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  • 15/04/2025
O primeiro episódio da segunda temporada de The Last of Us, lançado neste domingo (13), marca um retorno intenso ao universo pós-apocalíptico. A série da HBO, baseada no premiado game The Last of Us Part II, trouxe de volta Ellie, agora mais madura e em uma jornada ainda mais sombria.

Em bate-papo no podcast Glitch Clube, os convidados Otávio e Izabella destacaram o equilíbrio entre fidelidade ao jogo e novas decisões criativas. Embora cenas emocionantes tenham sido preservadas, mudanças na narrativa e ritmo causaram reações mistas. Ainda assim, a construção da ambientação e os diálogos continuam cativantes.

Com direção marcante, trilha sonora imersiva e fotografia de tirar o fôlego, a nova temporada promete manter o alto nível técnico. A expectativa agora gira em torno de possíveis surpresas na adaptação. Inscreva-se no canal e comente: a série está à altura do jogo?

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#TheLastOfUs #TLOU2 #GlitchClube #Podcast

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Transcrição
00:00Salve, salve, galera! Sejam bem-vindos ao Glitch Club, o podcast de games do Jornal Estado de Minas.
00:08E, gente, hoje o episódio é bem quente, uma pauta muito quente pra gente.
00:12Tá começando a segunda temporada de The Last of Us, todo mundo bem animado, tudo.
00:18E eu chamei vocês dois, Isabela e Otávio, bem-vindos, pra gente falar um pouco desse episódio que chamou a atenção aí, a internet parou pra comentar.
00:27Eu queria saber o que vocês acharam.
00:30Oi, Léo, Otávio, oi, galera.
00:33Então, eu achei um bom primeiro episódio.
00:36Ficou bem claro, assim, que eles estão preparando um terreno pra desenvolver a história mais pra frente, né?
00:42Então, não tem muita ação, não tem muita surpresa, não tem nada, assim, chocante, digamos assim.
00:50Mas, faz sentido pra um primeiro episódio.
00:52Então, tem muita gente reclamando disso, mas eu achei que faz sentido.
00:57Dentro desse contexto de primeiro episódio.
01:01Olá, pessoal.
01:02Fala, Léo.
01:02Obrigado pelo convite mais uma vez.
01:04Sempre um prazer estar aqui no Glitch.
01:06Bom, eu também gostei.
01:09Acho que concordo totalmente com a Isabela.
01:11Acho que eles já armaram o cenário, né?
01:14Já começou a construção dos personagens de uma forma aprofundada, né?
01:18As mudanças da Ellie ali, que na primeira temporada era um pouco mais infantilizada.
01:24E agora ela já é uma jovem mesmo.
01:27Mas ainda sofrendo aquela crise da adolescência, pós-adolescência, né?
01:32Exatamente.
01:32É, virou um...
01:33Deu a impressão de que essa temporada vai ser mais aquela coisa do coming on age, né?
01:38Que é o filme sobre a pessoa crescendo, virando adulta e tal.
01:44E acho que ficou claro que isso vai ser bem interessante, né?
01:47As relações pessoais dela ali, da série, são coisas que estão cavando interesse aí.
01:53Ah, bacana.
01:54E pra começar, né, gente?
01:56O que vocês acham?
01:57O episódio superou as expectativas?
02:00Frustrou pra alguns?
02:01Você, Isabela, tinha falado que teve uma repercussão aí.
02:04Você pode comentar um pouco sobre isso?
02:05Então, pelo que eu vi por alto, né?
02:07Assim, porque é muito pouco tempo, né?
02:09Entre o lançamento e...
02:11É, a gente tá gravando o dia seguinte.
02:12É.
02:13E assim, muito cedo, né?
02:15Na segunda de manhã, eu vi ainda o que tava ali.
02:18Mas eu vi muitos elogios.
02:20Mas a parte de críticas que eu vi foi muito nesse sentido do ritmo do episódio.
02:26Bacana.
02:28Mas...
02:28E aí, claro que tem aquele fã chato que vai reclamar das minúcias.
02:33Ah, porque não tá exatamente igual.
02:34Ah, porque não sei o quê.
02:35Mudou o roteiro.
02:37Sempre vai ter esse povo, né?
02:38É.
02:40Mas...
02:40Sempre tem aquele que reclama de não ter o Colan amarelo no vovê.
02:46Exato.
02:46A L não parece tanto com a L do jogo.
02:49É, nossa, esse aí continua, né?
02:52Não superaram até hoje isso.
02:54Até mesmo.
02:55Mas...
02:55Mas eu acho que é o que o Otávio também comentou, né?
02:59De assim, vai tá mostrando o que aconteceu, né?
03:03Nós tivemos um fechamento ali da primeira temporada muito frenético.
03:07Então o primeiro episódio tá servindo pra mostrar, assim, o que aconteceu.
03:10E a sensação que eu tive também é acalmaria antes da tempestade.
03:15Sim.
03:15Eu tive muito essa impressão.
03:17Porque tá todo mundo bem, tá todo mundo felizinho e tem a comemoração de Ano Novo.
03:23Sabe?
03:23Tá...
03:23O clima tá leve.
03:25Sim.
03:26Assim, claro, tem uma tensão entre a L e o Joe.
03:29Mas assim, por uma questão entre os dois.
03:31Mas a comunidade em si tá suave, tá tranquila.
03:35Tá na vibe vida perfeita, né?
03:37É.
03:37E eu fiquei naquela expectativa da merda acontecer.
03:41E aí eu lembrei porque eu não gosto de série de zumbi.
03:44Ah, tem isso.
03:45Porque é aquela coisa, tá tudo bem, você fica assim, tá bem demais.
03:48É, se tiver silencioso, prepara que vem, né?
03:50É, porque nenhuma série de zumbis vai ficar tranquila a temporada inteira durante todo
03:56o tempo, né?
03:56É isso.
03:57É, mas é importante, gente, a gente falar que pra quem não assistiu, não gosta de
04:00spoilers, é que pode conter alguns leves, mas que não vai atrapalhar a sua experiência
04:05ao acompanhar tanto a primeira temporada quanto a segunda, que vai estar acontecendo agora,
04:09né?
04:09É, a gente vai tentar evitar aí e falar de coisas que comprometam aí a diversão da pessoa
04:14quando assiste, mas realmente até pela própria característica do episódio, não tem nada
04:19que eu acho que a gente possa falar que a pessoa realmente vai se desconectar de
04:23Ah, agora já sei disso, então não vou ver.
04:25Não, pode ver que vale.
04:27Ele foi bem introdutório pra mostrar como é que tá o universo narrativo naquele período,
04:31né?
04:32Naquele ponto de início da série.
04:34Como que estão os personagens principais.
04:35É, mostrar ali a relação da Ellie com o Joel, como é que tá a comunidade, como que
04:40eles se introduziram ali, mostrando que a Ellie tem um relacionamento, que ela tem algumas
04:44amizades, um ciclo ali de relacionamento com as pessoas e o Joel também mostrando o posicionamento
04:48o posicionamento dele ali dentro, né?
04:50Um patamar de liderança, né?
04:53Sim.
04:53Então isso foi bem importante pra posicionar.
04:55E a contradição, né?
04:56Já abre com aquela cena lá do pessoal enterrado, né?
05:00Naquele cemitério lá.
05:02Sim.
05:02E isso é muito interessante como eles trabalham a questão temporal, né?
05:06Do salto da temporada passada, de como finalizou a temporada, pra abrir já com isso, né?
05:13Dos vagalumes, né?
05:14Dos vagalumes.
05:15Dos vagalumes lá e aquela coisa já do luto.
05:18E aí tem essa coisa de que o Joel não foi exatamente verdadeiro com a Ellie ali sobre
05:22esse tema.
05:23E tinha algumas coisas.
05:24E pelo visto isso vai ser pela série pra fora, né?
05:28Isso vai ser uma coisa importante na relação dos dois e na coisa que vai desenrolar aí
05:34pelo visto, né?
05:35É.
05:35Exato.
05:36Não sabemos se...
05:37Começando, né?
05:38As comparações, não sabemos ainda se a Ellie já sabe.
05:42E se esse comportamento é por aquilo que ela sabe ou se esse comportamento é porque
05:46ela sabe que ele tá mentindo, mas não sabe o quê.
05:49E aí ela tá com raiva por ele estar escondendo algo dela.
05:52Não ficou claro se ela sabe ou não, mas ela sabe que tem alguma coisa errada.
05:56É, tanto é que ela pergunta uma hora efetivamente pra ele, né?
05:59Tipo assim, tudo que você me falou dos vagalumes é verdade ou não?
06:02E aí você vê que ele dá aquela congelada e fala, não, é verdade, é verdade, mas assim,
06:08não precisa ser filha do cara pra saber que ele tá escondendo alguma coisa ali.
06:11É que tem alguma coisa ali que tá só panos ali, né?
06:14Só da relação do que aconteceu.
06:15E depois vem a cena, que eu não sei se já tá na hora de falar sobre isso, da terapeuta,
06:20né, que aí ali a própria terapeuta vira pra ele e fala, eu sei que você está escondendo
06:24alguma coisa, inclusive de mim.
06:26Sim, essa cena é muito importante, a gente pode comentar ela um pouco mais pra frente
06:30na hora que a gente falar sobre a diferença do jogo pra série, né?
06:35Porque essa é uma parte crucial de como vai introduzir todo o começo do episódio.
06:42Inclusive, não, é porque tá junto dessa questão de ter gostado ou não.
06:48Estou aqui, inclusive com essa blusa, em referência à nova personagem que surgiu, que ela tá
06:56com a blusa vermelha na cena.
06:58A Abby?
06:58Sim, não.
06:59A nova personagem?
07:01Não, a...
07:01Ah, tá, sim.
07:02A Dina.
07:03Isso, a Dina.
07:04Já ia falar a Diva, gente.
07:05A mania.
07:06A Diva.
07:07A Diva.
07:07A Dina, que ela me surpreendeu muito também, ela foi um dos pontos que eu mais gostei.
07:13Eu achei ela muito cativante, a atriz extremamente cativante.
07:17Sim.
07:18Uma boa química com a Ellie, assim, muito, muito legal mesmo, foi um dos pontos que eu
07:24curti.
07:25É, ficou uma tensão ali, né?
07:26Tem alguma tensão que a gente não sabe exatamente o que que é, se a Ellie tá já
07:33atraída por ela, ou o que que vai desenrolar dessa relação.
07:37Eu acho que isso ilustra bem o que você falou no início, né?
07:41Que, assim, tem o cenário que tá sendo construído ali pra depois virem os problemas, né?
07:46Pra depois virem o caos.
07:48E acho que, assim como a relação da Ellie com o Joel, dessa coisa da mentira e tal,
07:52essa é uma relação que eu tenho uma impressão, certeza não tem, mas tenho uma impressão de
07:59que também vai tangenciar o decorrer da Ellie nessa temporada, né?
08:05Sim.
08:05E a gente pode perceber também que a Gina é uma peça fundamental pra conectar a Ellie
08:11com os outros ciclos dela, né?
08:13Que ela tá em todos os ciclos que a Ellie também tá.
08:16Ela tem relação com o Joel, ela tem relação com aquele carinha lá, o asiático, ela tem
08:21relação com toda a comunidade, assim como a Ellie tem, né?
08:24Elas fazem missões de reconhecimento juntas, então elas têm ali um convívio bacana dentro
08:31da comunidade que eu acho que a Gina, ela pode movimentar ali, né?
08:35Pra poder explicar talvez uma relação, por exemplo, dela com o Joel, da Ellie com o Joel,
08:40igual ela fez, né?
08:41Foi conversar com o Joel, perguntar o que que tava acontecendo.
08:43Isso é massa porque também já começa a trazer características fortes de personalidade dos personagens, né?
08:49Tipo assim, aquela hora que elas meio que não respeitam a regra lá no meio do... e entram no lugar lá...
08:54E ela é uma pessoa que vai junto com a Ellie, né?
08:56Exatamente, ela vai sendo arrastada por essa rebeldia, entre aspas, da Ellie, né?
09:01E ela também, isso que a Isabela falou é massa, ela também é uma personagem que você sente, assim,
09:06que ela é forte, né? Ela tem uma personalidade forte, ela vai ter uma importância interessante aí,
09:12pelo visto, né? Na série.
09:13Sim, mas a escolha de atriz também eu achei muito boa.
09:16É, o casting é bom. Essa série tem isso, né?
09:18Assim, não tem um ator ruim, os principais são excelentes, né?
09:24A gente tá falando de Pedro Pascal no elenco, né?
09:26Sim.
09:27Que homem, que homem.
09:29Gente, como vocês sentiram, assim, a mudança da Ellie, né?
09:32Da primeira temporada pra segunda, como vocês viram a evolução dela aí nesse momento de transição?
09:39É, dá um salto meio brusco, né?
09:40Vou começar aqui.
09:42Acho que essa ideia dela estar entrando na vida adulta, deixando de ser criança, virando adolescente, jovem, sei lá,
09:49ficou um pouco brusco, porque acho até por uma característica da própria atriz, né?
09:56Ela realmente também, quando gravou, foi bem antes de ter lançado, então deu uma diferença até no aspecto físico dela,
10:03mas parece que vem coisa que vai estar entre os dois, né?
10:09Daqui a pouco eles vão começar a revelar coisas entre o fim da série e os cinco anos depois que eles avisam lá do salto, né?
10:16Que eles já estão nessa comunidade e tal, o trecho antes deles irem pra essa comunidade é minúsculo,
10:22que foca exatamente nessa coisa do mentiu ou não mentiu, na questão dos vagalumes, e aí já corta pra comunidade.
10:29E dentro da comunidade tem essas características da Ellie mesmo, que é, tipo assim, mais rebelde, ficando mais adulta,
10:35e acho que uma das coisas principais é numa distância emocional real do Joel, né?
10:41Que é uma coisa que também parece comum aos adolescentes terem nessa fase com os pais,
10:48e isso que eu acho que é muito legal, que coisas que são universais e naturais pra qualquer pessoa nessa fase da vida,
10:55tanto do pai, Joel, quanto da filha ali,
10:58a série vai misturando isso com características fortes da personalidade e tal,
11:04então você fica muito envolvido ali com aqueles personagens, especialmente com a Ellie, né?
11:09Ali a relação dos dois, na minha opinião, também, além de ser uma adolescente que tem esses embates,
11:16eu acho que grande parte dos adolescentes tem algum nível de embate com os pais,
11:20e ele é ali a figura paterna pra ela, né?
11:23Então tem realmente ali um embate, uma certa rebeldia,
11:27acho que todo mundo passa por esse momento também de, não, eu consigo me virar,
11:32eu sou dono de mim mesmo, que às vezes não é, né?
11:36Não tá na hora ainda...
11:37Sabe nem fazer um arroz, mas já acha que é adulto.
11:40Mas...
11:41Acho que só porque mata um creeper, já é um instalador, já sabe nem descascar uma cebola e já tá aí.
11:48Mas eu acho isso comum, e eu acho que é interessante isso aparecer como um elemento ali desse universo,
11:54que apesar de ser um mundo apocalíptico, os adolescentes continuam adolescentes.
11:57Sim, até porque é um momento de paz ali dentro da comunidade, né?
12:01Existe esse momento de paz, né?
12:03Entre o final da primeira temporada e o começo da segunda.
12:06Sim, e aí...
12:09E ao mais ao mesmo tempo,
12:12o personagem do Joe também, ele tem um problema de se comunicar, de se abrir, né?
12:17Então, que piora.
12:20Porque você vê, por exemplo, no momento que ele vai falar do violão, por exemplo,
12:24você vê que é ele tentando ajudar, mas ele não sabe muito como,
12:28então fica uma coisa meio esquisita, fica forçado, mas você vê que ele tem uma intenção boa.
12:33Então, assim, não é só ela ser rebelde, mas é ele também ter essa dificuldade de se aproximar
12:39e não saber muito bem como fazer.
12:41Isso é muito legal como é bem construído, né?
12:43Porque aí tem muito cara de pessoas reais mesmo, né?
12:46Assim, do que a pessoa tá vivendo ali.
12:48Esse setup, né?
12:49Que vocês falaram de que tá tudo bem e daqui a pouco vem o caos,
12:53isso é muito legal porque a gente tá se apegando fortemente àquela galera, né?
12:56A gente já era apegado aos dois, desde a temporada passada ou, sei lá, até desde o jogo, né?
13:02Exato.
13:03Mas, agora, assim, com essa introdução dos novos personagens,
13:07daquela comunidade ali, você fica doido pra ver mais da comunidade.
13:11Quase assim, pô, me dá mais, né?
13:13Eu quero um spin-off sobre essa comunidade e tal.
13:17Só que nessa expectativa de, tipo, velho, alguma coisa vai dar muito ruim aqui.
13:23Gente, o Walking Dead tinha tanta sensação o tempo todo.
13:27Exato, gente.
13:28Bom, eu acho que isso aí já...
13:30Tem um grande que a Isabela falou, que aí acho que eu queria já pular pra parte da terapeuta,
13:34que aparentemente isso não tá no jogo, né?
13:37Não, não faz parte.
13:39É, então já vamos puxar pra segunda parte, né?
13:42Boa.
13:42A gente vai falar agora sobre as diferenças e semelhanças entre o jogo e a série, né?
13:48O primeiro episódio da Ressa Fuzz com o segundo jogo, né?
13:52O começo.
13:53E aí um dos primeiros pontos que a gente pode falar é exatamente isso da terapia, né?
13:56Que ela foi uma ferramenta utilizada exclusivamente na série, né?
13:59Quer começar falando disso?
14:00Bom, eu acho que é importante porque ali é visual, né?
14:06É diferente, por exemplo, de ter um texto de apoio, de ser um livro com uma narrativa.
14:11Então é um elemento, que eu imagino que é o que você vai comentar,
14:13que é um elemento narrativo mesmo, pra contar, tipo assim,
14:16pra que ele tenha a possibilidade de falar.
14:19Sim.
14:19Porque ele não vai virar pra câmera e vai falar pra câmera sozinho.
14:22Então é um personagem que foi acrescentado ali pra fazer ele falar com a gente.
14:27Eu acredito que é isso que você vai comentar.
14:30E eu gostei dela.
14:32Eu gostei do jeito que foi colocado.
14:34Até porque ele tem os conflitos internos dele.
14:38Sim.
14:38É muito legal que ela se coloca vulnerável.
14:41Então, o DIY matou o marido dela.
14:44Mas mesmo assim ela consegue saber que, tipo assim, ele não teve escolha.
14:50E ele é uma boa pessoa, logo eu vou ajudá-lo.
14:54Dá pra ver essa lógica que ela faz no raciocínio.
14:57Mas com dificuldade, né?
14:58Com muita dificuldade.
14:59Porque ela é um ser humano.
15:00É, ela é um ser humano, não deixa de ser.
15:02Aí eu fiquei pensando também, uma coisa muito engraçada que eu fiquei pensando quando
15:05eu vi essa cena, é como que essa galera precisa de um psicólogo e como deve ter pouquíssimos
15:12psicólogos que restaram.
15:13E ela parece que é uma das melhores ali disponíveis, né?
15:15Ela é psicanalista, ela falou, né?
15:17A formação dela e parece que ela é realmente uma pessoa bem especializada nisso.
15:20Sim.
15:21É, eu acho massa que esse é um recurso já, digamos assim, quase antigo na história
15:27do cinema, né?
15:28Sempre quando vem, assim, uma terapeuta, eu lembro do Silêncio dos Inocentes, que eu
15:33acho que é, sei lá, o filme perfeito, assim, de suspense, né?
15:37Super vencedor, super um clássico mesmo.
15:40Que é exatamente, né?
15:41A Clarice vai lá falar com o Hannibal Lecter lá dentro do presídio e a tensão é construída
15:47nessa relação ali dos dois conversados, conversando, sentados e tal.
15:52E, assim, nesse aspecto o Joe é um pouco o Hannibal Lecter ali.
15:57Ele matou, né, o marido da terapeuta e ele fez algumas coisas que, né, que a gente até
16:03já comentou, que ele não conta exatamente pra ele, que são coisas pesadas e tal.
16:08E aí isso é muito legal, porque aí mostra que primeiro a terapeuta tem dificuldade
16:13de falar com ele, né?
16:14Porque sabe que ele é o responsável pela morte do marido dela e tal.
16:18Então isso já coloca um elemento a mais no que a gente já tá acostumado nessa questão
16:23da terapia e até também nisso que a Isabela falou.
16:26Tipo assim, homens às vezes, né, não tem uma certa facilidade de se abrirem.
16:31Não tô nem particularizando ao gênero, mas isso existe, assim, é comum a gente ver
16:36isso, né?
16:37E acho que esse recurso é um recurso que funciona muito bem exatamente nisso mesmo,
16:43de ao invés dele colocar um off, ah, e aí ele...
16:48Não, tá ali uma figura que sequer escuta bem, né?
16:52Tipo assim, apesar dela ser uma terapeuta formada e tal, explica lá a diferença entre
16:57psicóloga e psiquiatra, não sei o que.
16:59Ali é um momento que, ao mesmo tempo, tem essa paz que não é tão... não te dá um
17:05suspense, né?
17:06Não parece que um dos dois vão brigar e tal.
17:10Porém, o suspense mora naquele contexto, velho.
17:14Imagina você ser uma terapeuta do cara que matou o seu marido.
17:18Exato.
17:18E ao mesmo tempo, do lado dele, tipo assim, porra, eu vou falar com essa mulher aqui
17:22nessa comunidade, que é uma comunidade totalmente diferente do que a gente tá acostumado aqui
17:26nos ambientes normais e, tipo assim, eu já não tenho muita facilidade de me abrir, vou
17:32ter que me abrir com a mulher do cara que eu matei, então eu achei essa cena muito legal
17:37e aí eu queria trazer até aquela série Adolescência.
17:41Sim.
17:42Essa série Adolescência, ela usa esse recurso também da terapeuta, né?
17:46A gente pode até depois pensar um episódio sobre essa série Adolescência, que eu acho
17:49que é legal.
17:50Só que na série Adolescência, a terapeuta tá com medo, efetivamente, do menino, né?
17:58Enfim.
17:59Tem essa construção também dessas barreiras que não são só de comunicação, que são
18:06de tensão, de suspense e do contexto de que, né?
18:11Cada um.
18:11No caso da Adolescência, o menino tem o BO dele lá, que não vem ao caso agora, né?
18:16A gente fala depois e, nesse caso, voltando ao Last of Us, fica nessa dualidade e, no fim
18:23da conversa, você sente que o Joel, ele sai pensando assim, pô, poderia falar mais, mas
18:28o contexto também não ajudou e...
18:30E não tem como ele procurar outra profissional, que eu provavelmente nem cheio.
18:34Exatamente, mas eu acho que a função...
18:36E se ele pudesse, provavelmente ele procuraria, né?
18:38Mas eu imagino que a função ali não era dele se confessar a terapeuta, né?
18:44Mas sim, ele entendeu o que ele tem que pensar, como se fazer, né?
18:48Tanto que ele quase falou com ela, começou ali a chorar, comecei a cair um pouquinho
18:53de lágrima e ele foi lá e só resumiu.
18:55Eu ajudei, eu salvei a vida dela e fui embora.
18:58Mas eu acho que isso aí pode ter sido positivo, por mais que ele não tenha falado com a terapeuta.
19:02É porque mostra a culpa que ele carrega, que ele sabe o peso do que ele fez, sabe?
19:08De ter matado aquela galera por um motivo dele.
19:11Exato.
19:12Tipo assim, é totalmente dele, que a L é importante pra ele.
19:16Então assim, não era pensando em ninguém, não era pensando na comunidade, não era pensando
19:21no todo, não era pensando na humanidade.
19:23Ele pensou exclusivamente no que ele sentia ali no momento e agiu.
19:27E ele sabe que ele continuaria fazendo a mesma coisa, talvez.
19:32Acredito que se ele voltasse no tempo ele faria a mesma coisa, mas ele sabe que foi muito sério.
19:37Tanto que ele não fala pra, assim, não sabemos, né?
19:40Mas assim, até o momento ele não falou pra ele, não consegue falar pra terapeuta.
19:44Então ele sabe a gravidade do que ele fez.
19:46É legal isso, formal, Léo.
19:48É legal isso que é aquela dualidade da linha do trem, né?
19:53O utilitarismo, né?
19:54Não, você tem cinco pessoas amarradas de um lado e você tem a sua parente ali no outro.
20:00Eu ia chegar nesse ponto, na questão filosófica mesmo.
20:02Exatamente.
20:03Eu acho que essa cena da terapeuta, eu acho que ela foi uma das grandes coisas desse episódio
20:08por causa disso.
20:09Que ela mostra, assim, que o cara é uma dualidade ambulante.
20:13Que ele tá, que é isso que a Isabela falou, ele tá em constante conflito entre ter que
20:17decidir o que ele considera melhor pra ele, pra filha, né?
20:21Vamos chamar de filha dele.
20:23E o que é melhor pra uma certa coletividade, para mais pessoas, né?
20:28Tem um spoiler aí que acho que a gente não precisa comentar, mas que é isso, assim,
20:31esconder isso até que ponto ajuda ou não ajuda as outras pessoas também da comunidade
20:38a protegerem ela e tal.
20:41Então é muito interessante que é exatamente isso.
20:43É uma questão filosófica ali que ele é deparado.
20:47Exato.
20:47Mas, pode falar?
20:49Pode, pode falar.
20:50Eu só ia mudar um pouco de cena.
20:52Então vamos finalizar, porque é o seguinte, essa cena da terapia, ela substituiu uma cena
20:59que acontece logo no início do jogo, né?
21:01Que ao invés do Joel conversar com a terapeuta, ele conversa com o irmão dele, o Tommy.
21:06E aí ele já vai mais direto, ele fala, olha só, aconteceu isso e isso, contou exatamente
21:09o que aconteceu e ele disse claramente que, ele contou pra ela só de que eles fizeram
21:15os exames e ela foi embora e liberaram ela.
21:18Não contou a verdade pra ela, não contou a verdade pra ele no caso.
21:21E aí ela ficou ali desconfiada e tal e aí ela ficou um pouco mais afastada do Joel.
21:29Então foi isso.
21:29E em termos emocionais, Léo, sei que vocês dois jogaram mais que eu, bem mais no caso,
21:36o que vocês acham?
21:38O que teve mais tensão?
21:40O que carrega?
21:42Porque assim, a impressão que me dá é que no jogo leva a história pra frente mais rápido,
21:49digamos assim, né?
21:50Inclusive isso que você acabou de falar, nesse caso.
21:53Mas a tensão da série, mesmo mais diluída, por exemplo, a coisa dele tá falando e não
22:00tá sendo tão bem ouvido, por essas questões que a gente acabou de comentar, né?
22:04Sobre quem é a terapeuta dele e tudo.
22:07Tem mais tensão?
22:09Ou vocês acham que, por exemplo, a cena com o irmão e tal, o que vocês veem aí?
22:14Eu acho que tem vários detalhes.
22:14Mas esse diálogo dele com o irmão, com o Tommy, fica claro que ele aconteceu, não
22:20é mostrado, mas eu achei muito claro que o Tommy sabe, tanto é que quando a Ellie
22:24começa a gritar, né?
22:27Posso falar?
22:28Spoiler!
22:29Que ela é imune, né?
22:30Ah, eu fui imune, já fui mordida, ela começou.
22:32É esse spoiler que eu tava tentando evitar, mas tudo bem.
22:34Mas quem já viu a primeira temporada já sabe.
22:35Aí não que ela começa a gritar, ah, já fui mordida e tal, dá pra ver que ele já
22:39sabe, ele não se assusta com aquilo.
22:41Então provavelmente esse diálogo aconteceu.
22:43Só que nesse meio tempo aí, em algum momento temporal, acredito que vai ter muito flashback
22:49ao longo da temporada pra contar essas histórias.
22:52Porque mostra, por exemplo, o sapato da terapeuta com o Deugênio.
22:55E o Deugênio é diferente do jogo também.
22:58É outro personagem.
22:59Eu não crie que seja o mesmo personagem, porque não bate.
23:04Deve contar a história.
23:05Tipo assim, de como que ele morreu, né?
23:09Eu acredito que vai ser um flashback.
23:11Aí tem...
23:13Essa coisa dos flashbacks é interessante, né?
23:16Que vai, vem e...
23:18E assim, no cinema isso às vezes é um pouco criticado, né?
23:24O flashback como um recurso tal qual a voz em off, né?
23:30Um recurso que seria, em muitos casos, se não utilizado de uma forma boa, um recurso pobre.
23:35E lá não é.
23:38Nesse caso, pelo contrário.
23:40Ele parece que assim, dentro dessa lógica de ir construindo o setup da tensão a fogo baixo e tal,
23:48casa muito bem, né?
23:50É porque a gente instiga a curiosidade.
23:51Tipo, poxa, o que aconteceu?
23:53A gente instiga...
23:54Ainda mais que não jogou.
23:55Que fica assim, uai.
23:56Os dois acabaram de boa e agora estão assim.
23:58O que aconteceu?
23:58É um pouco isso, assim.
24:00Vai no tempo e volta, mas não te entrega tudo, né?
24:03Então, na verdade, o que eu acho que fica interessante nesses flashbacks é exatamente o que eles deixam de contar, né?
24:10E é isso que meio que te fisga.
24:11Não necessariamente o que você estava vendo ali, né?
24:14Aí, sobre a tensão que você falou, eu acho que tem menos tensão, porque eu acho que, como eles vão separar, né?
24:22Eles vão dividir o jogo 2 em duas temporadas.
24:25É, a segunda parte.
24:25Então, tem mais tempo.
24:27Eu acho que tem a questão do tempo.
24:28Eles têm mais tempo para fazer as coisas.
24:30Sim.
24:31Além disso, eu acho que eles mudaram as coisas de lugar.
24:36Isso.
24:37Foi bem...
24:38Eles acomodaram os acontecimentos numa ordem diferente.
24:41Numa ordem cronológica.
24:42É, numa ordem cronológica diferente.
24:44É.
24:44E eu acho que, voltando nessa parte da terapia, a comparação com o começo do jogo,
24:50a terapia, ela serviu mais para trazer um lado mais emocional do jogo.
24:54Porque ele estava muito na zona de conforto contando para o irmão dele lá no início do jogo, né?
24:58Agora, com essa vertente de fazer a terapia, mostrou um lado mais sensível dele e tal.
25:04E dá também um medo, assim, né?
25:05Dessa terapeuta, sei lá, atrair ele.
25:08É.
25:08Sair contando as coisas que ele está falando ali.
25:10Isso.
25:10Uma coisa muito séria.
25:11Porque, assim, não tem o conselho regional de psicologia ali para chegar e falar, ó, você
25:14tem que ter responsabilidade aqui com o seu paciente.
25:17É.
25:17Pelo contrário, ela está lá tomando uns goles e você já fica naquela impressão, cara,
25:22o que vai dar nisso aqui, né?
25:23E no final da conversa, no caso, no jogo, desse assunto, o Tommy fala assim, se você quiser,
25:29o assunto morreu aqui.
25:30E não se toca mais nisso.
25:31Tanto é que na série ele fala, isso que a Isabela falou é interessante, essa conversa
25:36realmente parece ter já acontecido.
25:38Porque na hora que a Ellie comenta com ele, ele fala, Ellie, a gente não fala disso.
25:42A gente não fala sobre isso.
25:44E ela...
25:45É, eu falo e tal.
25:46E grita.
25:47E grita e mostra e tal.
25:48Mas aí o início, eu queria comentar essa cena do início, né?
25:51Que vocês falaram várias vezes que começa diferente.
25:54E aí na série começa com aquela cena das cruzes, né?
25:58Do enterro ali dos vagalumes que morreram nesse ataque louco aí do Joe.
26:03E isso acontece, não essa cena, né?
26:06Mas essa revelação de que isso aconteceu e a introdução do propósito da Abby só
26:13vai acontecer mais pra frente no jogo.
26:14Só na frente.
26:15E aí já trouxeram pra cá.
26:16Então, tipo assim, de cara você já sabe.
26:18Ela vai...
26:19Ela quer vingança.
26:20O que já muda do jogo.
26:21E ela já fala logo no começo, né?
26:23Naquela cena do pessoal ali no cemitério já falando.
26:26Já falando claramente que a busca que eles querem é a vingança com o Joe.
26:29Ainda fala, quero matar ele lentamente.
26:32Então, assim, ela não quer só matar.
26:33Ela quer que ele sofra, sabe?
26:35E em comparação ao jogo, eles mostram a Abby na primeira hora do jogo,
26:40mas não sabem ali qual que é o objetivo dela, qual é o intuito dela estar lá.
26:45A única coisa que o pessoal acha estranho, e eu acho que isso é bacana por causa da narrativa de um jogo de videogame,
26:51é que desde o começo a gente só controlou o Joe e a Ellie no primeiro jogo.
26:56No segundo, eles já colocam a Abby sem apresentar ela direito.
26:59Aí do nada, como assim a gente tá controlando essa moça aqui?
27:01Quem é ela?
27:02Então, dá esse suspense, essa estranheza exatamente por isso.
27:05Ah, que legal.
27:05É bem diferente, né?
27:08Mas assim, eu acho que talvez, como eles vão usar muito flashback,
27:12talvez eles quiseram colocar uma ordem cronológica também pra dar uma organizada,
27:17já que eles vão usar o recurso do flashback.
27:19Então, tipo assim, ah, então isso aqui já vamos organizar?
27:21Não vamos contar tudo, que não sabemos quem que ela enterrou ali,
27:26mas já você sabe que tem uma história aí.
27:29E o que ajuda, né, nesse passado, né, que é onde eles abrem e depois andam cinco anos,
27:35o que ajuda nesse momento da história ali, a história ir pra frente, né?
27:40Que acho que esse que é o ponto que o flashback, mesmo na primeira temporada, já era tão bem utilizado, assim.
27:47Você não volta pro passado pra coisas, sei lá, pra fazer construção de personagem, pura e simples.
27:54Sempre é alguma coisa que vai virar uma espécie de plot twist, ou sei lá,
28:00uma coisa que vai gerar uma tensão no futuro ali, né?
28:05Isso, às vezes até pra dar um contexto diferente daquilo que a gente entendeu no começo, né?
28:09Eu acho que pode ser...
28:11É, e já te coloca numa tensão, porque você sabe que a galera tá além dos monstros, né, e tudo,
28:16essa galera quer vingar, quer violência com relação a eles.
28:21Então, é um elemento de tensão a mais, né?
28:23Aí no finalzinho eu vou querer dar um pequeno chute do que vai acontecer,
28:30mas aí eu deixo pra finalização do episódio, que aí quem não quiser ouvir não escuta.
28:35Mas agora falando um pouquinho de semelhança também, teve muita coisa igual.
28:38Sim.
28:39Muita coisa igual também, que eu achei muito bacana.
28:42O jogo começa já com essa tensão entre eles também.
28:45Também há esse choque de, peraí, eles eram melhores amigos, pai e filha, e agora?
28:49Porque eles estão assim.
28:50Mas tem esse relacionamento também da Hebe com a... já ia falar diva de novo.
28:56É, a Tina.
28:57Que ficou muito igual, por exemplo, a cena do Ano Novo, é igual, eu vi inclusive uma comparação,
29:07eles escolheram os mesmos ângulos de câmera.
29:09Sim, foi bem bacana.
29:10A mesma decoração com as luzinhas.
29:13O ator que faz o homofóbico.
29:15É igualzinho mesmo.
29:16É igualzinho.
29:17Eu assisti no episódio, depois eu assisti as primeiras três horas do jogo.
29:22E realmente ele, aquele carinha lá, o asiático, é a mesma coisa também.
29:27Então eles pegaram um personagem bem parecido.
29:29A Tina, por exemplo, também é muito.
29:30Então a galera do Colan, não reclame, entendeu?
29:33As coisas estão parecidas.
29:36Vamos lá.
29:36A única crítica que ficou assim mesmo foi da Ellie não ser parecida, mas...
29:41Mas ela é muito boa atriz, né?
29:42É, é uma ótima atriz.
29:45Eu acho que as pessoas não conseguiram separar essas duas coisas, que não adianta ser parecida.
29:49Aí tá, tinha uma atriz, vamos supor que nos testes tinha uma atriz que é excepcionalmente parecida.
29:53Mas aí não passa a emoção, não sabe atuar.
29:55É, não passa a tensão.
29:56Essa menina, gente, eu lembro dessa menina em Game of Thrones,
29:59ela me assustou de tão boa atriz que essa menina, sei lá, com cinco anos de idade.
30:02É verdade.
30:03Foi bizarra aquela cena dela, agora eu não vou lembrar, né?
30:06Mas é...
30:07Ela não...
30:08Ah, enfim, não vou lembrar da família.
30:09E tem que pensar que também é uma atriz que tá em casa, né?
30:11É uma série da HBO, já tava trabalhando no Game of Thrones,
30:15então deve ter uma equipe de direção ali que já conhece o potencial dela
30:19e pode ser melhor pra trabalhar com ela, né?
30:20Sim, sim.
30:21Aí eu acho que o povo, às vezes, questiona um pouco errado esse ponto.
30:28É que nem tudo é sobre a aparência, né?
30:29Se ela atua bem, eu acho que é isso que vale mais do que a aparência em si.
30:34Mas tem uma pequena mudança também, que eu acho que foi muito boa do jogo pra série,
30:41que no jogo ele empurra, mas o cara não cai.
30:45O homofóbico não cai no chão.
30:47E aí eu acho que ficou melhor ele empurrando, porque justifica mais a raiva dela.
30:52Sim.
30:53Porque não fica desproporcional a raiva dela com ele.
30:56Fica proporcional.
30:58Sabe?
30:59A reação dela de qual que é o seu problema faz mais sentido.
31:03Sim.
31:03Ele sendo mais agressivo.
31:05Exato, é.
31:05Fica...
31:07Aí dá uma impressão de que ela realmente tem motivo pra estar nervosa, assim, né?
31:11É, não fica desproporcional.
31:12Sim.
31:12Porque no jogo ficou um pouquinho desproporcional, porque ele só chega e questiona, e ela vai
31:16e briga com ele também.
31:18É, deve ser limitação gráfica da época ali, de movimentação.
31:22Às vezes fazer um movimento muito brusco, poderia...
31:23Pode ser.
31:24É coisa assim, é igual esse negócio dos instaladores.
31:26Ah, acho que não, cara.
31:27É roteiro mesmo.
31:28É roteiro mesmo, né?
31:29É roteiro.
31:29Eu sei.
31:30Porque, de certa forma, o jogo é aquilo que a gente falou.
31:32Ele exige que você vá um pouco mais rápido.
31:35Então as coisas, às vezes, são um pouco mais diretas, talvez.
31:38E as cenas dos jogos são menores, né?
31:40É, com certeza na série, ele está especialmente nesse primeiro episódio, e aí eu acho que
31:45vem até um pouco do que a galera pode estar falando mal ou não aí na internet, que é
31:51te cozinha em fogo baixo mesmo, né?
31:53Assim, não tem aquela cena de ação que te fala, nossa senhora, como é que eu vou dormir
31:59agora e tal?
32:00Exato.
32:00Não, é assim, tá ali, sofra comigo aqui, porque daqui a pouco vai vir uma explosão,
32:07né?
32:07Então é aquela coisa, vai te deixando em alerta, mas sem essa... sem extravasar, né?
32:16Ainda.
32:17O que mais que tem parecido de diferente?
32:21Não, acho que são essas as questões mesmo.
32:23As principais, né?
32:24A forma que introduziu a Hebe, né?
32:26Bem diferente, já falando, não, queremos matar Joel, já mostrando toda a galera.
32:31Acho que foi bem isso mesmo.
32:32Sim.
32:33E de semelhança, a gente pode mostrar que os instaladores, eles estão mais espertos, né?
32:38Ah, é, tem...
32:38Isso.
32:39E aí já mostrou que eles já estão mais espertos e que isso, obviamente, tem a ver
32:43com o que o jogo poderia oferecer na época, né?
32:46Os instaladores no primeiro The Last of Us, que era do Playstation 3 lá em 2013, eles
32:50não eram tão inteligentes porque a inteligência artificial ali dos jogos não conseguia levar
32:55um zumbi com inteligência grande.
32:58No Playstation 4, eles já conseguiam colocar uma inteligência maior no instalador e tal.
33:04Ele conseguia correr mais rápido, perseguir, então, uma inteligência mais própria.
33:08E eu acho que eles conseguiram levar isso bem bacana pra série, né?
33:12Não, é interessante.
33:12Essa evolução foi bacana pra série.
33:14Legal, interessante.
33:15E vendo um comentário no final, né?
33:17Quando acaba o episódio, ainda tem uns trechinhos, né?
33:20Que passam depois e falam um pouquinho também de como que foi a construção da série, né?
33:25Sim.
33:25Aí comentam também que eles quiseram mostrar não só a evolução da humanidade nesse
33:29contexto, mas também a evolução dos infectados.
33:33Isso.
33:33Aí eu fiquei pensando se na série eles vão levar isso como uma evolução de sobrevivência,
33:42talvez, deles mesmo.
33:44porque a humanidade tá diminuindo.
33:46E eles se alimentam de humanos.
33:48Então, sim.
33:49Já mostrou eles comendo um urso.
33:51Sim, verdade.
33:52Né?
33:52E aí eles tão mais inteligentes.
33:54Eles tão caçando.
33:55Pair, be, kill.
33:57Nossa.
33:58Que é churrasco em inglês.
34:00Pair é o urso, be, kill.
34:02É, mas...
34:03Eu gostei, eu gostei.
34:04Eu adoro esse tipo de piada.
34:06Em português não funciona simplesmente.
34:07Não.
34:07Não, é que em português a piada foi...
34:09Churrasco.
34:09Bem ursada, eu acho que eu vi a legenda.
34:12Não, é...
34:12Não, mas eu vi o episódio dublado, né?
34:14Ah, tá.
34:15E aí falou qual que era um urso que gosta de fazer provas.
34:19Aí ela foi e falou assim, concurso.
34:22Tão ruim quanto.
34:23Nossa, não.
34:24Não, tão ruim quanto.
34:25É, não.
34:25Não, mas a função trocadilha é ser ruim mesmo.
34:27Sim, sim.
34:28É, foi até...
34:28Eles se inventaram, foram longe para conseguir traduzir a piadinha.
34:34Mas traduziram bem, saíram bem.
34:35Foi legal.
34:35Se saíram bem.
34:37Eu geralmente detesto todas essas traduções, nunca acho que funcionam.
34:40É, porque traduz literalmente nada.
34:40Mas eu gostei da piada, eu adorei a piada bear, be, kill.
34:44E gostei dessa daí que você falou agora, que eu não sabia.
34:47Tá, ficou...
34:48Ficou...
34:49É assim, eu não gosto de piada ruim, mas ficou equivalente, vai.
34:53E eles foram inteligentes, eles foram inteligentes.
34:55Foram sim.
34:56E o legal da relação da Ellie e do Joel é que eles sempre faziam trocadilhos.
34:59E mesmo ela com raiva do Joel, ela tem essa mania de fazer trocadilhos com a Dina.
35:04Sim.
35:05Então ela não perde as manias daquilo que ela teve de convívio com o Joel.
35:09Isso é muito legal, né?
35:10Essas semelhanças com a primeira temporada, que às vezes também vem do jogo e tal.
35:15Dentro desses drops que eles estão dando de personalidade, das personagens ali, que
35:20tá no roteiro já, de tipo assim, vamos pôr isso aqui.
35:23Que aí isso gera até uma nostalgia, né?
35:26Assim, que a gente é acostumado a falar, ah, nostalgia de 20 anos atrás.
35:29Mas não, a nostalgia é do tempo onde eu vi a primeira temporada, que já tem um tempinho.
35:33Então vai pegando aquelas emoções que a gente sentia ali, já transportando rapidinho
35:38desde o primeiro episódio pra essa.
35:40E eu senti realmente uma nostalgia do primeiro jogo, lá do Playstation 3.
35:44Porque, por exemplo, tem a cena que elas entram no supermercado e aí tem uma garrafa ali.
35:48Ah, sim.
35:48E esse é o recurso que tem no jogo, né?
35:50Você pegar uma garrafa pra fazer um barulho pra chamar os instaladores.
35:55E aí funciona na mesma ferramenta que é utilizada no jogo.
36:00É bem legal.
36:00Nossa, eu adorei essa cena.
36:01Tem muita movimentação bem parecida com a do jogo, os diálogos.
36:05É muito legal.
36:06Além dos enquadramentos em geral.
36:07Tem o quadro do Cajorrinho.
36:09A gente vai falar mais ainda, né?
36:11Dessa coisa do cinema.
36:13Mas a fotografia é idêntica ao do jogo.
36:16O que tudo indica, eles estão fazendo essa comparação mesmo, né?
36:21De pegar uma coisa e pegar outra.
36:23Então a gente pode concluir, talvez, assim, não que a série está seguindo a risca, né?
36:28Nas decisões criativas.
36:29Mas que está fazendo igual, parecido, numa linha cronológica diferente, né?
36:34Tem um respeito, né?
36:35Tem respeito.
36:35Isso é legal.
36:36Está adaptando pra um formato audiovisual televisivo, né?
36:40E é um respeito emocional ali mesmo, né?
36:43É respeito com a emoção que se sentiu.
36:45Igual você falou, da nostalgia do jogo.
36:47E aí é isso.
36:48São pequenos elementos que você fala, caramba, eu taquei aquela garrafa.
36:52Ah, eu vi isso no jogo.
36:54Isso é legal demais.
36:55Mas eu acho que tem que ter um certo nível também de diferenciação.
37:00Porque senão, você já sabe o que vai acontecer.
37:04E aí você já sabendo exatamente tudo o que vai acontecer.
37:07Inclusive os diálogos e tudo o que vai acontecer.
37:10Eu acho que prende menos.
37:13Porque se você sabe que vai ser respeitado.
37:15Ok, é a história que eu conheço.
37:17Mas vai ter alguma diferença.
37:18Vai ter mudança.
37:19Sim.
37:20E aí fica assim, tá, quero ver se funciona.
37:21Ah, eu quero ver como é que vai ser.
37:23Exato.
37:23Eu acho que tem que ser levemente diferente.
37:27Não mudar a essência nem nada.
37:29Mas eu acho que é saudável.
37:30Até os meios são diferentes, querendo ou não.
37:33O meio onde você pode interagir ali, a ferramenta e tal.
37:37Que você está na ação é um.
37:40O outro você é passivo.
37:41Você está ali parado assistindo, só absorvendo tudo que a produção, a direção ali está te mandando.
37:50Então, a experiência vai ser diferente de qualquer jeito.
37:53Então, se você só repetir, realmente...
37:56Vai ficar uma coisa muito semelhante.
37:57Primeiro que ainda tem isso, o fã do jogo ia se desconectar porque já sabe de tudo ali, inclusive da ordem dos acontecimentos.
38:04E por outro lado também, você tem que ter um mínimo de soluções criativas ali, do cinema.
38:11E dá uma perspectiva diferente também, né?
38:12Não vai ficar... não vai ser uma experiência igual a de jogar o jogo.
38:16É, e no momento você tem atores ali falando e tal, já é outra coisa.
38:21Não é a mesma coisa do jogo, né?
38:23Já meio que estamos introduzindo um pouco para o último bloco, né?
38:25Exatamente.
38:26E esse último bloco, né?
38:28A gente vai falar assim, com olhar mais técnico, para quem é apaixonado por cinema, televisão,
38:32sobre as partes mais técnicas do episódio mesmo.
38:36E eu queria saber, primeiramente, com você, Otávio, o que mais te chamou a atenção nesse episódio, né?
38:40Visualmente, em termos de produção.
38:42Cara, legal demais.
38:43Mas a locação, vou começar pela locação, que já no início, né?
38:47Aquela cidade mesmo, onde eles estão ali, que parece uma vila de Velho Oeste, no meio das montanhas ali.
38:55Tem um cavalo também.
38:56E é bem fiel ao jogo, inclusive.
38:57Total vila de Velho Oeste.
38:59Aquilo ali me carregou para os filmes do Clint Eastwood, da década de 70 e 80 ali.
39:04E é legal que o ano é 2029.
39:06É, então.
39:07E aí, a escolha de locações é incrível e conversa muito com a fotografia, né?
39:13Que tem essa coisa meio cinza, que o clima é esse, né?
39:18A montanha é nevada, o lugar é frio e tal.
39:22E, assim, o ambiente é cinza.
39:25E aí, quando você entra num ambiente fechado, que querem passar atenção, ele vira um cinza dark, né?
39:30Vira um cinza denso, enfumaçado.
39:34Isso tudo está dentro da fotografia, que faz a gente sentir essas emoções de tensão, de tudo que a gente está falando aqui, né?
39:41Então, dessa parte.
39:43Outra parte que até você citou aqui para a gente pensar é a trilha sonora, né?
39:48Sim, trilha sonora.
39:48A trilha sonora, especialmente na primeira temporada, ela te pega por aqui e vai te levando, né?
39:55E é a mesma trilha sonora do jogo, praticamente.
39:57Pelo menos o tema principal, que é do Gustavo Santaolala, né?
40:01Que ele é argentino, inclusive, e faz a trilha sonora para o jogo e para a série.
40:05Ficou bem parecido.
40:06É semelhante, é a mesma música, principalmente.
40:08Não, muito legal isso, porque aí vira uma espécie de emoção sonora, né?
40:14Principalmente para quem já teve...
40:15Eu que não joguei, mas na primeira temporada, aí já me pegou nessa emoção que eu senti na primeira temporada ali.
40:26E essas emoções nem sempre são confortáveis, né?
40:28A trilha, eu acho que, inclusive, ela não te traz conforto, em geral.
40:32Ela te causa um ansiedade, o que vai acontecer.
40:38E até quando é uma coisa terna, né?
40:40Uma coisa minimamente ali, que é para te passar uma emoção de que está tudo bem.
40:45É tipo um que está tudo bem, que é o que você falou.
40:48É a primavera antes do furacão ali, né?
40:51É a paz antes do caos.
40:52A Belle Époque.
40:53Nossa, gente, é série de zumbi.
40:57Filme de zumbi, série de zumbi, é aquela coisa assim, na hora que o protagonista faz assim...
41:02Aí você fala assim, não relaxa não, moço.
41:04Não faz isso não.
41:06É, só que ao mesmo tempo, eu acho que tem umas diferenças que funcionam muito para não ser uma série de zumbi clássica.
41:12Ah, sim.
41:12Igual The Walking Dead, assim.
41:14Por exemplo, não é tão baseado no jumpscare, né?
41:17Você não fica ali.
41:19A nossa tensão não é, assim, é um pouco também, mas não é sobre...
41:24Ah, não entre aí, vai ter o assassino, o monstro, não sei o que.
41:29Você fica um pouco nisso, mas é que você sabe também que a tensão vai se espalhar para todas as áreas do negócio.
41:36E aí nisso eu acho que a trilha e a fotografia, assim, te levam ingenuamente ali.
41:42Você vai, vai, vai, para de repente a trilha te pega, né?
41:46Aqueles baixos ali, o baixão, sei lá, elementos que às vezes dão uma repetida assim na trilha, né?
41:53Eu que não sou músico, também não quero me arriscar a descrever esses elementos, mas eu tenho essa sensação de que é isso.
41:59Eles usam, às vezes, elementos que a gente está acostumado a ouvir, que seriam calmos ou até carinhosos, ternos mesmo, para te dar atenção, né?
42:10Então, parabéns a esse argentino aí que fez essa trilha, que é incrível.
42:15Um abraço para você, se estiver assistindo aí, Gustavo, só está ao lado.
42:18Espero que você veja.
42:19Isabela, para a gente finalizar, como você acha, assim, que foi o ritmo, assim, da narrativa?
42:22Você acha que foi muito rápido, muito devagar?
42:25Você acha que foi num ritmo bacana?
42:26Foi lento, mas eu acho que faz sentido.
42:31Então, não me incomodou ter sido lento.
42:34Se continuar lento, vai ser um problema, mas eu acho que não, porque a gente já termina ali com um gancho de...
42:41Vem muita merda de vários lados.
42:43Está acontecendo várias coisas.
42:44A gente vê os fungos, né, de um lado, a Hebe chegando.
42:48Pois é, então, assim, tem...
42:50Já vê ali que vai...
42:52Aí, o meu pequeno chute, né, que não...
42:56Caso alguém não queira assistir, pule aí.
42:59Então, para, para, para.
43:00Esse é o momento para pular.
43:03É...
43:04Porque eu acho que tem aquele diálogo do Joe com a esposa do Tommy,
43:09que ela fala, temos que abrir para novas pessoas.
43:13Ainda tem uma briga política ali que pode acontecer, né?
43:15É.
43:16Isso é muito interessante.
43:16E aí, eu acho...
43:18Desculpa, só que, assim, isso para mim é claramente pauta de imigração da Europa, dos Estados Unidos.
43:24É tipo assim, não, a gente está tudo bem, deixa fechado.
43:27Não, a gente vai abrir, a gente precisa...
43:29Tipo assim, conversa com um momento muito forte que a gente está vivendo politicamente no mundo, né?
43:34Mas aí, eu acredito que a Hebe deve entrar assim, deve ser acolhida.
43:41Ô, vem cá, querida.
43:42Ah, sim, entendi.
43:43Verdade.
43:43Eu acho que vai conversar com esse diálogo que já aconteceu.
43:47Aí, nós não temos os esporos, né?
43:50Desde a primeira temporada, os esporos que são presentes muito no jogo.
43:53Você tem aquela poeirinha vagando, assim, pelo jogo o tempo todo.
43:57Não tem.
43:58Mas aí, tem essas vinhas, né, que já estão começando a entrar ali, né?
44:02Já vemos o negócio do cano, né?
44:06É, então a gente já sabe, vai dar merda, porque a infecção vai começar dali,
44:11e aí vai vir a Hebe com sangue no olho, vai vir um problema interno com contaminação,
44:18porque senão o jogo também não anda, né?
44:19Não chega nem a ser um spoiler, porque senão, nem o jogo, nem o filme.
44:23Tem que ter uma evolução arrativa ali, né?
44:24Se não tiver um problema, não anda.
44:26É verdade.
44:27É tudo baseado no conflito, querendo ou não, né?
44:29Mas, encerrando essa parte, assim, qual que é a expectativa, assim, no geral?
44:35Vocês acham que vai ser uma série, assim, que vai ser lembrada, assim, por mais tempo?
44:40Que vai merecer uma terceira temporada, no caso?
44:42O que vocês esperam, no geral?
44:44Eu queria começar nessa parte.
44:45Eu acho que o que esse primeiro episódio trouxe é exatamente, assim,
44:52A gente vai ter que ver os próximos.
44:54Isso é até meio bait, assim, naquele início ali.
45:00Ele tá te preparando pra muitas coisas, né?
45:03Tudo isso que a gente falou aqui, da questão dos personagens, da questão do cenário,
45:07das mudanças, de tudo ali na vida deles, nos últimos anos, que a gente quer saber como é que foi.
45:13Então, agora, se vai ser memorável ou não, aí eu já não sei, mas...
45:18É, aí é uma expectativa muito alta.
45:21É, aí, lá pro último episódio, a gente pode tentar de novo responder essa pergunta.
45:27Mas, começa lento, realmente, tem essa coisa de ser um pouco lento,
45:32o que não necessariamente é ruim, pelo contrário, eu gostei bem nesse sentido,
45:36de ir te levando ali, e tem hora que você fica doido pra...
45:41Mas, me conta mais, e, tipo, o negócio não vai, não sai.
45:44E é, tipo assim, calma, aguenta, que daqui a pouco vai vir tudo.
45:48E o final do episódio, acho que ele te passa exatamente isso mesmo,
45:51que a Isabela falou, é, tipo, você tá preparado?
45:54Então, aperte os cintos.
45:56Essas férias aí vão acabar.
45:58Tipo assim, no próximo episódio, eu não tenho esse clima de paz mais.
46:02Pra mim, aquela cena final ali, pra mim, indica isso.
46:04Ele te faz apegar.
46:05Você fica apegado àquela comunidade, àquela vidinha ali.
46:09Pô, queria essa vida um pouco, sabe?
46:11Muito mais confortável do que, sei lá, uma cidade grande, em alguns aspectos.
46:17Mas, obviamente, isso é um setup clássico do cinema também.
46:21Constrói bonitinho pra as pessoas sentirem falta depois, quando tudo ruir, né?
46:26Eu tô curiosa.
46:28Eu acho que o principal sentimento agora, talvez, com os próximos episódios, é curiosidade.
46:33Eu tô curiosa pra ver como que eles vão tratar essa possível evolução dos infectados,
46:41eu acho que, espreitadores, que acho que esse que não faz barulho é espreitador, né?
46:46Se eu não me engano.
46:47Eu quero ver como é que eles vão tratar isso, se vai ficar igual o jogo,
46:51ou se eles vão trazer mais elementos em cima disso.
46:55Como eu tive a sensação desse pedacinho, não sei se é o diretor ou o produtor falando,
46:59mas eu tive a impressão de que eles vão colocar mais coisa aí.
47:02Então, eu tô curiosa.
47:03Vai incrementar mais, né?
47:05É, eu acho que talvez eles...
47:06Eles pegam, eles dão uma...
47:08Eles falam muito da questão científica, né?
47:11Eles dão um embasamento científico.
47:13Aí, será que pra isso também vai ter essa explicação mais científica?
47:16É, porque na vida real, esse fungo, ele não é tão...
47:19Ele não é maléfico, né?
47:21Mas lá ele se tornou uma coisa destruidora do mundo.
47:24Faz mal as formiguinhas.
47:25Mas pra gente não faz diferença nenhuma, né?
47:28Então, talvez eles vão trabalhar mais isso.
47:31Então, eu tô um pouco curiosa com isso.
47:34Não tô muito...
47:36Não estou ansiosa pra ver o que vai acontecer entre o Joe e a Ellie.
47:41Não tô muito ansiosa.
47:42É, mas...
47:46É, assim...
47:48O que mais?
47:49Eu acho que uma coisa que abriu o setup é essa coisa das relações mesmo.
47:57E isso é o que tá me interessando mais do que vai acontecer.
48:00Porque realmente tá com essa ideia de que tá tudo bem e tal, mas na verdade você sabe que não tá nada bem.
48:06Não tá bem, né?
48:07Nada bem.
48:07Porque, assim, a relação com eles tá machucada.
48:11Aí, assim, a mesma relação que tá sendo construída ali, às vezes vai ter uma quebra de expectativa entre a Ellie e essa amiga nova.
48:19Então, é muito legal isso, porque isso é muito real, né?
48:23Às vezes a gente tá construindo uma amizade e aí você descobre, sei lá, que a pessoa tem um aspecto político totalmente diferente.
48:30Isso é inaceitável.
48:31Ou, enfim...
48:33Isso é muito da vida mesmo, né?
48:34E aí, isso foi uma coisa que me interessou.
48:37O quanto essas relações humanas aqui, que a gente tá apegado já, vão desandar.
48:43Sim.
48:44E a Abby, estou muito curiosa pra ver mais dela, né?
48:48Porque foi pouco.
48:49Então, eu quero ver mais dela.
48:53E...
48:54Não sei.
48:55Eu vou me preparar pro próximo episódio.
48:58Ah, tem que se preparar emocionalmente.
48:59Emocionalmente pro próximo episódio.
49:01Quem assiste, quem jogou sabe.
49:03Eu não joguei.
49:04Não, eu não sei.
49:06Por favor, me poupem.
49:07Mas assim, quem está entendendo, se compadeça comigo, por favor, assim, né?
49:12Vamos assistir a série a série até o final.
49:15Vamos dar mãozinha.
49:15Vamos dar mãozinha junto, assim.
49:17Mas eu tô curiosa pra ver.
49:18Formar um grande grupo de apoio, né?
49:20Rede de apoio aqui das pessoas que estão assistindo a série.
49:24Exato, gente.
49:25E a última coisa que eu quero perguntar pra vocês é esse episódio de 0 a 10, assim, qual que é a nota que vocês dariam pra ele?
49:30Caramba.
49:32Caramba.
49:32A minha de 0 a 10...
49:36Eu vou de 7.
49:377.
49:38Eu vou ser mais generosa.
49:39Eu vou de 8.
49:40Eu vou de 7,5, então, pra colocar ali que meio.
49:42Eu vou de 8.
49:43Eu gostei.
49:44Eu gostei.
49:45De 7.
49:45De 7 passa de ano.
49:47Mas é que, assim, quando eu penso, assim, como seria um episódio de nota 10?
49:51Teria que ter um pouco mais de tensão, um pouco mais da história, andar um pouco mais à frente.
49:55Teria que ser igual o primeiro episódio da primeira temporada, mas é porque a gente também entende, né?
50:00É, na primeira temporada o objetivo ali era um pouco diferente, né?
50:03Introduzir tudo mesmo.
50:04Introduzir tudo e já te laçar.
50:06Sim.
50:07Te laçar.
50:07Agora já tem milhares de pessoas laçadas, né?
50:11Milhões, talvez, no mundo todo.
50:13E agora a ideia é exatamente um pouco o contrário, é te fazer lembrar do que você já gostava
50:19e te mostrar que, olha, vai mudar muita coisa, você não viu tudo, se prepare e tal.
50:25E isso é legal, mas é totalmente diferente, principalmente em termos de ação, né?
50:30Não tem aquelas cenas explosivas ali, tensas, no aspecto de ação, como tinha na primeira, né?
50:38É engraçado quando você fala, o que é um episódio de nota 10?
50:40Eu lembrei de Game of Thrones na hora.
50:42O primeiro episódio?
50:43Não, não o primeiro, mas alguns episódios de Game of Thrones pra mim são, tipo, exemplos
50:47de nota 10.
50:47É, o episódio da explosão da igreja lá, por exemplo.
50:50Nossa.
50:51É, Game of Thrones.
50:52A Guerra dos Bastardos.
50:54É, pelo amor de Deus, né?
50:55Inclusive a Guerra dos Bastardos foi melhor do que a Guerra Final, mas enfim.
50:58Mas que pena que terminou daquele jeito, né?
51:00É, eu nem sou tão...
51:01Eu não compartilho tanto do hate que deram nesse último episódio.
51:06Obviamente é um episódio aquém do que eu esperava também, mas eu não acho que foi tão horrível.
51:12Horrível, igual a internet coloca.
51:15Mas assim, tudo bem, a gente não precisa falar disso agora, né?
51:18Vida que segue.
51:20Eu queria enaltecer aqui a camisa do nosso host aqui, muito bem vestido, de Yu Yu Hakusho.
51:28Yu Yu Hakusho.
51:29Mostra lá pra aquela câmera lá, Léo.
51:31Ah, essa aqui é melhor.
51:32Essa aqui é melhor.
51:32Então pronto.
51:33Olha aí, temos todos os personagens principais.
51:35Esse aqui foi legal.
51:36Coabra, Riei, enfim.
51:39Então, o Léo sempre muito bem vestido, é um candidato fortíssimo ao melhor figurino
51:46do ano aí, dos podcasts.
51:48Será que ganha?
51:48Vamos ver, vamos ver.
51:49Arruma um patrocínio aí pra você.
51:52Vamos procurar um patrocínio, se você estiver assistindo aí, tiver uma loja de roupas
51:55estampadas assim, cultura nerd.
51:58Vamos conversar, chama no direct lá.
52:00Arroba Glitch Club, já é só chamar.
52:02Mas é isso aí, gente.
52:03Muito obrigado, Otávio e Isabela, por estar aqui compondo a mesa pra gente fazer esse
52:07bate-papo.
52:08Vou convidar vocês dois também, pra assim que terminar a temporada, a gente também discutir
52:12um pouco mais, né, sobre tudo que vai ter acontecido até lá.
52:17Então vocês estão convidados desde já.
52:19Valeu demais, Léo.
52:20Muito obrigado aí, cara.
52:21Expectativas foram criadas e veremos daqui a, o quê?
52:25São daqui a uns dois meses?
52:26É, eu imagino que sejam uns oito, dez episódios essa temporada.
52:29Não deve passar disso.
52:29É, acho que é, acho que são sete ou oito, enfim.
52:32É, enfim.
52:33Então assim, daqui a algumas semanas voltaremos pra ver se as expectativas foram cumpridas.
52:38E a gente sobreviver a esse apocalipse aí.
52:41Muito, muito bom, gente.
52:42Então muito obrigado.
52:43E pra você que tá assistindo, né, só lembrando que o Glitch Club, ele tá disponível tanto
52:47no canal do portal Wine YouTube, quanto também no Spotify.
52:50Se você pesquisar lá no Google, você acha os dois.
52:53Então, esse foi mais um episódio.
52:55Obrigado por quem assistiu.
52:56Valeu, falou.
52:57Valeu.
52:59Tchau.
53:00Tchau.
53:01Tchau.
53:02Tchau.
53:03Tchau.
53:04Tchau.
53:05Tchau.
53:06Tchau.
53:07Tchau.
53:08Tchau.

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