O Match Gastronômico recebe Flávia Brunelli Halak, chef e empresária, que se destaca no mercado de food por ter fundado a renomada Del Vechio, para um bate-papo sobre sua trajetória no mundo da gastronomia, dos cortes de carne suína e os desafios do empreendedorismo na área, além dos bastidores de sua indicação para a Forbes Unde 30.
Flávia compartilha suas inspirações, aspirações, fala sobre sustentabilidade e a importância de cada detalhe para o sucesso do negócio. Se você é curioso sobre o mercado de cortes de carnes e quer saber mais sobre este universo, esse episódio é imperdível!
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DiversãoTranscrição
00:00Olá, bem-vindos a mais um MET Gastronômico, o maior programa de gastronomia e empreendedorismo
00:14do Brasil. Eu sou a Manu Carvalho. Eu sou o Gabriel Carvalho e a gente está aqui de novo para explorar
00:19o sabor do sucesso e aprender com histórias inspiradoras, né Manu? E hoje a gente tem uma
00:23convidada que ela está transformando o cenário do agronegócio brasileiro, especialmente no setor
00:29de suinocultura. Ela tem apenas 30 anos, mas já é um dos nomes mais promissores do Brasil e tem se
00:34destacado como uma liderança feminina incrível em um setor historicamente dominado por homens.
00:40E olha, hoje a gente recebe Flávia Brunelli, que ela é fundadora da Del Veneto, que é uma empresa
00:45pioneira na personalização de corte suínos premium. É isso aí, Flávia, muito bem-vinda. Obrigado por
00:51estar aqui com a gente hoje nesse bate-papo. A gente está super animada. É isso aí, mas antes da gente
00:56começar o nosso bate-papo, não deixe de nos seguir nas redes sociais, que é
01:00arroba match.gastronômico e também se inscrever no nosso canal do YouTube para não perder nada.
01:06É isso aí, Manu. E Flávia, compartilha também as suas redes para o pessoal de casa aí já acompanhar e seguir você.
01:11Claro, estou muito feliz de estar aqui. Obrigada, Manu. Obrigada, Gabi.
01:13Meu Instagram é Flávia Brunelli, tudo junto. Fácil.
01:18E o da Del Veneto, Del Veneto, tudo junto também.
01:20Brunelli com dois L's. Brunelli com dois L's.
01:22Pra facilitar a turma de casa aí. Exatamente.
01:25Flávia, antes da gente começar nosso bate-papo, né, eu queria entender um pouquinho do seu histórico.
01:30Num cenário que a gente vê muitos homens, né, no agronegócio, enfim.
01:35Me conta como é que surgiu essa oportunidade e como você foi pegando esse seu espaço.
01:42Foi um grande desafio, desde o começo. Eu tenho uma história, uma trajetória.
01:48O nome da minha empresa, Del Veneto, significa Do Veneto, da região do Veneto que meu nono nasceu
01:52e que tem a fazenda de criação de suínos lá há mais de 90, quase 100 anos.
01:56Meu bisavô produzia suínos lá, meu nono veio para o Brasil e há 40 anos tinha a produção aqui no Brasil,
02:02a fazenda própria. E eles vêm de um animal vivo.
02:05E eu trabalhava na época em uma multinacional, a Tetra Pak, tinha uma carreira corporativa.
02:11Nada a ver. Nada a ver.
02:13Sonhava em gastronomia, assim, como hobby. Sempre gostei de cozinhar como hobby.
02:18E aí eu fiz um TCC na faculdade, ganhei um prêmio, primeiro lugar, ganhei uma viagem para fazer um curso
02:22no Disney University por causa desse TCC, que era um negócio, um fast food especializado em carne suína.
02:28E aí todo mundo falava, Flávia, essa ideia é muito boa, você tem que investir.
02:30E na época eu trabalhava e falava, não, não.
02:32Aí tive uma mudança de chave, virada de chaves do empreendedorismo, quebra de mitos e paradigmas
02:39que a gente tinha por crescer vendo o empreendedorismo de uma forma difícil.
02:44E aí eu resolvi, pedi demissão, na época eu fui promovida, pedi demissão e comecei a fundar Del Vêneto.
02:49Então eu enxergava que minha família tinha um animal com excelente qualidade, de uma raça diferente,
02:54que é o duroque, mas que o mercado não sabia.
02:56Então eu compro o animal vivo deles, terceirizo o abate e tenho uma desossa frigorífica de suínos.
03:03Então como negócio não tem nenhuma conexão com sua família, você basicamente é uma cliente deles.
03:08Exatamente, é um negócio totalmente independente, eu não tenho sócios, então é um negócio carreira solo
03:14e foi um desafio atrás do outro, constantemente.
03:17Você está no agro, no ramo de carnes, que é extremamente masculino e um dia após o outro a gente está vencendo.
03:23É isso que eu ia perguntar, Flávia, porque assim, você está desafiando um status quo meio natural do agro brasileiro
03:31e principalmente das granjas, das criações de porco e de quem trabalha necessariamente com essa matéria-prima.
03:38Como foi essa recepção? Como é que o mercado te enxerga? Como é que é o desafio de quebrar esse mundo, esse paradigma?
03:46É bem desafiador, assim, até hoje quando eu comecei era mais, eu comecei com 22 para 23 anos, muito nova.
03:52Muito nova.
03:54Muito nova, não tinha noção do tamanho do desafio que seria e o mercado foi conquistando aos poucos o respeito das pessoas
04:03e tem uma coisa que eu acredito que foi fundamental, foi o conhecimento, o estudo, assim, eu emergi e eu busquei conhecimento técnico muito profundo
04:12porque para os lugares era uma mulher e era só homens.
04:16Era muito difícil de entrar nos clubinhos, nas rodinhas masculinas e foi com conhecimento, foi com domínio do produto,
04:23sabendo hoje, não tenho medo de dizer que eu sou uma das pessoas que mais sabe sobre carne suína do Brasil,
04:30mas eu estudei, me dediquei muito e desenvolvi um produto para atender a necessidade do chefe e aí foi uma construção ao longo da trajetória.
04:38Muito legal.
04:39Você começou muito nova, né, a Del Vento. Quais foram os principais desafios que você teve, assim?
04:45Até hoje, a empresa, né, ano após ano fica mais conhecida, você também, mas como que tem sido esses desafios para você?
04:55Olha, são muitos, todos os dias a gente enfrenta desafios.
04:59Empreender, né?
05:00Empreender, né?
05:02Equipe, formação de equipe é extremamente desafiador.
05:05Entender do animal, assim, que é dentro do técnico, a parte técnica para mim não é o mais difícil.
05:10O mais difícil é expor, comunicar isso para o cliente, vencer mitos e paradigmas de comunicação, do marketing.
05:17Hoje eu faço um trabalho quase de catequização do cliente, ensinando os paradigmas da carne suína,
05:24mudando a forma como as pessoas enxergam a carne suína.
05:26Então, comunicar a receptividade, no começo, quando eu comecei lá atrás, não tinha clientes.
05:32Então, de um em um eu fui batendo, primeiro foi em Campos Jordão, na escola do Senac, que eu tinha estudado.
05:37Aí os primeiros alunos, os professores de lá abriram as portas.
05:41E aí quando eu cheguei em São Paulo, desconhecida total, sem referência e com o produto.
05:47Aí o que vencia era a qualidade do produto.
05:49Quando eu mostrava o produto, aí todo mundo lá deixou ouvir.
05:51Hoje eu já tenho um nome por trás.
05:53Então, quando eu falo o nome dos meus clientes, a receptividade é sempre grande.
05:57Mas foi uma construção de tijolinho por tijolinho.
06:00O seu cliente, ele é B2B e B2C, é isso?
06:03Sim, o B2B é o mais forte hoje ainda na nossa linha, o food service.
06:07A gente atende restaurantes de alta gastronomia de São Paulo.
06:11O B2C, a gente tem um clube de assinatura de cortes especiais de carne suína,
06:15que é o Manu Livreto, uma coisa.
06:17Mas ainda a gente está entrando agora por uma outra etapa, que é o varejo.
06:20Que aí é mais para o cliente final direto.
06:22Se eu quiser comprar um bacon artesanal ou um corte desses aqui, eu ainda não consigo.
06:28Consegue pelo nosso Instagram ou o nosso e-commerce.
06:31Então, eu entro em contato direto com vocês e vocês conseguem fazer essa entrega.
06:35Exatamente.
06:35Mas são dois dias na semana, não é todo dia.
06:37Não é uma facilidade ainda tão grande quanto vai ser nos próximos meses.
06:42Olha lá, então novidade, né?
06:45Bacana.
06:45E de novidades, assim, tem mais algumas?
06:48Como é que tem sido isso?
06:50Sempre produtos novos.
06:51Aqui vocês estão provando, vão provar alguns produtos novos.
06:54Aliás, vamos provar agora, vou aproveitar.
06:56Conte pra gente.
06:57Olha, aqui tem proschuto, que é um presunto defumado, tipo parma.
07:03É da mesma parte que é feito parma na Itália.
07:05Tá.
07:05Que é o pernil traseiro.
07:07Só que eu seleciono as duas partes com o maior marmoreio, as melhores partes.
07:10Que são o alcatra e o colchão mole.
07:12Me ajuda aqui, Flávia.
07:13Qual que é?
07:14Ó, começaria pelos mais tradicionais.
07:16Esse aqui.
07:16Esse é o de pimenta, eu deixaria por último.
07:18Tá bom.
07:19Pra não bloquear o paladar.
07:20Boa.
07:20Então, pega o mais inaturinha.
07:23Esse aqui, talvez.
07:24É, exatamente.
07:25Esse é um proschuto, que ele é o da alcatra ou do colchão mole.
07:28Tem já a novidade do lado também, que é bem novo esse produto, que é a copa curada
07:33e defumada.
07:35Tem o proschuto ervas finas, que tá aqui, que é esse daqui.
07:38Tem o pimenta calabresa.
07:40Tem o porqueta defumada.
07:42Todos eles são o corte da carne mesmo.
07:46Então, pra você que tá fazendo, focado na dieta, no low carb...
07:49Tentando, tentando.
07:50E ele é muito, ele é indicado, porque ele é a própria carne, a peça do animal.
07:55Então, não é um embutido industrializado, processado, com mistura, você tá comendo.
08:00Do alcatra, com temperos, defumada, com lefra tícera.
08:03Então, uma coisa super saudável.
08:05Muito legal.
08:06E você falou um pouquinho, né, dos desafios de ter uma equipe.
08:09Quantas pessoas hoje trabalham com você?
08:11Hoje eu tenho aproximadamente 20 e poucas, 25.
08:14Não tinha me enxuto, relativamente.
08:16E vocês priorizam fazer tudo tailor-made, né?
08:20Sempre pro cliente.
08:22E aí, Flávia, dentro desse tailor-made que vocês fazem,
08:26o que vocês têm visto, assim, de novidades no mercado
08:30que vocês estão cada vez mais lançando?
08:33Eu vi que você me falou do varejo, né?
08:34Que eu acho que deve ser uma nova forma de comunicação.
08:38Mas, de resto, existe alguma tendência que vocês perceberam e que estão incorporando?
08:43Olha, valorizar o produtor.
08:45Isso eu tinha ido lá pra Nova York, pra NRF, antes de começar a Del Vêneto.
08:49E vi que lá eles valorizavam muito o farm to table.
08:52A fazenda, o produtor.
08:53E isso no Brasil não era valorizado.
08:55Até muito tempo.
08:57Agora tá começando a se falar, mas isso valorizar o produtor.
09:00Então, isso foi essa tendência que eu entendi que eu tinha na oportunidade.
09:04As pessoas querem se conectar com a origem, né, da comida.
09:06Não comprar de um frigorífico que cada semana compra o animal de um produtor.
09:12O que tá mais barato, essa é a realidade de frigoríficos, no geral.
09:17Então, a segurança de que tá vindo a carne sempre da fazenda da minha família,
09:21com toda a rastreabilidade, toda a segurança da carne.
09:25A raça do duroc, que é um diferencial.
09:27Então, tem muitas tendências, mas a principal que a gente foca,
09:31e que a gente tem visto que vai ser o grande diferencial pros próximos anos,
09:34é a origem, a procedência, conhecer o produtor.
09:38E também buscar a diferenciação de raça, de cortes, de apresentação, de temperos.
09:43Buscar as coisas mais naturais.
09:45Tem muitos médicos nutricionistas que indicam pras dietas.
09:50E que ainda tem um preconceito, né, com a carne de porco.
09:52É engraçado, porque teve uma associação com doença,
09:54eu esqueci o nome da doença agora.
09:56Cistocircose.
09:56Cistocircose, exatamente, que era uma doença que, no passado,
10:00acometia muito quem comia carne de porco e tinha uma relação.
10:04Mas eu até participei recentemente, Flávia,
10:07de um evento na Fazenda Churrascada com criadores de suínos lá no sul.
10:11Foi em Curitiba, na Fazenda Churrascada de Curitiba.
10:14Foi o Mifano também.
10:15E o Mifano participou junto comigo.
10:17E a gente foi contar um pouquinho sobre o lado cliente, né, final.
10:21Porque no final, o produto de vocês vai terminar num restaurante
10:24na boca de um cliente ou na casa de alguém.
10:26E foi um papo super bacana, mas o que mais me impressionou nessa visita, né,
10:31nesse evento, foi o quanto as granjas são hoje um supra sumo de limpeza,
10:39de higiene, de cuidado, de tecnologia, que eu fiquei impressionado.
10:43Eu não tive a oportunidade de visitar pessoalmente,
10:46mas eles apresentaram, mostraram fotos, vídeos e contaram um pouco como é feito.
10:50Cara, é um negócio, assim, Manu, de primeiríssimo mundo.
10:53Você fala, cara, parece que você está entrando num hospital.
10:57E isso me impressionou bastante.
10:59Como a gente ainda está preso numa história do passado,
11:03de possíveis doenças e contaminações,
11:05e que o setor evoluiu profundamente.
11:08E hoje a proporção de consumo de carne de porco no brasileiro per capita,
11:11comparado com o resto do mundo, é nada ainda.
11:13Então tem um universo para ser construído nesse setor
11:15e construindo essa cultura,
11:17as pessoas quebrarem esses paradigmas do passado.
11:20Foi isso lá atrás, quando eu comecei, eu vi os dados.
11:23Por que a carne suína é a número um em consumo no mundo
11:25e aqui no Brasil é a terceira, assim, muito atrás do frango e do bovino.
11:30E eu falei, por que que fora, países com alto IDH,
11:33Europa, Estados Unidos, Ásia, consomem tanto e aqui não.
11:37Por mitos e preconceitos e forma...
11:40E também tinha um diferencial lá, foi isso que eu busquei encontrar.
11:44Aqui no Brasil, até alguns anos atrás,
11:47você comprava no supermercado um pernil gigante,
11:48uma peça de 5, 8 quilos.
11:51Ninguém tem famílias para comer uma peça grande.
11:53Então eu foquei muito no porcionamento,
11:56pensando em solução para famílias menores,
11:58para fornos pequenos, para fazer airfryer.
12:01Então entendi um nicho que fora já era explorado.
12:04Faz todo sentido.
12:05E aqui não.
12:06E também a diversidade de cortes.
12:07Lá não tinha...
12:08Aqui a gente só tinha pernil, costelinha, barriga,
12:11cortes muito triviais.
12:12Então aí eu fui para os Estados Unidos e trabalhei em açougues lá
12:16para poder aprender.
12:17Então aí trouxe tibone, prime rib, extinco, carré e vários cortes.
12:21A gente tem o prime rib do Oroque lá na churrascada.
12:24A gente vende bastante, corte bacana.
12:27A apresentação é muito bonita, né?
12:28É.
12:29E vocês estão em vários restaurantes renomados, né?
12:32Como o Dom, o Evai, o Fasano.
12:35Como é que foi você estabelecer esse relacionamento com esse cliente?
12:39Está em restaurantes de alto padrão?
12:42Foi uma construção.
12:43Foi de formiguinha.
12:44Não tinha indicação, então não conhecia ninguém no ramo.
12:47Foi o produto sendo bom de Campos.
12:50Primeiro lá, meus clientes iniciais foram em Campos Jordão.
12:53E aí quando eu resolvi vir para São Paulo, fui batendo de um em um.
12:57Alguns foram dando oportunidade, gostando.
12:59E aí um vai indicando para o outro.
13:01E aí os canais vão se abrindo, os chefes vão conhecendo
13:04e falando para o amigo, falando para o vizinho.
13:06E aí foi surgindo a nossa rede de clientes.
13:09Muito legal.
13:10Porque eu tenho uma teoria em relação à carne de porco no Brasil
13:12que muitos brasileiros acham uma carne seca.
13:16e eu acho que está relacionada à história da cistercose
13:21porque as pessoas tinham receio de ter alguma contaminação.
13:24Então elas passavam demais a carne
13:26e criou-se esse mito de que carne de porco mal passada
13:29a gente não pode comer.
13:30E aí todo mundo come carne de porco bem passada e esturricada seca.
13:33Que se você fizer isso com o aguio, vai ficar ruim.
13:36Queimou a carne.
13:37Está horrível.
13:38Abre uma sola de sapato, como a gente brinca no churrasco.
13:41Então eu acho que existe um desafio
13:43e foi uma das conversas nesse evento com os produtores de suíno
13:47de que precisa-se desconstruir esse paradigma
13:50de que carne de porco tem que ser bem passada.
13:52Exato.
13:53Como é que é isso na sua cabeça?
13:54Você tenta trabalhar isso?
13:56É o que eu mais falo nas minhas redes sociais.
13:58É o que eu mais compartilho.
13:58Faz um tartar de porco
14:00para a gente começar a desconstruir isso de vez.
14:02Vamos no choque.
14:02Porque as pessoas têm esse preconceito paradigma
14:05e acham carne seca.
14:06Ela é uma carne magra.
14:07Então o animal é magro,
14:08por isso que o médico nutricionista indica para a dieta.
14:11Então dependendo do corte, do lombo,
14:13ele não tem quase gordura.
14:15Hoje tem da raça duroque, tem mais marmoreio.
14:17Então o lombo você consegue ter um pouco de gordura.
14:19Mas se você passa muito do ponto,
14:21vai ficar estuicado.
14:22Não tem sabor, eu falo.
14:23Carne suína, tem duas coisas que eu falo
14:25que as pessoas têm que desconstruir.
14:26O ponto e também limão.
14:28Porque as pessoas atacam o limão na carne.
14:30É verdade.
14:30Cozinham a carne.
14:32Você não come carne suína.
14:33Ou canela, né, também.
14:34É, agora está começando as novas mudanças.
14:38Mas o limão cozinha a carne.
14:39O limão você pode colocar no final do preparo.
14:42Quando a carne está pronta, você coloca.
14:43Não na marinada.
14:44Não na marinada.
14:45Você cozinha a carne.
14:45O pessoal deixa a noite inteira o limão.
14:47E resseca.
14:48E aí sai todo o líquido da carne.
14:50Então, assim, é um trabalho de desmistificar,
14:53de falar.
14:53Eu brinco.
14:54Eu não sou ainda mãe,
14:55mas o dia que eu estiver grávida,
14:56eu quero comer muita carne suína,
14:57mal passada, crua,
14:59Eu já falei, tem que criar um carpate
15:01e um tartar de porco
15:02para o pessoal começar a entender
15:04que, caramba, mas pode, pode.
15:06Exato.
15:06Fizeram isso com camarão e deu certo.
15:08Hoje em dia, tartar de camarão
15:09é o prato mais comum.
15:10E você vai assim,
15:11eu acho que tem que ir para o choque
15:12para desconstruir esse mito
15:14de que não pode comer cru.
15:15Eu tinha esse mito também.
15:16Aí, está vendo?
15:17É isso.
15:19Eu acho que você tem dois trabalhos.
15:22Um, criar sua marca e trazer com que ela tenha conhecimento.
15:26E dois, trazer esse conhecimento para o público
15:30que não é acostumado.
15:31Eu morei na Alemanha e, imagina,
15:35carne suína é a que mais usam e de várias formas.
15:40Então, eu aprendi bastante sobre a gastronomia alemã.
15:44lá e foi, na verdade, a minha primeira experiência
15:50com carne suína.
15:51Porque, assim, aqui você come o quê?
15:52Ah, uma salsicha.
15:53É, comer linguiça.
15:54Uma linguiça.
15:55Uma bisteca.
15:55Uma bistequinha.
15:56Mas é tipo isso, assim.
15:58Não tem muito essa coisa de você experimentar
16:02um estilo diferente ou momentos diferentes.
16:06Então, foi muito importante para mim,
16:09para o meu paladar.
16:10E eu acho que, enfim,
16:14você tem aí dois trabalhos muito distintos,
16:18mas que eles se complementam.
16:20Com certeza.
16:21Legal.
16:21Não só da Del Vêneto,
16:22mas eu falo que o meu trabalho é como disseminar
16:24a carne suína.
16:24Como embaixadora da carne suína.
16:25Como embaixadora.
16:26Então, eu palestro pelo Brasil inteiro em eventos.
16:29Ainda me chamam muito do agro, os eventos,
16:31mas quero cada vez palestrar em outros fora,
16:33porque a gente vive na bolha do agro.
16:34O agro só fala dentro.
16:36Então, eu falo que o desafio do agro é mostrar para fora.
16:38É isso.
16:38É verdade.
16:39Ele tem uma dificuldade de se conectar com o cliente final.
16:42É.
16:42Legal.
16:43E, Flávia, você se formou em gastronomia,
16:46fez cursos e rodou o mundo
16:47conhecendo um pouco sobre gastronomia.
16:49Como é que você acha que isso ajuda
16:51o seu dia a dia na Del Vêneto
16:53e na criação de produtos e, enfim?
16:56Totalmente.
16:57Se eu não tivesse a base gastronômica,
16:59eu não estaria fazendo o que eu faço hoje.
17:00Porque eu entendi primeiro a dor.
17:02Eu trabalhei em restaurante,
17:03como estagiária na época, depois.
17:05E eu entendi a dor dos restaurantes.
17:07Entendi.
17:07Isso foi antes da Tetra Pak?
17:09Isso foi antes da...
17:10Não, foi depois da Tetra Pak.
17:10Depois da Tetra Pak.
17:11Depois que a gente acabou de pedir demissão.
17:12Antes de fundar Del Vêneto,
17:14antes de ir para Nova York,
17:15de ir para os açougues lá,
17:17eu trabalhei em restaurante,
17:19tinha feito curso no Senac.
17:20E aí eu entendi as dores do porcionamento,
17:23do padrão.
17:25Então eu desenvolvi um produto direcionado
17:26para os restaurantes.
17:28Isso foi muito importante.
17:29E base para poder chegar para o chefe e sugerir.
17:31Porque às vezes ele nem pensava
17:32as possibilidades que tinha com a carne suína.
17:34Então eu chego e consigo falar
17:36de um método de coxão de sous vide,
17:37consigo explicar formas de uso diferentes.
17:41que se eu não tivesse um conhecimento
17:42e minha equipe comercial também
17:43tem que ter esse mesmo conhecimento,
17:45a gente não consegue falar a linguagem
17:47do chefe, do dono de restaurante.
17:49Muito bacana.
17:49Até porque o porco,
17:50até 20 anos atrás,
17:51só se comia.
17:52Como você falou,
17:53era bacon e linguiça.
17:54É isso.
17:54E salsicha,
17:55que é...
17:56Salsicha é meio porco.
17:59Meio porco,
18:00meio plástico.
18:01Exato.
18:02Dizem que cada salsicha que você come
18:04nunca sai de você, né?
18:05Acho que eu sou só salsicha hoje em dia.
18:07Porque eu comi de salsicha na minha vida.
18:09Mas é isso.
18:11Acho que já teve uma construção
18:12muito grande do porco
18:14nos últimos 15, 20 anos.
18:15Com a entrada da barriga de porco,
18:17do praia.
18:19Joelho.
18:20Joelho.
18:21E por aí vai.
18:22Mas a gente há 15 anos,
18:23não é muito longe,
18:24só falava de bacon e linguiça.
18:26É isso.
18:26Então, desafio grande.
18:29E você também foi indicada
18:32a Forbes and the 30, né?
18:33Como é que foi isso pra você?
18:35Tipo, você se candidatou
18:38ou eles foram atrás de você?
18:39Esse reconhecimento como uma mulher
18:41que tá nesse ramo de agronegócio, né?
18:45Foi um grande presente,
18:46um privilégio pra mim.
18:47A Forbes era uma...
18:48Sempre eu admirei.
18:49E o agro.
18:50Na Forbes foi o primeiro ano
18:51que teve a categoria do agro.
18:52Legal.
18:52Então, eu fui selecionada.
18:54Foram poucas mulheres
18:55que foram selecionadas no agro.
18:57Acho que eram três ou quatro pessoas.
18:59E pra mim foi um grande privilégio
19:01de...
19:01A suinocultura nunca esteve na Forbes
19:03antes disso.
19:04Então, foi a primeira entrada
19:06na Forbes da suinocultura.
19:08Hoje tem um grupo de mulheres do agro
19:09que eu faço parte,
19:10que eu vou em vários encontros.
19:12E é a única representante.
19:13Com a Cris?
19:14A Cris, que é um grupo
19:15mulheres do agro, pelo menos.
19:17Cris, Cristina, Cristiane.
19:19Depois eu pego o sobrenome
19:20e te mostro uma foto.
19:21Ela participa também.
19:23E é um grupo que, assim,
19:25só tinha...
19:25Tem muitas representantes...
19:26Mulheres do agro de pecuária,
19:29de bovinos e plantações diversas.
19:32Mas a suinocultura é ninguém.
19:33Então, foi um grande orgulho.
19:35E pra suinocultura, como um todo,
19:38foi uma repercussão muito grande
19:40de eu conseguir entrar na Forbes.
19:42Então, foi uma grande chancela
19:45e dando reconhecimento
19:47pra uma carne que fora é tão valorizada
19:49e aqui ainda tem toda a jornada
19:51pra ser valorizada cada vez mais.
19:53É verdade.
19:53E, Flávia, a suinocultura
19:55e o setor de carne premium
19:57tem crescido muito no Brasil, né?
19:59A gente começou a aprender
20:00a comer carne de qualidade
20:01e o brasileiro...
20:02Eu brinco que paladar não retrocede.
20:03Então, a partir do momento
20:04que a gente entra nesse mundo,
20:05é difícil voltar a comer
20:07aquela carne de terceira
20:08que a gente comia antigamente.
20:10O que você vê de momento
20:13pra esse setor e de inovação?
20:15Raças novas, criação diferente,
20:18enfim, tem mais coisa pra vir
20:19dentro do mercado de suíno também?
20:21Tem coisas ainda
20:22que têm que ser consolidadas
20:23na memória do consumidor,
20:25como a procedência,
20:26a valorização do produtor,
20:28sustentabilidade, com certeza,
20:30ver a forma de preservação
20:33do meio ambiente
20:34aliado com a cadeia produtiva.
20:36Tem ainda a parte de bem-estar animal
20:39que tá em crescente,
20:41de valorizar o animal,
20:42de dar a melhor vida,
20:43qualidade pra esse animal.
20:45Legal.
20:45Toda essa preocupação
20:46ainda tem que ser disseminada
20:48no Brasil.
20:49E o principal, falar, né?
20:50Comunicar.
20:50O agro...
20:51Eu sempre falo,
20:52o agro faz muito bem
20:53dentro da porteira,
20:54mas não comunica pra fora.
20:55Então, o cliente final,
20:57ele acha que vem o...
20:59O bacon vem numa maquininha.
21:01E não é simplesmente
21:02em todo um processo,
21:03a criação do animal,
21:04mostrar por trás o animal
21:05não é padrão,
21:06então tem os cortes.
21:07Os pesos não são
21:08exatamente iguais.
21:09Então, tem N desafios
21:10que a cadeia do agro
21:12tem ainda pra vencer.
21:14Pra quebrar.
21:15Bem bacana.
21:16Seus cortes são um sucesso, né?
21:18Como é que funciona
21:18a personalização
21:20e o que diferencia a Veneto
21:22em termos de qualidade e sabor
21:23até dos concorrentes?
21:25Olha, hoje o principal é assim,
21:27pros restaurantes
21:28a gente faz um trabalho
21:28muito personalizado.
21:29Então, a gente desenvolve
21:30cortes pros chefes,
21:31a gente padroniza
21:32novos pesos,
21:33então, uma gramatura específica.
21:35A gente cria coisas
21:36que ainda não tinha,
21:37receitas novas,
21:38salsicha, por exemplo,
21:39a gente tá desenvolvendo
21:40finalmente da salsicha.
21:41Uma salsicha de verdade.
21:43Só carne pernil,
21:45carne de verdade.
21:46Nossa, quero experimentar.
21:47Eu sou viciada, hein?
21:49Esse é um hot dog
21:50que você pode dar...
21:51Inclusive, esse fim de semana
21:52você comeu um hot dog bruto.
21:53Um hot dog que você pode
21:56dar pra crianças,
21:57que você pode consumir
21:58sem nenhum medo.
21:59Então, a nossa personalização
22:01vai muito de acordo
22:03com cada restaurante
22:04pra criar uma experiência nova,
22:05desenvolver algo.
22:07É uma ideia do que ele tem
22:08lá de fora.
22:08Já trabalhei num restaurante
22:10na Europa
22:10e lá usava tal corte.
22:12Até cortes ibéricos,
22:13às vezes secreto, pluma.
22:15Então, a gente desenvolve
22:15personalizado para os restaurantes.
22:18Esse é o nosso trabalho
22:19de mostrar a procedência,
22:20diferente também
22:21de outras marcas concorrentes,
22:23não são direto do produtor.
22:24Então, esse elo da fazenda,
22:26a mesa é verdadeiro
22:28e totalmente real.
22:30E também um trabalho
22:31de entregar um sabor diferente
22:33e produtos novos.
22:34Linguiças novas.
22:35Eu desenvolvo pro fazano,
22:37agora eu tô desenvolvendo
22:37uma nova pro choripã deles.
22:39Então, diversos clientes
22:40a gente faz chistorra agora,
22:42também uma espanhola
22:43que eu não tinha,
22:44pra um outro restaurante de tapas.
22:45Então, a gente tá sempre
22:46criando produto novo.
22:48É que legal.
22:48Muito legal, Flávia.
22:49Bacana.
22:50E, Flávia, você tem,
22:51além do mundo agro,
22:52algum hobby,
22:53alguma coisa que você faça
22:54por lazer,
22:55pra dar uma desconectada
22:56e que te ajuda a te inspirar
22:57um pouquinho nesse mundo, não?
22:59Olha, eu sempre gostei
23:00muito do exercício físico.
23:01Acho que o exercício físico
23:02é fundamental pra mente.
23:03Legal.
23:04Também acho que eu não funciono,
23:06mas não sabe,
23:06eu não funciono se eu vou fazer.
23:08Ansiedade, toda a cabeça,
23:10sem o exercício físico.
23:11E, recentemente,
23:12eu descobri também
23:12uma outra coisa
23:13que eu nunca achei
23:13que eu poderia fazer,
23:15que é cerâmica.
23:16Muita gente, né?
23:17Minha mãe tava fazendo ontem.
23:19Mãe, você gostou?
23:20Ela não.
23:21Ela não gostou?
23:22Não.
23:22Eu tenho uma prima
23:23que faz incríveis
23:24e é fila pra pegar
23:25a cerâmica dela.
23:26Todo mundo fica assim,
23:27quando é que vai ter uma leva
23:28pra gente comprar,
23:29não sei o quê?
23:29Legal, né?
23:31E te desconecta 100%.
23:33Total, você tá lá
23:33focada na peça.
23:35E o mais legal
23:35é porque eu amo cozinhar
23:36e eu amo receber pessoas
23:38em casa.
23:38Então, é maravilhoso
23:39eu poder apostar
23:40uma mesa.
23:41Com a sua comida
23:42e com a sua cerâmica.
23:43E com a minha cerâmica.
23:44Maravilhoso.
23:44Meu prato, meu pires.
23:46Então, é...
23:46Que legal, que demais.
23:47Não, e daqui a pouco
23:48você vai poder fazer
23:49um pouco a mais
23:50pra poder vender, né?
23:51Vai que é.
23:52Vai que é.
23:52Vira um terceiro negócio.
23:54Eu já pensei nisso.
23:56Mas assim,
23:57o foco do suíno
23:58tá em primeiro lugar.
23:59É isso.
24:00Mas o arte de receber...
24:01O branding do suíno
24:02tá em segundo,
24:03mas tá lá, né?
24:04Mas gostar de receber,
24:05eu acho que tá dentro
24:06do nosso setor como um todo.
24:07Quem trabalha com gastronomia
24:08e hospitalidade
24:09tem que gostar de receber,
24:11senão tá no lugar errado.
24:12É isso.
24:13E como é que você vê
24:14essa versatilidade, né?
24:16Da carne suína na gastronomia?
24:18Você contou um pouquinho
24:19que você personaliza
24:21pra alguns clientes.
24:23Mas você acredita
24:24que tem mais potencial ainda
24:26de mercado?
24:28Como que você imagina isso no Brasil?
24:31Ainda tem muito pra disseminar, assim.
24:33As pessoas ainda não conhecem
24:34que é uma guanciale de verdade.
24:36Então, ainda fazem a carbonara com bacon.
24:39É isso.
24:39Então, ainda às vezes...
24:41Italiano é um soco no estômago.
24:43Um crime.
24:44Então, assim,
24:44tem muitos produtos novos,
24:47salames artesanais
24:48pra desenvolver.
24:49Então, a gente tá
24:50numa tendência...
24:51Tem um que ficou agora conhecido
24:53nos últimos anos,
24:54a Cotoleta,
24:54que é o Prime Hip,
24:55empanado italiano.
24:57Então, assim,
24:57tem restaurante Suzuko,
24:59que é um super cliente nosso,
25:00que faz.
25:00Já foi um dos primeiros
25:01aqui no Brasil.
25:02Você tá devendo
25:03a visita aqui, né, Manu?
25:04Muito.
25:05Tipo assim,
25:05eu chamo ele sempre.
25:07O Rafael.
25:07Mas o Rafael fala,
25:08ah, eu não gosto de falar.
25:09Tem muita gente
25:10que faz o nosso mercado
25:12cada vez melhor,
25:13mas que não gosta de falar.
25:14Eu falo,
25:14o Suzuko,
25:16é assim,
25:17é...
25:18Uma experiência incrível.
25:19Você tem uma história
25:20maravilhosa.
25:21Vem contar.
25:22Ele, ai,
25:22daqui a pouco.
25:23Ele tá sempre jogando de lado.
25:25Sempre foge.
25:26Legal.
25:27E vocês, então,
25:28você tem o Suzuko,
25:29o que mais?
25:30Hoje também tem
25:31Bistrô de Paris,
25:32do Alain,
25:32o chefe.
25:33Ganhou, ganhou.
25:34Ganhou o prêmio de melhor francês
25:35no prêmio Médio Gastronômico.
25:37Esse ano,
25:37você pode votar lá e...
25:38Todos os nossos convidados
25:40serão colaboradores
25:42que vão votar ali.
25:43Que legal.
25:43É isso.
25:44Ó, chegamos no momento
25:45que é o retrato do chefe,
25:47né, Gabi?
25:47Isso aí, Manu.
25:48Vamos conhecer um pouquinho
25:49melhor da Flávia.
25:50Qual foi a melhor
25:51experiência gastronômica
25:52que você já teve?
25:54Acho que comer na Itália,
25:56na montanha,
25:56lá na minha família,
25:57na fazenda da minha família.
25:58Aquela cena
25:59do campo, assim.
26:01E sua família
26:02continua operando lá,
26:03a fazenda até hoje.
26:04Os primos de primeiro grau
26:05da minha mãe cuidam a fazenda,
26:06é um agriturismo.
26:07E quando vocês forem
26:08pra Itália e quiserem...
26:09Qual é a região?
26:10É Vêneto, é Verona.
26:11A montanha de Verona.
26:12Verona, tá.
26:13Então, aquela...
26:14Aquele entardecer, assim,
26:16um pôr do sol,
26:17comendo a comida deles
26:18com os animais deles,
26:20salames deles,
26:20aquela cena pra mim
26:21é mágica.
26:22Muito legal.
26:24E, Flávia,
26:24qual chefe ou colega
26:25de profissão que te inspira?
26:27Olha,
26:28tem duas que eu admiro muito,
26:30que são mulheres referências,
26:31que é a Ligia Karazawa
26:33e a Priscila Deus.
26:34As duas representam
26:35muita carne,
26:36são mulheres que estão
26:37à frente.
26:38Dois craques.
26:39São sensacionais.
26:40Se você não tivesse seguido
26:42no mercado de food,
26:43o que você seria?
26:45Difícil,
26:45porque eu já pensei
26:46em tudo de comida.
26:47Eu já teria vários
26:48outros negócios de comida.
26:50Mas tem um outro segmento
26:51que eu acho que eu gosto também,
26:52que é a área da saúde.
26:54E minha irmã é futura dermatologista,
26:56meu marido é pediatra.
26:57e unir saúde
26:59com alimentação,
27:01assim,
27:02a parte de...
27:02O marido agora
27:03quer se especializar
27:04em nutrologia pediátrica.
27:05E eu falo que é tudo,
27:06porque a gente tem,
27:07através do alimento,
27:08a prevenção
27:10para um monte de doença.
27:11Para quase tudo.
27:12Para um monte de ausências
27:13de vitaminas
27:14que as crianças,
27:15os adultos estão.
27:16Então,
27:16unir essa parte de saúde,
27:18eu ainda quero a gente
27:19empreender um pouco mais a fundo.
27:21Ou se não,
27:21cerâmica, né?
27:22É,
27:22também é arte de...
27:23Mas é que está ligado com comida.
27:25Artesanal.
27:25Tudo para mim está com comida.
27:28Legal.
27:29Qual ingrediente
27:29não pode faltar
27:30na sua comida?
27:32Olha,
27:33carne, né?
27:34Eu não sou uma carnívora,
27:35assim,
27:36não qualquer comida.
27:37Assim,
27:38carne,
27:38para mim,
27:39é tudo.
27:40E se falar uma coisa
27:40além de carne,
27:42eu acho que um acompanhamento
27:43para mim,
27:43que é básico
27:44e eu amo,
27:45é cogumelos também.
27:46Acompanhar uma carne para mim.
27:47Eu amo fazer e comer cogumelos.
27:49Eu gosto de cogumelos.
27:50Clábia,
27:50se fosse a sua última
27:52refeição,
27:52o que você pediria?
27:55Olha,
27:55carne mal passada,
27:56com certeza.
27:57Então,
27:57assim,
27:58escolheria um antissuíno,
28:00bem mal passado,
28:01bem vermelho.
28:02Coisa boa.
28:03E um risoto de funghi
28:06com trufas,
28:08com...
28:08Eu adoro.
28:09Trufa e a massa,
28:11o risoto,
28:12por ser italiano,
28:14eu lembro do meu nono.
28:16Então,
28:16é coisa...
28:16Funghi é uma coisa
28:18que eu lembro do meu nono
28:18com carne.
28:19Funghi era o prato,
28:20assim,
28:21favorito dele.
28:22E é.
28:23Legal,
28:23muito legal.
28:25Bom,
28:25agora a gente vai
28:26para o nosso clássico
28:27bate-pronto,
28:28né,
28:28Manu?
28:28Agora é a hora
28:29da gente ver um pouquinho
28:30mais a fundo
28:31o que a Flávia gosta.
28:33Do seu salgado.
28:35Salgado.
28:37Pedir delivery
28:37ou sair para comer?
28:38Saí para comer,
28:39eu adoro sair.
28:39Almoço ou jantar?
28:41Jantar.
28:43Massa seca
28:43ou massa fresca?
28:45Fresca.
28:46Fresca.
28:46Agora só vale
28:48em nomes de restaurante
28:49o melhor hambúrguer.
28:51Roliburger?
28:53Boa.
28:54Melhor restaurante
28:55para um almoço
28:55em família?
28:57Ah,
28:58tem dois.
28:59Zucco
28:59ou Praça São Lourenço?
29:01Adoro.
29:01Boas opções.
29:02Faz tempo que eu não vou
29:03no Praça São Lourenço.
29:04E o Praça São Lourenço
29:04para almoço em família
29:05realmente é um tiro certo.
29:08Domingo,
29:09sábado,
29:09almoço.
29:10É bem almoço.
29:10É bem almoção
29:11de sábado,
29:12domingo.
29:12Melhor árabe?
29:15Meu marido é árabe,
29:16então ele gosta
29:16de um bem tradicional,
29:17o Halim,
29:18aqui perto da Paulista.
29:19Não conheço.
29:20Bem tradicional.
29:20Mais um para a nossa lista.
29:21Mais um para a nossa lista
29:22que só cresce
29:23e nunca diminui.
29:24Tá difícil.
29:25Melhor restaurante japonês?
29:28Makoto.
29:29Melhor culinária brasileira?
29:32Mocotó ou Dalvidito?
29:37Mocotó tem aqui, cara.
29:38Até hoje eu lembro
29:39daquele Mocofava dele,
29:41que putz,
29:41incrível.
29:43Melhor sobremesa?
29:44Eu adoro Mil Folhas.
29:46Tem a Mil,
29:46que faz Mil Folhas
29:47a minha sobremesa favorita.
29:51Legal, boa.
29:51E sua comida favorita?
29:53Onde é?
29:54Onde é?
29:57Em casa.
29:59Acho que cozinhando
30:00um churrasco em casa.
30:01Fazendo um antio suíno
30:03no irmão passado.
30:04Exatamente.
30:06Legal.
30:07Chegou o quê?
30:07O momento
30:08que a gente gosta, né?
30:09Panela de pressão.
30:11Olha,
30:12me conta um momento
30:13que você passou
30:14um grande desafio.
30:15Como é que foi?
30:17E como você passou por isso?
30:20Olha,
30:21eu tive vários desafios,
30:22assim,
30:23troca de pessoas,
30:24de equipe.
30:26Foi sempre desafiador.
30:27montar time
30:29e treinar,
30:30engajar.
30:31Acho que por ser jovem
30:32e mulher,
30:33já tinha ouvido
30:34situações
30:35de ir com um homem
30:36visitar um cliente
30:37e a pessoa dirigir
30:38para ele
30:38achando que ele era
30:39o dono da empresa
30:40e eu era a secretária.
30:42Então,
30:42esses momentos
30:43com tal espaço
30:44sendo mulher
30:46foram bem desafiadores.
30:49No ambiente masculino,
30:51só entrar
30:52por ter um homem junto.
30:54Então,
30:55esses ambientes,
30:55acho que isso foi
30:56um peso bem complicado
30:58por ser mulher,
30:59jovem,
31:00nova.
31:01Minha idade,
31:02teve momentos
31:02quando eu tinha,
31:03falavam 23,
31:0424 anos.
31:04Mas não é possível
31:05que você tenha só isso?
31:06Você é uma menina.
31:07E aí,
31:07às vezes,
31:08eu já cheguei até
31:08a aumentar a idade
31:09e falar,
31:10eu tinha 28
31:11para dar credibilidade.
31:13Para poder passar
31:14mais fácil.
31:15Que absurdo.
31:16No jogo,
31:16no jogo.
31:17Que absurdo
31:17que a gente ainda tem
31:18isso no mundo.
31:19Mas, enfim.
31:21Flávia,
31:21o que você vê
31:21de tendência
31:22para gastronomia
31:23nos próximos anos?
31:24Eu acho que isso
31:25que eu já vi lá atrás
31:27em Nova York,
31:28a valorização
31:28do produto,
31:30do produtor,
31:31é contar uma história
31:32para o cliente,
31:33não é só
31:34servir um prato.
31:36O cliente precisa
31:37entender cada vez mais
31:38a história
31:38do que ele está comendo,
31:39ele precisa entender
31:40a história por trás
31:41daquele restaurante,
31:42daquela comida,
31:42daquele funcionário,
31:44daquele dono,
31:44daquele chefe,
31:45porque senão
31:46ele não se conecta.
31:46Não se conecta.
31:47Eu vi em Nova York
31:48há muito tempo
31:48um restaurante
31:49que entregava um livretinho
31:50que contava
31:51dos produtores todos.
31:52Eu acho que contar
31:53isso do leite,
31:54de onde vem
31:54as hortaliças,
31:55contar onde vem
31:56a carne.
31:57Tem um aqui em São Paulo
31:58que fez já um show,
32:00a Gabriela faz,
32:01já fez algumas jantares
32:03e almoços
32:03que ela já me convidou
32:04para falar
32:05e convidou outros produtores.
32:06Então,
32:07contar para o cliente
32:07a história
32:08por trás da comida,
32:09eu acho que engrandece,
32:11torna uma experiência
32:12mais marcante
32:13na memória.
32:14Legal.
32:15Você falou de um ponto
32:16que vocês
32:19têm trabalhado muito
32:20essa ideia
32:21da onde vem
32:22e grandes marcas
32:24como o JBS
32:25também.
32:26Então,
32:26é legal a gente ver
32:27que a mesma tendência
32:28está rolando
32:29para as macro-marcas
32:30e as micro-marcas,
32:32e médio-marcas.
32:33Então,
32:34é legal a gente ver
32:35todo mundo
32:36contando a mesma história.
32:37Sem dúvida.
32:37Flávia,
32:38foi uma honra incrível
32:39ter você aqui com a gente.
32:40Agora chegou o nosso momento
32:42da gente comer de verdade,
32:43né, Gabriela?
32:43Eu já estou embarcando aqui
32:44porque está uma maravilha
32:45esse negócio,
32:45meu Deus.
32:46Muito obrigada
32:47por contar um pouquinho
32:47da sua história.
32:48Foi, assim,
32:49excepcional.
32:50O prazer foi todo meu
32:51estar aqui com vocês.
32:52Adorei compartilhar minha história.
32:54Flávia,
32:55obrigado por ter vindo.
32:56Ótimo papo.
32:57Foi muito bacana
32:57ouvir um pouquinho
32:58da sua história.
32:59Continue sendo essa inspiração
33:00para tanta gente
33:00desse setor.
33:02E olha, pessoal,
33:02não se esqueça
33:03de seguir a Flávia
33:04e o Del Veneto
33:05nas redes sociais
33:06e também acompanhar
33:07muitas histórias inspiradoras
33:09como essa.
33:10Um beijo e até a próxima.
33:11Até a próxima, pessoal.
33:23A opinião dos nossos comentaristas
33:25não reflete necessariamente
33:27a opinião do Grupo Jovem Pan
33:29de Comunicação.
33:30Realização Jovem Pan News
33:36é a sua história.
33:38A vição do Grupo Jovem Pan