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TecnologiaTranscrição
00:00Para ser uma época de caos no universo jovem, algo aconteceu onde não deveria existir.
00:07Uma espécie de dragão cósmico desafia a ciência, mostrando o quanto podemos nos surpreender com cada descoberta dele.
00:18James Webb. Vamos ver.
00:19Galáxias espirais, como a nossa Via Láctea, são verdadeiras obras complexas do cosmos, com braços brilhantes que se estendem por milhares de anos-luz, abrigando bilhões de estrelas.
00:34Até agora, os cientistas acreditavam que esses sistemas majestosos levavam bilhões de anos para se formar.
00:41Mas um novo achado de James Webb pode mudar essa compreensão.
00:45Com o telescópio espacial, cientistas internacionais liderados pela Universidade de Genebra identificaram uma galáxia espiral surpreendente.
00:54Ela foi formada apenas um bilhão de anos após o Big Bang.
00:57Batizada de Zhu Long, ou Dragão da Tocha, na mitologia chinesa, essa galáxia desafia tudo o que sabíamos sobre o início do universo.
01:06Zhu Long é incrivelmente parecida com a Via Láctea, em forma, tamanho e massa estelar,
01:12algo que não condiz com a infância cósmica, onde apenas existiriam galáxias pequenas e caóticas, como o entendimento tradicional aponta.
01:21Com um disco que se estende por mais de 60 mil anos-luz e abrigando mais de 100 bilhões de massas solares em estrelas,
01:28Zhu Long parece ter nascido pronta, como se fosse uma galáxia adulta em um universo que apenas começava a amadurecer.
01:35Ela possui até mesmo uma protuberância central antiga e braços espirais bem definidos,
01:41características que deveriam levar muito mais tempo para surgir.
01:45A descoberta foi possível graças à pesquisa Panoramic, conduzida pelo James Webb.
01:50Essa metodologia inovadora permite capturar imagens detalhadas enquanto o telescópio coleta dados de outros alvos,
01:58mapeando grandes áreas do céu em busca de raridades, como Zhu Long.
02:02O achado levanta questões fascinantes.
02:05Será que as galáxias espirais podem se formar muito mais rápido do que imaginávamos?
02:10Observações futuras com o James Webb e com o Observatório Alma prometem revelar mais sobre esse mistério cósmico.