É no processo de “arqueologia pessoal”, que se apresenta através das brechas da vida, que a cantora Rita Lee mostra o que todos veem, de uma maneira que ninguém jamais viu: Rita poeta, compositora, instrumentista, escritora, eremita e musa. A vida pessoal de Rita e seu processo criativo são desvendados, revelando, assim, seu talento musical e sua capacidade de metamorfose no palco. A própria Rita guia a narrativa em entrevistas concedidas durante toda a sua carreira e depoimentos recentes e inéditos.
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00:00Nunca fui um bom exemplo, mas eu sou gente boa.
00:04Bate em mim se você não concordar.
00:07Você lança, menina, lança todo esse perfume.
00:11Esparatina, não dá pra ficar um rune.
00:16Eu fui pra Londres e passei uma rena.
00:19Fiquei com o cabelo fogo.
00:21Foi um marco eu mudar de loura pra rua.
00:24Um sol na cabeça.
00:26O que você acha de que eu chamasse a mulher do futuro?
00:31Proqueira, alegre, idade indefinida.
00:34Eu sou um pouco de tudo isso que você falou.
00:36É, né?
00:43Na véspera do show, a cantora percorreu todas as rádios da cidade.
00:47Mas Rita Lee não faz sucesso.
00:50Eu me levantei da mesa, falei que eu vou fumar um baseado no banheiro.
00:58E eu já tô de saco cheio de vocês.
01:00Até logo, passe bem, vamos.
01:02Mas põe os fãs de proibidão aí.
01:13Já que seu pai e sua mãe não deixam, eu deixo.
01:16Tropicuba, Tropicuca, Tropicumbia, Tropicolombia.
01:23Aquela louca.
01:24Vem a Vila Mariana.
01:25Eu vou me casar com a Bica Márcia.
01:30Esse é o Rob.
01:31O cara mais homem que eu conheci.
01:33A fase mais feliz da minha vida é agora.
01:36Eu tô serena.
01:39E bateu um sininho até.
01:40Não tô serena?
01:42Também acho que eu tô serena.
01:44É sério.
01:46Dia 22 de maio.
01:50Adiós.