07:09do governo
07:09muito mais
07:10pela pessoa
07:11do presidente
07:12do Senado,
07:13Davi Alcolumbre.
07:15E, Cristiano,
07:16você fala
07:16da federação
07:17entre a União Brasil
07:18e o Progressistas.
07:20A grande dúvida
07:21é saber o seguinte,
07:22o próprio União Brasil
07:23já vinha com essas divisões,
07:25até essa indicação
07:26do ministro
07:28para o governo,
07:29houve essa divisão.
07:31E como é que fica agora
07:32uma federação
07:32com dois grandes partidos?
07:34Como é que os caciques
07:35vão se entender?
07:36O que eles podem,
07:37justamente,
07:39chegar a acordos
07:40e a própria candidatura
07:42do governador
07:43de Goiás,
07:45que já era dúvida
07:46com a União Brasil,
07:47apenas,
07:48e como é que fica
07:48com o Progressistas?
07:51Bom, Tiago,
07:52a minha avaliação
07:54é que essa federação,
07:55ela praticamente,
07:57ela reduz muito
07:58a chance do Caiado
07:59ser candidato
08:00a presidente da República,
08:01já era pequeno,
08:03interessa ao partido
08:05fazer esse movimento também,
08:07por enquanto,
08:08não tem nenhum problema
08:10lançar um candidato,
08:12mas essa federação,
08:13ela reduz muito
08:14a chance
08:15do Caiado
08:17seguir
08:17nesse projeto
08:19presidencial.
08:20A gente já vê
08:21uma disputa ali
08:22de quem que vai ser
08:23o presidente,
08:24por exemplo,
08:24dessa federação,
08:25Arthur Lira,
08:26estava aparecendo
08:27e já há uma certa
08:29resistência ao nome dele,
08:31então,
08:31não é um casamento,
08:33um casamento simples,
08:34mas na minha avaliação,
08:36nasce muito forte,
08:38107 deputados,
08:4013 senadores,
08:41é uma força política
08:43muito grande,
08:44que eu acho que
08:44na eleição presidencial
08:46vai ter um peso
08:47muito forte.
08:47a grande dificuldade
08:49vai ser
08:49ter uma unidade
08:51para apoiar
08:51o mesmo candidato
08:52à presidência da República
08:53e nisso
08:54depende muito
08:55de quem será o nome.
08:56Na minha avaliação,
08:57se for um nome
08:58como o Tarcísio
08:59de Freitas,
09:00por exemplo,
09:01há uma grande chance
09:02dessa federação
09:03apoiar o Tarcísio.
09:04Se for um nome
09:05diferente disso,
09:06vai ficar,
09:06na minha opinião,
09:07um pouco mais complicado.
09:09Mais uma pergunta, Dora?
09:13Sim, tem.
09:15Você me pegou de surpresa,
09:16mas vamos lá.
09:17Eu sempre pergunto
09:18para o Cristiano,
09:19sempre quero saber
09:20quais são
09:21as análises
09:23do Cristiano.
09:24Olha só, Cristiano,
09:25a gente tem
09:25uma proximidade
09:26agora aí
09:27muito evidente
09:29do presidente Lula
09:30com os presidentes
09:31da Câmara
09:32e do Senado, né?
09:33Viajam juntos,
09:35o Mota hoje
09:36acabou de dar
09:37uma vitória
09:38para o governo,
09:39parcial, evidentemente,
09:40na questão da anistia,
09:41o Davi Alcolumbre
09:42recebeu esse crédito
09:44de confiança,
09:45saíram os dois,
09:46claro,
09:47mais poderosos.
09:48Você acha que isso
09:50pode nutrir
09:51no governo
09:52a esperança
09:53de que vai significar
09:56uma melhoria
09:57nas relações
09:58entre o Congresso
10:00e o Palácio do Planalto
10:02ou isto
10:03seria mera ilusão?
10:06Olha,
10:07há uma melhora,
10:08assim,
10:09viu,
10:10Dora?
10:10por exemplo,
10:12o governo,
10:13quando a Câmara
10:14era presidida
10:15por Arthur Lira,
10:16havia um certo distanciamento.
10:17O Pacheco
10:18era próximo
10:18do governo,
10:20mas agora
10:20está mais próximo
10:22pelo menos
10:22dessas duas lideranças
10:24do Congresso Nacional.
10:26E a gente vê
10:26essas duas lideranças
10:27do Congresso Nacional
10:28também tendo
10:30uma proximidade maior.
10:31se veja
10:32que foi recuperado
10:33agora
10:33o entendimento,
10:35por exemplo,
10:35em torno das medidas
10:36provisórias,
10:37que na gestão
10:38do Lira
10:38não havia entendimento
10:39entre ele
10:40e o presidente
10:41do Senado,
10:42então o presidente
10:42do Senado,
10:43Rodrigo Pacheco.
10:43Então,
10:44melhora.
10:44E, por enquanto,
10:47Dora,
10:47isso é muito bom
10:49para os três.
10:50O Lula,
10:51porque alimenta ali
10:53uma coordenação
10:55política melhor,
10:57mostra um desejo
10:58de participação
10:59maior nessa negociação
11:01política,
11:02uma crítica
11:02que o Lula
11:03vinha sofrendo
11:04bastante dos aliados.
11:06O Hugo Mota
11:08tem a chance
11:08de conduzir
11:09uma agenda positiva,
11:10como o caso
11:11do Imposto de Renda.
11:12E o Davi Alcolumbre,
11:13veja,
11:13emplacou o presidente,
11:14o ministro das Comunicações,
11:16e já está
11:17também
11:18com a possibilidade
11:19de emplacar
11:19alguns diretores
11:20de agências reguladoras.
11:22Então,
11:22é um jogo
11:23que ele
11:24está beneficiando
11:26todo mundo,
11:27mas que
11:27a manutenção
11:29dessa proximidade
11:30e dessa relação,
11:31Dora,
11:32isso pode
11:33eventualmente
11:34ser desfeito
11:34com o processo eleitoral
11:36do próximo ano.
11:37Então,
11:37um casamento
11:37com data marcada
11:38provavelmente
11:39para acabar.
11:40Mais uma questão,
11:41Kobayashi?
11:42Sim,
11:42eu gostaria
11:43de perguntar
11:44para o Cristiano
11:45como é que ele
11:46avalia agora
11:47o poder de reação
11:48da oposição
11:49diante da medida
11:50do Hugo Mota,
11:51que resistiu
11:53à maioria
11:54das assinaturas
11:55dos parlamentares,
11:56dos deputados federais.
11:58Kobayashi,
11:59a oposição
11:59está isolada,
12:02e aí leia-se
12:03basicamente
12:03o PL.
12:05O fato
12:06desse requerimento
12:07ter as assinaturas
12:09não quer dizer
12:09que necessariamente
12:10os líderes
12:12eles
12:12patrocinaram isso.
12:15Essa dificuldade
12:17dessa negociação
12:18com o Congresso
12:19de ter
12:19que ser feita
12:20essa negociação
12:21no varejo.
12:22E aí mostra
12:23a dificuldade
12:24do governo
12:24de muitas vezes
12:25atuar.
12:25Então,
12:26a oposição
12:27nesse momento
12:27está isolada,
12:29ela não tem
12:30apoio institucional
12:31para seguir
12:32nessa agenda,
12:32vai tentar insistir
12:34na agenda
12:34no discurso,
12:36mas o poder
12:37dela é bastante
12:38limitado.
12:39Agora,
12:39o que não sai
12:40abalado disso,
12:41Kobayashi,
12:41é o prestígio
12:42eleitoral ainda
12:43do ex-presidente.
12:44Isso permanece.
12:45A gente ainda
12:46vê nas pesquisas
12:47de opinião
12:48que a popularidade
12:50do ex-presidente
12:50permanece
12:51em alta
12:52e ele continuará
12:53sendo um eleitor
12:55e um cacique
12:56muito forte
12:57para definir
12:58quem vai ser
12:59o candidato
12:59em 2026
13:01nesse campo
13:02bolsonarista.
13:03Perfeito.
13:04Cristiano Noronha,
13:05nosso entrevistado,
13:06cientista político,
13:08vice-presidente
13:08da Arco Advice.
13:09Muito obrigado
13:09mais uma vez
13:10pela sua atenção.
13:11Bom trabalho
13:12e até a próxima.
13:14Até a próxima.
13:14Um prazer sempre
13:15estar aqui com vocês.
13:16Muito obrigado.