O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Brasil vai se colocar à disposição da China para substituir os frigoríficos dos Estados Unidos no fornecimento de carne bovina. A declaração ocorre em meio ao aumento das restrições impostas pelos chineses aos produtos americanos, abrindo espaço para que o Brasil amplie sua participação no comércio internacional do setor.
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NotíciasTranscrição
00:00Eu quero trazer um outro tema também, o ministro Carlos Fávaro afirmou que o Brasil vai se colocar à disposição da China
00:06para substituir os frigoríficos dos Estados Unidos no comércio de carne bovina.
00:10O André Anelli vai trazer as informações para a gente.
00:13Essa expansão também poderia incluir o Japão, ou seja, é o Brasil querendo tomar conta de parte do mercado que foi conquistado pelos Estados Unidos
00:22e que diante da guerra tarifária poderia abrir oportunidades aqui para os nossos produtores, Anelli. Conta aí.
00:30É exatamente isso, Evandro. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em reunião com outros ministros da Agricultura pelo planeta,
00:40acabou então dizendo que o Brasil busca realmente suprir essa lacuna que foi deixada pelos Estados Unidos com a guerra tarifária
00:49e que proporcionou à China a desabilitar 395 plantas frigoríficas dos Estados Unidos.
00:56A partir dessa informação, o ministro da Agricultura afirmou que o Brasil agora quer preencher esse espaço
01:04e que inclusive já está em tratativas com a China para essa finalidade e acabar então sendo um fornecedor de carne bovina também para esse país asiático.
01:13Há dias atrás, nas proteínas bovinas, nas carnes bovinas, o governo chinês deixou de habilitar 395 plantas.
01:25Quer dizer, alguém vai precisar fornecer essa carne que era fornecida pelos norte-americanos.
01:30O Brasil se apresenta com muita vontade e capacidade e tenho certeza que vamos saber ocupar esse espaço e ser o grande fornecedor.
01:41E nessa mesma oportunidade, logo depois do encontro então com outros ministros da Agricultura,
01:50Carlos Fávaro disse que não apenas a China, mas também todo o bloco asiático é o foco do Brasil,
01:56como por exemplo, Japão, também para fornecer carne bovina e também outros produtos que eventualmente sejam de interesse desses países.
02:07Por óbvio, isso nos motiva ainda mais ao fortalecimento deste bloco geopolítico.
02:15A afronta, neste momento, por parte do governo norte-americano e um protecionismo sem precedentes,
02:26criando barreiras tarifáricas, certamente nos induz ao fortalecimento do bloco
02:33e buscarmos nisso então as oportunidades, aquilo que cada país membro do bloco tem de potencialidade, traz à mesa.
02:39Mesmo com esse discurso, a China, que é então o maior mercado consumidor do oriente,
02:50acaba então sendo o principal alvo do governo brasileiro,
02:54principalmente por conta então dessa desabilitação em massa de plantas frigoríficas que foi feita nos últimos dias.
03:02395 frigoríficos americanos não podem mais exportar para a China por conta dessa guerra tarifária promovida por Donald Trump
03:10e a partir de então a expectativa é que já na terça-feira, na semana que vem,
03:16autoridades alfandegárias chinesas conversem com autoridades brasileiras no sentido de alinhar questões técnicas
03:24para então começar a viabilizar toda essa exportação que deve ser suprida pelo Brasil.
03:31Evandro.
03:32Muito obrigado, Andréa Nelly. Bom trabalho para você.
03:34Gustavo Segre, você já comentou isso em outras edições,
03:37quando a gente começou a falar da situação que envolveria a guerra tarifária,
03:41que ela poderia trazer oportunidades para o Brasil.
03:44Está aí. A gente está vendo a primeira relacionada à exportação de carne.
03:47Você acha que pode funcionar bem?
03:49Pode, claro que pode. Lógico que pode.
03:51Agora, o Brasil vai ter um desafio, porque tem alguns cortes de carne que estão aumentando o preço no Brasil.
03:58Se você tiver uma rentabilidade maior na exportação que no mercado doméstico,
04:03obviamente, aí não tem amigo do poder não, aí não tem amigo do governo,
04:07não tem nenhuma empresa que possa conseguir emprego no BNDES.
04:11Dinheiro é dinheiro.
04:13E se for a rentabilidade maior, então vai dispor mais oferta para exportação do que oferta para o mercado doméstico.
04:20Isso pode elevar o preço aqui também.
04:23Mas que é uma oportunidade...
04:25Bom, eu lamento que alguns dos ministros e pessoas do alto escalão do governo não assistam 3 em 1.
04:30Estariam uma semana, desde essa adiantada, o que vai acontecer.
04:35Ô Alangani, você acha que a situação poderia ser parecida com a que aconteceu com o café?
04:39Porque houve quebra de safra em outros países importantes fornecedores de café para o mundo, como o Vietnã.
04:45E aí o Brasil vem e é mais demandado.
04:48A partir disso, as exportações aumentam, mas naturalmente o preço do café sobe aqui no país.
04:53É preciso ter um cuidado, porque o preço da carne é algo muito delicado, principalmente para esse governo.
04:59Porque lá atrás houve promessa de picanha acessível.
05:04Tudo bem que poderia não ser a picanha especificamente,
05:07mas que carnes mais nobres pudessem ser adquiridas por uma parcela maior da população.
05:11E agora, porque o produtor também que estaria habilitado, ou os frigoríficos,
05:16não deixariam de montar nesse cavalo que está passando.
05:21Exatamente, Evandro.
05:22Concordo absolutamente com o que o Segret trouxe.
05:25Evidentemente que vai ocorrer um aumento das exportações,
05:29como você também bem pontuou, diminui a oferta interna.
05:32Agora, qual seria o remédio para isso?
05:35Eu sei que intervenção do governo, nem pensar.
05:38Porque daí você vai gerar distorções de preço.
05:41Agora, é tentar, de alguma maneira, elevar essa produtividade aqui dentro do Brasil
05:47para que a gente consiga atender os dois mercados.
05:49Ou seja, o aumento da demanda do mercado externo
05:53e também conseguir atender a nossa população aqui dentro.
05:58De qualquer modo, mesmo que haja um aumento de preço,
06:01o benefício do Brasil exportar mais, gerar mais renda,
06:05ainda é superior a, eventualmente, um aumento dos preços internamente aqui no Brasil.
06:12José Maria Trindade, como é que você avalia a maneira como o Ministério da Agricultura
06:15vai lidar com essa situação e reunir aí produtores e frigoríficos que estejam habilitados pela China?
06:21Porque a gente está falando de quase 400 plantas que deixaram de ser habilitadas
06:25nos Estados Unidos por conta dessa, digamos, retaliação à guerra tarifária
06:31que está sendo proposta por Donald Trump.
06:33O Brasil, quando questionado sobre essa situação, sobre se ele conseguiria suprir tudo,
06:39o ministro falou, olha, é preciso também tomar cuidado, a gente precisa avaliar,
06:43porque a gente está falando de uma quantidade muito grande, né?
06:46Quase 400 frigoríficos são um número bastante expressivo.
06:50Como é que se acredita que essa organização será feita também em diálogo com os produtores aqui do país?
06:56Pois é, esses negócios são fechados de empresas privadas para empresas privadas,
07:03mas o governo tem que ser facilitador, tem que abrir caminhos.
07:07E é o que o ministro Favro está continuando fazendo, porque todos esses mercados foram abertos lá atrás,
07:13pela ex-ministra Tereza Cristina.
07:16Ela fez um trabalho muito importante, visitas, definiu meios aqui no Brasil, regras, né?
07:23É preciso regras, é preciso garantias e credibilidade.
07:27Credibilidade é a palavra-chave em se tratando de economia aberta, liberal e comércio.
07:33Eu fiquei surpreso com um dado novo de Minas Gerais, o governador Romeu Zema,
07:40mostrando que, pela primeira vez na história, Minas Gerais exporta mais produtos agropecuários
07:47do que minérios, do que o aço.
07:50Isso sempre faz a cara da exportação de Minas Gerais.
07:52Esse dado me surpreendeu, para você ter uma ideia de como o agro cresceu.
07:57E o mais interessante, que eu recebi informações de que nós, Brasil, não, Zé Maria,
08:02temos um braço forte nos Estados Unidos de produção de proteína e elaboração, né?
08:08Os JBL, o Wesley, como diz aqui o Brasil, os Wesley, Wesley, Wesley, os donos da JBS, né?
08:17Eles compraram plantas importantes nos Estados Unidos.
08:23Eles centralizaram o mercado aqui no Brasil, compraram várias plantas e centralizaram,
08:29e foram para os Estados Unidos comprar o Swift e outras três grandes marcas lá.
08:34Então, eles, ou seja, o produto brasileiro que ia para os Estados Unidos e depois industrializado e exportado,
08:41isso aí vai sofrer também uma dificuldade.
08:44Mas é um caminho novo, né?
08:46Um mercado novo e que todos os países estão entendendo,
08:50que não se pode exportar tudo para um país só e tem que diversificar a planta.
08:56E é isso que o Brasil está fazendo e, evidentemente, a China não quer ficar refém no Brasil.
09:01Então, haverá um balanço nesse nível.
09:05Olha, o Trump mudou a ordem mundial, não é só econômica não, política, social e tudo.
09:11Fala o seu Felipe Monteiro.
09:14Ocine, primeiro que eu discordo que o Gani colocou aqui, né?
09:17Porque o Gani fala que o Estado não deveria intervir na economia em relação à questão da carne
09:22e em relação à agricultura e agronegócio em geral.
09:24É bom lembrar que o Estado já intervém na agricultura.
09:26O plano safra destina 63 bilhões de reais na agricultura ano passado.
09:33E essa tendência é expandir.
09:35Ou seja, agronegócio no Brasil depende muito do governo também.
09:40Outro ponto que o governo, infelizmente, não andou e deveria andar,
09:43todo o lugar do mundo, o seguro rural, quem patrocina é o governo.
09:47No Brasil não existe seguro rural bem consolidado e bem definido, infelizmente.
09:52Então, o governo tem muito o que fazer.
09:53Se tivesse seguro rural governamental, com toda certeza o custo da produção dos alimentos
10:02diminuiriam também.
10:03E tem outro fator que eu falo toda hora sobre a agricultura.
10:07Se o governo tivesse preparado para abastecer o comércio exterior e o interno,
10:13a gente não teria esse problema que o Segredo colocou.
10:15Claro que se a procura externa aumentar, o preço dos alimentos aumentariam também,
10:20da carne aumentaria também.
10:21Então, o governo tem que aumentar a produção de alimentos de carne.
10:27E como faria isso?
10:28Além da produtividade que o Gani colocou aqui, também tem um fator.
10:31O Brasil tem mais de 60% das terras improdutivas.
10:35Então, nós temos...
10:36Desculpa, degradadas, não improdutivas.
10:39Degradadas, degradadas.
10:40Então, nós temos que recuperar essas pastagens degradadas do Brasil.
10:44Recuperando as pastagens degradadas do Brasil, teremos 60% de terra a mais para a produção de alimento
10:50e para também a produção de carne.
10:54Mas o problema é que esse governo e os anteriores não olharam para a questão das pastagens degradadas
10:59como um problema real.
11:00Então, o governo tem muito o que fazer para ajudar esse cenário de não ser influenciado
11:08por conta do preço externo para a falta e aumento de alimentos no Brasil.
11:13Não, Pepe, é só uma observação.
11:15Quando eu falo interferência do governo, eu não estou dizendo em relação ao plano safra,
11:20mas eu estou dizendo em relação ao controle de preços, né?
11:24Que de vez em quando surgem esse tipo de ideia que daí seria desastroso.