Preço em alta, baixos estoques de café e gargalos nos portos ainda preocupam o setor cafeeiro. Para discutir o tema, o Hora do H do Agro convidou o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil, Márcio Ferreira, e o diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café, Celírio Inácio.
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
Baixe o app Panflix: https://www.panflix.com.br/
Inscreva-se no nosso canal:
https://www.youtube.com/c/jovempannews
Siga o canal "Jovem Pan News" no WhatsApp:
https://whatsapp.com/channel/0029VaAxUvrGJP8Fz9QZH93S
Entre no nosso site:
http://jovempan.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/jovempannews
Siga no Twitter:
https://twitter.com/JovemPanNews
Instagram:
https://www.instagram.com/jovempannews/
TikTok:
https://www.tiktok.com/@jovempannews
Kwai:
https://www.kwai.com/@jovempannews
#JovemPan
Categoria
🗞
NotíciasTranscrição
00:00Aproveitando, o Marco Antônio falou sobre o que esperar para a safra de café de 2026.
00:06Mas o preço do café no presente agora é assunto para a indústria, para os consumidores, para os exportadores.
00:14O Brasil exportou quase 25% a menos de café no mês de março, em comparação com o mesmo período do ano passado.
00:22Por outro lado, a receita cambial cresceu 41,8% nesse mesmo intervalo comparativo.
00:30Chegando a 1,3 bilhão de dólares.
00:33Essa gangorra entre volume e receita está atrelada a questões de preço do grão, estoques e gargalo nos portos brasileiros.
00:43Para falar sobre essa dinâmica e como isso afeta exportações e indústria, vamos conversar com o Márcio Ferreira, presidente do Secafé,
00:53e Celírio Inácio, diretor executivo da Abic.
00:56Sejam muito bem-vindos, muito bom contar com a participação de vocês aqui, falar de exportação, falar de indústria,
01:03cobrir um pouquinho dos dois lados do cenário da cafeicultura.
01:08Eu queria, por gentileza, começar ouvindo o Márcio,
01:12pois a guerra tarifária até provocou recentemente uma baixa nos preços do café em Nova Iorque,
01:19mas a cotação voltou a subir nos últimos dias.
01:23Isso se deve, eu queria entender se isso deve impactar as exportações para abril.
01:29Como que vocês estão avaliando o desempenho para o mês diante de todo esse rearranjo no mercado,
01:38no comércio global que está minimamente emocionante, né?
01:41Mariana, é um prazer aqui falar com você.
01:47Primeiro, muito feliz com o que o nosso amigo Marco Antônio colocou como previsão climática de agora para frente, né?
01:55É óbvio que é uma previsão.
01:57Com relação às tarifas, realmente, no primeiro momento, elas impactaram não somente os cafés,
02:03com o modo geral para baixo, Nova Iorque chegou a bater níveis de 325 e antes das tarifas ele estava ali entre 370 e 400.
02:13Então, chegou a 325 e voltou agora para 360, 365, buscando ali se o mercado é para cima ou é para baixo.
02:23Fato é que o preço segue bastante significativo, remunerador para a produção.
02:30E a leitura é que, no primeiro momento, os fundos que contribuem bastante, fundos especulativos,
02:39que trabalham muito das bolsas e, desde há mais de um ano, vem alongando a posição da bolsa,
02:46trazendo o mercado para níveis recordes.
02:49Lembrando que, em 1977, após viada negra do Paraná, o recorde do mercado havia sido 348.
02:56E ele bateu 440.
02:59Então, a conclusão que a gente chega é que o mercado de ida 440 não foi somente pelos acidentes climáticos aqui citados,
03:09como geada 2021, secas do ano passado, seca na área de Conilom anterior, seca na Petinã e Indonésia,
03:19mais muito a ação antecipada de um movimento especulativo na Bolsa de Nova Iorque pelos fundos.
03:26E esse fundo, quando ele vê o que foi apresentado aqui, uma perspectiva de safra pequena no Arábica
03:34e maior no Conilom, mas na soma uma safra menor, impactado pela tarifa.
03:41O mercado cai, mas a leitura é ainda, o quadro é muito apertado.
03:45Então, vamos manter as posições compradas ou reduzir menos.
03:49Então, isso faz com que o mercado se estabeleça nesse patamar.
03:52E a perspectiva para o mês de abril é de exportações pequenas,
03:58quiçá menor do que março.
04:01Lembrando que nós estamos em final de safra.
04:04Então, Conilom começa a entrar agora em maio, principalmente maio e junho,
04:09e Arábica mais para junho e julho.
04:13Até então, nós vamos realmente experimentar exportações menores,
04:17mas o ano passado, o recorde histórico da exportação brasileira foi 50,4 milhões de sacas
04:24e o consumo interno, a BIC está aqui do lado, nossa amiga Celia, 22 milhões de sacas.
04:29Então, quando soma 72,4 milhões de sacas, a ideia de que nós tivemos safras muito pequenas,
04:38elas, na verdade, nos surpreendem positivamente, tanto a safra quanto o estoque de passagem.
04:46E eu vou capaz de te dizer que, com tudo isso, a safra que vai chegar, ela vai surpreender positivamente.
04:53Estamos nessa expectativa de ter boas notícias, de sermos impactados positivamente.
05:02Agora, é claro, então, aproveitando exatamente como o senhor falou,
05:05aproveitando que estamos já com a BIC também,
05:08eu queria entender um pouco como que o Celírio vê essa questão,
05:13inclusive aproveitando, olhando para essa fala de como que estão os estoques,
05:20o que a gente pode esperar para a indústria?
05:24É possível dizer que a gente está olhando para um cenário em que a indústria está preocupada também
05:32com o nível das exportações, porque isso, de alguma forma, reflete no nosso mercado interno?
05:37O que a gente pode falar olhando para um consumidor que está preocupado com o preço do café aqui no nosso país?
05:43Olá, Mariana.
05:48É um prazer estar aqui justamente com o Cecafé, com o Márcio.
05:52Olha, a indústria, a gente sempre brinca dizendo que os preços sobem de elevador
05:58no mercado internacional e nas bolsas,
06:02mas sobe de escada referente às indústrias.
06:05As indústrias, elas sempre são resultados do que está acontecendo e o que aconteceu.
06:15Quando os preços chegam aos consumidores,
06:19isso é porque os preços da matéria-prima já estão completamente e bem à frente
06:26para que a gente possa fazer qualquer projeção.
06:29O mercado de café é bem interessante, Mariana,
06:33porque se a gente falar de café verde é um mundo
06:36e café de torrado é um outro mundo,
06:39porque é um reflexo do café verde.
06:42Nós passamos por um problema extremamente grave,
06:45só para contextualizar.
06:48Se a gente comparar janeiro de 2024 a março de 2025,
06:53e, em média, as duas maiores espécies que nós produzimos aqui,
06:59o canuconilão e o arábia,
07:00subiram acima de 148%.
07:03E a indústria, até janeiro desse ano,
07:08tinha passado 38% e agora chegou na casa dos 70%.
07:14Existe esse retardo com o repasse para o consumidor?
07:21São outros fatores que fazem com que a gente se preocupe
07:28logo depois que haja, de fato, o aumento.
07:32Vai depender dos estoques dos industriais,
07:34das negociações que os industriais já, porventura, fizeram,
07:40e de uma quebra de braço fantástica
07:43entre a indústria e o comércio
07:47para favorecer o consumidor.
07:51O industrial, ele sabe muito bem
07:53que, dependendo dos preços,
07:56o consumo pode ter algumas reações.
07:59E, como nós somos o segundo maior consumidor do mundo,
08:04essa preocupação é constante.
08:07Nós usamos 100% café brasileiro.
08:10Nós não temos, apesar do governo ter colocado há pouco,
08:16essa disponibilidade de termos acesso
08:19a outros mercados também produtores,
08:23mas, efetivamente, a gente trabalha com o mercado financeiro.
08:26E, por muitas vezes,
08:27o Márcio está aqui, o Secafé,
08:29trabalha diretamente com isso,
08:31por muitas vezes,
08:32até o preço da Bolsa pode vir a cair,
08:35mas não é, efetivamente, o preço do físico,
08:39onde a indústria se faz compradora.
08:44Então, o que se esperar desse momento
08:47é que ainda existe uma necessidade
08:51de aumento para com o consumidor,
08:55porque esses preços refletiram
08:57e, de uma forma inédita,
09:00impactaram diretamente o industrial,
09:03que não conseguiu repassar os preços
09:06da matéria-prima.
09:10É provável que esse mês,
09:12ou no final desse mês,
09:14ou no início do mês que vem,
09:16os consumidores ainda vão ser impactados
09:20com alguns aumentos,
09:22já negociados no mês passado.
09:26Então, essa volatilidade de preço
09:29ainda vai continuar
09:31até que haja uma estabilidade
09:34e uma expectativa melhor,
09:37como o Ben falou sobre o tempo.
09:41Nós temos, então,
09:42essa expectativa pode fazer com que
09:44haja um equilíbrio maior
09:47sobre os preços da matéria-prima
09:49e, por consequência,
09:51também do torrado e moído.
09:52Perfeito.
09:53Muito obrigada.
09:54Muito obrigada
09:54por essa contextualização.
09:56A gente sabe que o agro
09:59é composto por diversos fatores,
10:03são complexos,
10:04mas é exatamente por isso
10:05que é interessante.
10:06Agora, eu não posso também
10:07deixar de perguntar aqui para vocês.
10:11A gente está num contexto global
10:13em que guerra tarifária
10:16é a pauta dos últimos dias.
10:19A gente tem visto também,
10:21dentro desse contexto global,
10:22a China como um mercado consumidor
10:25cada vez maior de café,
10:28até um comportamento do consumidor chinês
10:30que despertou para o café
10:32e que está muito interessado
10:34pelo café brasileiro.
10:36E a própria, também,
10:37movimentação da União Europeia,
10:40que, mesmo com a lei anti-desmatamento
10:42um pouco mais suavizada,
10:45digamos assim,
10:45nos últimos dias,
10:47eles vão procurar café
10:48que é sustentável
10:50e a cafeicultura brasileira
10:52bate muito no peito
10:53e se garante
10:54e consegue comprovar
10:56uma sustentabilidade
10:57na cafeicultura.
10:59De qualquer forma,
11:00eu queria entender um pouco
11:01se todo esse contexto geopolítico,
11:05como que ele também
11:07tem impactado
11:08ou o que dentro desse contexto político
11:11está na mesa de discussões de vocês.
11:14Vou começar também, por gentileza,
11:16falando de novo de exportações
11:18e a gente passa para a vertente da indústria.
11:23Bom, Mariana,
11:25o Vietnã,
11:27que é o segundo maior produtor de café,
11:29foi tarifado pelos Estados Unidos,
11:32a princípio,
11:33na ordem de 46%.
11:35Todavia,
11:37as exportações do Vietnã
11:39em natura
11:40para os Estados Unidos
11:42são pequenas.
11:44É alguma coisa da ordem
11:45de um milhão,
11:46um milhão e meio de sacas
11:47de café em grão.
11:48Então, muito pouco.
11:50Por outro lado,
11:51o México
11:52tem tarifa zero.
11:54Então,
11:55hoje,
11:55você tem um polo industrial
11:57significativo no México.
11:59Então,
12:00muito café,
12:01tanto do Vietnã
12:01quanto do Brasil,
12:03vai em natura
12:04para o México,
12:05também para outros países,
12:06mas principalmente
12:06para o México.
12:07e uma vez tornados
12:10em café solúvel,
12:12eles têm tarifa zero
12:13para os Estados Unidos.
12:14Então,
12:15nesse ponto,
12:16o México tem uma condição
12:16de vantagem.
12:18O Brasil
12:18não foi tão prejudicado,
12:20porque a tarifa de 10%
12:22também,
12:23ela se aplica
12:24para a Colômbia,
12:25para outros países.
12:26Então,
12:27não há um prejuízo
12:28muito grande.
12:29Mas,
12:29olhando o consumo mundial,
12:31em geral,
12:31e aí a gente cita
12:32a China,
12:33a China já passou
12:35a ter um hábito
12:36de tomar café.
12:37E esse hábito,
12:38ele vai ser cada vez
12:39mais frequente
12:41em todos os elos
12:43da população.
12:44Os jovens
12:45estão tomando café
12:47e mesmo as pessoas
12:48de mais idade
12:49estão tomando café.
12:51Eu,
12:51inclusive,
12:51estou iniciando
12:52uma viagem
12:53para a Ásia
12:54a partir do dia
12:5512 de maio
12:56e vou ficar
12:5730 dias na Ásia,
12:59começando exatamente
13:00pela China.
13:02Também vou ao Japão,
13:03vou à Indonésia,
13:05onde, inclusive,
13:06está o terceiro
13:07maior torrador
13:08de café do mundo.
13:10Sendo que o quarto
13:11torrador de café
13:12do mundo
13:13tem uma participação
13:15em torno de 60%
13:17do que tem o terceiro.
13:19Então,
13:19é um país
13:20para olhar com carinho,
13:21não somente ali,
13:22mas ele tem
13:23um eixo
13:25nos países árabes,
13:27na própria China também,
13:28interessante.
13:29Eu consumo
13:30nesses países,
13:32lembrando que a Ásia
13:33responde por uma
13:3450% da população
13:36mundial,
13:37e ali nós temos
13:38que começar a olhar
13:38também um pouco
13:39a Índia,
13:40talvez eu vá à Índia
13:41nessa viagem.
13:43Esses países,
13:45eles vão demandar
13:45uma produção
13:46muito grande
13:47e que o Brasil
13:48precisa estar preparado.
13:50Uma coisa
13:51que me preocupa
13:51um pouco
13:52é porque
13:53a gente reverbera
13:55muito
13:55que o Brasil
13:56tem tido
13:57problemas climáticos
13:58e queda
13:59de produção.
14:00A gente tem
14:00que tomar
14:01muito cuidado
14:01com isso,
14:02como eu falei,
14:03porque a gente
14:03vem exportando
14:04recordes.
14:05Quando o
14:06consumidor final,
14:08Europa,
14:09Índia,
14:10América do Norte,
14:12começa a escutar
14:13que o Brasil
14:14tem tido
14:15problemas de produção,
14:17algumas indústrias
14:18começam a direcionar
14:19recursos e recursos
14:21enormes
14:21para produzir café
14:23em outros continentes,
14:25principalmente
14:25África.
14:27Então,
14:27o nosso papel,
14:28mais do que dizer
14:29que temos problema,
14:30e problema a gente
14:31sabe que tem,
14:32é levar a mensagem
14:34que nós somos,
14:35sim,
14:36grande parte
14:36da solução
14:37capazes de produzir
14:39safras
14:40muito importantes
14:41através de ciência,
14:43tecnologia
14:44e a produtividade
14:46brasileira,
14:47ela cresce
14:48e vai aumentar
14:48bastante.
14:50Então,
14:50a safra 26,
14:5127,
14:53a correr
14:53as condições climáticas
14:54que aqui foram colocadas
14:56pelo nosso amigo
14:57Marco Antônio,
14:58elas prometem
14:59um possível
15:01recorde
15:02de produção
15:03brasileira
15:04de todos os tempos,
15:06ultrapassando
15:07o recorde
15:08de 2020,
15:10que foi da ordem
15:11de 70 milhões
15:12de sacas.
15:13Então,
15:15nós temos que parar
15:15um pouco
15:16com essa mensagem,
15:17ah,
15:17o acidente climático,
15:19nós temos que mostrar
15:19que nós somos capazes,
15:21sim,
15:21de atender
15:22market share.
15:23a Europa,
15:24como você colocou bem,
15:26sualizando um pouco
15:27mais a questão
15:28de a Iuriá,
15:29mas não abrindo mão,
15:31isso é muito importante,
15:32de área de não
15:34desmatamento,
15:35o Brasil,
15:35em função do Código
15:36Florestal,
15:37ele está numa
15:38condição de vantagem
15:40muito à frente
15:41dos demais
15:41competidores.
15:43Teve uma delegação
15:44do Espírito Santo,
15:45que esteve agora
15:46no Vietnã,
15:47inclusive o vice-governador,
15:49o secretário
15:50de agricultura,
15:51o maior banco,
15:53dos principais bancos
15:54do setor cooperativo,
15:56que é o Cicobi,
15:57financiou essa viagem
15:58e tiveram 11 pessoas,
16:00produtores importantíssimos
16:02do Espírito Santo,
16:03visitando o Vietnã,
16:05a convite da Vicofa,
16:07que esteve aqui
16:08no Espírito Santo,
16:09num evento
16:09que eu inaugurei
16:10há dois anos,
16:11quatro anos atrás,
16:12agora foi a segunda edição.
16:13Então,
16:14essa conexão
16:17que o Brasil
16:17está tendo,
16:18entender o que o mundo
16:19está fazendo,
16:20aquilo que nós
16:21precisamos melhorar,
16:22e nós precisamos melhorar
16:23muito,
16:24é a questão
16:24de parque logístico.
16:26E nisso,
16:26observem o que vai
16:27acontecer no Espírito Santo
16:28nos próximos anos.
16:30Tem três portos
16:31chegando aí,
16:32absorvendo os maiores
16:33navios do mundo.
16:34Todos esses portos
16:35estão aqui
16:36no Espírito Santo.
16:37Então,
16:37essa capacidade
16:38de entregar,
16:41porque eu ouvi
16:42e fiquei até
16:43meio triste
16:44num evento
16:44há dois anos,
16:45há um ano atrás,
16:46onde o CEO
16:47dos principais
16:48trades do mundo
16:49disse o seguinte,
16:51o Brasil
16:51produz muito,
16:53mas o Brasil
16:53infelizmente
16:54não está entregando
16:55logisticamente.
16:57Agora,
16:57nós vamos ter
16:58safras muito boas
17:00e nós vamos ter
17:01produto
17:02sustentável,
17:04com rastreadibilidade,
17:05desde o talhão,
17:06e uma coisa
17:07que eu demando
17:07muito do pessoal
17:08lá fora,
17:09vocês querem saber
17:10a origem
17:11do nosso café.
17:12e nós queremos
17:13que o consumidor
17:14saiba na embalagem
17:15final que ali
17:16é café do Brasil,
17:18não é café de Colômbia,
17:19não é café de México,
17:21não é café de Vietnã,
17:22porque,
17:23via de regra,
17:24nós já podemos
17:25por 35%
17:26do consumo mundial,
17:27mas muito consumidor
17:28ainda não sabe
17:29que Brasil
17:30produz café.
17:32Então,
17:32é isso que nós
17:33precisamos levar
17:33essa mensagem.
17:34A gente sabe
17:35que essa questão
17:35logística
17:36realmente é algo
17:37bem impactante
17:39para o setor,
17:41de tempos em tempos
17:42saem,
17:42inclusive,
17:42estudos falando
17:43do quanto
17:44que o gargalo
17:44dos portos
17:45realmente
17:46acaba afetando
17:48a cafeicultura.
17:50Agora,
17:50eu queria passar
17:51para a gente
17:52encerrar,
17:53para ouvir a questão
17:54também,
17:54a perspectiva
17:55da indústria
17:56sobre esse contexto
17:57global.
17:58Eu acho que é interessante
17:59a gente fazer essa conexão
18:00para quem nos assiste,
18:02do quanto que todo
18:02esse contexto global
18:04afeta ou não
18:05a indústria nacional.
18:06e acho que vale
18:07só colocar
18:08um pequeno comentário
18:10aqui,
18:10porque nos últimos dias
18:11a gente viu
18:11alguns supermercados
18:13inclusive já colocando
18:14grades
18:15nas gôndolas
18:16ali de café,
18:18os supermercados
18:19tentando fazer ali
18:21o que muitas vezes
18:21é feito no alarme
18:23da picanha,
18:24que as peças de picanha
18:25são colocadas no alarme,
18:26a gente está vendo isso
18:27para o café,
18:28que eu não sei
18:29se já aconteceu antes
18:30para mim,
18:30acho que é uma coisa
18:31inédita.
18:32Então,
18:33o quanto que
18:34esse comportamento
18:35dos mercados
18:36também,
18:36está atrelado
18:37a esse preço
18:38e a esse contexto global
18:40se você puder
18:41dar um pouco
18:41dessa perspectiva
18:43para a gente
18:43pela BIC,
18:44por gentileza.
18:46O café,
18:49ele tem toda
18:50essa importância
18:51por ele ser
18:52da cesta básica.
18:53O brasileiro,
18:5597% dos lares
18:58estão bebendo café
19:00e há muito tempo
19:01mantém esse número.
19:03E é impressionante
19:04que uma bebida dessa
19:05é capaz ainda
19:06de ter crescimento.
19:09No ano passado,
19:10de 2023 para 2024,
19:12nós crescemos
19:121,11%
19:14no consumo
19:15do Brasil.
19:16Então,
19:17por ser
19:17o café,
19:19esse agregador
19:22de família,
19:23além de ser alimento,
19:25tem toda essa importância.
19:26E não era comum,
19:27obviamente,
19:28ter um aumento
19:30desses
19:30nas prateleiras
19:31prateleiras
19:32e aí o consumidor
19:33sente.
19:34E é interessante,
19:35Mariana,
19:35porque quando a gente
19:36fala de café,
19:38todos chegam
19:39e pensam,
19:40não, mas o café,
19:41nós somos o maior
19:42produtor do mundo
19:43e por que o café
19:44está aumentando
19:45tanto o preço?
19:46O café é uma comodidade,
19:48é negociado em bolsas.
19:49Então,
19:50as mesmas regras
19:51de compra
19:52que nós aqui
19:53como industrial
19:54sofremos,
19:55todo o mundo
19:56sofre.
19:57É interessante
19:58esse ponto
19:58que o Márcio
19:59colocou,
20:01é que nós
20:02tivemos
20:03alguns momentos
20:04restrições
20:05para com a compra
20:06do café
20:07internamente,
20:08mas nunca
20:09faltou café
20:10para a indústria
20:11brasileira.
20:12Não é por causa
20:13da exportação
20:14que o café
20:15está mais caro.
20:16É com toda
20:17uma contextualização
20:18que nesse momento
20:20está acontecendo
20:21que fazem com que
20:23esse café,
20:24o preço do café
20:25chegue a esse ponto.
20:27Nós, Mariana,
20:28sempre tínhamos
20:28um tripé
20:29que a gente
20:30falava de fundamentos,
20:32que era sempre
20:32a produção,
20:33o consumo
20:34e o dólar.
20:35Mas o mundo
20:36ficou mais globalizado,
20:37como você bem falou.
20:39É óbvio
20:39que a grande
20:40preocupação
20:41não é só
20:42com o mundo,
20:43não é só
20:44com o Brasil,
20:44mas com o mundo.
20:45Quando a gente
20:46fala de barreiras
20:47sanitárias,
20:47seja fatores
20:49tarifários
20:50e não tarifários,
20:52essas barreiras
20:53comerciais
20:53podem levar
20:55a uma recessão,
20:56podem levar
20:56a uma inflação
20:57e podem também
20:57fazer com que
20:58haja
20:59menos consumidores
21:01por falta
21:02justamente
21:03de possibilidade
21:05financeira.
21:06Existem outros fatores
21:08como o geopolítico
21:09que também
21:10acaba causando
21:12problemas
21:13no preço,
21:14porque
21:14algumas rotas
21:16marítimas
21:17acabam sendo
21:17prejudicadas
21:18e também
21:19se afeta
21:19diretamente
21:20no preço.
21:21E,
21:21como o Márcio
21:22bem falou
21:22no início,
21:23as intervenções
21:24dos fundos,
21:26que são
21:27especulativos
21:27e isso faz
21:28com que também
21:29os preços
21:30podem vir
21:32a subir.
21:34É importante
21:34dizer que a gente,
21:35óbvio,
21:36que fica preocupado
21:37com os Estados Unidos,
21:38por exemplo,
21:39mas é importante
21:40dizer que o maior
21:41consumidor do café
21:42brasileiro
21:43é o brasileiro.
21:45Nós consumimos
21:4622 milhões
21:47de sacas.
21:49Os Estados Unidos,
21:50o maior
21:50importador nosso,
21:52mas são 8
21:52para 9 milhões
21:54de sacas.
21:55Então,
21:56vamos entender
21:57que aqui no Brasil
21:58nós temos
21:59uma grande produção
22:01fantástica,
22:02cada vez melhor,
22:03mas também
22:03temos um consumo
22:05qualificado.
22:07O Brasil,
22:07Mariana,
22:08é o único país
22:09que é capaz
22:10de dizer
22:11para o consumidor
22:12que ele é respeitado
22:13com o seu bolso
22:14e com a sua escolha.
22:16Nós temos cafés
22:17para todos os tipos.
22:18O tradicional
22:19é o extraforte,
22:20o gourmet,
22:20o suco.
22:22Opa,
22:23tivemos um problema
22:24de sinal
22:25com o Celírio.
22:27A gente pode voltar
22:28com ele
22:28para concluir
22:29logo em seguida,
22:31mas eu vou aproveitar
22:32então para falar
22:33um pouquinho
22:33sobre essa questão
22:34de como que realmente
22:36a produção brasileira
22:38ela é não só
22:39reconhecida internacionalmente,
22:41mas como o brasileiro
22:42aqui tem visto
22:43cada vez mais
22:44esse valor
22:45no grão
22:46nacional.
22:47inclusive em diferentes
22:48regiões,
22:49né?
22:49Antigamente o café
22:50era conhecido ali
22:51por Minas Gerais,
22:53São Paulo,
22:54o Espírito Santo
22:54começou a ganhar
22:55cada vez mais notoriedade,
22:57a gente começou também
22:58a olhar para cafés
22:59na Amazônia,
23:01a expansão do café
23:02em Rondônia
23:02também é muito interessante
23:04de observar,
23:06variedades diferentes,
23:07uma ciência,
23:08né?
23:09Para cultivares
23:11ali da região.
23:12então é muito bom
23:14poder saber
23:15que o brasileiro
23:16de alguma forma
23:17de acordo com a indústria
23:18está olhando
23:19para essa valorização
23:20também.
23:21Vou aproveitar
23:22então aqui
23:23essa deixa
23:23para te agradecer,
23:25Márcio,
23:26pelas explicações
23:27em relação
23:27a essa,
23:29toda essa,
23:30esse contexto global
23:31que o Secafé
23:32tem feito
23:33dentro disso.
23:34Boa viagem,
23:35já que você comentou
23:36que vai para tantos países
23:37e eu espero
23:38encontrá-lo
23:39numa próxima oportunidade
23:41aqui para você trazer
23:42boas novidades,
23:43boas notícias
23:44após essa jornada
23:45aí na Ásia.
23:48Mariana,
23:48obrigado
23:49e só colocando
23:51realmente
23:52o hábito
23:52de tomar café,
23:54cafés diferenciados
23:55pelo público brasileiro
23:57tem sido fantástico.
23:59Isso é fruto
23:59de muito respeito
24:01de todos os erros
24:01da cadeia cafeeira,
24:03desde a produção,
24:04governamental,
24:05a questão também
24:06do setor privado
24:07incentivando
24:08cada vez
24:09cafés melhores.
24:11O Brasil
24:11que não entregava
24:13café na Bolsa
24:13de Nova Iorque
24:14porque era
24:15com qualidade inferior,
24:16hoje ele tem
24:18talvez assim
24:18a maior participação
24:20nos estoques
24:20de cafés certificados
24:22que atesta
24:23o nível de qualidade
24:24nosso.
24:25Todos os países
24:26produtores,
24:27Colômbia,
24:28Vietnã,
24:29México,
24:30importam
24:30cafés brasileiros.
24:32Então,
24:32passo a bola
24:33para o Celírio
24:34que está voltando.
24:35o consumidor
24:37brasileiro
24:37realmente
24:38tem o privilégio
24:39de tomar
24:40os melhores cafés
24:41do mundo
24:41hoje em dia.
24:42Muito obrigada,
24:43Viu.
24:43Eu vou aproveitar
24:45aqui para me despedir
24:46de vocês
24:46então na tela cheia.
24:48Te agradeço,
24:49agradeço
24:50o Secafé,
24:51agradeço a Bic
24:52pela disponibilidade
24:53de conversarem
24:54com a gente
24:54e espero contar
24:55com vocês
24:56em outras ocasiões
24:57para trazer
24:57boas novidades
24:59para a gente
24:59sobre a cafeicultura.
25:01Muito obrigada
25:02pelas explicações.