O programa está em Pânico com o número de brochadas na sociedade atualmente… A situação está tão complicada que o pincel de cerda grossa vai ser substituído pelo incel de cerda fina, tá?! Cátia Damasceno é a convidada desta quarta (23) e vai detalhar tudo aquilo que você sempre conversou (e mentiu) com os amigos. É só por na grafia que você entende a pornografia?
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DiversãoTranscrição
00:00Eu pergunto, como é que chama esses incel, incel, incel, que é o que é celibatário involuntário, ou seja, é uma geração nova que chama-se incel, isso é muito moderno, viu gente, muito, mais velhos que nem eu, não sabe, incel parece uma empresa, né, de telefonia, incel é celibatário, cel de celibatário e índio involuntário, ou seja, parece que tem uma juventude agora,
00:30que tomou, porque o homem sempre foi o cara que tomava, porque você chega na mina, e a mina sempre te dá uma esnobada, e a gente, não, não, mas sempre foi assim, né, faz parte do jogo da conquista, não, não, faz parte do jogo, a gente sempre, jogo da conquista, isso, a gente sempre ser subjugado pelas mulheres, isso é interessante até na arte da conquista, sim, na arte da sedução, é uma arte realmente.
00:56Isso. Essa juventude nova, esses incel, não querem mais ter sexo, por quê? Por que que aconteceu isso?
01:04Você sabe que a gente já tem estudo mostrando que as gerações antigas tinham muito mais relações sexuais do que a geração nova, né, então, acho que a tecnologia, a informação, a internet,
01:14ela ajudou muito a gente a se aproximar como sociedade, mas afastou muito a gente pessoalmente, então, o que acontece hoje em dia,
01:22é que, principalmente, os rapazes, eles têm uma ansiedade muito grande, eles têm uma disfunção erétil por ansiedade,
01:29Aí, ó, a molecada, mesmo moleque, não velho, moleque. Molecal mesmo, assim, por ansiedade.
01:34Brochinha já? Brocha na teia? Já. Que coisa horrível.
01:38Júnior, um pequeno brocha. Pequeno brocha, mas pela ansiedade.
01:42Pela ansiedade, então, assim, porque vai conversar com a pessoa, e eu até brinco, eu falo muito nas redes sociais,
01:47eu falo, gente, vocês têm que parar com esse negócio de mandar nudes antes de conhecer a pessoa, porque hoje em dia eu escutei os meninos falando assim,
01:53não, manda o nudes pra ver se vale o Uber. Oi?
01:55Putz!
01:56Não, mas então, doutora, mas isso...
01:58Antigamente, a gente tinha que sair, conversar, conversar, olhar no olho, pegar na mão, né, alguma coisa, tinha um contato.
02:06E hoje em dia não tem mais esse contato tanto, você bota o médico pra cá, o médico pra lá, arrasta, vai.
02:11Então, o contato social, o contato físico das pessoas tem diminuído, e isso tá fazendo com que a atividade sexual...
02:19Mas isso não é bom?
02:20Por que isso?
02:21Não, não, não, eu penso, porque eu já sou velho, todos os relacionamentos, todos os relacionamentos que eu tive na minha vida,
02:29foram com pessoas próximas, ou é um amigo que conhecia a pessoa...
02:32Geralmente.
02:34Amigo, não, é porque geralmente os amigos, você foi pra uma festa, um amigo apresenta, um amigo...
02:39Você conhece a pessoa no universo...
02:40Acontece bastante.
02:41Você conhece a pessoa no universo pequeno, com esse negócio de...
02:46Como é que chama?
02:46Aplicativo.
02:47Tinder.
02:48Tinder.
02:48Tinder ou...
02:49Grindr.
02:49Os caras vão pá, pá, pá, pá.
02:51É...
02:51Carioca, um amigo meu.
02:53Você parou.
02:54Você parou.
02:54Tô na pista, compadre.
02:55Tô na pista, compadre.
02:56Tô voando, compadre.
02:57Mulheres e mulheres.
02:59Eu falo, isso deve ser bom.
03:00Isso é ruim, então?
03:02Depende muito do objetivo.
03:03Eu acho que tudo é muito bom, dependendo da forma como a gente usa.
03:06Eu ainda prefiro as interações sociais, as interações humanas, porque afinal de contas,
03:10quando a gente tá casado, quando a gente tá dentro de um relacionamento, você precisa
03:14estar com a pessoa que você curte, com aquela pessoa que tem valores.
03:17Não com a pessoa que você viu, que você deu um médio, que tem só uma aparência bacana.
03:21A aparência acaba com a idade, não é verdade?
03:24O que fica dentro dos relacionamentos é a interação e a capacidade que a gente tem
03:27de se comunicar e a capacidade que a gente tem de valores em comum dentro desse relacionamento.
03:32É construir uma vida juntos.
03:34E eu acho que hoje tá tudo muito volátil, muito rápido, muito fútil, muito superficial.
03:40Então, acho que falta um pouco de profundidade.
03:43E aí, quando eu falo com o jovem, eu sempre falo isso.
03:46Cuida, respeita, tem respeito pelo outro.
03:48Se aproxime, fale quais são os seus valores.
03:50Eu acho que autoconhecimento é tudo.
03:52Então, quando a gente se conhece, a gente sabe se a gente prefere mais uma pessoa
03:57que seja mais intelectual, você quer uma do esporte.
04:00O que é que você quer?
04:01E tem gente que não sabe nem o que é que quer da própria vida.
04:03Como é que você vai esperar que o outro traga soluções pra sua vida?
04:06Entendeu?
04:07E isso acaba resbalando na parte sexual também.
04:10Porque se você só vai.
04:11O que que aconteceu com a internet também?
04:14Antigamente, cara, o cara pra ver uma mulher pelada tinha que esperar o amigo
04:18assinar playboy.
04:20E era uma playboy pra rua inteira.
04:21Era aquela revista ali.
04:23Entendeu?
04:24O que pegava por último, as páginas já vinham meio grudadas.
04:27Eu tinha o livrinho da Avon.
04:30É, revista da Avon.
04:31Eu ficava olhando na Avon.
04:32Na Avon?
04:33Era os primeiros revistas.
04:34Da minha avó.
04:35É isso, exatamente.
04:36Era isso mesmo.
04:36Ela ia comprar batom e fosse...
04:38Era isso mesmo.
04:39Cadê o livrinho da Avon?
04:41Tava no BD e escondido.
04:42Pegava das campanhas passadas.
04:44Hoje em dia, o que que acontece?
04:45Cara, você tá no seu celular aqui, ó, pipoca, um monte de foto, vídeo e tal.
04:50E isso daí, até o...
04:53A gente hoje tem um tipo de problema também, que é a pornografia digital, que antigamente
04:59não tinha, que tá levando muitos homens também a ter problema de disfunção erétil.
05:03Por quê?
05:03Porque gera uma ansiedade muito grande.
05:06E aí, quando você tá no vídeo, você bota o tempo que você quer, o time que você quer,
05:11a pessoa que você quer, do jeito que você quer.
05:13E aí você tem uma descarga dopaminésica.
05:15E aqueles pau grandes, né, doutora?
05:17Você é louco.
05:18Parabéns de hidrante.
05:19Não é, não é, porque...
05:21Não é daquele jeito a vida real.
05:22Não é, né, doutora?
05:23Não é daquele jeito a vida real.
05:23Então, gente, você que costuma ir lá no site...
05:28Pinto não é daquele jeito.
05:30Não é.
05:31A doutora que tá falando.
05:32Não é.
05:33Você fica tranquilo.
05:33Não é daquele jeito lá, não.
05:35Fica tranquilo com amendoinzinho.
05:36Isso.
05:37Isso.
05:37E a mulherada também não é aquela performance toda ali.
05:41Não, gente, a gente precisa entender que é um vídeo.
05:42Só que quando você tá assistindo o vídeo, você coloca sempre nos três minutos que você quer.
05:46E aí fica aqui, três minutos, acabou.
05:47Quatro minutos, acabou.
05:48Muda três minutos, muda quatro minutos.
05:50E quando você tá numa relação sexual normal, não dá pra mudar de parceira a cada três minutos.
05:55É aquela mesma parceira ali durante um tempo.
05:58Não, se durar três minutos, já tá bom.
06:00Então, mas diz que isso aí...
06:01Se tu dá, três minutos não dá.
06:02Um sexo miojo não dá.
06:03É melhor miojo.
06:04Então, mas diz que isso aí...
06:05Eu também não sei.
06:06Eu li qualquer coisa que isso brocha a pessoa.
06:09Sim.
06:10Porque a gente tem um pico de...
06:12De dopamina.
06:13Isso.
06:13Que você vai acelerando.
06:14Quando você tá com uma mulher, você não tem...
06:16Tem um timing, né?
06:17Você não tem o controle, né?
06:18É isso, né, doutora?
06:19E aí o máximo que você pode fazer é o quê?
06:20Mudar de posição.
06:22Mas a pessoa é a mesma.
06:23Quando você já tá dentro de um namoro, dentro de um relacionamento, é aquela mesma
06:27parceria que você tem o tempo todo.
06:28E com a pornografia, você determina...
06:31Acelera e cai.
06:33E aí chega na mulher, você brocha.
06:35Chega na mulher, brocha.
06:35Ó.
06:36Vai.
06:37Ó lá, Sam.
06:37Ó, Sam.
06:38Sam, presta aí, ó.
06:40Presta atenção.
06:41Mas isso é muito importante.
06:42É uma aula, né?
06:43Ô, Kátia.
06:43É importante isso aí, né, doutora?
06:45É super importante.
06:45E assim, eu não sou contra assistir um videozinho de vez em quando, de maneira alguma, cara.
06:49Até pra experimentar também.
06:51Lógico, faz uma diferenciada.
06:53Eu acho super válido.
06:54O que não é válido é o vício.
06:56E quando é que a gente sabe que é um vício?
06:58Assim, como qualquer outro vício.
07:00Durante o programa, né?
07:01Já tá procurando.
07:02A gente sabe que é quando você começa a ter um problema de disfunção.
07:08Por exemplo, a pessoa deixa de ir trabalhar pra ficar em casa batendo punheta e assistindo
07:11o vídeo o dia inteiro.
07:12É um problema.
07:13E tem gente que dá atestado.
07:15Atrasa até no trabalho.
07:17Atestado?
07:17Então, aí começa...
07:18Dá atestado pra ficar em casa.
07:19O que é vício, então?
07:20Vício é tudo aquilo que te tira daquilo que a gente chama de AVDs.
07:23Atividades de vidas diárias.
07:25Então, mudou o seu comportamento nas suas atividades de trabalho, de relacionamento,
07:28presta atenção que pode ser vício.
07:31Que coisa, né, doutora?
07:32Fazendo uma reflexão.
07:33Isso aí é do...
07:35Que nem a gente tá falando, os problemas são dessa modernidade, né?
07:38Que são os aplicativos, é você ter sexo aqui grátis o tempo inteiro e acaba...
07:45Trouxe muita modernidade, mas a gente precisa prestar atenção também aí nos cuidados
07:50que a gente tem que ter.
07:51Eu não sou contra o celular, não sou contra as redes sociais, nada disso.
07:54Eu acho super válido.
07:55Mas usado na medida correta.
07:57Posso...
07:57Não, pode ir.
07:59Pera aí, eu vou fazer o break pro Dede.
08:01Tá bom.
08:01Ó, doutora que manja, hein?
08:03Sim, ela manja.
08:04Doutora Kátia Damasceno, tá no Instagram pra você seguir a rede social da doutora.
08:09Ela é sexóloga e tá dando uma aula aqui pra nossa audiência.
08:13Vai lá, Reginaldo.
08:15Queria levantar a questão, já que a gente tá falando de redes sociais e também como
08:19o Emílio falou, o lance da conquista.
08:21Eu queria saber se você nota que essa aproximação, não só pelo lance da tecnologia, é porque
08:27hoje em dia a gente tem tempos sombrios que antigamente a gente...
08:31a mulher fazia aquele charme, o homem dava uma insistida e hoje o homem talvez tenha medo
08:36de dar uma insistida e a mulher falar, é assédio.
08:39Você acha que a rede social deu uma facilitada nisso?
08:45Porque ela tá preservada ali atrás de uma tela e não sabe como vai ser.
08:49Topou, topou, deu match, deu.
08:51Então tá tudo certo.
08:52Você acha, tá acontecendo bastante isso, a reclamação dos homens falando, eu tenho medo
08:56de chegar numa mulher e ser acusado de assédio ou não?
08:59Sim, isso tem acontecido bastante aí.
09:02E o que eu falo, o respeito ele é sempre fundamental, né?
09:04E quando a gente fala de interação humana, você nunca sabe, você pode falar uma coisa,
09:08mas você nunca sabe.
09:09Eu digo assim, entre o que eu falo e o que você escuta, há um abismo entre nós, né?
09:13Então é sempre muito, eu sempre falo pros homens, falo, cara, não, chega, chega junto,
09:17porque tá faltando essa testosterona também, tá faltando essa firmeza aí, mas muito por
09:22conta disso.
09:22E deixa tudo muito claro, falo, não, linda, te respeito aqui, ó, não quer, não quer,
09:26beleza, beijo, vida que segue.
09:28E todo mundo se respeitando.
09:30E a mulher também saber se posicionar ali, né?
09:32E entender que, não é porque o cara deu uma cantada que aquilo é uma assédio,
09:35pô, é uma cantada mesmo.
09:36Eu até brinco, falo, o dia que eu passar na frente de uma obra, não levar uma suvia,
09:39eu vou ficar arrasada com isso, caramba.
09:41Então, mas doutora, mas aí, a gente brinca assim, então a gente tem que saber levar
09:47também as coisas com mais leveza.
09:50Eu acho que a vida, ela tá ficando muito, muito encaixotadinha, então tem que ser levado
09:54com um pouquinho mais de leveza, com limites e com respeitos, é claro, é lógico, a gente
09:59fala na hora que é não, não é não.
10:01E aí a gente também tem que saber interpretar o não, por exemplo, eu sempre falo pros homens
10:04que são casados, o não da mulher, você sempre pergunta três vezes, pra mulher você
10:09sempre tem que perguntar três vezes, porque você vai perguntar pra mulher, amor, tá
10:11tudo bem?
10:12Ah, tá.
10:13Aí você pergunta a segunda vez, fala, tem certeza que tá tudo bem?
10:16É, não, tá.
10:18Não, o que que tá acontecendo?
10:19Aí da terceira vez ela fala.
10:20Quando você tá dormindo já.
10:21Porque é da nossa natureza feminina, entendeu?
10:24Então os homens são muito mais objetivos, são muito mais práticos.
10:28Sim.
10:28As mulheres nós somos muito mais emocionais e muitas vezes a gente não quer ficar trazendo
10:33o problema pra mesa o tempo todo, mesmo que a gente já tenha soluções dentro da gente,
10:38entendam isso também, homens, quando a gente vai conversar com vocês, as meninas estão
10:42por ali, geralmente a gente já sabe a solução que a gente quer, mas a gente só quer um acolhimento
10:48naquele momento.
10:50Então o acolher é muito bom, o acolhimento é muito gostoso.
10:54Então acho que o papel do feminino, do masculino, ele tem sim os seus papéis dentro de todas
10:59as relações e a gente só precisa realmente saber se permitir vivenciar o que de melhor
11:03a vida pode nos oferecer.
11:04É, mas isso aí é complicado, né doutora?
11:07É, há de existir diálogo.
11:10Porque, por exemplo, que nem o que você tá falando, isso, na minha época, que faz
11:15muitos anos atrás, imagina isso.
11:17Foi ontem, hein?
11:19Ah, faz muitos anos atrás, você chegava numa menina e você via os sinais, porque
11:25ninguém chega, olha, eu quero te comer, vamos lá, a não ser o...
11:28Sim, o George Clooney, né?
11:30Olha, vamos sair daqui que eu vou te comer agora, porque ninguém falava, você vai,
11:34você olha, você vê se a mina olhou pra você, você dá uma piscadela, não é?
11:39Um beijo no canto.
11:40São os sinais, são os sinais que vão indo, que se você chega numa relação.
11:45Só que se a mina quiser hoje em dia, na primeira que você der uma olhada dela, ela
11:50te ferra, porque ela fala, você tá me assediando.
11:53Não é complicado.
11:54Então, é muito complicado, porque isso é um acordo que existe entre o homem e uma
11:59mão, e uma mina, não é?
12:01É um acordo que a gente sempre teve.
12:03Por isso o Tíger facilitou isso aí.
12:04Então, vamos sair na balada?
12:06Vamos sair na balada hoje?
12:07Diz que balada não existe mais.
12:09Acabou?
12:10Por causa da rede social.
12:11Não tem mais balada.
12:12Tá vendo que tá diminuindo tudo?
12:14Então, tá diminuindo festa, tá diminuindo saída, tá diminuindo interação social.
12:18Com relação a isso que você falou, eu acho que tá muito...
12:21É uma pauta muito...
12:22Eu ainda não falei isso em nenhum lugar, vou falar aqui pela primeira vez.
12:25Mas eu acho que as mulheres, elas precisam respeitar muito, porque a tal da lei Maria
12:29da Penha, ela veio pra proteger as mulheres.
12:31E muitas têm usado de forma indiscriminada.
12:34Qualquer coisa, bota o cara na Maria da Penha.
12:36Qualquer coisa.
12:37Ah, é porque brigou, cara, dentro de um relacionamento.
12:40Às vezes você tem uma DRzinha ali com o maridão e tal.
12:44E eu já vi isso acontecendo com as amigas minhas.
12:47Entendeu?
12:47O cara falou assim, ah, não gostei disso e disse e disse.
12:50Ela, vou te botar na Maria da Penha.
12:51Eu falei, não, não é assim.
12:52Porque senão você acaba deixando de usar uma lei.
12:55Que era pra proteger as mulheres que realmente passam por situações de abuso.
12:59e fica banalizando e daqui a pouco a lei cai em descrédito também.
13:03Perde a causa.
13:04Então, não façam isso daí.
13:05Use quando tiver que ser utilizado.
13:08E tá na balada, amor.
13:09Levou uma cantada?
13:10Saiba sair de uma cantada.
13:12Tá afim, beleza.
13:12Não tá afim, gato.
13:14Doutora, sabe que veio o cara aqui ontem, o vereador.
13:18Ele falou que na balada existe agora a tábua.
13:21No fluxo, né?
13:23No fluxo, várias mulheres sentam.
13:25A mulher senta, né?
13:27A mulher senta.
13:28500 homens e a mina vai ficando.
13:31Ao contrário, desculpa.
13:31É como se fosse a bancada aqui, ó.
13:33Aí ficam quatro, cinco caras sentados.
13:35Aí vem uma menina, senta em todas.
13:37Roleta russa de piroca.
13:38Não tinha isso.
13:39Não tinha isso.
13:41Chama desse nome mesmo.
13:42Lá em Brasília saiu uma entrevista essa semana
13:46de uma menina que engravidou na escola desse jeito.
13:49Não sabe de quem é.
13:50Chama boleta russa.
13:51Então, mas isso é o que?
13:53É o tal do empoderamento?
13:55Não, eu acho que isso daí não tem nada a ver com empoderamento.
13:58Eu acho que isso é a banalização da sexualidade.
14:01E as pessoas acham que porque nós estamos numa geração muito fluida, tudo pode.
14:05Claro que tudo pode.
14:06Tudo pode com segurança.
14:07Tudo pode com respeito.
14:09Agora, imagina, você senta numa bancada.
14:11Não sabe de quem que engravidou.
14:13Não tem nada de empoderamento isso.
14:14Isso é altamente destruidor pra sua própria vida.
14:18E isso daí é...
14:20Cara, é...
14:21Mas você acha que a mina que tá lá, ela não tem noção daquilo?
14:26Porque tem 14 anos.
14:28Tem menina que é menor.
14:29Não, eu sei.
14:30Mas 14 anos, você já tem noção, né?
14:32Sim.
14:32Ela já tem noção, né?
14:34Por que que fazem isso?
14:35Não, 14 anos, eles ainda tão muito...
14:37É muito maçã, fazer parte do grupo.
14:39Tá muito...
14:39O lobo frontal tá querendo, tá perdidaço ali dentro do cérebro dele.
14:43Mas onde é que estão os pais dessas crianças que não conversaram com ele sobre sexualidade?
14:48Porque tem muita gente que acha assim, aí eu não vou conversar com meu filho de sexualidade
14:52porque senão eu vou estar instigando.
14:53Muito pelo contrário.
14:54A gente sabe que quanto mais nós conversamos com ele sobre quaisquer assuntos, seja sobre
14:59sexo, sobre violência, sobre dogma, sobre respeito, sobre como respeitar um homem, como
15:04respeitar uma mulher, mais esse adolescente, ele vai iniciar a sua vida sexual tardiamente.
15:09Por quê?
15:09Porque ele já tem essa informação dentro de casa.
15:12Quando faz isso, muitas vezes é pra se mostrar pros coleguinhas, é pra se autoafirmar.
15:16É pra pertencer.
15:17O que o adolescente precisa é de pertencimento.
15:20E ele vai pertencer a tribos.
15:22É isso aí.
15:23Então, a gente sabe que eles estão em tribos.
15:26Então, a tribo do que senta, ela quer fazer parte daquela tribo.
15:29Mas por quê?
15:29Porque muitas vezes não teve informação dentro de casa.
15:32Então, pais e mães, conversem com os filhos de vocês sobre sexualidade.
15:35E assim, ó, de maneira tranquila.
15:37Tu tá com três meninas.
15:38Mas é dura essa conversa, né, doutora?
15:40Não é nada.
15:41É a coisa mais simples do mundo.
15:42É pra você que é uma mestra.
15:43É uma mestra moderna.