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  • 12/04/2025
Pressionado dentro e fora do país, o Hezbollah pode entregar armas em acordo histórico. O grupo libanês, fundado em 1982, poderá abandonar as atividades militares definitivamente e permanecer somente como partido político. Para que isso aconteça, o governo do Líbano, que tem apoio dos Estados Unidos, precisará garantir algumas exigências feitas pela organização.

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Transcrição
00:00Pressionado dentro e fora do país, o grupo libanês Hezbollah pode fazer um acordo histórico.
00:06Segundo fontes, a organização pode entregar as armas e abandonar as atividades militares em definitivo.
00:13Mas para que isso aconteça, algumas exigências precisam ser cumpridas.
00:16É o que a gente confere agora na reportagem de Camila Yunis.
00:22O que parecia impossível, agora pode se tornar realidade.
00:26Líderes do Hezbollah admitiram que o grupo está pronto para negociar com o governo do Líbano um acordo para encerrar a luta armada no país.
00:36A proposta inicial, chancelada pelo presidente Joseph Aouni, que possui apoio dos Estados Unidos,
00:42garante que o grupo entregaria as armas em troca da retirada de tropas de Israel do sul do território.
00:49Se confirmado, o texto pode pôr fim em um dos principais movimentos islamistas do Oriente Médio,
00:56mas que permaneceria como um dos principais partidos políticos libaneses.
01:01Fundado em 1982, em meio à invasão de Israel no Líbano, o Hezbollah se expandiu ao longo das décadas com o apoio do Irã.
01:11Desde os anos 90, o partido também passou a fazer parte do parlamento.
01:15Mas a última guerra contra Israel teve fortes impactos na estrutura da organização.
01:21Os principais líderes foram mortos em ataques, incluindo o secretário-geral Hassan Nasrallah e o sucessor Hassan Safedini, em outubro.
01:31O Hezbollah também foi alvo de operações que assustaram o grupo.
01:35É o caso da explosão dos Pagers Wall Talks conduzida pelo Serviço Secreto Israelense, o Mossad, que deixou pelo menos 37 mortos.
01:45Em teoria, o conflito deveria ter acabado em novembro do ano passado, com a assinatura de um cessar-fogo entre Israel e Líbano.
01:54Mas o Estado judeu decidiu manter tropas em cinco pontos do território, além do período determinado no acordo.
02:02Nos últimos meses, a posição do Hezbollah dentro do Líbano tem ficado cada vez mais fragilizada.
02:08É o que explica o professor de Relações Internacionais e especialista em Islã Político, Danilo Porfírio de Castro.
02:16Eu não consigo enxergar o Hezbollah se afirmar como um movimento de insurgência.
02:25Então, o que resta para ele é o quê?
02:27É essa adesão como um movimento representativo de assistência e um movimento político.
02:34Só que, mesmo existindo, Fabrício, uma consciência da população libanesa de hostilidade em relação à invasão israelense,
02:48eles também, o que?
02:49Principalmente os grupos cristãos, cristãos maronitas, melquitas, os sunitas, os drusos,
02:57como todas as comunidades que ali estão, que não são xiítas, atribuem culpabilidade de tudo o que está acontecendo ao Hezbollah e ao apoio à ação do Hamas contra Israel.
03:10Israel foi, agiu, não digo de forma inédita, Fabrício, porque ele já fez isso mais de uma vez,
03:17mas de uma forma tão intensa e tão, assim, deliberada,
03:22Israel, na hora de assumir um processo de contra-ataque e de resistência contra as forças do Hamas e do Hezbollah,
03:30ele foi diretamente às cabeças.
03:33Israel não estava apenas preocupado com as lideranças presentes,
03:39mas todo o quê?
03:40Uma cadeia de sucessão.
03:42Sucessão.
03:44Então, ele desmobiliza, cortando a cabeça desses movimentos,
03:52tanto do Hamas quanto do Hezbollah.
03:55O Hezbollah foi um dos primeiros grupos a manifestar apoio ao Hamas
03:58após os ataques de 7 de outubro de 2023.
04:03Na ocasião, o grupo libanês pressionou Israel com foguetes na região de fronteira entre os dois países.
04:09Mas a organização não contava com um ponto fundamental, a falta de apoio do Irã.
04:16O país persa, inimigo de primeira hora dos israelenses,
04:20conta com os chamados proxies para manter os combates na região,
04:25na conhecida guerra por procuração.
04:28Historicamente, o Irã é o responsável por dar suporte financeiro, militar e logístico
04:34para grupos como o Hezbollah, o Hamas e os Houtis no Iêmen.
04:38Mas a crise e a pressão também chegaram em Teirã.
04:42E o governo precisou recuar em parte da estratégia,
04:46depois dos fortes contra-ataques israelenses.
04:49Semi-abandonado, o Hezbollah também teve outro revés.
04:53Eleito em janeiro, o novo presidente do Líbano, Joseph Aouni,
04:57é conhecido pela postura pró-Estados Unidos.
05:00Apesar de prometer acabar com a ocupação de Israel,
05:03a UNI tem alinhado o discurso com a Casa Branca
05:06e buscado colocar a população contra movimentos islamistas.
05:11O Irã cria todo um projeto de ação contra Israel,
05:17contando com braços prox.
05:20Só que o que acontece?
05:22O Irã não contava com a resposta israelense.
05:28A articulação do governo.
05:31Um senso de unidade nacional.
05:34E por que digo unidade nacional, Fabrício?
05:37Porque o Irã contava com a instabilidade institucional.
05:42Netanyahu e seus problemas com a justiça.
05:45Netanyahu e seus problemas com a população.
05:48Netanyahu e seus problemas com a oposição.
05:51Isso não aconteceu.
05:52O Joseph Aoun é de um quê?
05:54Ele acende também de uma linhagem política.
05:59Família já esteve na presidência mais de uma vez.
06:02Isso na década de 90.
06:06O Joseph Aoun é general de brigada.
06:09O Joseph Aoun se investe da roupagem nacionalista.
06:14O Joseph Aoun é pro-americano.
06:16E se é pro-americano, está próximo o quê?
06:20De um diálogo com os aliados americanos.
06:22Entre eles, Israel.
06:24Então, o Hezbollah volta a insistir.
06:28Eu gosto de usar esse termo.
06:30E, por favor, não é trocadilho.
06:33Tem que deixar as barbas morrem.
06:35Convencer toda a estrutura do Hezbollah a abandonar a luta armada não deve ser tarefa fácil.
06:42E usar da força para parar o grupo ainda menos.
06:46Mas agora, mais do que nunca, o futuro de Líbano e Hezbollah andam lado a lado.
06:54O Rian Fancelli e o professor Danilo Porfírio falou que o Hezbollah precisa deixar as barbas de molho.
07:00Você acredita que o Hezbollah, se ele entregar e finalizar a luta armada,
07:05ele consegue se sustentar como partido político em uma democracia muito frágil ali no Oriente Médio, que é a do Líbano, né?
07:13A situação do Hezbollah não está muito fácil, né?
07:16Lembrando que se o grupo tinha ali 150 mil mísseis, foguetes,
07:20Israel conseguiu fazer com que restassem ali pelo menos 30% de tudo.
07:25Então, militarmente falando, ele foi enfraquecido, foi enfraquecido politicamente também.
07:30Ele faz parte desse novo governo do Líbano, recebeu inclusive alguns cargos.
07:36Ele tem uma presença forte ali num bloco com bastante força no parlamento libanês.
07:42Então, continua nesse sentido ativo.
07:46Agora, o grupo vai ter alguns desafios pela frente, né?
07:50Ele não está fazendo essas concessões agora, mostrando a disposição para o diálogo ou para se desarmar
07:58simplesmente porque ele mudou e deixou de ter toda uma postura violenta, ideológica, que ele tinha até então.
08:05Pelo contrário, está fazendo tudo isso agora de maneira cuidadosamente calculada.
08:11Então, é uma decisão que, se de fato ocorrer, ela vai ser motivada principalmente por pragmatismo tático,
08:19que vai ter como objetivo de longo prazo a recuperação organizacional e o reposicionamento do grupo.
08:26Então, esses confrontos recentes com Israel, que foram bastante intensos,
08:32eles deixaram o grupo extremamente enfraquecido.
08:36E, ao se mostrar agora publicamente aberto as negociações, o grupo busca ganhar tempo tão precioso
08:44para conseguir se reconstruir discretamente ali, como ele fez no passado, depois de 2006, por exemplo,
08:51que teve uma guerra com Israel e voltou agora do jeito que voltou.
08:56E vale a gente ressaltar também que agora o desafio é ainda maior pelo fato do regime ter mudado na Síria.
09:03Porque, quando o Bachar Al-Assad cai na Síria, agora tem um regime que ele é basicamente...
09:10Ele não é simpático ao regime iraniano.
09:15Então, a Síria, que era usada como caminho para ligar o Irã ao Líbano,
09:21agora já não pode mais haver, por exemplo, um transporte de armamentos como havia até então.
09:27Então, a situação é bastante delicada.
09:29Se você não pode sobreviver militarmente, você tenta sobreviver politicamente
09:34para tentar, de alguma maneira, enquanto sobrevive, se reorganizar.
09:39Uriã, rapidamente para a gente finalizar.
09:41Sem os dois principais fiadores, a Síria e o Irã,
09:44dá para a gente dizer que o Hezbollah acabou, no fim das contas,
09:47comprando uma briga que ele não podia pagar?
09:49Eu acho que é uma briga que saiu bastante cara.
09:54Foi, de certa maneira, abandonado pelo Irã.
09:59Quando o Irã tenta mudar aquela sua tática,
10:03então, de ter aquela paciência estratégica,
10:05de sempre que ele ia retaliar a Israel,
10:09normalmente ele retaliava por um desses grupos.
10:14Em um momento no qual o Irã começa a fazer ataques diretos contra Israel,
10:19como a gente viu, aqueles ataques com mais de 200 drones,
10:23alguns mísseis também,
10:25ele não bancou também até o final.
10:28Então, acho que não foi a defesa de Israel,
10:31desculpa, do Hezbollah,
10:33como o grupo estava esperando.
10:35Então, acabou ficando ali numa posição bastante vulnerável.
10:39Bom, mestre em Relações Internacionais,
10:41o Irã Fanceli participando aqui com a gente,
10:43mais uma vez no JP Internacional.
10:44Irã, muito obrigado, hein?
10:47Obrigado, até a próxima.

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