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Tudo indica que o próximo papa deverá ser um com uma postura mais moderada. Manifestações de especialistas indicam também que o papa a ser escolhido no próximo conclave pode vir da África ou da Ásia. Isso porque Francisco, responsável pela nomeação de 80% dos cardeais com direito a voto no conclave (os que têm menos de 80 anos) abriu a Igreja Católica para as chamadas “periferias do mundo”, nomeando representantes da África e da Ásia, ampliando assim o peso dos dois continentes no próximo conclave.

Crédito: Estado de Minas, AFP

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Transcrição
00:00E especialistas têm indicado que o próximo Papa deverá ser um com uma postura mais moderada.
00:05Manifestações de especialistas indicam também que o Papa a ser escolhido no próximo conclave pode vir da África ou da Ásia.
00:12Isso porque Francisco, responsável pela nomeação de 80% dos cardeais com direito a voto, no caso os que têm menos de 80 anos,
00:21abriu a Igreja Católica para as chamadas periferias do mundo, nomeando representantes da África e da Ásia,
00:27ampliando assim o peso dos dois continentes no próximo conclave.
00:31A África é também o continente onde a Igreja Católica mais cresce atualmente, com aumento de 3,31%,
00:37número de fiéis entre 2022 e 2023, segundo a Agência de Notícias Oficiais do Vaticano.
00:44Os africanos representam agora 20% dos católicos no mundo.
00:48Abre aspas.
00:49Ninguém deveria se surpreender se fosse escolhido um cardeal africano para ser Papa, ou um cardeal asiático, ou até um cardeal italiano.
00:57Está nas possibilidades.
00:59Se isso acontecer, não significará que a Igreja voltou-se só para a África, Ásia, América ou Europa,
01:05diz o arcebispo de São Paulo, Odilu Scherer, um dos cardeais cotados para ser eleito Papa no conclave que escolheu Francisco, em 2013.
01:14O desejo de contemplar a África, portanto, pode ir na linha contrária de lideranças católicas importantes,
01:21que defendem a eleição de um Papa com perfil mais moderado.
01:24Os dois cardeais africanos, citados em várias listas de papáveis com eventuais chances de ser eleito, são vistos como conservadores.
01:32São eles Peter Tuckson, de 76 anos, arcebispo emérito da Costa do Cabo, em Gana,
01:39e Fridolin Ambogu Bezungu, 65 anos, arcebispo de Kinshasa, na República Popular do Congo.
01:46Os dois cardeais são considerados sensíveis aos temas sociais, por conhecerem e entenderem a realidade africana,
01:53mas são tidos como conservadores culturalmente.
01:56Bezungu, por exemplo, rejeitou a orientação de Francisco para seguir decreto determinado que a Igreja deva abençoar casais homossexuais.
02:05Segundo Manuel Godoy, professor de Teologia da Faculdade Jesuíta de Belo Horizonte, abre aspas,
02:10Há uma dificuldade para religiosos africanos entenderem e aceitarem a união LGBTQIA+.
02:17Os africanos são, no geral, conservadores.
02:21Há questões culturais que marcam muito a Igreja da África, fecha aspas.
02:25Outro fenômeno seria a endogamia, casamento dentro da tribo, favorecendo hierarquias muito fechadas.
02:32Outro teólogo, Fábio Pi, professor de Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Política do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro,
02:41pensa da mesma forma, abre aspas,
02:43A tendência hoje é mais por uma linha que não cause muitos problemas, e que haja mais abertura para a sociedade,
02:50o diálogo como propôs Francisco, fecha aspas.
02:54Por outro lado, o teólogo do Iupert destaca que os dois cardeais africanos buscam o diálogo, abre aspas,
03:01Ambos se destacaram por serem conservadores em termos de teologia, mas têm uma prática pastoral.
03:08Essa é uma característica e é também um pouco o que diferenciava o Papa Francisco, fecha aspas.

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