Felippe Monteiro classificou como “ato covarde e criminoso” a facada sofrida por Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha eleitoral de 2018. A declaração ocorre no momento em que o ex-presidente passou por mais uma cirurgia após fortes dores abdominais. Monteiro avalia se a ausência de Bolsonaro nos atos políticos pró-anistia diminui a pressão pelo projeto.
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NotíciasTranscrição
00:00Assim, não dá pra gente saber, né, assim, o fato, na minha opinião, é que Bolsonaro é uma força política.
00:05Não dá pra gente negar que Bolsonaro é uma força política.
00:07Com toda a certeza, se ele estivesse participando dessas manifestações, mobilizações que estão sendo agendadas, né,
00:14sem sombra de dúvida, ia ter muito mais aderência social da sociedade.
00:18O fato de Bolsonaro não participar dessa mobilização, né, dessa carreata que vai ter no Brasil todo, vai perder a aderência social.
00:25Agora, se isso atrapalhar a votação do PL e da Anistia, aí já são outros 500.
00:30Mas você entende também que o movimento que aconteceu aqui em São Paulo já trouxe a atração necessária pra que esse projeto fosse enxergado como de apoio popular?
00:39Foi o primeiro passo, sim, mas eu acho que se o projeto Anistia ganhar força, né, tem que mostrar, na minha opinião, um amplo apoio popular e social.
00:48Então, teria que ir pra todos os lugares do Brasil, pro Nordeste, pro Centro-Oeste, pro Norte,
00:53e mobilizar toda a população pra mostrar, né, que a população quer esse projeto da Anistia.
00:59Então, na minha opinião, São Paulo foi o início de tudo, São Paulo e Rio de Janeiro, né, mas foi pouco, na minha opinião.
01:05Mas, sim, eu quero só destacar um ponto que eu acho importante, né, não dá pra gente esquecer, né,
01:09de 2018, o ato covarde, criminoso que o Bolsonaro sofreu, não é, durante um cenário político eleitoral,
01:17ele foi, covardemente, né, tendo uma tentativa de assassinato contra ele, né, e isso repercute até hoje, até hoje.
01:27A última operação que ele fez, ele tá de repouso, não recebendo aliados, não recebendo amigos, né, somente familiares,
01:35muito porque qualquer coisa que ele falar, qualquer coisa que ele rir, pode complicar a operação.
01:41Então, ou seja, a questão é muito mais profunda do que uma questão política.
01:45Ah, eu não quero receber aliado, porque se eu receber um, eu vou deixar de receber outro.
01:49A questão é muito mais grave, né, Bolsonaro tá na UTI e ele não pode ter muita movimentação,
01:56não pode falar, não pode sorrir, porque isso pode prejudicar a operação que foi feita nele, né.
02:03Então, isso demonstra, em opinião, a gravidade da operação, a gravidade do que aconteceu em 2018,
02:09que tem consequência até hoje, e eu queria destacar aqui e rechaçar o que foi feito em 2018, que eu acho muito importante.
02:16Independente de receber aliado ou não, ele não tá recebendo ninguém, só familiar, porque ele não pode receber mesmo, né.
02:21A questão foi grave, foi grave.
02:23Mas, voltando aquela pauta que a gente tá falando, sem sobra de dúvida, se a oposição e se a base de apoio ao Bolsonaro do PL
02:32articular dessa forma, mostrando como foi o absurdo o que aconteceu com o Bolsonaro,
02:36ele tá incapacitado, incapacitado de ir à rua e à população, na minha opinião, pode também ganhar força e movimento também,
02:45porque vai mostrar que o Bolsonaro queria, mas não pode estar.
02:48Então, vamos lá.