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  • 15/04/2025
Olha o encontro de notáveis no estúdio do Pânico desta terça (15), meu povo! A psicóloga Daniella Freixo está acompanhada do filósofo Guilherme Freire para destrinchar os principais problemas dos jovens da atualidade, levando como objeto de estudo a nova série “Adolescência”. A privacidade é um privilégio dos neurotípicos? Existe um manual para construir a confiança das crianças dentro de casa? Os episódios podem até ser em plano sequência, mas existe um plano para dar sequência ao assunto? Assista à entrevista na íntegra!

Assista ao Pânico na íntegra:
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#Pânico

Categoria

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Diversão
Transcrição
00:00já senta, pula pra lá, vamos fazer o encontro de notável.
00:05Olá, meu nome é Daniela Freixo de Faria, sou psicóloga infantil.
00:09Não é a mamãe, não é a mamãe.
00:12A psicóloga que sabe consertar a cabeça das famílias.
00:17Coisas que nós pais nunca devemos falar pros nossos filhos.
00:21É uma merda.
00:22Nunca devemos falar pros nossos filhos.
00:25Doutora Daniela Freixo.
00:30Pô, não coloca eu falando palavrão, não.
00:33Espeita a audiência, pô.
00:35Poxa vida, mas pra que fazer isso?
00:37Não faça isso, às vezes sai um.
00:39Aí eles põem na gravação.
00:41É uma turma que eu vou te falar, viu?
00:43Pra ajudar, não tem um que me ajude aqui nesse programa.
00:46Tava com saudade de vocês.
00:47Tudo bem, doutora?
00:49Como é que você está?
00:50Está aqui o Guilherme agora?
00:51Nós já conversamos tanto.
00:52O que vocês estavam conversando?
00:54Sobre tudo isso, né?
00:55Sobre o quê?
00:56Sobre, nossa, que curiosidade.
00:59Doutrinação?
01:00O oprimido e o opressor?
01:01Não, a gente não falou.
01:02Jojo Toddynho.
01:03Não, sem dúvida não.
01:04A gente falou das nossas histórias, dos nossos processos de aprendizado.
01:08Foi terapêutico, né?
01:09Foi terapêutico.
01:10Ela estava contando sobre a mudança de vida toda dela, na verdade.
01:14Mudança de paradigma, de visão, foi fantástico.
01:17De que ela foi pros Estados Unidos?
01:19Ela foi pros Estados Unidos e a história do furacão.
01:21A história do furacão.
01:22Sim, sim.
01:24Nós estávamos discutindo aqui a educação da molecada.
01:29Sim.
01:29E teve agora essa série.
01:30Eu achei uma porcaria.
01:32Você não gostou?
01:33Eu achei uma porcaria.
01:34Por quê?
01:35Porque eu achei ruim.
01:36Mas o que você achou ruim?
01:37Eu achei clichê.
01:38Achei ruim.
01:38Eu não gostei.
01:39Concordo.
01:40Eu não gostei.
01:40Achei clichê.
01:41Eu gostei de algumas coisas de outras não.
01:43Fez sucesso.
01:44Parabéns.
01:45Eu acho que se as pessoas gostaram, pode.
01:48Não, não interessa se eu gostei ou não.
01:50Tá bom, mas vamos entender a borda.
01:52Então, a pauta é o quê?
01:54É você interferir no celular do seu filho.
01:59Na privacidade.
02:01Na privacidade.
02:02Filhos têm privacidade?
02:04É.
02:04Sabe o que eu estava pensando?
02:05A privacidade, ela é uma consequência de uma pessoa que tem senso crítico,
02:11controle emocional, habilidade sócio de encontrar o próximo, se respeita, sabe o que é certo e errado.
02:20E a gente vem vindo, tudo a ver com o que o Guilherme veio falando também, desse espaço de pais que sim, tiveram educação do melhor possível dos nossos pais,
02:31mas que buscam filhos agradados, filhos satisfeitos, filhos atendidos.
02:37E nisso, a gente deu um carro na mão de uma criança de 12 anos.
02:41Entende?
02:41Eu estava até lembrando disso.
02:43Para aprender a dirigir nos Estados Unidos, a criança começa, adolescente, com 15, um ano com o adulto sentado do lado.
02:5116 anos, ele tem horário para dirigir.
02:54Ele não pode dirigir a partir de tal horário, nem de noite.
02:59Mais um ano, ele tem a sua carta oficial para dirigir.
03:04Então, mas isso aí, essa educação que a gente fala, é de uma pessoa que tem grana, né?
03:10Não é do povão.
03:11O povão não tem essa...
03:13O povão não tem isso.
03:15Mas você sabe, Emílio.
03:16O cara, na verdade, na maioria das vezes, tratando, dando um exemplo principalmente do pai,
03:21às vezes ele nem tem contato com o filho durante a semana.
03:24Porque ele sai cedo para trabalhar.
03:25É, trabalha para caramba.
03:26A mãe também.
03:27A mãe também trabalha.
03:29Aí, no final de semana, que tipo assim, vai ver o filho e tal, sei lá, jogar bola ou alguma coisa do tipo, mas é isso.
03:35É, mas muitas vezes vai ficar na escola pública e largado na TV também, que também é outra coisa que vai trazer...
03:42Não vai trazer uma boa formação, né?
03:44Quer dizer, tem muitas pessoas que ralam no Brasil e tem uma vida muito esforçada.
03:47Mas aí, justamente, as pessoas dependem da escola pública e a formação é péssima.
03:51Então, não tem o problema...
03:53Não tem para onde correr.
03:53Nas elites, claro, vai ter o cara muito mimado, que tudo é dado do bom e do melhor e que fica ocioso.
03:59É a geração Z, que 50% das pessoas reportam que não querem trabalhar se o meu chefe mandar em mim.
04:05Que é uma estatística bastante complicada.
04:08Mas, de outro lado, você acaba exortando, voltando a pessoa, depende do sistema público, da internet, aleatória.
04:15E também cria um problema em todas as classes sociais.
04:17Na educação, acho, no Brasil, de todas as classes sociais.
04:21Eu gosto muito que a Daniela fala sobre valores que estão faltando na educação.
04:27Não, e tem um pedaço disso que é, ok, na classe social, da ralação toda que a gente vê,
04:33muitas vezes, independente desse momento da vida, ainda é sobre as coisas.
04:40Buscando ter coisas.
04:42Eu preciso dar tudo, ou dar tudo que eu não tive.
04:44E, na verdade, eu acho que essa série, ela é um soco no estômago mesmo.
04:49Eu acho que ela foi feita num tipo de estímulo que te bota dentro da cena de um jeito que é desconfortável.
04:55Então, com a história de não ter cortes, você tá dentro da sala recebendo a notícia junto com o pai.
05:01É um menino que você olha e fala, gente, mas como que é possível?
05:04Existe um mal dentro de nós, mas a gente precisa fortalecer as nossas casas.
05:09Eu acho que é um chacoalho muito importante.
05:13Se eu estou longe vendo meu filho só no final de semana, mas às vezes no final de semana a gente enche a casa de gente.
05:19Ou você vai fazer um monte de coisa e você não encontra, mas você nem se interessa.
05:23Você tá cansado também.
05:25Aí precisa se rever.
05:26Jantar junto.
05:27Senta pra almoçar.
05:28Olha, precisa conhecer.
05:30Quem é esse filho que tá aí?
05:32Ele tá estranho.
05:33Mas tá estranho?
05:35Tá acontecendo alguma coisa?
05:37E aí, Emílio, a gente...
05:37É uma adolescência, todos ficam estranhos.
05:39Não vem com essa, não.
05:41Não vem com essa, não.
05:43Porque a adolescência...
05:45A adolescência, o ser humano fede.
05:47Não, Emílio.
05:49Claro que não.
05:49A adolescência...
05:51Não, depois desse forte eu concordo, realmente.
05:53Fede?
05:54Fede?
05:54Claro, pô.
05:55A meia, graça.
05:56É aquela...
05:58Não, não, não.
05:59Sabe tudo.
06:00Mas você sabe que esse é um dos problemas.
06:02Aquele adolescente...
06:03Ninguém sabe nada.
06:04Não, não, não vem não, doutora.
06:05Você sabe disso.
06:06Não, não vamos começar com as nossas brigas, Emílio.
06:09É que você não gosta de falar.
06:10Você não gosta de falar.
06:11Eu falo, sim.
06:12Você não quer ser cancelada pelos adolescentes.
06:13Não tem nada.
06:14Ó, escuta.
06:14Mas tem adolescente melhor.
06:15Os pais sabem disso.
06:16O adolescente...
06:17Os pais que tiveram...
06:18Os pais que tiveram...
06:18O adolescente ainda é teu filho.
06:20Mas é estranho.
06:21Mas é...
06:22Gente...
06:22Começa perder nessa idade.
06:24Gente, mas...
06:24Deixa o Dani Frouxo falar com a Dani Frouxo.
06:26Não, para.
06:27Eu vou falar.
06:28Não é verdade.
06:29Não é verdade.
06:29Eu estou sempre com você.
06:30É verdade.
06:31Uma coisa é o Samy empurrar um iPad para o filho e ser ausente jogando pico-bó e
06:36fazendo pizza com a porta queimada.
06:37Mas eu quero comprovar esse pico-bó que eu estou curioso.
06:38Mas sabe onde está a série e está a nossa discussão?
06:42É o nosso vício em relação à dopamina, ao celular, que está todo mundo desconectado,
06:49inclusive com os filhos.
06:50Sim.
06:50E eu acho que é esse o lugar.
06:52Porque, pô, da década de 90, que você falou televisão, você assistia televisão.
06:56Chaves, o Morgadão, amava.
06:57Agora a galera está nesse Reels do TikTok viciadaço.
07:02Então...
07:02E os pais também.
07:03Nós estamos.
07:04Então, a gente tem um problema sério, que assim, imagina que tudo vai formando o imaginário
07:07dos nossos filhos, como o nosso também foi formado.
07:10Você lembra da Sessão da Tarde?
07:12Lógico.
07:13Aquele filme maravilhoso daquele cara que fugia da escola.
07:17Opa, que é...
07:17Curtindo a vida doidada.
07:20Curtindo a vida doidado.
07:21Aquilo entrou no nosso imaginário de nós.
07:23Eu vou criar o mundo dos atalhos.
07:25É verdade.
07:26A gente foi formado por esse imaginário.
07:28Graças a Deus.
07:28O imaginário dos nossos filhos, se a gente observar hoje, eu estava olhando desenhos infantis,
07:32gente, para a primeira infância.
07:35Existem desenhos hoje feitos em autoestímulo para disparar dopamina pobre.
07:41E esses desenhos, um adulto, a gente não tem noção de que isso está acontecendo.
07:44Então, a gente precisa fazer uma curadoria dos estímulos, curadoria do que assiste.
07:50A gente precisa sentar com os nossos filhos e explicar que aqui, dentro desse mundo da
07:55internet digital, tem tudo que há de bom, tem, mas tem tudo que há de ruim.
08:00E se a gente não criar senso crítico e discernimento, a nossa tentativa original, mesmo com essa onda
08:06que veio dessa série, é de parar o mundo, parar o mal, entra para um espaço de medo,
08:11de absoluta tentativa de controle.
08:13A realidade é que você não controla o mal que está lá, mas você pode instruir, sentar,
08:19conversar com seus filhos para que ele tenha discernimento de se tirar desses lugares.
08:25Então, assim, se pegar toda essa dopamina, toda essa história que vem vindo,
08:29é uma história séria, porque a gente está entrando em vício mesmo.
08:34E este vício entra para videogame em primeira pessoa, você está o tempo inteiro precisando
08:38desse tipo de estímulo.
08:40Jogar bola com o pai ficou chato.
08:42Andar na praia, fazer trilha, ir na natureza, ir na cachoeira.
08:46Gente, eu vou dizer para vocês, resistam à resistência.
08:48Mas posso falar uma coisa?
08:49Eu tenho uma teoria.
08:51Vai para o pipipi.
08:51Para o pipipi, nada.
08:52Para o piquenique.
08:53Não, então, eu tenho uma teoria.
08:55Não, eu tenho uma teoria.
08:56Não, eu tenho uma teoria.
08:56Eu acho que o que acontece, a geração antiga tinha tudo quatro, cinco irmãos.
09:04Também.
09:05Hoje tem pouco filho.
09:06Por exemplo, se você pegar Noruega, é 1.2.
09:10Suécia é 1.3.
09:12São Paulo deve ser 1.8.
09:13São Paulo é um filho.
09:14É o Guilherme, né?
09:151.8.
09:161.1.
09:17Eu estou indo para o quinto.
09:18Caramba, isso é raro.
09:23O máximo é dois.
09:24O que acontece?
09:25Antigamente, era quatro, um aprendia com o outro, batia, fazia burro, o irmão mais
09:29velho fazia bullying com o caçula, o caçula apanhava, perdia o leite.
09:33Primo, tudo junto.
09:34Hoje em dia, você só tem um filho.
09:36Um bibelô.
09:37É uma bolha.
09:38Ai.
09:39Vai, vai.
09:40Antigamente, vai lá, vai lá, você está engordando, beleza.
09:43Vai lá, fica lá com o seu irmão.
09:44Não venha me encher o saco.
09:45Aí você ia aprendendo, você ia se vacinando.
09:49Na vida, né?
09:50Na vida, com os seus próprios irmãos.
09:52Você ia...
09:53Criando casca.
09:54Você ia criando casca com a família.
09:56Sim.
09:56E o irmão protege o outro, mas bate na rua.
09:59Hoje em dia fica um filho...
10:00Ai, preciso ver essa criança, onde ele está agora.
10:02Aí põe um tag no filho.
10:04Então, mas eu entendo.
10:05A pessoa por um tag, eu falo, não faça isso.
10:07Tá que não é nada.
10:08E quando anda com coleira de cachorro?
10:10E coleira de cachorro, então?
10:12Tá que não é nada.
10:13Eu entendo tudo isso.
10:14Isso é terrível.
10:15É terrível.
10:17Só que tem um ponto que é o seguinte.
10:18A gente também viu isso na série.
10:20Quando aquele pai, ele fala que ele apanhou, apanhou muito.
10:24E que ele estava num espaço de orgulho dessa...
10:28De não bater nesse filho, né?
10:30De eu nunca bati nesse filho.
10:32Nós estamos vindo...
10:34A nossa geração de pais, ela é a mais...
10:36Assim, tá muito complicado.
10:38Por quê?
10:38Porque esse pai ainda tá numa ideia a respeito da própria dor equivocada.
10:44E esse pai está numa ideia de que ele precisa ser amado e gostado por esse filho.
10:48E aí ele entra pra um efeito pendular mesmo de virar permissivo.
10:54Omisso.
10:55Você olha as coisas e fala, ai não, é assim mesmo.
10:57Por isso que quando você fala, a adolescência é toda fedida e chata.
11:01Você sabe.
11:02Mas calma, a verdade é que...
11:04Nem meia eles trocam.
11:05Não, para, isso é verdade.
11:06A meia fede muito.
11:07Nem meia eles trocam.
11:08Dos meninos.
11:09E tem aqueles hormônios.
11:10As mulheres também tem aqueles hormônios.
11:13Não, não, não.
11:13Lógico que tem.
11:14Você sabe, doutora.
11:15A menina pedida.
11:16Vai chegar uma hora que vai querer ir tomar banho, porque se interessou por alguém.
11:19Claro que toma.
11:20Não tomam.
11:21É a feromônio.
11:22Eles estão feromônios.
11:24Você fica louco, meu.
11:25É adolescente.
11:26Sua filha tinha.
11:27É que desse permissivo, às vezes sim, é verdade.
11:29Aquele cheiro de maconha.
11:31Não, isso já marcha.
11:31Que misturado.
11:32Lógico que é.
11:33O conteúdo já marcha.
11:34Está te enganando.
11:35Está te enganando.
11:36Maconha com falta de banho.
11:37Puta, maconha com falta de banho.
11:39Joga picobol e não toma banho.
11:40É um inferno.
11:43Esse permissivo pendula.
11:45Não, entende.
11:45Esse permissivo pendula para o mesmo autoritarismo que sente culpa e pendula.
11:50A gente precisa andar pela trilha de aplicar consequências.
11:53Você vai gerar desconforto.
11:55Você vai estar do lado.
11:56Mas, ao mesmo tempo, você entende que existe alguém que está sendo formado na sua identidade.
12:03Então, olha que você fala isso.
12:05Ah, é um fedorento.
12:07Pronto.
12:07Qualquer coisa que venha na boca dele é porque é adolescente.
12:09É insuportável.
12:10Mas é.
12:11Não é.
12:11E ele tem que saber que ele é.
12:13Mas ele não é insuportável.
12:14Ah, ele é fofinho.
12:15Não é fofinho também.
12:16Então.
12:17Ele é um ser humano igual a mim e a você.
12:18Não, não, não é não.
12:19Claro que é, gente.
12:20Não é não.
12:22Sabe por quê?
12:22É, porque ele acha que ele sabe mais do que você.
12:26Ele acha.
12:27Mas ele vai descobrir que não.
12:28Ele tem 15 anos e tem um velho.
12:29Ele é um inexperiente.
12:31Ele quer dar lição de moral nos pais.
12:33Esse velho cabeçudo sabe nada.
12:35Ele tocou num belo ponto.
12:37Os jovens não respeitam os velhos.
12:38Ele é um inconsequente.
12:40Ele não aprendeu isso ainda.
12:41Só que aqui está a oportunidade.
12:43E aí a gente não faz nada com a oportunidade.
12:45E depois fica todo mundo morrendo de medo botando tag no filho.
12:48Isso.
12:48Eu acho que tem duas perspectivas.
12:52Pai de cinco.
12:53Uma salva de palmas.
12:54Pai de pete igual o Alba.
12:55Pai de cinco.
12:56Pai de cinco.
12:57Vai montar o time de vôlei.
12:59Eu não passo cheque em branco.
13:00Mas o que acontece é assim.
13:02Existe uma disparidade muito grande e crescente entre adolescentes também.
13:07Então a gente está falando da rebeldia adolescente e tal.
13:09Mas você está tendo...
13:10E isso é uma coisa que eu vejo poucas pessoas falando.
13:12A geração Z vai ter um dos maiores gaps de sucesso entre os seus membros de todos.
13:18Porque o cara que foi educado nas virtudes hoje é uma raridade.
13:21Muito em relação aos outros.
13:23Então você tem um super zoomer que o cara está lá investindo em bitcoin desde os 15 anos.
13:28Fazendo academia.
13:29Aprendendo um monte de coisa.
13:31O cara pega na internet.
13:32Ele já começa a aprender um milhão de coisas e tal.
13:34E começa a cultivar essas virtudes cedo.
13:36Isso eu vejo.
13:37De vez em quando aparece nas minhas aulas o cara lá.
13:39Professor, eu tenho 18 anos.
13:40Li Platão completo.
13:42Fiz um milhão de reais, não sei o que e tal.
13:45É aniversário de 18 anos.
13:46Então existe isso.
13:48Só que tem um monte de pessoas na geração que ficaram o dia inteiro trancadas dentro de um quarto.
13:51Quase um experimento social.
13:53Vídeo do TikTok.
13:55Tem um estudo do TikTok.
13:57Falando que o TikTok reduz a atenção das pessoas.
13:59É capacidade cognitiva.
14:01Um estudo da própria plataforma.
14:03E aí você vai ter uma massa de pessoas assim.
14:05Então você vai ter alguns poucos que vão ser formados.
14:07Dessa maneira mais artesanal.
14:09E que vão nadar de braçada.
14:11E vão nadar de braçada em relação aos outros.
14:13Também tem muita disparidade entre os jovens.
14:15Sim.
14:16Total.
14:16Sim.
14:17Então, mas o ponto é que família que a gente quer ser?
14:19Que filho a gente quer formar?
14:20Mas você sabe que outro dia eu estava vendo...
14:23Eu não sei onde foi isso, mas eu achei uma reflexão muito bacana.
14:27Porque é o seguinte.
14:27Se você for analisar esse mundo que a gente está, a gente está num mundo dividido.
14:33Certo?
14:34Segmentado.
14:34Então você vai pegar um pai...
14:36Vamos pegar um pai fascista.
14:38Você vai falar, esse pai, ele é fascista.
14:41Não, não, não.
14:42Eu achei muito bacana essa gamboleia.
14:44Isso foi o quê?
14:44Uma reflexão?
14:45Não, não.
14:45Uma reflexão.
14:46Uma reflexão sobre tudo isso que a gente está discutindo.
14:49Então você pega um pai que você vai chamar esse pai de fascista que bate no filho.
14:53É muito fácil você identificar esse pai e saber que ele está fazendo errado com você.
15:00Com a criança.
15:01Que ele bate naquela criança.
15:03Aí você vai pegar um pai progressista.
15:06Que ele fala que o mundo, todo mundo é igual.
15:08Que olha, você é igual a ele.
15:09O errado nem é mais errado.
15:11Você é igual, não tem errado, não tem certo.
15:14O mundo tem que ser bom pra você, como tem que ser bom pra todo mundo.
15:17O mundo é igual.
15:18Isso.
15:19Qual o pai, esse pai fascista, você vê que ele está fazendo mal?
15:23E o outro está mimando o filho.
15:25Então.
15:25Só que a gente não consegue identificar o mal que mimar um filho faz...
15:31Consegue identificar.
15:32Mais ou menos.
15:33Mas eu...
15:34Porque você está dando tudo pra ela.
15:35Então, Emílio, mas a conta está chegando pra nós enquanto sociedade, família, distância,
15:40pais apavorados.
15:42A gente está tendo uma oportunidade.
15:44Do quê?
15:44Como é que você vai mudar?
15:45Nossa, existe um caminho que esse é o caminho que eu trabalho todo dia.
15:49Você quer ser fascista?
15:49Não, existe um caminho de pais e mães seguindo os mesmos bons princípios e valores que
15:55chamam os seus filhos a obedecer.
15:57Você vai aplicar consequência, mas você não vai ser a...
16:01Tem uma passagem na Bíblia que diz, não irrite o seu filho.
16:04Você não vai agir com hipocrisia dentro da sua casa, de você ser rígido em cima dele
16:08e você fazer as mesmas coisas.
16:09Então, mas a gente já faz o celular.
16:11Calma, isso distancia também, de todos os assuntos.
16:14Se você tem...
16:15Se você tem...
16:15Se é radical em cima do outro, mas a sua mentira é justificada, o seu celular é justificado.
16:20Se você usa o TikTok, deixa o seu filho usar.
16:23Porque não adianta nada você dar o exemplo pra você, não vai servir.
16:25Você não pode, só eu posso.
16:26Então, esse caminho que tem bons valores e princípios e que ele tem justiça, ele tem
16:31bons valores, verdade, honestidade, integridade, você vai olhar pro teu filho pra corrigi-lo
16:37do lugar de quem também erra.
16:39Isso traz misericórdia pra nossa casa, isso traz paz, isso traz verdade, isso traz perdão.
16:44E a noção de consequência, nada mais extraordinário do que você permitir um filho experimentar
16:50a escolha que ele fez imediata ali e ele vai experimentar a dor e desconforto.
16:56E a notícia pra ele é, você não gostou?
16:58Ou não gostou dessa experiência aqui que você teve de ficar, que seja, sem seu videogame
17:02ou que você não cumpriu suas obrigações ou qualquer coisa.
17:06Não faça mais, isso não acontece mais.
17:08Depende das tuas escolhas.
17:09Eu preciso, a gente precisa plantar desde sempre a noção de consequência na cabeça dos
17:15nossos filhos.
17:16O autoritarismo, o fascista, como você descreveu, o que que ele planta?
17:20Que eu só obedeço quando o guarda está lá.
17:22A gente foi essa geração.
17:23Então aprende na dor.
17:25Mas na verdade, o dia que o guarda...
17:27Mas gente, o dia que o guarda não está, você não age corretamente.
17:32Então isso não é bom.
17:34Agora, a educação permissiva e omissa, na verdade, ela está colocando os filhos na
17:40beira do penhasco, em situações de extremo perigo.
17:43Porque esse filho está entendendo que ele vai estar perdido no mundo dos desejos.
17:49Eu vou fazer só o que eu gosto.
17:51É prazer imediato o tempo inteiro.
17:52Gente, isso é destruição certa.
17:55Eu sei.
17:55Mas do jeito que a coisa é polarizada, hoje em dia, não existe mais um momento que
18:00tem esse equilíbrio.
18:02Existe.
18:03Por isso que essa formação do adulto é tão importante.
18:06Porque se você entende que você vai andar pelo caminho...
18:09Mas na escola, doutora...
18:10Mas nas escolas também.
18:11E na escola.
18:12Porque na escola...
18:13Tem consequência na escola.
18:14Mas a escola é assim.
18:16Ele falando um dia de menina, outro dia...
18:18Depende da escola, né?
18:19Na casa tem outra coisa.
18:20Ele falou, opa, a minha casa não é legal.
18:22O legal são meus amigos na escola.
18:23Então, mas a gente precisa escolher as escolas.
18:26A gente precisa fazer um...
18:26Mas, gente, é sistêmico.
18:28Está em todo lugar.
18:29Só que a família é um ponto de identidade, de estrutura da sociedade como um todo, que
18:36a gente precisa pegar de volta o nosso propósito e a nossa missão.
18:39Mas tem que voltar a noção de autoridade, né?
18:41Total.
18:41Assim, hoje...
18:42Porque tudo que é...
18:43No fundo, a gente já está nesse paradigma progressista.
18:45E tudo que é autoridade já vira...
18:46Então, mas é pai opressor.
18:49É.
18:49A visão desse progressismo é isso.
18:50Ah, botou um pouco de autoridade é o fascismo.
18:52É isso aí.
18:53O fascismo agora é tão amplo, né?
18:54É isso aí.
18:55Paguei um boleto e sou fascista.
18:56É isso aí.
18:57É autoridade.
18:58Acordei cedo, fascista.
19:00É assim...
19:00Começa a ser um negócio tão insano que eu já não sei mais o que é.
19:03É bom, né?
19:04Esse argumento de você falar assim, meu pai é um opressor.
19:06É lógico.
19:07Você é um opressor.
19:08É lógico.
19:08E aí tem denúncia ainda.
19:10Denuncia o pai que não sei o quê.
19:12Porque o pai...
19:13Gente, a gente está com o problema.
19:14Então, mas o pai, ele quer fazer o quê?
19:16Você quer dar para o seu filho mais ou menos o que a turma está lá.
19:19Então...
19:19Você quer aquele filho que é inserido na sociedade.
19:22Então, aí a gente tocou em outro ponto.
19:24Então...
19:24Qual ponto?
19:25Não, mas agora tem que acabar o programa.
19:26Ah, gente...
19:27Você quer dar o Waze que volta amanhã.
19:29Olha, nós vamos fazer...
19:30Vocês sentiram...
19:31O nosso programa, ele está tomando...
19:33No ponto...
19:34Sim.
19:35Encontro de notáveis.
19:36Que é outro nível agora.
19:37Você vê que o nível foi melhor.
19:38É uma vertente.
19:39Nós vamos fazer outro encontro de notáveis.
19:42Vamos, vamos.
19:43E nós vamos falar sobre isso que...
19:45A gente não vai chegar à conclusão nenhuma.
19:46A gente tem um caminho, gente.
19:48Ele acontece um dia de cada vez.
19:50A gente usando as oportunidades.
19:52Tendo a coragem de frustrar os filhos.
19:54Sendo decente no trato com eles.
19:56É possível ter paz em casa.
19:59Confiança, proximidade.
20:01Orientar os filhos.
20:02Tudo isso é possível.
20:03Agora a gente precisa chegar perto e fazer a nossa parte.
20:05Muito bem.
20:06Não está pronto.
20:07Deixa eu agradecer ao Guilherme.
20:08O Guilherme sempre bacana.
20:10Pô, obrigado, velho.
20:11Você ter vindo aqui.
20:11Uma honra, uma alegria minha.
20:12Muito legal.
20:13Você sabe que a nossa audiência adora.
20:14Você e a doutora Daniela também.
20:16Estão aí nas redes sociais.
20:18Eu vou fazer o break agora.
20:19Que o programa já está terminando.
20:21Obrigado pela sua audiência.
20:22Vai lá, Reginaldinho.

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