O CEO do CIEE, Humberto Casagrande, explicou os desafios e oportunidades para jovens no mercado de trabalho, destacando a demanda crescente por profissionais em saúde, agronegócio e tecnologia. Ele também alertou para o apagão de mão de obra e a queda no interesse por engenharia.
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NotíciasTranscrição
00:00Comigo aqui no Jornal Times Brasil, Humberto Casagrande, que é CEO do CEE, o Centro de Integração Empresa-Escola.
00:08Humberto, boa noite para você, seja bem-vindo.
00:10Boa noite, Marcelo, obrigado pela oportunidade.
00:12Primeira pergunta que eu queria te fazer é a seguinte, a gente viu que a economia brasileira começou esse ano com umas perspectivas um pouco piores,
00:19juros em alta, pressões externas, mas o mercado de trabalho parece resiliente até aqui.
00:24Você observa isso também nas oportunidades para os jovens?
00:27Sim, observamos. Felizmente, depois de um momento difícil na pandemia, onde houve uma queda de número de vagas muito grande,
00:35desde meados do ano passado está tendo uma recuperação.
00:39Nós trabalhamos com estagiários e aprendizes e os dois estão apresentando números bastante interessantes de recuperação.
00:46Tem alguma área que você acha que está sendo mais forte na geração de empregos para jovens, para estágios, por exemplo?
00:51Olha, as áreas relacionadas à saúde tiveram bastante fortes.
00:56A área de administração e o agronegócio.
01:00São as três áreas que a gente sente uma recuperação maior.
01:03E na outra ponta, mais fraco, advogados, que sempre é o nosso destaque, mas por tudo que está acontecendo aí na inteligência artificial,
01:13transformações todas no mercado de trabalho, tem andado um pouco mais fraco.
01:17Quem não conhece o agronegócio pode imaginar que o tipo de trabalho oferecido pelo agronegócio é um trabalho mais duro.
01:24Agora, o agronegócio se modernizou demais, está exigindo também profissionais muito qualificados.
01:29Muito. A gente tem hoje aprendizes ligados a desenvolvimento de sementes, novas tecnologias,
01:37mecanização da lavoura, então uma série de coisas que têm ajudado, inclusive, a fixar o jovem no campo.
01:44Porque um dos fenômenos negativos que a gente assistia é a migração do jovem para a cidade grande
01:50e vir aqui se somar a tantos problemas que nós temos.
01:53Então, os trabalhos que temos oferecidos no agronegócio têm sido muito interessantes para eles, para as empresas e para o país como um todo.
02:00Que tipo de jovem o mercado está procurando? Como é que o jovem tem que se comportar, se formar, para ele ter mais chances no mercado de trabalho?
02:08Olha, uma das questões importantes são as habilidades socioemocionais, por mais incrível que pareça.
02:15Você tem as habilidades técnicas e as socioemocionais.
02:18As empresas hoje buscam muito pessoas que saibam trabalhar em equipe, tenham bons comportamentos, respeito à empresa e ao desenvolvimento.
02:29São os chamados soft skills.
02:32E do outro lado, os hard skills, que são as habilidades técnicas, se a pessoa tem boa formação e tal.
02:38Então, o grande profissional hoje, procurado por outro lado, é o das ciências exatas, que o jovem brasileiro não quer mais estudar ciências exatas.
02:47Por que não?
02:48Tem uma certa aversão à matemática, que o ensino acho que não é muito amigável.
02:53Então, todos procuram ir para as humanas.
02:56Então, as grandes profissões em destaque são o jornalismo, relações internacionais, direito e todas, sem contar a gama de pessoas que querem estar na internet.
03:07Exato.
03:08São os influencers.
03:09E eu já vi muito jovem, promissor assim, jovem que aparentemente está tendo uma boa educação ali no ensino médio, com um discurso contra fazer faculdade.
03:17Parece que esse tipo de discurso colou numa parcela dos jovens, não?
03:20Colou. Infelizmente, a gente tem notado isso, tem colocado, inclusive, de uma forma depreciativa na internet para quem trabalha.
03:30Mas o jovem tem que notar o seguinte, que a faculdade, ela é sim uma maneira de você conseguir um trabalho,
03:36mas ela é, antes de mais nada, uma coisa libertadora em termos do conhecimento.
03:40A pessoa que se rende fácil a essa atratividade falsa que existe, ela deixa de acumular conhecimento, preparo.
03:50Ela tem que se dar o direito, numa primeira fase da vida, de passar por um processo de aprendizagem, para depois vir a usufruir tudo isso.
03:57E isso que a gente tenta colocar lá para os nossos jovens, felizmente conseguimos.
04:02Hoje, nós temos quase 300 mil jovens assistidos entre estagiários e aprendizes e temos 3 milhões de jovens na fila, procurando vaga.
04:12Então, significa que tem esses jovens que você mencionou, mas também tem aqueles que querem estudar e trabalhar,
04:18que estão ali presentes procurando oportunidades.
04:20Tem que dar oportunidade para eles, né?
04:21Exato, isso.
04:23E as empresas também, porque a gente fala pouco sobre isso, né?
04:27Assistimos e lemos os jornais, as coisas.
04:31Então, geralmente, a pauta está muito mais voltada para outras questões.
04:37Mas existe um grande apagão de mão de obra que vem por aí.
04:40O Brasil tem 48 milhões de estudantes.
04:43As empresas não conseguem programadores, pessoas da área de informática.
04:48Há um déficit de engenheiros no país, uma série de coisas.
04:51E a gente vive falando e lutando, principalmente em Brasília, da necessidade de se dar atenção para esse tema.
04:58Porque esse é um tema da maior importância no desenvolvimento do país.
05:03No caso dos engenheiros que a gente citou aqui, tem uma estimativa de que haja 150 mil matrículas a menos num período de 7 anos.
05:10Que tipo de consequência isso pode acarretar para o país?
05:14Olha, muito negativa.
05:16Nós já temos notícia de que o país está importando engenheiros.
05:19Tem engenheiros que vêm para cá, da Colômbia, da Bolívia, do Paraguai.
05:25Porque, como eu disse, não há vontade do estudante de ir para a área de exatas.
05:31Então, nós estamos até fazendo um movimento junto com as maiores escolas, no sentido de esclarecer a esses jovens
05:37a importância do estudo de engenharia e as oportunidades que tem.
05:42E como se não bastasse, aqueles que vão para a engenharia são também subtraídos por outros setores.
05:48Mercado financeiro.
05:49Mercado financeiro.
05:50Está aqui um deles.
05:50Exatamente.
05:51Eu sou um engenheiro que virei financista.
05:53Tem muitos, né?
05:54Tem muitos.
05:55Então, e hoje, curiosamente, paradoxalmente, eu estou combatendo esse caminho que muitos procuram tomar.
06:03Mas talvez a solução não seja impedir que os profissionais em engenharia miguem para outras áreas.
06:08A solução talvez seja formar mais engenheiros, estimular os jovens a fazer mais engenharia, né?
06:13Exato.
06:14É isso que a gente está buscando.
06:16Você colocou muito bem.
06:17Não é coibir determinado comportamento, mas que existam mais.
06:21O engenheiro recebe uma formação lógica muito boa, um cálculo, raciocínio.
06:27Então, ele é demandado por diversos segmentos.
06:30Você pega países como a Coreia, por exemplo, fez a grande transformação.
06:35Há 50 anos, a Coreia do Sul tinha um PIB menor que o do Brasil.
06:39Como é que ela saiu disso?
06:40Ela saiu através do estudo da engenharia.
06:43A China forma hoje um milhão de engenheiros por ano.
06:46Tudo bem que a população é enorme.
06:49Mas, então, em vários países e no mundo tecnológico, a gente não pode prescindir de ter pessoas ligadas à área,
06:56não só engenheiros, como outros tipos de...
06:58Até mesmo na medicina hoje, você vai num médico, você vê aquela porção de aparelhos que se usa.
07:04Tudo aquilo demanda tecnicidade para você fazer os exames.
07:08Então, a engenharia, a tecnologia, ela está em todos os lugares.
07:13Então, a gente vai procurar esse ano fazer uma campanha junto com as principais escolas aqui para fazer isso.
07:21E, principalmente, junto ao jovem do ensino médio, mostrando que a engenharia não é esse bicho de sete cabeças.
07:26E, principalmente, que matemática, física, química são ciências que são interessantes também de serem estudadas.
07:33Eu acho que o desinteresse vem quando ele não consegue entender.
07:37A partir do momento que você consegue fazer com que o jovem entenda a beleza da matemática, eu acho que ela vira muito mais atraente.
07:43Isso. O ensino tem que ser amigável e o professor tem que mostrar que a matemática, a química, são aplicáveis.
07:52Muitas vezes, o professor fica lá dando a matéria e não mostra para que serve aquilo.
07:58Então, a gente defende que se haja uma mudança no ensino para que ele seja mais amigável e mais atraente, que é justamente esse ponto.
08:08É verdade.
08:09Humberto Casagrande, CEO do CIE, muito obrigado pela participação aqui no Jornal Times Brasil. Boa noite.
08:14Eu que agradeço. Boa noite.
08:15Boa noite.
08:16Boa noite.
08:17Boa noite.
08:18Boa noite.
08:19Boa noite.
08:20Boa noite.
08:21Boa noite.
08:22Boa noite.
08:23Boa noite.
08:24Boa noite.
08:25Boa noite.
08:26Boa noite.
08:27Boa noite.
08:28Boa noite.
08:29Boa noite.
08:30Boa noite.
08:31Boa noite.
08:32Boa noite.
08:33Boa noite.
08:34Boa noite.
08:35Boa noite.
08:36Boa noite.
08:37Boa noite.
08:38Boa noite.
08:39Boa noite.
08:40Boa noite.
08:41Boa noite.
08:42Boa noite.