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DiversãoTranscrição
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00:01:00Guia-me pelas veredas da justiça por amor ao seu nome.
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00:02:06Versão Brasileira Bravo Studios
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00:02:59As FITAS
00:03:01Eu tinha um inquilino naquela casa
00:03:03que era uma pessoa horrível
00:03:05Nesta casa acharam as fitas de Poughkeepsie
00:03:09Antes de encontrarmos as fitas de Poughkeepsie
00:03:11Leonardo Schway, agente do FDI
00:03:13Bom, nós sabíamos dos assassinatos
00:03:15e estávamos cientes de que alguns
00:03:17pareciam ter sido premeditados e organizados
00:03:19mas
00:03:21antes de conseguirmos as fitas
00:03:23não fazíamos ideia do que estávamos lidando
00:03:27A menor ideia
00:03:29Meu trabalho era assistir e registrar
00:03:31todas as 2.400 horas de gravações de Poughkeepsie
00:03:34No primeiro mês eu não consegui dormir por mais de uma ou duas horas por noite
00:03:38Eu ainda tenho pesadelos com elas
00:03:40Acho que...
00:03:41Celton Lewis, perito do FBI
00:03:43E acho que essas fitas são uma espécie de pornô amador
00:03:49ou uma lembrança para ele guardar depois do assassinato
00:03:52Ele com certeza parava no meio de muitos assassinatos
00:03:56para trocar as fitas
00:04:00Eu me lembro de uma noite que levei algumas fitas para casa
00:04:03para continuar trabalhando
00:04:05e sem o meu conhecimento
00:04:07minha esposa assistiu
00:04:09uma hora e meia dessas fitas
00:04:11e...
00:04:12e...
00:04:13ela só deixou que eu a tocasse depois de um ano
00:04:17É isso que tem nessas fitas
00:04:19Encontraram as fitas
00:04:21Encontraram as fitas neste armário
00:04:25E aqui embaixo
00:04:27já sabem
00:04:28Quando vasculhamos o quintal
00:04:31encontramos o corpo de duas mulheres
00:04:33ali
00:04:34e ali
00:04:36Encontramos um buraco fundo aqui
00:04:38onde estavam enterrados um casal jovem e seu bebê de dez meses
00:04:41Encontramos o corpo de um homem ali
00:04:43e outras quatro mulheres
00:04:45ali
00:04:46ali
00:04:47ali
00:04:48ali
00:04:49e ali
00:04:50E era evidente
00:04:52que todos tinham sido mortos de forma brutal
00:04:59Aqui está um conjunto completo de fitas
00:05:02e só para vocês terem uma ideia
00:05:04mais ou menos
00:05:06daqui
00:05:07Até aqui
00:05:16São todas sobre Sherry Dempsey
00:05:19Quando as pessoas pensam em assassinos em série
00:05:21lembram de quatro ou cinco nomes
00:05:23Ted Bundy
00:05:25Dunmer
00:05:26Gacy
00:05:27etc
00:05:28Mas o que a maioria não sabe
00:05:30é que existem muitos outros
00:05:32Geralmente há algo em torno de vinte e cinco
00:05:36a cinquenta assassinos em série
00:05:38ativos
00:05:39só nos Estados Unidos
00:05:41é
00:05:42de fato
00:05:44um problema muito maior do que as pessoas imaginam
00:05:47Provavelmente
00:05:48há horas e horas de gravações que ninguém assistiu além de mim
00:05:52tipo
00:05:53por exemplo
00:05:54tem
00:05:55umas cem horas de esquisitices com balões nessas fitas
00:06:02e
00:06:04assim
00:06:05é
00:06:06assim
00:06:07é
00:06:23assim
00:06:24isso
00:06:29agora estou aí
00:06:30o que
00:06:31o que
00:06:32anda
00:06:43parte 2
00:06:44primeiro sangue
00:06:45se eu aprendi alguma coisa dando essas aulas foi isso
00:06:49Mike Mowakes
00:06:50depois do que veremos aqui hoje
00:06:53três de vocês vão pra casa hoje à noite
00:06:56e vão perceber que isso não é o que querem fazer da vida
00:06:59existem pessoas muito cruéis nesse mundo que fazem coisas horríveis que vocês nem imaginam
00:07:06então é importante que cada um de vocês se pergunte
00:07:12será que eu quero mesmo ficar no meio dessas coisas horríveis pelo resto da minha vida profissional?
00:07:19e tudo bem se não quiserem
00:07:25acho que deve ter acontecido alguma com ele naquela época
00:07:30ele se meteu numa briga perdeu o emprego
00:07:32foi deixado pela esposa ou algo assim
00:07:35aí
00:07:36ele sair de carro e em algum momento deve ter pensado
00:07:39o próximo que aparecer na minha frente está morto
00:07:42ele está morto
00:07:43ele está morto
00:07:44ele está morto
00:07:45ele está morto
00:07:46ele está morto
00:07:47ele está morto
00:07:48ele está morto
00:07:49ele está morto
00:07:50ele está morto
00:07:51ele está morto
00:07:52ele está morto
00:07:53ele está morto
00:07:54ele está morto
00:07:55ele está morto
00:07:56ele está morto
00:07:57ele está morto
00:07:58ele está morto
00:07:59ele está morto
00:08:00ele está morto
00:08:01ele está morto
00:08:02ele está morto
00:08:03ele está morto
00:08:04ele está morto
00:08:05ele está morto
00:08:06ele está morto
00:08:07ele está morto
00:08:08ele está morto
00:08:09ele está morto
00:08:10ele está morto
00:08:11ele está morto
00:08:12Amém.
00:08:42Amém.
00:08:48Oi.
00:08:54Gostei das suas bonecas.
00:08:58Eu disse que eu gostei das suas bonecas.
00:09:02Qual o nome daquela?
00:09:04Suzy, eu não devo falar com estranhos.
00:09:07Mas você também não precisa ser mal educada.
00:09:15Quer saber?
00:09:17Se eu fosse o lobo mau, você não teria saído.
00:09:24Quer falar alguma coisa para a câmera?
00:09:26Tipo o quê?
00:09:28Não sei. Talvez...
00:09:31Talvez você pudesse dizer...
00:09:33Eu sou uma garotinha linda e feliz.
00:09:37Não.
00:09:40Quer ver como as coisas ficam na câmera?
00:09:43Não.
00:09:44Olha.
00:10:07Eu estava Appe��, McEach...
00:10:08Eu estava�indo para passar a câmera.
00:10:10Eu estava vendo que ela tinha circuncada na cabeça.
00:10:13Eu estava em casa.
00:10:18Eu estava em casa.
00:10:23Eu estava em casa.
00:10:24Ela estava em casa.
00:10:26Eu estava em casa.
00:10:28Eu estava em casa.
00:10:30O Walter Kankler, policiado.
00:11:00Gravação da ligação para a emergência.
00:11:21Cintia e Joe...
00:11:22É claro que não dá para superar uma coisa dessas.
00:11:24Você acha que a dor vai diminuir e...
00:11:29E...
00:11:31E...
00:11:33E passar.
00:11:36Mas não passa.
00:11:38Não mesmo.
00:11:39Sangue, pegadas.
00:11:40Que tipo de desgraçado doente estupro uma garotinha?
00:11:44Ela era só uma criança.
00:11:46Ela tinha só oito anos.
00:11:48Desculpa.
00:11:49Está tudo bem.
00:11:52Não é culpa sua.
00:11:57Isso não é nada.
00:12:00Ele ainda nem sabia o que estava fazendo.
00:12:01Parte 3.
00:12:06Aprimorando.
00:12:10Oi, o que foi?
00:12:11Problema com o carro?
00:12:12É.
00:12:13Essa lata velha só me deixa na mão.
00:12:14Vocês podem...
00:12:16Sei lá, me dar uma carona até a cidade mais próxima?
00:12:18Claro, tranquilo.
00:12:19Entra aí.
00:12:19Vocês se importam se eu filmar?
00:12:31É que eu estou registrando a minha viagem.
00:12:34Fica à vontade.
00:12:36Olha, amor.
00:12:37Vamos ficar famosos.
00:12:43Qual é o seu nome?
00:12:44Ed.
00:12:45Ed.
00:12:46Ed, eu sou o Frank e essa é a Janet.
00:12:48Oi.
00:12:54Se você entrar na próxima rua, pode me deixar no posto de gasolina, por favor?
00:13:00Tá bom.
00:13:13Ele fica à direita, tá?
00:13:14É só alguns quilômetros da estrada.
00:13:17Beleza.
00:13:18Você é daqui?
00:13:21Na verdade, não.
00:13:25De onde você é?
00:13:28Eu acho que o posto fica ali na esquina.
00:13:31Ai, meu Deus.
00:13:55Ai, meu Deus.
00:13:58Ai, meu Deus.
00:13:59Um casal de Pukipsi desapareceu no final de semana e aparentemente não deixou vestígios.
00:14:27Mas familiares dizem não ter notícias de Frank e Janet Anderson desde que eles deixaram Pittsburgh na sexta passada.
00:14:33As autoridades ainda não têm nenhuma pista sobre o paradeiro do casal.
00:14:36Esse homicídio mostra um novo tipo de assassino.
00:14:40Não sobrou quase nada daquela impulsividade que ele demonstrou com Jennifer Gorman.
00:14:46Aqui está um homem que descobriu que é bom em alguma coisa.
00:14:50Imaginem como deve ter sido.
00:14:52Do banco de trás, ele pegou um pano com algum tipo de substância química com a mão direita e assim cobriu a sua boca.
00:15:01E segurando a câmera com a mão esquerda, ele esticou o braço e filmou o rosto dela assim.
00:15:08Isso não é o tipo de coisa que simplesmente acontece.
00:15:11Ele deve ter praticado esse movimento exaustivamente.
00:15:14O carro dele estava parado no acostamento.
00:15:18Ele sabia onde era o posto mais próximo.
00:15:20E sabia que ficava a dois ou três quilômetros da estrada.
00:15:24E ele sabia que o caminho entre a estrada e o posto de gasolina era isolado.
00:15:29Na verdade, o posto estava abandonado.
00:15:33E aposto que ele também sabia disso.
00:15:36E ele já tinha arranjado uma desculpa para a câmera.
00:15:38Este homem é o que chamamos de assassino misto.
00:15:44Ele planeja e esconde os crimes de forma organizada.
00:15:48Mas ele mutila e faz coisas com os corpos do jeito que um assassino desorganizado faria.
00:16:04Acorda.
00:16:07Acorda.
00:16:08Anda, acorda.
00:16:11Acorda.
00:16:12Eu tenho uma surpresinha para você.
00:16:17Acorda.
00:16:19Acorda.
00:16:21Acorda.
00:16:23Acorda.
00:16:26Acorda.
00:16:29Acorda.
00:16:33Você vai adorar isso.
00:16:36Oi.
00:16:38Eu sei.
00:16:42Eu sei.
00:16:56É, eu sei
00:17:00A busca pelo casal desaparecido de Pukips teve um desfecho trágico
00:17:05Quando restos humanos foram encontrados enterrados numa área rural da Pensilvânia
00:17:09Eles trouxeram o corpo de uma mulher completamente mutilado
00:17:13O cadáver tinha uma cabeça na região abdominal
00:17:17Parecia um tipo de ritual bizarro
00:17:20Eu examinei o crânio
00:17:21As extremidades superiores das órbitas oculares eram lisas
00:17:25E a cavidade crâniana era rígida com marcas musculares bem evidentes
00:17:28Eu disse, é a cabeça de um homem no corpo de uma mulher
00:17:31Trata-se de dois assassinatos e não um
00:17:33Depois de conversar com amigos e familiares
00:17:36Podemos afirmar que os Anderson estavam voltando de Pittsburgh para Pukips, onde moravam
00:17:42Essa distância é de mais ou menos 564 quilômetros
00:17:47O interessante a respeito dessa rota é que só existem dois caminhos lógicos para seguir
00:17:53Nas melhores condições, com o tanque cheio e sem reabastecer
00:17:56Aquele modelo de carro só consegue percorrer a 320 quilômetros
00:17:59Mais provavelmente 240
00:18:00Bom, nós saímos daquele ponto da estrada e percorremos 320 quilômetros nas duas direções
00:18:06Paramos em todos os postos de gasolina no caminho
00:18:09E pedimos para ver as gravações das câmeras de segurança naquele dia
00:18:13Deu trabalho
00:18:16Mas foi assim que conseguimos finalmente a primeira imagem do nosso assassino
00:18:20O que ele está fazendo com a mão?
00:18:36Fazendo sinais
00:18:37Exatamente
00:18:38Alguém sabe o que ele está dizendo?
00:18:41Casa Vermelha
00:18:42Muito bem
00:18:44Bom, encontramos o segundo corpo num bosque atrás de um lugar chamado Taberna da Casa Vermelha
00:18:51A uns 5 quilômetros dali
00:18:53Mas o que vocês precisam ter em mente é o seguinte
00:18:56Ele sinalizou isso
00:18:58Antes de conhecer os Anderson
00:19:01O fator tempo é essencial em qualquer investigação
00:19:05Mas principalmente num assassinato
00:19:07Se encontrarmos uma cena de crime recente
00:19:10Teremos muito mais informações para analisar do que em um esqueleto
00:19:16Muitas vezes os assassinos que evitam ser identificados, capturados
00:19:20São excepcionalmente bons em descartar corpos
00:19:23O assassino documentado nas fitas de Poughkeepsie
00:19:27É muito, muito bom nisso
00:19:30Ele não só sabe como se livrar dos corpos
00:19:33Como sabe fazer isso de várias maneiras diferentes
00:19:37Elizabeth Jackson foi sequestrada no condado de Hanson
00:19:40Que fica a uns 160 quilômetros do local onde as fitas foram encontradas
00:19:44O assassino usou uma serra circular para cortar a cabeça e as mãos da vítima
00:19:48Depois ele jogou o torso no condado de Putnam
00:19:52E a cabeça e as mãos no condado de Broome
00:19:55Quando alguém descarta o corpo dessa forma
00:19:57É quase impossível juntar todas as partes
00:19:59Porque mesmo que os condados se comunicassem
00:20:02Ou o que não acontece
00:20:04Mas mesmo que isso acontecesse
00:20:06Poderia levar uns 5 anos para encontrar a cabeça
00:20:10E o torso de um corpo nesse estado
00:20:13Quando eu vi aquilo eu pensei
00:20:15Tá bom
00:20:16Nós temos um assassino que entende de burocracia
00:20:19Os assassinos não costumam planejar o seu primeiro esquartejamento
00:20:29Eles têm um cadáver em casa
00:20:31E precisam se livrar dele
00:20:32Então eles vão até a garagem
00:20:34Pegam um serrote
00:20:35E levam algumas horas para cortar a cabeça
00:20:37Aí da próxima vez
00:20:40Eles compram uma serra melhor
00:20:41Antes de matar alguém
00:20:42Porque isso facilita um pouco o trabalho
00:20:44E se o cara realmente quer ser um assassino
00:20:50Ele vai comprar uma serra de verdade
00:20:52Então eles vão querer uma coisa que corte
00:20:56De forma rápida e fácil
00:20:58E depois eles nunca voltam para o serrote
00:21:02Exceto esse cara
00:21:04Ele fez isso várias vezes
00:21:06Às vezes ele usava uma serra circular
00:21:08Outras vezes um serrote
00:21:10Esse foi um dos motivos que nos impediu de associar os assassinatos
00:21:13Esse pode ser o objetivo dele
00:21:17Mas depois de tanto esforço para mascarar as mortes
00:21:19A gente no FBI
00:21:20Ele mostrou nas fitas todos os detalhes das mortes
00:21:23Eu acho que ele só queria que alguém
00:21:26Reconhecesse o quanto ele era bom naquilo
00:21:28E achou que talvez nós ficaríamos impressionados com aquilo
00:21:32Você ficou?
00:21:36Não
00:21:36Depois de ver o que ele fez com a Cheryl Dempsey
00:21:39Eu não senti mais nada
00:21:41Além de desprezo por esse cara
00:21:42Parte 4
00:21:44Cheryl Dempsey
00:21:45Não
00:21:48Tire, tá?
00:21:50Tire
00:21:50Tire
00:21:55Tire
00:21:57Tire
00:21:58Tire
00:22:06Foi muito legal
00:22:19Eu devia ter ido com você, a festa estava horrível
00:22:22Eu quero que meus pais viajem logo, minha mãe está me enchendo o sal
00:22:26Quanto tempo eles vão ficar fora?
00:22:28Uma semana
00:22:29Eles viajam na quarta, né?
00:22:32É
00:22:32Legal
00:22:36O que?
00:22:37O que?
00:22:40Tinha?
00:22:41O que?
00:22:42Você tem pressentimentos?
00:22:45Como assim?
00:22:47Tipo, você sente que alguma coisa vai acontecer?
00:22:51É, às vezes, por quê?
00:22:53É estranho, está tudo indo tão bem
00:22:56Está todo mundo feliz e está tudo bom demais para ser verdade, sabe?
00:23:06É estranho.
00:23:08É estranho, estou...
00:23:11É estranho
00:23:13É estranho
00:23:14É estranho
00:23:15É estranho
00:23:17fin
00:23:18Tchau, tchau.
00:23:48Tchau.
00:24:18Tchau.
00:24:48Tchau.
00:25:18Tchau, tchau.
00:25:48Tchau.
00:26:18Tchau.
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00:29:12Tchau.
00:29:14Tchau.
00:29:18Tchau.
00:29:25Eu tô quase pegando o sono.
00:29:28Quer subir?
00:29:30Tá, tá bom.
00:29:31Vai dormir aqui, né?
00:29:33Vou.
00:29:34Que bom.
00:29:35Eu tenho medo de ficar sozinha.
00:29:37Acho que eu também ficaria.
00:29:39Pode levar essas coisas pra cozinha.
00:29:42Eu vou fazer xixi e escovar os dentes.
00:29:43Ah, tá bom.
00:29:44Valeu.
00:29:54Ah, tá bom.
00:30:24Ah, tá bom.
00:30:54A semana terminou em tragédia por uma família.
00:31:09Vitória e James Dempsey voltaram para casa depois de deixar a filha de 19 anos, Sheryl Dempsey, sozinha no final de semana.
00:31:16Quando voltaram, Sheryl havia desaparecido e seu namorado, Tim Surrey, brutalmente assassinado.
00:31:21Eu lembro que uns três dias antes da Sheryl, amiga de Sheryl, ela me perguntou, você sente que alguém tá te observando?
00:31:32Eu respondi que não.
00:31:34Aí ela me disse, às vezes eu sinto que tem alguém me seguindo por aí.
00:31:37Eu disse que ela tava sendo paranoica.
00:31:41Aí ela disse, é, pode ser.
00:31:44Sabe, agora faz sentido.
00:31:45O que tá acontecendo?
00:31:51Onde eu tô?
00:31:57Fica longe de mim!
00:32:00Fica longe de mim!
00:32:02Eu não quero dar mais a gente comigo.
00:32:04Por favor, não me machuca.
00:32:10Por favor, não me machuca.
00:32:13Por favor, não me machuca.
00:32:13Eu sei que vai.
00:32:15Cala a boca!
00:32:16Qual o seu nome?
00:32:22Sheryl Dempsey.
00:32:24Errado!
00:32:24Seu nome é escrava.
00:32:33Qual o seu nome?
00:32:36Sheryl.
00:32:37Não!
00:32:40Seu nome é escrava!
00:32:46Qual o seu nome?
00:32:47Meu nome é escrava.
00:32:49Qual o seu nome?
00:32:50Escrava!
00:32:51Qual o seu nome?
00:32:53Escrava!
00:32:54Muito bem.
00:33:12Edgar Camings, policial.
00:33:15Por causa do péssimo estado do corpo do Tim,
00:33:18nós tínhamos pouquíssimas esperanças de encontrar Sheryl viva.
00:33:21A cabeça dele foi esmagada aqui.
00:33:24E ele tinha um corte do ânus até a garganta.
00:33:29E o intestino dele estava para fora e pendurado como se fosse luzinhas de Natal.
00:33:34E os órgãos genitais foram arrancados e colocados na gaveta de meia do quarto.
00:33:42Primeiro achamos que o assassino tinha perdido o controle.
00:33:44E mais uma vez, julgando pelo estado do corpo, ele provavelmente a matou aqui e jogou o corpo na floresta.
00:33:57Nós demos uma olhada na cena e achamos que se tratava de um assassino desorganizado.
00:34:02Mas depois que encontramos as fitas de Pukips e descobrimos que o assassino tinha montado a cena do crime cuidadosamente para nos despistar.
00:34:08E deu certo.
00:34:11O interessante foi ele ter sido capaz de matar e esquartejar alguém daquela forma e manter a compostura enquanto fazia aquilo.
00:34:18Então isso e o senso de teatralidade bizarro dele, as máscaras, as fantasias e tudo mais, mostram que esse homem tem sérios problemas mentais.
00:34:30A comédia de arte é uma forma de teatro que nasceu no século XVI na Itália.
00:34:34Havia uma lei que proibia os mascarados de andarem armados porque eles deixavam de ser responsáveis por suas ações quando colocavam a máscara.
00:34:42Acho que as fantasias tinham duas funções. Primeiro, elas permitiam que ele prolongasse o ato de matar.
00:34:49E segundo, elas ajudavam a aliviar a culpa ou o arrependimento que ele podia sentir pelas coisas horríveis que fazia.
00:34:55Este personagem saiu de cena há séculos. É o personagem Doutor Epeste. O Doutor da Praga.
00:35:02Por que você está chorando?
00:35:14Por que eu quero a minha mãe?
00:35:19Eu não te disse?
00:35:22Por que...
00:35:23Eu matei a sua mãe.
00:35:26Eu matei toda a sua família.
00:35:29Eu sou tudo o que você tem.
00:35:31Não, é mentira.
00:35:34Diz pra mim.
00:35:37Diz que está feliz
00:35:38por eu ter matado a sua família.
00:35:41Não!
00:35:44O quê?
00:35:46Não.
00:35:48Não!
00:35:49Não!
00:35:50Não!
00:35:51Não!
00:35:52Não!
00:35:54Não!
00:35:56Não!
00:35:58Não!
00:35:58Não!
00:36:03Não!
00:36:04Não!
00:36:08Diz!
00:36:09Não!
00:36:09O quê?
00:36:10O quê?
00:36:11Que está feliz?
00:36:12Porque eu matei os seus pais!
00:36:21Não!
00:36:21Eu tô, eu tô.
00:36:26O quê?
00:36:27Tô feliz que matou meus pais.
00:36:29Repete pra mim.
00:36:31Eu tô feliz que matou meus pais.
00:36:33Você não tem pais.
00:36:36Você é uma escrava.
00:36:41Eu tô feliz.
00:36:42Aquelas pessoas.
00:36:45Eu tô feliz que matou aquelas pessoas.
00:36:48Por quê?
00:36:51Porque eu não gosto delas.
00:37:08De quem você gosta?
00:37:11De você.
00:37:12De quem?
00:37:16Só de você.
00:37:20Por quê?
00:37:21Porque você é o mestre.
00:37:26E eu prazer em receber você.
00:37:31Você queria que eu matasse aquelas pessoas?
00:37:34Queria.
00:37:36Não sei.
00:37:37Eu não queria.
00:37:38Não, eu não queria.
00:37:38Foi por isso que eu matei.
00:37:39Eu fiz por você.
00:37:44Obrigada, mestre.
00:37:46Obrigada.
00:37:47Diga.
00:37:47O senhor é o mestre.
00:37:51O senhor é o mestre.
00:37:52É um prazer servido.
00:37:57O senhor é o mestre e é um prazer servido.
00:38:00O senhor é o mestre e é um prazer servido.
00:38:03O senhor é o mestre e é um prazer servido.
00:38:09As pessoas estão vindo até o condado de Lancaster para vasculhar o bosque próximo à casa de Dempsey.
00:38:15Na esperança de encontrar alguma pista sobre o desaparecimento de Sherrill.
00:38:18Vitória Dempsey, mãe da adolescente desaparecida faz um apelo ao assassino.
00:38:24Por favor, traz a minha filha de volta para casa.
00:38:39Se eu puder fazer alguma coisa para ajudar, por favor, me diga.
00:38:46Obrigada.
00:38:48Vitória Dempsey, mãe de Sherrill.
00:39:05Despeça várias vezes.
00:39:09Sabia que era ele, mas eu não detive porque fiquei com medo.
00:39:18Desaparecida. Recompensa 25 mil dólares. Possível suspeito.
00:39:21Já cansou de gritar?
00:39:30Tá com sede?
00:39:31Se eu tirar a mortaça, você faz uma coisa para mim?
00:39:54Eu quero que você veja isso.
00:40:12Eu quero que você veja isso.
00:40:16O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:40:32O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:40:38O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:40:42Cidade de Poughkeepsie, fundada em 1687.
00:40:59No verão de 93, a região estava começando a sentir os efeitos dos crimes daquele homem.
00:41:04A maioria dos assassinos que recebe esse tipo de atenção da mídia faz uma das três coisas.
00:41:10Um, eles se dão conta de que não é mais seguro continuar na cidade e vão embora.
00:41:15Dois, eles dão um tempo até a poeira baixar.
00:41:19Ou três, eles continuam matando.
00:41:21Talvez até aumentem o número de vítimas até serem capturados.
00:41:24Mas, esse assassino fez algo bem diferente.
00:41:29Continuou matando, mas mudou o modus operandi.
00:41:31Parte 5. Novo modus operandi.
00:41:34Um terceiro corpo foi encontrado em Hudson River.
00:41:36Hoje estamos a oeste do rio Hudson, em Poughkeepsie.
00:41:40A polícia acredita que pode ser outra vítima do homem conhecido como o Carniceiro de Water Street.
00:41:45A polícia acredita que foi um crime do Carniceiro de Water Street.
00:41:47A polícia alerta as prostitutas locais a ficarem longe das ruas.
00:41:53O que está fazendo aqui?
00:41:55Esperando um amigo.
00:41:57Me diz uma coisa.
00:41:58Você ficou sabendo de um cara que foi assaltado à mão armada aqui hoje?
00:42:05Não fui eu.
00:42:08Não fui eu!
00:42:14O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:42:16O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:42:19Isso não está certo.
00:42:20O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:42:22Eu não sei o que está acontecendo, mas isso não está certo.
00:42:24O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:42:28O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:42:30O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:42:33O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:42:37Na mesma época, começamos a receber informações das prostitutas locais.
00:42:41As garotas estavam sendo detidas e desapareciam.
00:42:46Você não pode me prender!
00:42:47Não pode me prender!
00:42:53Por favor, me ajuda.
00:42:55Não.
00:42:56Me ajuda, por favor.
00:42:58Não, não.
00:42:59Ele não vai gostar.
00:43:00Se você fugir, ele não vai te pegar.
00:43:03Ele não vai gostar.
00:43:04Não!
00:43:05Não, não!
00:43:06Não, não!
00:43:07Não, por favor!
00:43:08Não!
00:43:09Não!
00:43:11Não!
00:43:13Não!
00:43:13Não!
00:43:15Não, por favor!
00:43:16Cala a boca!
00:43:17Por favor!
00:43:18Eu não...
00:43:18Não, não!
00:43:19Não!
00:43:20Não!
00:43:21Não!
00:43:22Por favor!
00:43:23Não!
00:43:23Não!
00:43:25Não!
00:43:26Não!
00:43:28Não!
00:43:29E você?
00:43:32E você?
00:43:33Não!
00:43:34Ela que estava tentando escapar...
00:43:35Você ajudou?
00:43:36Não ajudei!
00:43:36Você disse onde era a janela!
00:43:38Eu não ajudei!
00:43:39Não!
00:43:40Não, não disse!
00:43:43Por favor, me castigue!
00:43:45Por favor, me castigue!
00:43:46Por favor, me castigue!
00:43:50Tudo bem!
00:43:51Este vai ser o seu castigo!
00:43:54Meu Deus!
00:43:59Sim, mestre!
00:44:15Todos os corpos das vítimas foram mutilados, em parte para cobrir as marcas de mordidas.
00:44:32Todas foram cortadas da boca até a orelha e estupradas após a morte.
00:44:39Encontramos a mesma amostra de sêmen em todos os corpos.
00:44:45Anos atrás, eu tive a duvidosa honra de entrevistar Theodore Robert Bundy, por sua ligação com outro caso.
00:44:55Mas o que eu aprendi naquela ocasião é relevante aqui.
00:44:58Lembro que a primeira pergunta que ele me fez foi...
00:45:03Ele estuprou?
00:45:04Imagens do arquivo, Departamento de Polícia do Estado da Flórida.
00:45:07Estuprou, sim.
00:45:08É antes ou depois?
00:45:10Antes ou depois do quê?
00:45:14Você sabe.
00:45:15Depois de matá-la.
00:45:18Ah, depois.
00:45:19Sabe, Mike, acho que essa é uma diferença importante.
00:45:23Por quê?
00:45:25Pode parecer um pouco estranho, mas...
00:45:29Caras que matam e estupram continuam a ter relações com o cadáver muito além do que você pode imaginar.
00:45:38A leve decomposição e até mesmo os vermes podem deixar o cara excitado.
00:45:45Da próxima vez que encontrarem um corpo fresco, não façam alarde.
00:45:52Fiquem de olho no local.
00:45:54O cara vai voltar.
00:45:56Infelizmente, nunca encontramos um corpo fresco o suficiente.
00:46:00Mas havia provas de que ele realmente voltava aos locais por motivos sexuais.
00:46:15Oi, estamos vendendo biscoitos.
00:46:31Quer comprar?
00:46:36Claro.
00:46:37Claro.
00:46:38Por que vocês não entram?
00:46:41Não devemos fazer isso.
00:46:43Isso é inteligente.
00:46:46Tem muita gente esquisita por aí.
00:46:49Mas eu sou policial.
00:46:50Não tem problema.
00:46:52Pode ser.
00:46:53Tá bom.
00:46:54Legal.
00:46:55Podem entrar.
00:47:02Venham.
00:47:07Podem sentar aqui, tá?
00:47:08Tá?
00:47:08Tá?
00:47:13Então, vocês querem um refrigerante?
00:47:18Claro.
00:47:19Pode ser.
00:47:20Querem?
00:47:21Tá bom.
00:47:27Prontinho.
00:47:28Obrigada.
00:47:35Vem cá.
00:47:37Vocês vieram de bicicleta até aqui?
00:47:39Não.
00:47:40Eu moro na Rua do Pão.
00:47:42Ah, então você mora aqui no bairro.
00:47:44Moro.
00:47:45Ah.
00:47:47Eu não.
00:47:48Eu moro no centro.
00:47:51Antes de saírem de casa, por acaso, vocês dizem aos seus pais onde estão indo?
00:47:56Às vezes.
00:47:57É.
00:47:58Ah, tá.
00:47:59O que que é isso?
00:48:06O quê?
00:48:08Acho que eu ouvi alguma coisa.
00:48:10Ah, tem uma TV ligada no porão.
00:48:14Ah.
00:48:18Olha, acho que eu não vou poder comprar os biscoitos de vocês hoje.
00:48:22Às vezes, entram uns guaxinins no meu porão.
00:48:25Não tem guaxinins por aqui.
00:48:28É claro que tem.
00:48:32Ei.
00:48:33Vocês querem ver o guaxinim que eu prendo no porão?
00:48:36Claro.
00:48:38Ele é muito bravo, hein?
00:48:40Não acredito em você.
00:48:43Eu quero ir embora.
00:48:44Eu vou ter que comprar os biscoitos outro dia, tá?
00:48:50Por que vocês não vão embora?
00:48:58Fica ele da lista.
00:48:59Parece que alguma coisa escapou aí embaixo.
00:49:18Achei que as cordas estivessem apertadas, mestre.
00:49:20Você ficou com peninha e tentou soltá-la, foi?
00:49:23Não.
00:49:24Não.
00:49:24Não, mestre.
00:49:25Eu nunca trairia o senhor.
00:49:26A culpa é sua.
00:49:28Não.
00:49:28Jacob Polinsky, agente do FBI.
00:49:48Nós temos dez corpos.
00:49:49Seis deles com a mesma amostra de sêmen.
00:49:53Até que tivemos um avanço.
00:49:55Na casa de uma das vítimas, encontramos um copo d'água sujo.
00:50:01Tinha uma impressão digital e o DNA da saliva.
00:50:05Checamos a digital que estava no copo e encontramos uma combinação.
00:50:11Era do meu parceiro, Tim Folley.
00:50:15Nós o prendemos e começamos a montar o caso.
00:50:17Frederick Miller, delegado.
00:50:18Ele esteve na cidade durante todos os assassinatos.
00:50:21Três assassinatos que ocorreram na Pensilvânia tinham o mesmo modo desoperante.
00:50:24E ele tinha passado as férias com a família na Pensilvânia.
00:50:28Ele não tinha nenhum álibi para nenhum dos assassinatos.
00:50:31Nós vasculhamos o carro e a casa dele.
00:50:33Encontramos joias e sangue que pertenciam às vítimas.
00:50:38Naquele momento, nós sabíamos que era ele.
00:50:45Suspeito de ser o carniceiro de Water Street.
00:50:50Folley extraditado para a Pensilvânia.
00:50:53Estado pede pena de morte.
00:50:57Hank Folley, filho de James Folley.
00:50:59O carniceiro de Water Street foi horrível.
00:51:01Eu não conseguia dormir, eu larguei a escola e virei uma aberração até para os meus amigos.
00:51:09Toda a minha vida mudou em um segundo.
00:51:12Folley não tinha nenhum álibi para os assassinatos porque ele era um policial que dirigia uma viatura paisana sozinho na maior parte do tempo.
00:51:19Ele tinha tempo suficiente para cometer esses crimes.
00:51:23Além disso, ele tinha um histórico de sair com prostitutas.
00:51:26Parece que o Sr. Folley era um cliente regular.
00:51:29Uma das prostitutas, Cindy Jackson, testemunhou e disse que o viu no bairro no mesmo momento de três dos sequestros.
00:51:38Eu estava de mãos atadas porque ele se declarava inocente a todo custo.
00:51:44Eu dizia para ele, Jim, eles vão te matar se você não assumir a culpa.
00:51:48E ele dizia que ia me demitir e se defender sozinho se não calasse a boca.
00:51:53Aquilo foi muito frustrante.
00:52:00Culpado.
00:52:08Ele ainda é o meu pai?
00:52:09Filho de James Folley.
00:52:12Agora acabou, mas ele precisa ser punido.
00:52:15Familiares das vítimas se pronunciam no julgamento do carniceiro de Water Street.
00:52:23Acho que sua vida deve ser poupada.
00:52:25Porque nós não somos como você.
00:52:28O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:52:36O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:52:39O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:52:42O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:52:44O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:52:46O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:52:49O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:52:52O senhor é o mestre e é um prazer servi-lo.
00:52:53Suspeito carniceiro de Waterly Street.
00:52:55O senhor é o mestre e é um prazer servilo.
00:52:57A pena de morte é errada.
00:52:59O senhor é o mestre e é um prazer servilo.
00:53:03O senhor é o mestre e é um prazer servilo.
00:53:06O senhor é o mestre e é um prazer servilo.
00:53:08O governador não provou a sentença.
00:53:11James Folley será executado daqui a uma hora.
00:53:23Reconstituição.
00:53:42Arquivo de áudio da execução.
00:53:44Dois integrantes da equipe de execução preparam a injeção.
00:53:48O terceiro integrante está aguardando.
00:53:53O superintendente dará ao condenado a chance de dizer suas últimas palavras.
00:54:04Ele se recusa a dar uma declaração final.
00:54:14Também foi dada a chance de fazer uma oração.
00:54:18O condenado também recusa essa chance.
00:54:23Concluímos a primeira fase da execução.
00:54:42Concluímos a segunda fase da execução.
00:54:45Concluímos a terceira e última fase da execução.
00:54:57Um dos médicos está examinando o condenado.
00:55:01O segundo médico faz a confirmação.
00:55:03Agora o terceiro e último médico faz a confirmação.
00:55:08O exame foi concluído.
00:55:10O superintendente informa as testemunhas que a morte ocorreu à meia-noite 24 de hoje.
00:55:15James Folley morreu por injeção letal.
00:55:21Ao meio-dia em 24 do dia 9 de setembro de 2001.
00:55:29Parte 6
00:55:38A Esquecida
00:55:39Quando voltei para casa...
00:55:41Joseph Deggles, parceiro de James Folley...
00:55:42...e o mapa da minha caixa de correio.
00:55:45Nele estava escrito...
00:55:47...esqueceram uma.
00:55:48Aí meu telefone tocou e disseram...
00:55:50...você precisa ver isso.
00:55:52Era outro corpo.
00:55:53Eu já sabia.
00:55:55Por injeção letal.
00:55:57Chega de violência!
00:55:57Depois de ter sido adiada por três vezes...
00:56:00...a pena de morte foi proferida.
00:56:02James Folley será executado na próxima hora.
00:56:06Em 1996, o júri condenou Folley à morte...
00:56:09...pelo assassinato de quatro mulheres na Pensilvânia e em Nova York.
00:56:13As autoridades acreditam que houve outras vítimas.
00:56:16Nós temos que parar.
00:56:17Precisamos mesmo.
00:56:19Eu acho que esse tipo de coisa só gera ainda mais violência nas pessoas.
00:56:23Essa será a terceira execução na Pensilvânia em 25 anos.
00:56:25Quando cheguei no trabalho, a polícia apareceu e me deu umas amostras de DNA...
00:56:31...e me mandaram analisá-las imediatamente.
00:56:34Foi muito estressante.
00:56:36As amostras de DNA eram do carniceiro de Water Street, James Folley.
00:56:41Ainda não temos certeza.
00:56:43Parece que ele foi a uma clínica de fertilidade há uns anos atrás.
00:56:48Achamos que foi assim que ele conseguiu o DNA.
00:56:51Três dias depois que meu pai foi executado, eles descobriram que ele era inocente.
00:56:56Iam colocar uma nota no jornal no dia seguinte, mas aí aconteceu o atentado de 11 de setembro.
00:57:03Então, o artigo sobre meu pai acabou na página 6.
00:57:08Ex-policial inocentado das acusações após a execução.
00:57:12As pessoas ainda brincam quando veem o meu nome.
00:57:16Elas perguntam, você tem algum parentesco com o carniceiro de Water Street?
00:57:19E eu respondo, o Jim Folley não era o carniceiro de Water Street.
00:57:23E ninguém ficou sabendo que ele foi inocentado...
00:57:26...por causa dos atentados.
00:57:28Em qualquer outro momento da história do país, isso teria virado uma sensação nacional enorme.
00:57:33Assassino mata policial usando o sistema judiciário.
00:57:37Ha, ha, ha.
00:57:38Fala sério.
00:57:40Mas aí os atentados de 11 de setembro aconteceram e ninguém mais quis saber de nada.
00:57:46Depois de 10 anos ou mais de planejamento e execução do que eu considero ser o crime do século.
00:57:54Ninguém ficou sabendo.
00:57:55Assim, quando as pessoas sabem que existe um assassino em série na cidade, ficam na defensiva.
00:58:03E isso estava acontecendo.
00:58:04Mas aí elas lêem que o assassino só ataca prostitutas.
00:58:09Se você não for uma prostituta, você vai baixar sua guarda.
00:58:13Então ele criou o carniceiro de Water Street para...
00:58:17...amenizar o medo das pessoas desse assassino desconhecido.
00:58:21Para que pudesse continuar matando quem ele quisesse.
00:58:25Oi.
00:58:28Oi.
00:58:29Problemas com o carro?
00:58:30Pois é, o meu carro pifou, eu não sei o que aconteceu.
00:58:33Ah, quer que eu chame um guincho?
00:58:35Ah, obrigada seu guarda, seria ótimo.
00:58:37Eu estou aqui faz mais de uma hora.
00:58:40É melhor você não ficar aqui sozinha com esse carniceiro de Water Street à solta.
00:58:44É perigoso.
00:58:44Meu Deus, eu achei que ele só atacava prostitutas.
00:58:49Olha, tem um posto de gasolina aqui perto, lá é mais seguro, tá?
00:58:53Eu posso deixar você lá, para que você não fique sozinha aqui.
00:58:57Não se importaria?
00:58:58De maneira alguma.
00:58:59Ah, obrigada.
00:59:00Espera, eu...
00:59:01Eu tenho um monte de coisa aqui na frente, tá?
00:59:03Se importa de ir no banco de trás?
00:59:07Claro, claro.
00:59:08Por que não?
00:59:15Muito obrigada.
00:59:16Então, é assim que é ser detida, né?
00:59:24Você já foi presa?
00:59:26Ah, não.
00:59:27Não, não foi nada demais.
00:59:31Uma vez, eu fui detida por beber antes dos 18.
00:59:46Nossa, que dia cansativo.
01:00:01Eu acho que aquela era a saída para o posto.
01:00:05Por favor, aquela não era a saída para o posto?
01:00:09Nossa, eu acho que era, sim.
01:00:15Talvez seja melhor voltar.
01:00:16É...
01:00:17Eu posso fazer uma pergunta?
01:00:20O quê?
01:00:21Poderia voltar?
01:00:22Por que você me chamou de guarda?
01:00:24O quê?
01:00:24Como assim?
01:00:25Antes de entrar no carro, você me chamou de guarda.
01:00:29Por que me chamou assim?
01:00:31Achei que os policiais gostassem.
01:00:35Bom, eles gostam mesmo.
01:00:38Mas eu não sou policial.
01:00:40Não é?
01:00:43Não.
01:00:43Não é engraçado.
01:00:48Eu não estou fazendo piada.
01:00:50Não estou entendendo.
01:01:02Quem é você?
01:01:05Eu sou o carneceiro.
01:01:06Isso não é engraçado.
01:01:25Não, não é mesmo.
01:01:27Mas você não devia entrar no carro de estranhos.
01:01:29Não é policial.
01:01:35Você não aprendeu que tirar conclusões pode fazer todo mundo se dar mal?
01:01:39Para onde estamos indo?
01:01:48Você vai ver já, já.
01:01:49Por favor, não faz isso.
01:02:00Senhor, por favor, não me machuca.
01:02:03Eu sou...
01:02:04Eu sou uma boa pessoa.
01:02:05Eu tenho família.
01:02:06E eles vão saber que eu desapareci.
01:02:08A gente pode fazer um trato.
01:02:09Por favor, senhor.
01:02:10A gente pode fazer um trato.
01:02:11O trato é o seguinte.
01:02:12Tá.
01:02:13Eu vou parar o carro e vou estuprar você.
01:02:15Mas aí, se você se comportar e não fizer nenhuma idiotice, eu não te mato.
01:02:27Tá bom.
01:02:30Acha que eu vou acreditar nisso?
01:02:32Você não vai deixar eu te estuprar.
01:02:34Eu vou.
01:02:35Eu vou sim.
01:02:36Eu não acredito em você.
01:02:37Por quê?
01:02:40Por quê?
01:02:40Por quê?
01:02:45Quer saber?
01:02:48Para ser bem sincero.
01:02:50Acho que nenhum de nós dois vai querer que você fique viva depois das coisinhas que eu vou fazer.
01:03:06Pelo amor de Deus!
01:03:07Pelo amor de Deus, por favor!
01:03:08É claro que eu não ia deixar as maçanetas nas portas, né?
01:03:11Pelo amor de Deus, por favor!
01:03:41Pelo amor de Deus, por favor!
01:04:11Não, não, não.
01:04:41Não, não, não.
01:05:11Não, não, não.
01:05:40Não, não, não.
01:06:10Não, não.
01:06:40Não, não.
01:07:10Não, não.
01:07:40Cachorros, esquadrão de bomba, tudo o mesmo.
01:07:44Só por precaução.
01:07:47Imagens do arquivo da polícia.
01:07:49Limpo, limpo, limpo.
01:08:07As pessoas me perguntam como o encontramos.
01:08:18E eu digo, primeiro, nós não encontramos, só a casa dele.
01:08:22E segundo, não o encontramos, ele nos deu de bandeja.
01:08:27Ele queria que encontrou, ele queria que encontrassemos, só a casa.
01:08:32Não, não, não, não, não.
01:08:39Na parede, tem uma mancha de sangue.
01:08:43Aponta a câmera para baixo, Sean.
01:08:45Para baixo.
01:08:46Tem uma, duas, três, quatro, cinco caixas com fitas numeradas em sequência e...
01:08:52Gente, gente, vem aqui.
01:08:54O que foi?
01:08:57Oh, meu Deus.
01:09:00Filma aqui, Sean.
01:09:01Vem aqui.
01:09:03Aqui.
01:09:05Pronto.
01:09:06Levantem.
01:09:07Opa.
01:09:09Meu Deus.
01:09:11Ela está viva.
01:09:15Ah, meu Deus, ela está viva.
01:09:16Precisamos de um médico.
01:09:18Chamei um médico.
01:09:23Encontrada.
01:09:24Mulher desaparecida mantida como escrava em Pukipsi.
01:09:27As pessoas ficavam me dizendo durante todos esses anos que a Cheryl devia estar morta.
01:09:33E que eu tinha que começar a aceitar aquilo.
01:09:36Mas eu não aceitava.
01:09:39Desaparecida.
01:09:40Eu dizia para todo mundo.
01:09:41Preciso continuar tendo esperança até ter certeza.
01:09:46Aí eu recebi uma ligação.
01:09:49O policial disse.
01:09:50Encontramos a sua filha.
01:09:52Achei que ele estivesse se referindo ao corpo dela.
01:09:55Eu nunca tinha visto um ser humano nascido e criado nos Estados Unidos com sinais desse tipo de tortura.
01:10:07Ela foi queimada, cortada, teve cinco dentes arrancados com alicate ou martelo e tinha vários ossos quebrados.
01:10:14Além de nenhum dos ossos terem sido tratados, alguns foram mais fraturados por algum tipo de aparelho de compressão.
01:10:24Ela também sofreu extrema desnutrição.
01:10:28E os órgãos dela estavam em péssimas condições por causa disso.
01:10:33Também havia sinais de tortura sexual, incluindo coisas como a eletrocução de órgãos genitais e outras coisas horríveis demais para serem ditas em voz alta.
01:10:52Aretha Crilley, escóloga do hospital.
01:10:54É, muitos ferimentos pareciam piorar em vez de melhorar.
01:10:58E não sabíamos porquê.
01:11:00Foi então que percebi que a dor, não só a dor, mas a dor extrema, tinha feito parte da vida dela por tanto tempo que ela não sabia mais viver sem ela.
01:11:08Ela não sabia mais existir no mundo sem sentir aquela dor extrema.
01:11:13Ela se torturava quando ficava sozinha.
01:11:16Foi muito estranho ver a Sherry depois de tanto tempo.
01:11:21Durante todo esse tempo, eu deixei de ser aquela adolescente irresponsável e virei a mãe de duas meninas.
01:11:30Foi difícil ver a garota que eu amava e a garota que voltou.
01:11:40Após meses de insistência,
01:11:45conseguimos entrevistar a filha dos Dempsey,
01:11:48Sherry.
01:11:51Sherry Dempsey, vítima.
01:12:00Eu não sei.
01:12:02Eu não sei o que querem que eu diga.
01:12:06Conte como é voltar para casa.
01:12:11Eu não sei.
01:12:13O que querem que eu diga?
01:12:16Deve ter sido bom rever a sua mãe depois de tanto tempo.
01:12:19Foi.
01:12:19Talvez.
01:12:25Eu não sei.
01:12:25Eu não sei o que querem que eu diga.
01:12:28Como era o homem com quem você viveu?
01:12:38Eu não sei.
01:12:39Acho que não quero continuar com isso.
01:12:41Por quê?
01:12:42Porque eu não sei o que querem que eu diga.
01:12:47Você pode dizer o que quiser.
01:12:49Ele me amava.
01:12:56Ninguém me deixa dizer isso, mas é verdade.
01:12:59Ele me amava.
01:13:02Ele não quis me abandonar.
01:13:04Um dia ele vai voltar para mim.
01:13:07E vai me levar embora.
01:13:09Duas semanas após a entrevista...
01:13:17Sherry Dempsey cometeu o suicídio.
01:13:22No bilhete que ela deixou...
01:13:27Declarou seu amor incondicional...
01:13:32pelo seu mestre.
01:13:49Outra tragédia assola essa família.
01:13:51Deem uma olhada na cena do crime.
01:13:53O corpo de Sherry Dempsey, enterrado recentemente...
01:13:56foi roubado ontem à noite do cemitério de Woodlawn.
01:13:58A única coisa que restou foi o caixão quebrado, como podem ver.
01:14:02Está tudo revirado.
01:14:04A polícia está investigando a possível ligação entre este crime hediondo...
01:14:07e o assassino que tem atormentado a costa leste...
01:14:10conhecido como o carniceiro de Water Street.
01:14:20Acredito que ele tenha se mudado para outro lugar.
01:14:24Eu duvido muito que tenha parado com os assassinatos.
01:14:27E eu duvido muito que alguém saiba que ele está lá.
01:14:31Mas, em alguma cidade por aí...
01:14:36os desaparecimentos e assassinatos estão aumentando.
01:14:39Em algum lugar, ele é o responsável por isso.
01:14:44Uma coisa que eu acho interessante...
01:14:46é que as fitas foram enumeradas em sequência...
01:14:48mas faltavam 27 delas quando as encontramos.
01:14:54O que tinha naquelas fitas?
01:14:57Será que eram pessoais demais para ele compartilhar?
01:15:01Será que o rosto dele aparecia naquelas fitas?
01:15:06Ou elas revelavam muito sobre ele?
01:15:10Ou talvez fossem piores do que as que vimos?
01:15:15Vou dizer um lugar que vamos ficar de olho.
01:15:18Se esse documentário que vocês estão fazendo...
01:15:20chegar aos cinemas...
01:15:22ele não vai conseguir se segurar.
01:15:25Ele vai assistir a esse filme...
01:15:27quantas vezes conseguir.
01:15:28Ficaremos de olho em todas as sessões que conseguirmos...
01:15:32porque...
01:15:33ele vai estar lá.
01:15:34para Sheryl Dempsey.
01:15:54Os cineastas gostariam de agradecer as famílias...
01:15:57por compartilharem suas histórias.
01:15:59Nosso coração está com vocês.
01:16:01E com aqueles que lhes foram tirados antes da hora.
01:16:04Eles jamais serão esquecidos.
01:16:06Todos os sinais são esquecidos.
01:16:06Eles são esquecidos.
01:16:07São que são esquecidos.
01:16:08Os sinais fossem...
01:16:09E os sinais serão esquecidos.
01:16:10Os sinais são ótimos.
01:16:11Eles se envolvem suas feras...
01:16:11e os sinais...
01:16:12E os sinais são suelos.
01:16:12E os sinais são...
01:16:12E os sinais...
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