Hitler e o surgimento do Nazismo
Em novembro de 1918, a guerra termina com a Alemanha derrotada e humilhada pelas potências aliadas. No ano seguinte, o Tratado de Versalhes, que formalizou o fim do conflito, obrigou a Alemanha a abrir mão de suas colônias e de partes de seu território, a assumir a culpa pelos danos causados à Tríplice Entente e, ainda, a pagar uma multa enorme para custear as reparações de guerra. Para completar, a Alemanha foi forçada a diminuir seus efetivos militares de mais de 13 milhões de soldados para apenas 100 mil homens.
O país que havia entrado na guerra como uma potência imperialista toda orgulhosa e cheia de presunções, saiu dela arruinado, retalhado, endividado e quase sem exército.
Dá pra imaginar o tamanho do recalque que essa derrota causou em boa parte dos alemães, até então embriagados com a perspectiva de uma vitória gloriosa que confirmasse a superioridade germânica sobre o resto do mundo? Pois é. Hitler também compartilhava desse sentimento. Mas mais do que isso, ele soube se aproveitar desse clima de insatisfação generalizada para levar adiante seu plano macabro de tomar o poder e pôr fim à recém-criada República de Weimar.
Novembro de 1918, aliás, foi um mês-chave na história da Alemanha. Dois dias antes de o país se retirar da guerra, os alemães assistiam à queda do rei Guilherme II, marcando o fim da monarquia e o início de um processo que consolidaria os republicanos social democratas no poder.
A República de Weimar, como ficou conhecida, instituiu um regime democrático na Alemanha: havia um parlamento eleito pela população – o Reichstag – e um presidente da república, responsável por nomear o chanceler, autoridade máxima do Poder Executivo.
Os primeiros anos dessa república foram muito turbulentos. A economia não ia nada bem: as dívidas deixadas pela guerra deterioravam os cofres públicos, enquanto a inflação atingia níveis estratosféricos, esvaziando os bolsos dos trabalhadores e da classe média alemã. O SPD, partido que comandava o governo, sofria a oposição tanto dos conservadores quanto dos seus antigos aliados, os comunistas.
No meio disso tudo, começava a surgir uma outra força política, extremamente perigosa para a frágil democracia germânica: o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou, simplesmente, o Partido Nazista, liderado pelo nosso já conhecido personagem... Adolf Hitler.
Inicialmente, os nazistas concentravam-se na cidade de Munique e contavam com um número relativamente pequeno de adeptos, que vinham dos setores mais extremistas da direita alemã, movidos pelo ódio antissemita e pelo fanatismo nacionalista.
O grupo culpava os social democratas, os comunistas e os judeus pela derrota da Alemanha na guerra e pela situação precária em que o país se encontrava naquele momento. Sua estratégia principal era a intimidação, e para isso, em 1920, foi fundada a SA, a milícia paramilitar nazista que alguns anos mais tarde daria lugar à temida SS. Hitler, que havia ingressado no partido em 1919, logo assume as posições de comando, graças ao seu talento como orador e propagandista da cartilha nazista.
A crise política e econômica transformava a Alemanha em um barril de pólvora prestes a explodir. O estouro, porém, veio de perto dos barris de cerveja.
Em novembro de 1923, Hitler e alguns de seus companheiros de partido iniciaram uma rebelião em uma cervejaria de Munique, numa tentativa de desencadear um golpe que colocaria os nazistas no poder.
Para elaboração dos roteiros sobre Hitler, tomamos como referência:
Eric Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: cia das letras, 1996
Marc Bloch. Apologia da historia ou o oficio do historiador. Rio de Janeiro: zahar, 2007
Dick Geary. Hitler and Nazism. Lancaster: Routledge, 2000
Stephen J Lee. The Weimar Republic. Lancaster: Routledge, 1998
Stephen J Lee. Hitler and Nazi German (Qurstions and Analysis in History). Lancaster: Routledge, 1998
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Em novembro de 1918, a guerra termina com a Alemanha derrotada e humilhada pelas potências aliadas. No ano seguinte, o Tratado de Versalhes, que formalizou o fim do conflito, obrigou a Alemanha a abrir mão de suas colônias e de partes de seu território, a assumir a culpa pelos danos causados à Tríplice Entente e, ainda, a pagar uma multa enorme para custear as reparações de guerra. Para completar, a Alemanha foi forçada a diminuir seus efetivos militares de mais de 13 milhões de soldados para apenas 100 mil homens.
O país que havia entrado na guerra como uma potência imperialista toda orgulhosa e cheia de presunções, saiu dela arruinado, retalhado, endividado e quase sem exército.
Dá pra imaginar o tamanho do recalque que essa derrota causou em boa parte dos alemães, até então embriagados com a perspectiva de uma vitória gloriosa que confirmasse a superioridade germânica sobre o resto do mundo? Pois é. Hitler também compartilhava desse sentimento. Mas mais do que isso, ele soube se aproveitar desse clima de insatisfação generalizada para levar adiante seu plano macabro de tomar o poder e pôr fim à recém-criada República de Weimar.
Novembro de 1918, aliás, foi um mês-chave na história da Alemanha. Dois dias antes de o país se retirar da guerra, os alemães assistiam à queda do rei Guilherme II, marcando o fim da monarquia e o início de um processo que consolidaria os republicanos social democratas no poder.
A República de Weimar, como ficou conhecida, instituiu um regime democrático na Alemanha: havia um parlamento eleito pela população – o Reichstag – e um presidente da república, responsável por nomear o chanceler, autoridade máxima do Poder Executivo.
Os primeiros anos dessa república foram muito turbulentos. A economia não ia nada bem: as dívidas deixadas pela guerra deterioravam os cofres públicos, enquanto a inflação atingia níveis estratosféricos, esvaziando os bolsos dos trabalhadores e da classe média alemã. O SPD, partido que comandava o governo, sofria a oposição tanto dos conservadores quanto dos seus antigos aliados, os comunistas.
No meio disso tudo, começava a surgir uma outra força política, extremamente perigosa para a frágil democracia germânica: o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou, simplesmente, o Partido Nazista, liderado pelo nosso já conhecido personagem... Adolf Hitler.
Inicialmente, os nazistas concentravam-se na cidade de Munique e contavam com um número relativamente pequeno de adeptos, que vinham dos setores mais extremistas da direita alemã, movidos pelo ódio antissemita e pelo fanatismo nacionalista.
O grupo culpava os social democratas, os comunistas e os judeus pela derrota da Alemanha na guerra e pela situação precária em que o país se encontrava naquele momento. Sua estratégia principal era a intimidação, e para isso, em 1920, foi fundada a SA, a milícia paramilitar nazista que alguns anos mais tarde daria lugar à temida SS. Hitler, que havia ingressado no partido em 1919, logo assume as posições de comando, graças ao seu talento como orador e propagandista da cartilha nazista.
A crise política e econômica transformava a Alemanha em um barril de pólvora prestes a explodir. O estouro, porém, veio de perto dos barris de cerveja.
Em novembro de 1923, Hitler e alguns de seus companheiros de partido iniciaram uma rebelião em uma cervejaria de Munique, numa tentativa de desencadear um golpe que colocaria os nazistas no poder.
Para elaboração dos roteiros sobre Hitler, tomamos como referência:
Eric Hobsbawm. Era dos extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: cia das letras, 1996
Marc Bloch. Apologia da historia ou o oficio do historiador. Rio de Janeiro: zahar, 2007
Dick Geary. Hitler and Nazism. Lancaster: Routledge, 2000
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