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Miss estava lutando contra um câncer e foi vítima de embolia pulmonar, provocada por uma trombose
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Transcrição
00:00Agora a gente fala da morte da ex-misa Espírito Santo e ex-primeira-dama de Cariacica, Nabila Furtado.
00:06Aos 35 anos, a modelo tratava um câncer de mama.
00:11A doença, que antes era mais comum depois dos 50 anos, tem aparecido com frequência em pacientes mais jovens.
00:19Vamos entender na reportagem.
00:22Nabila Furtado não desfilava apenas beleza, ela exalava a presença.
00:26Foi aclamada em passarelas dentro e fora do Brasil.
00:30Da Índia à Espanha.
00:32Com uma trajetória marcada por títulos, como Miss Espírito Santo, Intercontinental e Musa do Brasil.
00:38Ela parecia ter nascido para os holofotes, mas longe deles, também se dedicava a transformar realidades.
00:45Envolvida em projetos sociais, mostrava que a beleza que mais importava era a que deixava marcas de verdade.
00:52Uma pessoa que sempre quis ajudar os outros, guerreira, apesar da juventude,
01:00uma pessoa que tem bons exemplos a dar.
01:02Aos 35 anos, a morte de Nabila interrompeu os sonhos e deixou o Espírito Santo em silêncio.
01:09A notícia foi confirmada nas redes sociais na noite de terça-feira.
01:13E o velório em Vila Palestina foi marcado por dor e homenagens.
01:17Nabila estava internada há três meses.
01:19O marido revelou que por cinco anos, ela enfrentou o câncer de mama.
01:24Uma luta silenciosa, marcada por complicações severas e agora por uma despedida precoce e dolorosa.
01:32Ela veio bravamente brigando contra isso, lutando contra isso.
01:37Então foi para a cabeça, a gente conseguiu cicatrizar.
01:40Depois foi para outra parte do corpo, foi para a perna, conseguiu cicatrizar.
01:44E dessa vez estava próximo ao ombro.
01:47Mas aí houve uma consequência que surgiu uma situação que eles chamam de radiation recall.
01:54E aí provocou a trombose.
01:56Da trombose, nos últimos dois dias, apareceu uma embolia pulmonar.
02:02Então entrou numa fase muito crítica.
02:04E aí não teve jeito.
02:06Quando o trombo se forma, aquele sangue coagulado, ele pode caminhar por vários lugares com dificuldade.
02:14Por ser um trombo, ele pode caminhar pelo corpo.
02:16E quando ele chega, quando acontece dele chegar nos vasos do pulmão, ele pode levar ao TEP, que é o tromboembolismo pulmonar.
02:24E isso é muito grave, porque a paciente não consegue respirar.
02:27Quem via a Nabila nos palcos não imaginava o que se passava fora deles.
02:31Mas, embora pouca gente soubesse, o câncer estava ali.
02:35Discreto, insistente, destrutivo.
02:38A escolha de manter a doença em silêncio abre uma ferida coletiva.
02:42Ainda há medo de se falar do câncer que mais mata mulheres no Brasil.
02:46Existem vários tipos de câncer de mama.
02:49Então existem alguns tipos que são mais agressivos.
02:51E o crescimento é realmente rápido.
02:53Tanto que nesse tipo de câncer, ele pode, inclusive, aparecer entre um exame de rastreamento e outro.
03:01Que a gente chama de câncer de intervalo, né?
03:03Entre um exame e outro.
03:04Mas existem cânceres que são de crescimento mais lento.
03:07Mesmo sendo um câncer de mama que, de maneira geral, é uma doença agressiva.
03:11Existem alguns que são mais lentos, que crescem mais devagar.
03:14A médica explica.
03:16O câncer de mama pode ser traiçoeiro.
03:18Não dar sinais no começo e avançar em silêncio.
03:21No início, a doença é completamente assintomática.
03:24É apenas um nódulozinho na mama que, muitas vezes, não é nem palpável.
03:28Às vezes, é uma areinha, assim, né?
03:31Uma microcalcificação que a gente só vê no exame de mamografia.
03:35Nem sente no exame físico.
03:37O principal fator de risco está na própria condição de ser mulher.
03:40A maioria das pacientes tem mais de 50 anos.
03:43Mas uma mudança no perfil tem acendido o alerta nos consultórios.
03:47A incidência de câncer de mama em mulheres com menos de 35 anos vem aumentando vertiginosamente.
03:52A gente tem assistido a essa elevação da incidência de câncer de mama em mulheres jovens.
03:58Mas, ainda assim, é mais frequente em idosas.
04:01Outros fatores de risco são sobrepeso, obesidade, sedentarismo.
04:05A morte precoce de Nabila, aos 35 anos, acende ainda mais o debate sobre os exames preventivos.
04:12A mamografia, por exemplo, costuma ser indicada apenas a partir dos 40 anos.
04:17Mas o que fazer quando há sinais antes disso?
04:20A médica explica que a restrição está relacionada à densidade das mamas nas mulheres mais jovens.
04:25O que pode dificultar o diagnóstico.
04:28Mesmo diante de um diagnóstico assustador, há espaço para a esperança.
04:32A medicina tem avançado.
04:34Os tratamentos estão mais humanizados.
04:36E as chances de cura cada vez maiores.
04:39Os tratamentos estão evoluindo cada vez mais.
04:42A gente tem tido excelentes resultados diariamente.
04:46E a minha expectativa é que, cada dia que passa, eu consiga oferecer ainda um tratamento melhor,
04:52com mais humanidade, principalmente preservando a qualidade de vida das pacientes.
04:58É triste demais, mas acende um alerta importante para todas nós e para todos nós também.

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